quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Raça de Heróis

Prefácio
Diversos heróis do cinema, da TV, dos gibis, das estórias e histórias  lutaram contra os invasores espaciais para a conquista da liberdade e da ventura, na tentativa de desfazerem as situações de opressão e revolta criadas tanto por aqueles que queriam subjugar quanto por aqueles que queriam se libertar.
E assim como ocorreu com eles, na atualidade e na realidade a situação não é muito diferente. Todos os dias chegam alguns “invasores espaciais” querendo invadir nossos espaços, ditando o que temos que fazer, como viver, o que ouvir, qual o jeito certo de se vestir, o que ser, o que falar, o que comer, que religião seguir, que isso é proibido, que aquilo outro não é permitido e tantas outras coisas mais. Querem nos dominar, ocupar e mandar em nossa esfera. Bem intencionados, uns, e visando a manipulação, sequiosos de poder  transitório e  ilusório, outros, querem nos impor um ritmo de vida, achando que são os melhores, os sábios, os mais fortes, esquecendo-se de que os melhores não dominam, mas comandam, guiam; que os sábios não impõem, e sim orientam, instruem, e os mais fortes não oprimem, eles estendem suas mãos e amparam. São, esses últimos, os reais heróis.
É chegado o momento de novos paladinos se manifestarem, onde cada um  deve aprender a reconhecer e defender seu âmbito, pacificamente, não deixando que ninguém mande nele, mostrando que a liberdade de um começa onde termina a do outro. Paralelamente a isso, temos que ter a devida diligência de não invadirmos o espaço e a vida de nossos agregados, tirando suas liberdades, impondo nosso ponto de vista, nossa religião, escravizando o cônjuge, os pais, os filhos, os amigos, achando que tudo tem que seguir conforme nosso desejo, pensando que nossa proposta de vida é a mais apropriada.
Você que abriu este livro pode acreditar: É um herói também ou poderá se tornar um. Herói é o trabalhador que ganha honestamente seu salário, que vota conscientemente em prol do coletivo e não apenas em troca de um benefício qualquer para si ou alguém de sua família.  Heróis são aqueles que lutam contra seus vícios, sejam os de cunho material, aqueles que fustigam a carne, alimentando, intoxicando e seviciando o espírito, como as drogas, (as não permissíveis e as liberadas judicialmente) a gula, o sexo desregrado, ou contra os de ordem imaterial, como o orgulho, o egoísmo, a intolerância, a vaidade, o desrespeito, o medo, o  desespero,  a  maledicência e  os   pré  julgamentos,   que  rotulam  nossos concidadãos por um breve momento de desequilíbrio que tiveram, e que nesse momento feriram, humilharam, ou tiraram a vida física de alguém. São eles, os da segunda classe, as imperfeições, ilusões e inexperiências da alma; são os que levam à prática dos vícios materiais.
Entretanto, percebemos os vícios e imperfeições nas outras pessoas, apenas, e não prestamos atenção nos que carregamos conosco, onde preferimos deixá-los soterrados, pelo menos à nossa vista. Quando agimos assim, achando que apenas o outro tem defeitos e que somos imaculados, não entendemos, ainda, a mensagem do Homem de Nazaré que nos admoestou, docemente: Por que você vê o cisco que está no olho de seu irmão e não percebe a pedra que está no seu?
 Por isso, leitor amigo, o objetivo desta obra é o de lhe mostrar que a humanidade é composta por heróis e vilões, todos filhos de Deus, e lobos e cordeiros viverão juntos, cumprindo assim a predição bíblica em Isaías, capítulo 11: 6, e apontar que cada um de nós tem um papel importante a desempenhar, aqui neste planeta. E cada um de nós é responsável por seus atos, e cabe a nós escolhermos de qual lado queremos ficar.
Hoje, época na qual nos encontramos, a da idade da razão, onde tudo dependerá de nossas escolhas e de nossas decisões, espero que sua opção seja a de defender nosso orbe com muito, muito amor. Se acaso não optar por ela  respeitamos sua decisão, mas tenhamos a convicção de que um dia, assim como os grandes heróis fizeram, você, eu e os demais escolheremos a opção de ficarmos para sempre do lado do bem eterno, e entenderemos que herói não é aquele que sempre vence, mas sim aquele que constantemente luta, persevera e nunca desiste. Luta por uma família melhor, por um país melhor, por um mundo melhor; não melhor para ele, somente, mas para todos, onde ele não se importará de abrir ou lançar mão de algo que aliviará a dor e o sofrimento de seu semelhante.
 Em nome de todos os heróis que libertaram a humanidade é que escrevi este livro, agradecendo, especialmente, a o herói mor que exemplificou o amor: O MESTRE JESUS.

Que Ele, então, nos abençoe.
Autoria: Sidney


Capítulo 01
Nossa Missão
Nossos corações andam um pouco frios em relação às demais pessoas. Precisamos aquecê-los, indo de encontro àqueles que precisam de nós.
Um dos sentimentos que mais fere é sem dúvida a indiferença. Quando ignoramos a dor de nosso próximo, ela se torna muito mais forte. Agora, quando nos aproximamos e prestamos nossa solidariedade, dizendo “Estou aqui, em que posso ajudar?”, essa dor diminui, intensamente.
Disse-nos Jesus: Vigiai e orai.
Vigiar é estar atento aos momentos de desprezo, ódio, desejo de vingança, insegurança, intolerância, ociosidade, sarcasmo,  e tantos outros sentimentos deletérios que se manifestam em nosso íntimo.
 Orar é elevar nossos pensamentos a Deus, pedindo ajuda, buscando o controle de nossas emoções para que esses sentimentos não se apoderem de nós, procurando vencê-los, sem nos deixar dominar por eles.
Somos aproximadamente sete bilhões de pessoas neste planeta, mas muitos de nós achamos que somos os donos dele. Vivemos em busca apenas do “eu” e nos esquecemos do “nosso.”   
Precisamos deixar que nossos corações vibrem  e  fiquem em chamas para aquecer aquele irmão que não tem  acesso a um agasalho, a um pouco de comida, a uma escola ou a um brinquedo; que eles se sintam felizes com a felicidade de nossos consortes e com o alívio de suas dores.
Precisamos dar oportunidades de trabalho ao pai ou mãe de família que estão desempregados.
Devemos voltar nossos olhos e nossos braços, e não virar nossas costas para esses que estão necessitados de algo que podemos doar.
Assumamos conosco o compromisso de nos defender contra os males que assaltam o nosso imo, realizando, assim, nossa mudança interior.
Emmanuel, mentor de Chico Xavier, nos fala, através da psicografia, que ninguém é tão pobre que não possa doar nada.
Podemos e devemos doar, além das coisas materiais como um cobertor, roupas, calçados, cesta básica, uma TV, rádio, livro, fogão, geladeira, guarda-roupas e coisas do gênero, como podemos e devemos oferecer uma palavra amiga, um sorriso, um abraço, um olhar de compreensão, um aperto de mão, o perdão, o silêncio, os ouvidos para ouvir o desabafo de alguém, um pensamento construtivo, uma orientação, uma frase instrutiva...
 André Luiz, outro espírito amigo que sempre está nos passando ensinamentos edificantes através da escrita indireta, complementa dizendo que ninguém é tão rico que não precise de nossa atenção, compreensão e cooperação, de nosso entendimento, de nossa oração...
Todos nós podemos oferecer e receber algo de alguém. Cabe a nós virmos do que precisamos e o que temos para ofertar.
Estejamos comprometidos a defender a paz, os direitos, a liberdade, a igualdade e a cidadania de todos.
As leis devem ser cumpridas por todos, mas achamos que só temos direitos e na hora de exercer nossos deveres nos calamos e queremos que alguém, em algum lugar, faça isso por nós. E só lembramos e vivemos para as leis terrenas e  esquecemo-nos da de Deus que nos pede para amar.
O amor... Uma força incrível capaz de coisas que achávamos impossíveis. Quantas vezes vimos acontecimentos trágicos, catástrofes de grandes proporções abalarem nosso mundo, e quando pensávamos que não havia uma saída apareceu alguém e começou a reverter tudo aquilo que parecia irreversível. Outras vezes, pensamos que fosse o fim, mas uma nova luz surgiu no meio de toda a escuridão e ela então se esvaiu, e conseguimos voltar a sonhar. Isso é o amor. O amor que vem de Deus para nós em forma de uma ajuda para nos reerguer depois da queda. É aquele arco íris que sobe no céu das batalhas diversas de nossas vidas, com lindas matizes, após as chuvas, nos mostrando que depois da tempestade tudo irá se refazer.
Para que o amor chegue e o bem se faça, a ação a ser empreendida é uma só: Mudança. Transforme, mude, metamorfoseie. Transforme seu ódio em perdão, mude sua insegurança para autoconfiança, metamorfoseie aquele medo em coragem e leve uma mensagem de luz.
Com nossos braços e corações unidos e fortes, o futuro a ser construído por mim, por você, por nós poderá ser promissor. O futuro sou eu, é você; somos nós que construiremos.
Defendamos, com toda força moral, através do exemplo, do valor à vida, a liberdade de expressão e os direitos das Criações Divinas.
Em diversos lugares existem pessoas que ainda não despertaram para
a vida. Isso precisa ser mudado. Precisamos descruzar os braços e usarmos
nossas forças, à toda potência. Vamos lutar confiantes para que todos tenham oportunidades e que possam assim vencer e ficar, não tendo que fugir para outras cidades, estados, países em busca de melhores condições.
Mantendo-nos sempre fortes deixemos que o amor guie nossa razão e nossa emoção, e com todo coração, com toda dedicação, prossigamos rumo à nossa libertação.
Somente homens renovados e determinados poderão atingir tal fito.
 Lutemos para impedir a invasão de todo e qualquer mal que atormente e tire a esperança de nossas vidas. Devemos ser sempre fortes e heróis, caindo, levantando, rindo, chorando, nos transformando em criaturas melhores que  promovam a harmonia.
A hora é agora, é já, e o que precisamos é sermos homens modificados, com bons sentimentos e atitudes renovadoras.  
Eis nossa missão. Temos que ser grandes guerreiros. Guerreiros da paz, guerreiros do bem; e nossa batalha é para que todos possam estar e viver em paz.
Disse Jesus, também: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”...
A paz! Ela não admite guerras, confrontos e desavenças. Ela está longe daqueles que guerreiam para conquistá-la e vai estar sempre junto daqueles que fazem de suas vidas um ato de amor.
                                                                                                  Autoria: Sidney



 Capítulo 02
Defendendo a Terra
Somos os habitantes da Terra e a tarefa a ser feita anseia por organização e união de todos nós em defesa da vida em seus múltiplos aspectos.
Às vezes a vida, o trabalho, as dificuldades de diversas ordens estão exaustivos, quase insuportáveis, e diante de tais circunstâncias nos apavoramos e pensamos em evadir, mas percebemos que não há como fugir de nossos compromissos. Espantamo-nos com os grandes obstáculos que surgem em nosso caminho, pensamos em desistir, correr, abandonar tudo e irmos embora, mas talvez não seja a saída adequada. Nós precisamos superar nossas dificuldades, os obstáculos, nossos temores, suportar nossas dores e é para isso que nos encontramos aqui, neste planeta. Ele é nossa escola, nosso hospital, nossa casa, nossa morada. Não vamos desistir dele, de nós, daqueles os quais amamos e daqueles que nos amam, fugindo de nossas responsabilidades. Agir desta maneira é como se estivéssemos nos matando e nós não podemos morrer, assim, desse jeito, abandonando nossa luta.
Será que vamos desistir dos nossos sonhos, de sermos pessoas do bem?
Será que vamos nos deixar vencer pelo cansaço, pelas críticas, pelo desânimo?
 São nos momentos difíceis que encontramos oportunidades de testarmos nossas forças e entenderemos o porquê de tudo, futuramente. Talvez o momento que estejamos vivendo não seja nada fácil, mas devemos acreditar no surgimento de uma força poderosa, algo ainda desconhecido, e na aparição de muita coragem onde nos tornaremos grandes combatentes; bons combatentes. Mas isso só ocorrerá se houver bom objetivo, vontade, seriedade, fé e trabalho coligados aos três Ds: Determinação, dedicação e disciplina. Adote esse roteiro em sua caminhada. Sem eles, inteligência, talento, intelectualidade não fazem nada.
O céu, às vezes, torna-se cinzento e uma força aspira-nos para o redemoinho do desânimo, e nos damos por destruídos, mas uma energia maravilhosa, a energia divina, fortalecernos-á, dando-nos condições de enxergar a importância da missão a ser desempenhada e de executá-la.
Avisos chegarão anunciando uma nova era.
Os ventos soprarão e varrerão em todos os cantos.
As águas lavarão e levarão o que não pode ficar.
Anjos descerão do céu.
Vozes falarão juntas em nome de Deus.
Uns virão o que mais ninguém ver.
“Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos”. (Profeta Joel, Ato dos Apóstolos, Capítulo 2, versículo 17).
Ao virmos aquelas cenas consternadoras não é motivo para desanimarmos, mas sim  encontrarmos e ampararmos os que sofrem. Juntando nossas forças formaremos um esquadrão que agirá em nome de todo o bem, expandindo o Evangelho do Cristo.   
Sabemos que haverá muitas arduidades pelo caminho, mas é possível a vitória. Deus nos envia constantemente recursos para isso. Somos liderados por Jesus.
Já vencemos diversas batalhas. Recordemo-nos delas para nos motivar, mas sem nos iludir, acomodando-nos. Outros desafios e problemas surgirão, mas não façamos com que se tornem maiores que nossa fé ou maiores que nossa vontade de vencer; não os façamos maiores que os nossos corações, e escutemos as pessoas que surgirem em nossa jornada. Ouçamos o que têm a dizer. Não sejamos precipitados em nossas conclusões e observações. As aparências muitas das vezes enganam e a primeira impressão só deve ficar se for positiva. Se não for, deixe-a passar. O que deve ser visto e o que deve ficar é o verdadeiro, o correto, o lado bom; e isso todos nós temos, é só observar ou deixar aflorar. Tenhamos bons olhos.
Só o amor deve permanecer. Apenas ele sobejará.
Te encontro no próximo capítulo.
Autoria: Sidney



Capítulo 03
A Felicidade Não é Deste Mundo
Na obra O Evangelho Segundo O Espiritismo, codificada por Allan Kardec, capítulo 5, Bem Aventurados Os Aflitos, item 20, vem afirmar para nós que a felicidade não é deste mundo, fazendo menção às citações de Salomão, Rei de Israel e filho de Davi, no livro bíblico de Eclesiastes, Capitulo 2, versículos 4 a 11. Neste livro Salomão explana que “fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie”... “Amontoei para mim prata, e ouro, e jóias de reis e províncias...” E assim Salomão vai versando, deixando a conclusão de que esses prazeres e essas riquezas não lhe trouxeram a tal felicidade. Ela não era daqueles mundos.
Mas o que será que essa afirmação, “A Felicidade Não é Deste Mundo” vem nos dizer?
Vamos analisar, calmamente, e tirarmos nossa conclusão.
Algumas pessoas confundem felicidade com algazarra, gritaria, bagunça, bebedeira, desordem e tumulto, mas a felicidade só é verdadeira quando associada à serenidade, caso contrário, se torna desespero.
Se aquilo que sinto tira a tranquilidade, irrita, humilha, magoa e atormenta a vida do outro, não pode ser felicidade.
Vivemos  em  um  mundo  tão caótico que  nos momentos em que
supomos estarmos felizes fazemos deles também um caos.
 Quantos fogos de artifícios são usados para comemorar eventos, causando barulho, incomodando crianças, animais, idosos, pessoas hospitalizadas ou que têm problemas de insônia, ou que estão dormindo ou trabalhando nessas horas; ou alguém que está estudando naquele momento.
Às vezes, enquanto os familiares velam o corpo de um ente querido, outros estão com som alto ligado em carros ou em suas casas, ou na bebedeira, falando coisas indevidas, não respeitando a dor e aquele momento difícil para muitos.
Nos momentos em que o time ou o atleta de nosso esporte predileto vence, saímos desvairados pelas ruas e avenidas, tirando o sossego alheio. Algumas pessoas aproveitam este momento para descarregarem nas outras, toda raiva e descontrole emocional. Essa euforia, na verdade, se torna um momento de desabafo e descontrole emocional, e muitos já foram feridos, tiveram prejuízos ou perderam suas vidas em tais circunstâncias.
Essa realidade precisa ser mudada partindo de nós.
            Primeiramente, diga a si mesmo “preciso me acalmar”.
            Depois analise o evento racionalmente, refletindo sobre os riscos em que irá se expor e  as outras pessoas, perguntando-se:
É seguro?
É correto eu proceder dessa forma?
Se alguém agisse assim comigo como eu me sentiria?
            A serenidade certamente virá após essas reflexões e a ação corresponderá a ela.
Vamos analisar, agora, a palavra mundo, que possui diversas acepções como o Mundo da Moda, das Drogas, da Fama, do Crime, da Violência, Mundo do Poder, ou o Mundo de alguém. São desses mundos que Eclesiastes nos fala. Procuramos a felicidade em coisas efêmeras, que os ladrões roubam, as traças corroem e o tempo desfaz.
O que nos faz feliz de fato é tornar o outro feliz, enviando-lhe uma mensagem edificante, e não lhe indicando livros, filmes, jogos ou sites inadequados. É doar-lhe um pouco do que temos e uma fração de nosso tempo.
 Não há como sermos felizes com crianças passando fome, velhinhos abandonados e esquecidos nos asilos, irmãos nossos debaixo de viadutos e marquises, animais abandonados e famintos pelas cidades, se não estivermos fazendo nada para sanar essas situações. Não resta dúvida, a felicidade não é mesmo destes mundos. Mas não nos entristeçamos. Não consintamos que essas coisas nos abalem. Acreditemos no Supremo Arquiteto do Universo, nas forças que Ele e nós temos, nesse estranho poder de transformação e regeneração que pode ocorrer diante do perigo e da dor.           
Apesar da felicidade não ser destes mundos, ao passarmos por eles entendendo seus transitórios valores, compreenderemos que eles poderão ser caminhos para a felicidade real.
Muitos de nós somos seres muito frágeis e em diversas ocasiões sentimos como se o chão tivesse sumido debaixo dos nossos pés. É a separação ou traição conjugal, a traição de um amigo ou parente, a corrupção no mundo político, as drogas, a violência, os filhos difíceis, os pais que não nos entendem, o chefe exigente, o funcionário indisciplinado, o vizinho barulhento... Todas essas situações conflitantes, todavia, são testes e oportunidades valiosas que, se soubermos aproveitar, será cada uma delas um degrau, compondo uma escada que nos levará à nossa felicidade.
Sofremos diversas vezes, porém há pessoas que precisam de nós, e nesse instante alguém está passando por problemas tão ou mais difíceis que os nossos. E nesse ínterim vem uma voz que nos diz assim: “Você não está sozinho”.
Por isso acredite firmemente que por pior que seja a situação sempre há uma boa saída.  Há um DEUS maravilhoso que zela por nós, que nos dá forças, que quer que usemos a pedra do tropeço como meio para realizar mudanças.
Somos capazes de coisas realmente inimagináveis. Somos capazes de realizar grandiosas coisas sem fazer coisas grandes.
Não tenhamos pressa em alcançar nossas metas, pois na pressa de fazermos as coisas podemos pôr tudo a perder.
Creiamos em nossos sonhos por mais absurdos ou sem lógica que possam parecer perante aos olhos dos outros, e ajamos com nobreza para realizá-los. Seja um sonhador operante.
Se errarmos, não vamos ficar pelos cantos, nos remoendo, como se isso fosse o fim de tudo. Sempre é tempo de recomeçar.  Não importa qual seja nossa idade física, o importante é nosso estado de sanidade mental.
Não julguemos; em vez de julgar procuremos entender.
 Não se desespere.  Tenha convicção de que tudo vai passar.
Essa voz que ecoa em nossas mentes são dos emissários divinos que desejam o nosso bem e nossa vitória nas adversidades do percurso. E a  nossa vontade de aprimoramento será secundada por eles, pois ela é material de trabalho indispensável aos irmãos missionários.
Quanto a nós devemos passar ao outro o que recebemos do plano superior. Talvez, o que esteja faltando àquela pessoa que está desalentada ou descontrolada é isso: Palavras de estímulo e motivação para o soerguimento. Vamos até ela e revigoremos-la porque, um dia, nos momentos difíceis que atravessávamos Deus enviou alguém para nos auxiliar. Passe à frente. Recebemos em conformidade com o que damos ou deixamos de dar. Em nosso lar, no setor de trabalho nos deparamos muito com tais situações. Familiares, amigos, encarregados de secção, antes de qualquer virtude ou profissionalismo precisam ser fraternos. Todos nós podemos ser humanos, não nos limitando apenas a cobranças e a tratar as pessoas como se fossem robôs, mas oferecer algo de bom e reconfortante, reconhecendo, assim, os acertos individuais e coletivos, motivando todos a elevarem-se.
Querer as benesses apenas para nós é o que desestrutura nosso mundo. O que causa as guerras é essa ambição de querer só para nós o que é
bom. Isso se chama egoísmo. Querer manter em nosso poder o que é bonito tira a beleza que viceja.
Quando aprendermos a divisar e a dividir o belo estaremos espalhando em nossa volta o bálsamo da fraternidade que irá nos consolar e felicitar-nos, juntamente com aqueles que caminham junto de nós.
No passado, diversos tipos de invasões e guerras, implantadas por infelizes verdugos, sucederam.  Ao mesmo tempo, de geração em geração, novos guerreiros vão sendo criados e deixam seus ensinamentos para aqueles que virão, posteriormente. No meio de tudo isso, estamos nós, os que testemunharam a manifestação da força desses lutadores e são os encarregados de repassarem a experiência vivida ao lado deles, onde alguns apoiam, mas outros condenam, se omitem ou lavam suas mãos. Mas mesmo sendo egoístas e ditadores, percebemos que os algozes e carrascos dos enredos diversos da vida entendiam o que era bom, belo e bonito, mas as dificuldades que eles tinham era a de buscar a construção desse bom, belo e bonito dentro deles.
                                                                                          Autoria: Sidney





Capítulo 04
Necessidade de Entender
Devido aos diversos acontecimentos do dia a dia, nos melindramos frequentemente.
Alguém nos diz algo que nos magoa, faz um comentário que nos desaponta, tem uma atitude que nos decepciona ou nos olha de uma maneira que não gostamos. Tais situações nos deixam incomodados, mas não devemos permitir que esses pormenores tornem-se maiores do que são, de fato. Se observarmos, vamos entender que é a nossa maneira de reagir diante de tais situações que faz com que elas tomem proporções maiores do que têm.
 Supondo que alguém falou ou nos fez algo que não aprovamos. Será que a intenção foi de ferir? Ele pode ter falado sem querer magoar. Pode ter agido por um impulso nervoso e, assim, acabou por ferir nossos sentimentos. Talvez ele tenha agido de determinada forma porque estava também molestado.
No livro Jesus no Lar, de Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, editado pela Federação Espírita Brasileira, há uma mensagem que nos faz refletir sobre tais circunstâncias.
A mensagem é a de número 35 e nos fala que “em uma reunião entre Jesus e seus condiscípulos, um dos companheiros aparentava em seu semblante profundo desânimo e abatimento. Jesus, então, lhe pergunta o que aconteceu e ele conta que fora maltratado por pessoas das quais ele cobrou algo que lhes deviam.
Após ouvi-lo, pacientemente, o prudente Rabi narra que um grande estudioso dos textos de Job, (ou Jó) que era devotado às causas da compreensão e da bondade, organizou uma escola em que ensinava com grande maestria.
Recebendo em seu instituto um aprendiz irrequieto e apressado, que vivia se queixando dos maus tratos que lhe foram dispensados, saiu juntamente com ele pelas ruas de Jerusalém, pedindo esmolas para determinados serviços no templo. A maioria dos abordados dava ou negava com indiferença, mas um deles respondeu-lhes grosseiramente ao ser interpelado. O mestre segurou o aprendiz pela mão e o seguiram até certa distância. Não demorou muito e aquele homem que os ofendeu caiu repentinamente, gemendo de dor, tendo que ser socorrido por aqueles que ali passavam. Perceberam, então, que aquele homem sofria de cólicas terríveis.
 Continuaram a pedir auxílio quando se depararam com um cavalheiro que não lhes deram a menor importância. Acompanharam aquele homem até sua residência, e ao chegarem lá e encontrarem um grupo de pessoas chorando, procuraram saber o que estava acontecendo e porque aquele homem que ali chegou chorava tanto. Informaram-lhes que sua filha havia falecido há algumas horas.
Os dois saíram daquele local e continuaram a pedir adjutório para a manutenção da escola e, desta vez, um rapaz dirige-lhes fortes palavrões. Eles se afastam um pouco e daí a algum tempo percebem que aquele jovem tinha distúrbios mentais.
Foram em busca de outras pessoas que pudessem lhes acolitar, e o homem a quem eles se dirigiram, ameaça-os violentamente. Foram notificados em seguida de que era um negociante falido, que havia perdido tudo e se tornado escravo da noite pro dia.
O instrutor se aproxima do jovem e lhe fala:
__Entendeu a lição? Procure compreender as reações do outro, não se queixando do comportamento alheio. O primeiro homem que abordamos era um enfermo sofredor. O segundo guardava a morte em casa, o terceiro era desequilibrado mental e o quarto havia perdido toda sua fortuna.
Aquele que nos maltrata, age desta forma porque está passando por momentos difíceis e está trilhando uma estrada mais escura e espinhosa que a nossa. Quando encontrarmos pessoas assim, tenhamos compaixão e auxiliemo-las na recuperação” ...
Não faça de sua dor a dor dos outros.
Suportar nossas aflições, procurando uma forma de superá-las sem alarmar os companheiros, afligindo-os, é passo seguro rumo ao triunfo.  
Não ignore as lições externas e sua capacidade interna.
           Tome iniciativas e aumente suas potencialidades.
          Brio ferido é oportunidade de reflexão e indulto, e reflexão e indulto é vida que se renova.
Convide a si mesmo a auxiliar-se e elabore mecanismos de refazimento. Não espere que venha do outro, deixe que venha de você.
Entenda, todavia, que para crescer é preciso perceber que somos muito pequenos. 
As intenções de alguém podem ter sido de não nos ferir, mas de nos alertar.
Conversar com alguém sobre nossas angústias, dividindo nossas preocupações e incertezas não é errado. Vamos apenas tentar não fazer o outro sofrer junto.
Se aquelas pessoas tivessem conversado com os dois pedintes em vez de descarregar neles suas frustrações teriam encontrado um lenitivo para seus tormentos, mas aquela foi a forma que eles intentaram de desabafar e dizerem, disfarçadamente: “Eu estou sofrendo”.
A atitude daquelas pessoas era, na verdade, um pedido de socorro que mestre e discípulo entenderam mais tarde. Mas pelo fato dos pedintes não terem revidado e terem compreendido as agressões, a ajuda já foi concedida. O silêncio, em certas é ocasiões, é a melhor resposta e a melhor acolhida.
Neio Lúcio termina a história dizendo que Jesus encerra a lição daquela noite falando aos companheiros assustados que “O touro retém os chifres por não haver ainda atingido o dom das asas. Reclamamos, diariamente, contra a ovelha que nos perturba o repouso, balindo atormentada; todavia, raramente nos lembramos de que o pobre animal vai seguindo, sob laço pesado, a caminho do matadouro”.
Empenhemo-nos para não sermos a ovelha e nem o touro e entendamos e aceitemos os touros e as ovelhas que surgirem em nossa marcha.
A mensagem de “Jesus no Lar” tem o título de A Necessidade do Entendimento. Temos a necessidade de entender a dor e o sofrimento de nosso próximo e o dever de não atormentá-lo com nosso desespero porque, talvez, imaginamos que os sofredores somos nós quando, na realidade, aquele a quem levamos nossas frustrações esteja passando por tormentos maiores. Às vezes, Achamos que somos a ovelha ou o touro quando deveríamos ser aqueles que prestam auxílio e compreensão, em vez de exigirmos essas virtudes do outro.
Quando alguém descarregar sobre nós sua ira, lembremo-nos imediatamente dessas situações e tragamos em nós este lembrete: Ele está ferido, talvez do corpo, das lembranças ou da alma; talvez de múltiplas formas...
 Temos todo o direito de conversarmos sobre nossas tribulações com um amigo, uma pessoa de nossa confiança, mas com a certeza de que é o Pai que nos assistirá com o medicamento adequado. Entretanto, se faz mister entendermos que, às vezes, o que imaginamos ser a doença é, na realidade, a cura. Para alguns males tais quais a fuga, a rebeldia e a crueldade não existem remédio. A dor é o próprio medicamento, porém é preciso ingeri-lo e digeri-lo. Esse fármaco, às vezes, é amargo e tem sabor desagradável, no entanto, é dele que precisamos para expelir nossa carcoma, aliviar nossa angústia e cicatrizar nossas chagas para que possamos soerguer e prosseguir.
E quanto às nossas dores, vamos entregá-las a DEUS na certeza de que Ele nos dará forças para suportá-las e proverá o reparo devido. Aceitação. A aceitação de Deus como Nosso Pai e Senhor supremo do amor deixa-nos passíveis à recepção do elixir da cura proveniente da Farmacopéia Divina a emanar do Criador para todas as criaturas.   
Autoria: Sidney    

Capítulo 05
Crianças: Sementes de Paz
Uma ação que deve ser empreendida por nós é a de darmos a devida atenção e assistência às nossas crianças, já que elas, através do que recebem do mundo e de nós, construirão o amanhã.
 Crianças abandonadas e maltratadas pelas pessoas se revoltam, e muitas crescem cheias de ódio e agressividade, atacando e revidando os maus tratos que receberam.  São protagonistas de uma trama mal desenvolvida. Ao crescer nas ruas, entre garotos violentos ou em um lar desestruturado, uma criança terá todas as chances de se tornar uma pessoa rancorosa e infeliz.
Hoje em dia, lamentavelmente, muitas de nossas crianças estão perdendo o amor pelos animais, pelas pessoas, pela natureza e pela vida. Algumas não ouvem nem sequer falar de Deus.  Muitos pais, com uma filosofia de vida um pouco desvirtuada, mal têm tempo para dar um abraço e um beijo em suas doces crianças, de brincar com elas no jardim ou em um campo, de fazer um passeio pelas ruas e tantas outras diversões saudáveis. Com isso, a educação de nossas crianças fica a mercê da TV, da Internet, dos jogos e sites inadequados e de diversos outros formadores de caráter iníquos. Desde muito cedo está se cobrando da criança dedicação aos estudos escolares, construção de um futuro material e inserção no mercado de trabalho tão competitivo. Não podemos ser contra ao fato de os pais quererem o melhor para seus filhos, mas o que  estão querendo é o melhor?
 Os pais devem ensinar e incentivar seus filhos a trabalharem desde pequenos. É claro que não se pode cobrar dele o desempenho de um adulto e deve-se tratar uma criança com seriedade e não com severidade. Uma criança, dentro de seus limites, pode e deve sim trabalhar. O que não podemos é querer que ela tenha o melhor salário, acima de qualquer coisa, ou deixar que ela fique o dia todo em frente a um aparelho de TV ou  computador, assistindo filmes, programas e jogando jogos que vão estimular  seus instintos bestiais.
Evidentemente, nem toda mídia é desfiguradora de valores educativos. Nesses meios de comunicação temos bons programas e entretenimentos elucidativos. O que acontece é que as crianças estão receptivas para as influências e as sugestões externas, e no atual estágio evolutivo do cenário da vida que atravessamos, as de calibre inferior são as  mais noticiadas ou buscadas. Daí, se alguém lhes disser que andar com uma arma é correto e normal, elas acreditarão, e se os pais não estiverem participando de suas vidas, não saberão o que elas estão aprendendo e fazendo. São dadas a elas roteiros de vida produzidos por mentes e corações voltados para o obscurantismo. Assim, são dirigidas e distribuídas às piores situações, que ficam sendo responsáveis por elas e as educam de forma violenta. É como se uma coleira ou um chip fossem colocados nelas, envolvendo-as. Elas, agora, obedecendo ao comando de seus donos, agem violentamente.
A situação chega a esse ponto porque quando os pequeninos sentiram vontade de  brincar, de terem o pai e  mãe do lado; quando tiveram a necessidade de conversar sobre sexo, sobre seus sonhos e suas vidas, os pais não estavam por perto. Então, eles procuraram alguém, que lhes ofereceram um cigarro, um copo de bebida alcoólica para relaxar ou uma dica que os inseriram no submundo.
Todavia, essa conduta pode ser modificada. Ao encontrarem alguém que comece a lhes falar do outro lado da vida, de bom comportamento, de segurança, toda essa agressividade vai desaparecendo, fazendo com que se tornem dóceis e sensíveis.
A educação infame, que deixa os pequeninos agressivos vem da seguinte linha de pensamento: “Peguem eles (o ser humano) jovens e as possibilidades serão infinitas.” Essas possibilidades são infinitas tanto para coisas libertinas quanto para as íntegras. Através da educação dada a uma criança, ela poderá se tornar um ser humano bom, bem educado, pacífico, dedicado, consciencioso e feliz ou poderá se tornar um ser humano violento, agressivo, rebelde, desleixado, dependente químico e triste. E em se tratando dessa educação nos referimos não apenas à participação ativa dos pais na vida de seus filhos, do diálogo, das orientações, da pregação de se ter consideração pelos demais, do afeto, mas também da colocação de limites, do valor do trabalho honesto, dos cuidados à saúde, do respeito e da preservação do meio ambiente, que é fonte e manutenção da vida.
          E quanto ao futuro?
Alguns pais querem realizar seus sonhos em cima de seus filhos, e muitas vezes, antes de nascerem, seus destinos já estão traçados por eles. Um quer que o filho seja cantor, o outro jogador de futebol, basquete, vôlei. O outro quer que o filho seja ator, ginasta, médico, advogado, ou qualquer outra profissão que lhes deem status.   Pobres crianças! Já nascem tendo que ser os reflexos dos sonhos materialistas de frágeis pais. Daí, então, se tornam maus profissionais que tinham sonhos mais modestos como ser um cozinheiro, pedreiro, professor, caminhoneiro ou qualquer outro sonho ou aptidão brotados dentro deles e não enxertados em suas mentes.
Qual é o mal que pode haver em ter um filho ou filha gari, um varredor de rua, um auxiliar de pedreiro, jardineiro, secretária, professora ou qualquer outra função? Alguns pais se sentem humilhados com a possível situação humilde de seus filhos e traçam normas e caminhos que eles têm que seguir. Só que, futuramente, as decepções vêm: Insatisfação  com  a profissão,  infelicidade nos negócios, depressão, fuga para o mundo das drogas, casamentos desfeitos, porque alguns pais, não satisfeitos em escolher a profissão de seus filhos, querem também determinar com quem vão se casar, desde que o escolhido tenha uma família tradicional, fazendas, terras, um bom saldo bancário e tantos outros requisitos fundamentais para um bom investimento financeiro, apenas. Resultado: Infeliz na família, na profissão e na vida conjugal... Quantas desilusões.
Enquanto não houver uma conversão de valores materiais para valores espirituais, éticos e morais, o resultado será sempre o mesmo.  
Estamos esquecidos que as raposas têm as suas tocas, os lobos seus covis e o filho do homem não tinha onde repousar sua cabeça.
 Maria, a mãe do Nazareno, não se preocupou em nenhum momento que Jesus fosse um doutor, como muitos da época. Ela simplesmente deixou que  fosse Ele mesmo. Preocupou-se, como toda boa mãe, mas respeitou a liberdade de escolha de seu amado filho.  Entendeu que os filhos são criaturas que Deus, nosso pai, coloca sob nossa responsabilidade para os guiarmos, orientá-los, mostrando a que ponto cada caminho pode levar.
É papel dos pais, entre os demais, conversar com seus filhos sobre todos os assuntos, inclusive sexo, ensinando que sexo deve ser com a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa. Qual é a pessoa certa? Aquela que você ama e a quer sempre do seu lado. Qual é o lugar certo? Em um ambiente familiar, tranqüilo e não em prostíbulos, ambientes de orgia e baderna. Qual é a hora certa? O momento em que os dois querem.                                           
          Devemos ensinar aos nossos filhos e alertá-los para que tenham amor
pelos animais, porque nossas crianças aprenderão com nossos exemplos e imitarão nossos atos.
Muitos filhos crescem achando que seus pais são seus escravos e são obrigados a lhes darem tudo o que pedem. Alguns outros são incapazes de ajudar nas tarefas da casa facilitando e ajudando aos pais nesses afazeres tão cansativos. Foram acostumados a terem tudo nas mãos e não foram despertos sobre a necessidade de viver em família, onde tarefas precisam ser divididas, responsabilidades adquiridas e compromissos assumidos.
Não é nenhuma vergonha varrer uma casa, lavar louças ou lavar o banheiro. Isso demonstra humildade e gratidão. Por isso, desde cedo, deve-se ensinar aos nossos filhos a cuidarem de uma casa para que não cresçam achando que tudo tem que chegar à mão, pronto. As crianças precisam brincar, estudar, mas precisam de ter suas consciências despertas para suas responsabilidades na construção de um mundo.
E nós filhos, devemos gratidão e reconhecimento por nossos pais, esses seres que nos ajudaram a retornar à vida física. E mesmo que não sejam aqueles que gostaríamos que fossem não podemos deixar de admitir a importância deles em nossas vidas. Nossa mãe ou alguém que um dia nos amamentou, nosso pai ou qualquer outra pessoa que nos deu sustento, carinho e amor merecem nossos agradecimentos, e graças a esses gestos e a nossa proposta de mudança, toda revolta e infelicidade, que às vezes carregamos conosco, irão se desfazer, e nos tornaremos criaturas serenas e amorosas. Todos nós, um dia, assim seremos.

Sou tão pequenino, frágil como a flor;
Sou uma criança, preciso de amor.
O que será que serei quando crescer?
Só posso ser o exemplo de você...

Não me dê o mundo, me dê só o seu carinho,
Sua companhia, não posso viver sozinho.
Ame a natureza que com você vou aprender;
Nossas vidas se completam,
E  hoje venho aqui pra te dizer:
 Eu preciso ser amado, viver minhas fantasias,
Quero ter a minha infância, amanhã é outro dia...
Não coloque a culpa em mim, o mundo eu não posso erguer;
Eu te amo de verdade, isso é felicidade.
Vê se lembra de jamais me esquecer

O menino Deus, na manjedoura nasceu,
Foi criança pobre, mas feliz ele cresceu
Porque teve amor e o afeto de seus pais;
Não quero mais guerra, quero só viver em paz!

Partindo do autoconhecimento, do conhecimento e reconhecendo a necessidade premente de entender e cuidar do espírito na infância corporal, para que tenhamos adultos reformados, é estarmos prontos para plantar, cultivar e produzir cem por um; a frutificação nasce de uma simples e pequenina semente. Eis que o semeador saiu a semear...
Com o ensino, os cuidados e o amor que as famílias e a sociedade ministram no dia a dia a uma criança ela se tornará um anjo do bem.
A infância é a oportunidade concedida ao espírito para que os vícios sejam extintos e as virtudes florescidas. O papel dos pais e da sociedade é o de trabalhar para que isso se cumpra. Quando retiradas do meio lúgubre em que se encontram e forem dadas atividades saudáveis a elas, serão fundadoras de um novo mundo  cuja filosofia deverá ser aquela que consiste na ideia em que todos se afinizem com o bem. Assim, elas serão retiradas desse movimento ondulatório que tem como objetivo a divulgação e a vivência de princípios destrutivos. Tendo contato com ensinamentos que possibilitem a iluminação espiritual, os pequeninos terão êxito na sublime tarefa de construção de um habitat pacífico, tornando-se cristãos.
Criança: Esperança e símbolo de uma Pátria, futuro brilhante de uma Nação.
                                                                                                          Autoria: Sidney


Capítulo 06
A Coragem e  o Poder da Amizade
Atitudes de coragem e demonstrações de amizade são raras no mundo em que vivemos. Na maioria das vezes nos preocupamos apenas em salvar nossas peles ou em conservar nossas regalias a qualquer custo.
Muitos daqueles que se levantaram contra um sistema opressor, tirano e cruel pagaram com suas próprias vidas e entraram para a história de uma forma positiva e heroica.
Vemos, diariamente, em nossa volta gente que, para ter uma gratificação de encarregado, um cargo de chefia ou uma posição de destaque dentro da sociedade é capaz de vender a própria alma. Para se ter mais lucro, agradar aos seus superiores ou mostrar serviço não se importam em sobrecarregar-se e humilhar seus circunstantes. Levados pelo desejo de soberania e poder se endividam perante as Leis Divinas.
Os donos de algumas empresas, salvo exceções, estão preocupados em se enriquecer para ostentar  luxo e vaidade,  esquecendo-se de que tudo isso passará e de que tudo será restituído a quem for de direito.
A relação entre líderes e liderados, família, entre nós, de uma forma geral, deve ser, antes de tudo, de amizade, confiança, profissionalismo e respeito de limites. Não podemos, em hipótese alguma, exigir do outro algo que ele não possa ainda nos dar. Precisamos entender que lidamos com seres humanos e não com máquinas. Trabalhamos com pessoas que têm sentimentos e problemas.
Se soubermos avaliar as pessoas, perceberemos que através do diálogo, da análise, do incentivo e da liberdade poderemos formar excelentes profissionais, cidadãos e amigos.
Todas as coisas que surgem em nossas vidas são empréstimos do Pai e testes para ver como nos saímos, e teremos que prestar conta de tudo aquilo que fizemos.
Sócrates, filósofo grego, disse: “Chamo de preguiçoso o homem que podia estar mais bem empregado.”
 Talvez, quando cobramos algo de alguém, em vez de receber uma cobrança o que esse alguém necessita é de um abraço, uma transferência, um olhar de compreensão, um sorriso ou então uma pergunta do tipo “você está  passando por algum problema?” “em que posso lhe ajudar?”, “como estão as coisas?”, “como está sua família?”, “o que você acha que poderia mudar em seu setor de serviço ou instituto de ensino?” “como poderemos melhorar nosso relacionamento?” ou “ vá para casa descansar!”
Através dessa aproximação vamos mostrando aos conviventes que nos importamos com o bem-estar de todos e não queremos saber apenas de produtividade e vantagens. E quando estabelecemos esta relação de aproximação e intimidade, os laços de amizade se fortalecem e, trocando confidências, expressando sentimentos, dividindo alegrias e preocupações vamos nos tornando irmãos afetivos.
E quando somos liderados (e todos somos de alguma forma), devemos nos esforçar não para agradar quem quer que seja, mas sim para desempenharmos bem nossa função, procurando entender que aqueles que são responsáveis por determinado setor, também têm suas frustrações e cada um de nós pode ajudar a facilitar as coisas para eles em vez de dificultar. Se acaso não concordarmos com determinadas regras e atitudes vamos explicar, nos justificar, apresentar nossos argumentos, deixando bem claro qual o nosso ponto de vista e se for o caso, não aderirmos a ele.
Dentro de um local de trabalho precisa de se ter compreensão e responsabilidade. Observamos que muitas pessoas, por trabalharem no Setor Público, acham que podem fazer o que bem quiserem. Outros, por se acharem protegidos por alguém, pensam assim, também. Cada um tem seu compromisso, e independentemente de sua evidência deve fazer esse trabalho com o maior profissionalismo possível. Se quisermos um salário melhor, uma vida mais abastada vamos em busca disso, porém, enquanto estivermos em determinada função, façamo-la bem, entendendo que minha negligência e falta de seriedade interfere na qualidade do trabalho executado  pela instituição que defendo.
Tenho observado, principalmente na época em que escrevo este livro, 2009, a questão da Crise Econômica Mundial, a tal da contenção de despesas que não precisaria existir se houvesse solidariedade. Algumas empresas não estão preocupadas em conter despesas, mas sim em deixar de lucrar. E se alguém tem que sofrer as consequências que sofra o funcionário. A empresa não pode perder algum dinheiro, mas não tem problema o funcionário perder seu trabalho. E aí surge o desemprego, a violência atinge proporções cada vez maiores, o homem liga a TV, o rádio ou abre o jornal e
vê  que  milhões  e  milhões são  desviados ou jogados  fora constantemente.
Abuso de poder público é praticado. Desperdício de dinheiro é evidenciado.
A população se revolta, formam-se quadrilhas, bandos e traficantes, que vão fazer e praticar atos ilícitos, uma vez que quem deveria dar exemplo de hombridade não o faz. Observe bem  nossa responsabilidade no mundo.
 É difícil aceitar certas atitudes e revoltas que ocorrem em nosso meio, mas os que cometem tais atos agem insubordinadamente porque vêem diariamente o descaso, o egoísmo, a ganância, as enganações e a impunidade prevalecerem. Por isso, não podemos acoimar. Podemos observar, concluir, mas sem condenar, porque todos merecem uma nova oportunidade, sem regalias.
Às vezes, nos achamos civilizados, pacíficos, mas será que se víssemos nossos filhos, pais, irmãos ou alguém de quem gostamos  muito morrendo de fome por não ter o que comer, sendo injustiçado, chorando ou morrendo por falta de atendimento na fila de um hospital  continuaríamos a ser civilizados? Ou será que vamos esbravejar, gritar, chorar e entrar em desespero, como muitos fazem?
Quando se trata de dor, a nossa é sempre mais forte que a do outro, não é mesmo? E talvez seja somente quando ela vem nos visitar  que entendemos a dor alheia. Enquanto eu estiver bem, tudo também estará, mas quando o sofrimento bate em minha porta quero saber o porquê e quero descontar a minha raiva em alguém por não saber aceitar as intempéries do caminho.
E a dor vem para todos, sem exceção. Potentados, humildes, ricos, pobres, todos nós choramos, gostamos de nossos familiares, nossos bichos, nossos amigos; sentimos falta de carinho e atenção. E quando sentimo-nos lesados em algum âmbito despejamos nos outros nossos malogros, e  de vez em quando o fazemos com as pessoas que nos são próximas. Sabe por quê? Porque acreditamos que irão nos entender. São nesses momentos que teremos que reunir todas as nossas forças e fazermos de tudo para identificar e medicar as dores do mundo que nós ou alguém, em alguma época, causou. Por esse motivo, nossa visão deve ser voltada para o amanhã, para as recompensas e penas futuras, na certeza da organização das coisas e no cumprimento da Justiça Divina. Agir violentamente não nos fará sentir melhores. É preciso agir com   serenidade, entendendo que nada escapa dos
desígnios do Pai...
Pensar nas dificuldades alheias é algo que devemos fazer.  
Frear nossa fala e fazer colocações sensatas é prudência benéfica a acalentar corações.
Assumir nossos erros, pedir desculpas, reconhecer que falhamos são atitudes convenientes de nossa parte e é o primeiro passo para a transmutação. O segundo é nos esforçarmos para não repetirmos nossas falhas. O terceiro e último passo é a automatização em seguir a Lei de Amor.  Agindo assim, teremos aprendido a amar, e seguiremos com passos firmes  rumo ao  infinito servir, guiando, outrossim, os passos cambaleantes de nossos quinhoeiros.
“Entrai pela porta estreita; porque a larga é a porta que conduz à perdição.” Mateus, 7: 13.
Quando cumprirmos nosso dever, sacrificando-nos para salvar vidas e eliminar a miséria moral e material que nos circunda seremos reconhecidos e recompensados por nossos atos, pois a cada um de nós será dado de acordo com  nosso merecimento e de acordo com o que tivermos feito. A cada um será dado conforme suas obras.
Qual é o tipo de recompensa que você quer ter?
Tomemos cuidado com as portas largas que o mundo abre para nós. Podem parecer prazerosas a princípio, mas fustigarão a consciência.
A porta estreita vai exigir de nós renúncia, piedade, resignação e fé; é a que vai nos levar para junto dos amigos espirituais elevados nos quais podemos confiar em absoluto, pois têm a pureza como essência, e suas atitudes são em conformidade com a vontade do Criador. Por isso, cultivar amigos é sabedoria da alma que reconhece a relevância da vida.
Sejamos amigos.
Façamos amigos.
Tenhamos amigos.
Amizade... Esse é um dos sentimentos que compõe e que mais se aproxima do amor.
Autoria: Sidney 


                                                                 Capítulo 07
 Praticidade, Simplicidade e Eficiência
Vivemos cercados por muitas regras e burocracias em nosso cotidiano. Algumas delas são de grande utilidade, mas outras são um atraso de vida.
Se você observar, em seu trabalho, em sua escola, em sua vida e em tantos outros departamentos, nos deparamos com certas formalidades que tornam nossa vivência uma lentidão, fazendo com que certos procedimentos caminhem vagarosamente.
Algumas dessas regras têm sua eficácia, mas outras aprisionam e amarram o sistema. Mas que sistema? Todos.
            O SUS, Sistema Único de Saúde, o Sistema Judiciário, o Político, o Sistema Prisional e qualquer outro que tenhamos.
Quantos procedimentos inúteis são adotados para se marcar um exame, para se legalizar ou invalidar algo, para votação ou aprovação de determinado projeto, a cassação de um gestor ou membro da Câmara dos Deputados ou do Senado, a liberação de um preso e por aí vai; ou melhor, não vai. A coisa emperra. Mas não para todos, porque se houver certas pessoas envolvidas, conchavos, tráfico de influências, jogos de interesses, aí a coisa realmente não anda; ou anda, dependendo do interesse e da interferência desses falsos manipuladores. Falsos porque paira sobre eles um poder maior que sempre  prevalecerá.
 Quebrando um pouco o regulamento, conseguimos descobrir outras
saídas. E assim devemos proceder. É preciso deixar certas regras de lado, procurando fazer as coisas de um jeito prático e eficaz.
O grande estudioso das Artes-Marciais, Bruce Lee mencionou uma frase que versa sobre regras e regulamentos: Aceite o que for útil e rejeite o que for inútil.
Bruce Lee foi um homem que quebrou regras, aquelas que não funcionam e que cristalizam o indivíduo, sendo um pensador e filósofo, que não se preocupou em seguir o sistema, mas sim em usar o seu método variável. Ao observar os diversos estilos de Artes-Marciais, analisou cada um, observando o que funcionava e o que não funcionava, desenvolvendo, assim, uma forma sem forma de lutar, de viver, de aprender e apreender, o que chamou de jeet-kune-do, que significa O caminho para interceptar o punho.
Jeet-Kune-Do, então, é o estudo, a busca de um caminho e de um meio melhor de se fazer as coisas, onde se retira tudo aquilo que entrava o crescimento de algo. É o estudo de si mesmo, a análise, o pensar inteligente de uma mente vazia e sem pré-concepção, e não de uma mente confusa e atordoada por regras, dogmas e vícios de comportamento.
            Não se pode ensinar e nem aprender JKD; JKD é uma mutação constante; simplesmente flui. É algo meu ou seu; é individual. Não pode existir professor ou instrutor de JKD. Pode haver intérprete desse processo de descoberta e inovação. Cada um deve buscar, e explorar o seu Jeet- Kune- Do. Jeet Kune Do não pode ser copiado ou imitado. Deve crescer espontaneamente em cada um ao ponto de se tornar natural. É o aperfeiçoamento ou evolução máxima do indivíduo, exteriorizando-se através de sua técnica. Jeet Kune Do é a essência, a parte sadia de algo.
 As leis, as regras, a burocracia e a justiça terrena funcionam bem mais a favor de alguns. Sabe por que, leitor amigo? Porque nós nos deixamos corromper muito facilmente. A lei de levar vantagem fala forte dentro de nós.
Quando nos preocupamos em seguir o sistema, em vez de mudá-lo, não procurando um meio melhor e mais ágil de fazer determinada coisa funcionar, tornamo-nos seres mecânicos, desprovidos de sensibilidade e criatividade. Transformamos-nos em apenas mais um, em vez de sermos um, único, verdadeiro, pensante e atuante. E nós temos como mudar o sistema, sim. Primeiramente devemos mudar a nossa forma de pensar, segundo a nossa forma de falar e terceiro a nossa forma de agir, dizendo SIM à tudo que funcione bem e que gere bons frutos e NÃO, “eu não concordo”, “não aceito” e “não faço” coisas que estejam causando o sofrimento alheio ou que estejam indo contra aquilo que é salutar.            E, assim buscar melhores condições de vida para todos, deixando nossos interesses mesquinhos e egoísticos de lado, buscando o Jeet-Kune-Do, o melhor, a essência, um caminho que funcione para nós, sem nos atermos em tradições e apegos inoportunos.
Às vezes, ao quebrarmos certas regras ou desfazê-las, percebemos como tudo funciona melhor. A vida não é para ser levada com rigor total. Não podemos ser sérios ao extremo. Não somos uma carcaça de ferro, somos  seres  espirituais  passando  por uma  experiência humana à qual nos
possibilita o aprendizado através das experiências dos erros e das tentativas na busca de  outros caminhos.
Ficamos desorientados com tantas normas e estamos expostos a regulamentos que amordaçam e estagnam nossas almas.
O ponto comum entre essas normas é o desejo de controle e organização, o que é compreensível. Entretanto, somos seres imperfeitos e grande parte das pessoas que criam essas regras ou que chefiam determinado departamento está ali por jogadas mal ensaiadas ou más manobras políticas, e não tem habilidade para exercer a função que se predispõem ou que receberam. Por outro lado, temos profissionais dignos de assumirem cargos que ocupam. O problema está no porque e para quem se está oferecendo, e no porque e para que se está aceitando. Devido a isso, antes de nomearmos alguém para um cargo deve-se ver se esse alguém tem capacidade humana e técnica para isso. Se tem humanismo e instrução.
Nessa nossa busca por essa liberdade ___com responsabilidade e seriedade__, nos contundiremos, mas o esforço valerá à pena porque estaremos libertando- nos dessa mordaça, os regulamentos e protocolos emasculadores que obstruem a fluidez de um processo.
Às vezes, nesse embolo burocrático que criamos e no qual nos aprisionamos, sentimos saudades daquelas coisas simples como a enxada que capina sem poluir, o andar a pé sem contaminar o ar, os abraços e toque de  pele;  e  sentimos  náusea  do  agrotóxico  que  intoxica, do monóxido de
carbono que infesta e do [des]contato virtual. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...
           Quando falamos em regras, leis, liberdade não podemos nos esquecer o quanto as mulheres foram sacrificadas por causa de regras. Não tinham direito a voto, eram tratadas como animais e vistas como um objeto. Mas hoje a situação está se resolvendo, pois elas têm quebrado diversas regras e estão nos mostrando que mulheres também são guerreiras de primeira linha. Ainda existe preconceito e discriminação, mas estamos caminhando para uma igualdade e futuramente nos veremos não como homens ou mulheres,  mas como pessoas.
Na vida, para se conquistar algo, teremos que deixar de lado esse pensamento retrógrado de que pelo simples fato de ser homem ou mulher não sejamos capazes de fazer algo. São essas diferenças, essas diversidades de cores, vidas, sonhos, talentos, objetivos que preenchem nosso mundo.
As mulheres tem se mostrado grandes guerreiras. Guerreira do lar, esteio da família, excelentes profissionais fora dos lares também e mães maravilhosas.
Os homens também têm se revelado bravos guerreiros, força de uma nação e pais maravilhosos. Precisamos dos dois, nunca nos esqueçamos disso. Nem tanto ao mar nem tanto à terra...
Temos a necessidade de reavaliarmos nossos conceitos e não ficarmos agarrados em certos métodos. Regras devem existir, desde que possuam praticidade, simplicidade e eficiência, primando pela preservação da natureza e pela integridade moral e física de todos nós.
Uma mulher estava prestes a ser apedrejada por ter sido pega em adultério. Consultaram um Educador que estava por perto a escrever na areia e disseram-lhe que a Lei Mosaica apregoava que, em casos como aquele, poder-se-ia efetuar o apedrejamento. Aquele Homem que escrevia na areia levantou-se, olhou para a mulher e aqueles homens que queriam se aproveitar de uma lei para satisfazerem seus instintos trevosos, e pronunciou: Se a lei de Moisés manda que ela seja apedrejada, que então assim se faça, mas só atire a primeira pedra aquele que nunca pecou. Os homens foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos.
Ele se aproxima da mulher e lhe pergunta:
__ Onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou?
__ Não, senhor... Responde a mulher, ainda assustada.
__ Nem eu tampouco te condeno; vá e não peques mais...
Após o acontecido, Jesus voltou a escrever na areia. Provavelmente escrevia coisas assim: Nem sempre seguir leis ou regras é fazer o que está certo. Entre a lei que odeia, condena e mata e a que ama e perdoa, fique com aquela que asserene sua alma alcance seu coração, deixando-o amar.
Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo: Aí estão todas as leis e os profetas. Essa deve ser a nossa lei.

Autoria: Sidney     


Capítulo 08
O Amor Maior e o Poder das palavras
Boa parte da vida de algumas pessoas consiste em disseminar pânico e causar destruição. Gostando de aventuras doentias, extrapolam, perdendo o controle da nave da vida e, assim, deixam vestígios de dor por onde passam e não encontram a felicidade que almejam, pois a procuram em lugares errados.  E carregam a dor por longos tempos.                                  
Disse-nos Jesus:Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”...
Nessa correria que estamos hoje em dia é raro encontrarmos tempo para fazermos algo em benefício de alguém. É o trabalho, é o estudo, são os afazeres domésticos, o lazer e tantas outras coisas que gostaríamos que o dia tivesse mais 24 horas. Sem dúvida que temos necessidade de todas essas práticas, mas não podemos nos tornar prisioneiros delas, deixando que tomem e ocupem todo nosso tempo.
O excesso de cada um desses itens faz com que deixemos de lado tarefas importantíssimas como a de fazer algo por alguém: Uma visita a um hospital ou a um amigo doente do corpo ou da alma, plantar uma árvore, dar aulas de reforço escolar, ensinar alguma atividade como artesanato, pintura, corte e costura, promover uma atividade física, ensinar a alguém a tocar um instrumento musical ou fazer um tipo de comida são exemplos de atitudes que levam esperança e reconforto para muitos. E cada um de nós tem algo para oferecer ou ensinar. Se não tenho dinheiro, posso oferecer meu tempo disponível, meu serviço a benefício de alguém. Dividindo, trocando experiências e ensinando algo, fortalecemos nosso aprendizado e aprendemos coisas novas, uma vez que cada criatura tem conhecimentos a oferecer. Essa troca faz o crescimento.
Quando o Mestre Divino nos falou em dar a vida é nesse aspecto de compartilhar, deixando de lado nossas preocupações, participando da vida de nossos irmãos.  E fazendo isso, impediremos que eles se tornem ociosos e de que se transformem em pessoas desacreditas ou que se enveredem por caminhos obscuros.  
O que todos nós queremos é nos sentir amados, e é bom saber que alguém   se  importa  conosco; que  quer  o  nosso  bem.
 Entretanto, para tais realizações, temos a necessidade de parar, olhar
e escutar.  Apesar de sermos líderes de uma família, de um grupo de estudos ou de trabalho, ou tenhamos mais tempo de experiência em alguma atividade temos a necessidade de avaliar a opinião das demais pessoas. Caso contrário, correremos o risco de sermos imprudentes e repetirmos erros. Não estamos sempre com a razão e podemos equivocar. Reconhecer isso é humildade.
Constantemente, nos deixamos levar pela emoção e queremos tomar alguma atitude precipitada e nessas horas é fundamental ouvirmos as opiniões. As pessoas que não estão ou que estão diretamente envolvidas na situação podem ter uma visão mais sensata e equilibrada que a nossa. Por isso, ao consultarmos alguém de nossa confiança poderemos alavancar um projeto ou nos livrar de situações conflitantes. Assim sendo, os membros de uma família, companheiros de trabalho, turmas de sala e amigos precisam compartilhar ideias.
E quando alguém nos confiar ou confidenciar algo, seja relacionado a vida pessoal ou profissional, devemos ter o bom senso e não sairmos por aí, repetindo e fofocando sobre aquilo que nos foi contado. E isto se aplica também àquelas coisas que ouvimos sem querer, às cenas que vemos, tendo o devido cuidado de nos policiar e frearmos nossa fala. Discrição.
No entanto, dependendo das circunstâncias, precisamos nos manifestar. Se alguém está sendo acusado injustamente por algo ou sendo prejudicado por uma mentira, cabe-nos dizer o que sabemos, senão estaremos agindo da mesma forma que aqueles que cometem a injustiça. Isso também é dar a vida pelo próximo, e teremos que responder um dia não apenas pelo mal que praticamos, mas também pelo bem que deixamos de fazer, que poderíamos tê-lo feito, mas não o fizemos, sendo coniventes com atos iníquos. Porém, temos a necessidade de olhar as circunstâncias e seus riscos para não sermos injustos com as partes envolvidas. “Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai dela”. Ponderação.           
As palavras foram causas de guerras e contendas em todas as épocas da humanidade, mas elas também libertaram e mostraram a verdade e revolucionaram o mundo.
E são as palavras que nos dizem:
Levante mesmo que a queda seja violenta.
Dar as mãos é fazer nascer o brilho de boas energias entre nós.
Aja racionalmente. Seja bom.
Bondade não é fraqueza, é coragem nascida do coração.
Não perca sua forma real de filho de Deus.
Resgate de dentro de ti a fé que tenhas abandonado por uma eventualidade qualquer. Recupere sua vontade de lutar e de viver.
Seja renitente em seus objetivos construtivos.
Você não percebe que não há outra opção a não ser seguir?
Desvie seu olhar daquilo que não te fará bem.
Deixe uma mensagem de amor por onde você passar.
Forças suficientes escondem-se dentro de você. Busque-as!
 O sol está se pondo. Mais um dia se foi. Você já sorriu hoje para alguém?
Cada sorriso que damos  é a confirmação de que há uma luz dentro de nós e este sorriso faz brotar a mesma luz naquele que o recebe.
Um sorriso é também o entendimento de que se deve dar valor a  família, a uma vida e a um amigo, e ampará-los, mesmo que isso comprometa o trabalho, a saúde, o tempo...
O sorriso é uma palavra que, ao ser pronunciada, apenas causa uma impressão, mas quando é demonstrada toca o coração.
O amor maior consiste em sorrir para que as dores se acalmem e em se dizer  as palavras certas nos momentos incertos. E esses dizeres podem vir com suor e lágrimas, e falam de amor, mesmo estando em silêncio e até mesmo quando se está carregando uma pesada cruz na estrada pedregosa a caminho do calvário.

 Autoria: Sidney    

                    
Capítulo 09
Sou Dono de Mim
Como é bom quando alguém nos diz frases encorajadoras, animando-nos. Com uma palavra de apoio e incentivo e tomando iniciativas podemos sair de qualquer situação adversa, superando nossos medos e traumas.
Milhares de pessoas vivem atormentadas, inseguras, deprimidas, e nessas horas precisam de alguém para reanimá-las.
Crianças vivem em locais violentos, com brigas, atritos, linguagem obscena; ou no meio de pais, parentes e amigos usuários de drogas. Ou convivem com pessoas pessimistas diante dos diversos quadros da vida. Qual é o resultado? Tornam-se iguais a esses. Somos o espelho que refletirá o futuro delas.
Temos uma grande responsabilidade social diante do mundo em que vivemos. Às vezes, vemos atores, cantores, jogadores, atletas, empresários, artistas ou pessoas que possuem uma posição de destaque na mídia ou na sociedade envolvidas em casos escandalosos, crimes, pornografia, tráfico de drogas, atos insanos e violentos, e aí ficamos sem entender o porquê. É porque faltaram controle, humildade e sensatez.
Potência não é nada sem o controle.
Poder material é complicação sem a humildade.
Beleza é comprometimento sem a sensatez.
No mundo da fama, do poder e do dinheiro observamos a decadência de várias pessoas. Aqueles que tínhamos como exemplos se entregaram ao vício, se corromperam, nos decepcionaram e perdemos nossas referências.    
Mas não é por isso que devemos seguir tais exemplos. Não podemos nos espelhar em atitudes irrefletidas e na queda diante das ilusões desses nossos irmãos, e sim termos como exemplos os atos edificantes que pessoas que estão ou não em evidência fazem, entendendo que, fazer algo de bom para sobressair-se é ato superficial, e que, assim como nós, os famosos podem errar, mas nós não devemos errar porque os famosos erraram.
Cada um é uma individualidade. É único. Precisamos procurar o que é melhor para nós, tendo personalidade, opinião e amor próprio. Não podemos ser influenciáveis ao ponto de deixarmos nosso objetivo de lado para seguirmos o caminho do outro. Não podemos perder nosso foco. Estamos aqui na Terra para desempenharmos nosso ofício e não para imitar quem quer que seja. Preciso saber o que quero pra mim e não querer o que o outro tem ou possui.
Quando  perdemos  a  noção  de  nós  mesmos, perdemos as rédeas de nosso destino e saímos batendo  cabeça,  perdendo  nosso  norte e  o sentido de nossa existência. Isso é o que acontece com muitos de nós, quando nos deixamos levar para o lado ilusório da vida, por uma personagem frágil de novela (da vida real ou fictícia) ou filme, pelas palavras e reportagens de jornalistas sensacionalistas e pelos exemplos de pessoas desequilibradas e agressivas.
 Se eu tiver que me inspirar em alguém que seja em pessoas que lutam contra a violência e não a estimulam; naquele que espalha harmonia em seus arredores e não naqueles que querem ou pensam que o mundo foi feito unicamente para eles.
Que possamos nos inspirar nesses que quebram regras, preconceitos, tabus e que se levantam para falar a verdade, opondo-se a diversas formas de falcatruas e injustiças.
Por isso:
Pise firme, não hesite em ser forte e ter autodomínio.
Se as palavras faltarem, respire fundo e recomece, e não se esqueça de que o silêncio pode falar muita coisa.
Tristeza pode levar ao desespero e à depressão. Alegre-se; a vida é maravilhosa mesmo com todos os percalços.
Não ande sem rumo pela vida. Crie metas, objetivos e se concentre. Vá à luta.
Não perca a hora, tenha disciplina. E se perder não pense que tudo está perdido...
Onde você pensa ser o fim é apenas uma curva, dobre-a que um pouco a frente a dita lhe espera.
Não deixe a porta de sua vida aberta para as pessoas e os produtos invadirem e te manipularem. Fixe residência em si mesmo e dirija seu destino.
 Quando se sentir perdido e sem controle olhe para frente e faça uma oração. Quando se sentir alquebrado, peça ajuda que DEUS lhe enviará exímios escultores para lhe restaurar.
Nós  sempre  estaremos  onde  desejarmos  e  fizermos   por merecer,
e aquele alguém ou aquele problema que nos deixaram em uma difícil situação em breve passarão e tudo estará solucionado.
Se irritar, esbravejar, gritar, talvez, só vá piorar a situação.
           Pensemos com clareza.
           Pensemos em possibilidades e saídas de as coisas darem certo e não delas piorarem.
Concentrar-se  em  arranjar meios que resolverão a situação e não em probabilidades de as coisas saírem totalmente ao contrário daquilo que nos fará sentir melhores é medida eficaz contra males diversos.
É assim que se avança, encontrando, mesmo com todos os tormentos, forças para levantar e andar, e outros se inspirarão em nossos passos.
Grande parte das pessoas, em vez de seguir honrados exemplos, procura causar aos outros os transtornos que elas vivenciam. É lamentável que isso ocorra, mas não podemos nos esquecer de que quanto mais fazemos alguém sofrer mais sofreremos. Há uma Lei de Ação e Reação que rege o Universo e todos nós estamos inseridos nesta lei. Podemos, sim, seguir o exemplo de qualquer pessoa, mas não nos esqueçamos de que aquilo que fizermos a alguém é o que virá de volta para nós, inevitavelmente.
Meu: Vida, vontade, escolhas, sonhos, espaço.
Seu: Vida, vontade, escolhas, sonhos, espaço.
Para que nossas vidas se tornem mais seguras e o nosso amanhã seja mais feliz é necessário que eu saiba discernir o que é “meu” e o que é “seu” e aprender a transpor o limite entre o “meu querer” e o “ meu permanecer”:   
Permanecer errando, sofrendo, doente.
Querer acertar, libertar-me, curar-me e sair da caverna escura que adentrei, buscando a luz que sempre está lá dentro, mesmo que o meu permanecer no denso nevoeiro permaneça em mim, através do meu querer.
                                                                                                               Autoria: Sidney



Capítulo 10
Uma Viagem Interior
Estamos num processo de convivência constante em nossas vidas.
Convivemos com alguém em nossa casa, família, trabalho, esporte, estudo, a turma de passeio, e cada um deles, assim como nós, conserva lembranças que não gostaria de reviver.
Passamos momentos árduos que preferíamos que tudo se esvanecesse de nossas vidas e de nossas recordações. E dependendo da forma com a qual mexemos nessas feridas podemos torná-las tão doloridas quanto antes. Por isso, precisamos entender e respeitar o silêncio do outro.
 De nada adianta querer forçar ou explorar as inflamações de alguém. Quando ele estiver pronto e achar que é o momento certo, ele abrirá seu coração. O tempo certo, a hora certa de se fazer isso, somente aquele que carrega o fardo saberá.
Às vezes queremos resolver os problemas dos outros, arrumar a vida de alguém; queremos que uma pessoa aja de determinada maneira e nossa vida está toda bagunçada. Cobramos do outro uma postura que ainda não temos.
Queremos que alguém se comporte com respeito e tolerância para com o nosso modo de ser e agir e, no entanto, somos verdadeiros invasores da privacidade alheia e exemplos de intolerância.
Como posso cobrar de alguém aquilo que ainda não sou? E mesmo que eu já tenha adquirido tal virtude, não tenho o direito de obrigar que o outro a tenha. Precisamos entender que cada um tem o seu tempo; é o tempo de cada um.
Ao mexermos nas feridas de nossos irmãos poderemos despertar neles reações diversas e adversas. Poderemos constranger alguém quando não o deixamos que seja ele mesmo. Daí, necessitamos do devido cuidado com nossa fala, nossos olhares, nossos comentários, nossas brincadeiras, nossos risos sarcásticos e debochados que muitas vezes ferem tanto quanto ou mais que uma agressão física.
Deixando transparecer em seus semblantes saudades de momentos felizes e pesares por momentos revoltos, irmãos nossos querem continuar a caminhada, mas hesitam em caminhar e voltam seus olhares para o passado, onde algum acontecimento deixou marcas profundas.
Por várias vezes, queremos sair às pressas na impressão de querer fugir de alguma lembrança, como se isso fosse possível. Devaneamos e continuamos sem escutar e entender nossos sentimentos e os daqueles que fazem parte de nossa andança, pois temos medo de olhar para dentro de nós, e por vezes diversas nos censuramos e não entendemos nosso jeito de ser e nem o proceder do outro. Sem entender essas características, ficamos desorientados.
Não se reprima. Uma auto análise, sem medo de se revelar, é um grande passo rumo à nossa libertação pessoal. A partir do momento que nos assumimos, do jeito exato que somos, estamos entendendo o “Conheça-te a ti mesmo” e conhecerás o Universo de Deus. E quando nos conhecermos, conheceremos e entenderemos o outro.
Conhecer a nós mesmos é olhar para nosso mundo íntimo, reconhecendo faltas, imperfeições. Porém temos já algumas virtudes, e estas, aliadas a outras, canalizadas pela nossa vontade e desejo de transformação, devem ir corrigindo essas imperfeições. 
Preste mais atenção em você, no que tem feito, no que pensa em fazer. Se aceite. Se encontre no meio da multidão e se abrace. Não tenha medo de se ver.
Através de uma fofoca, pré-julgamentos, ideias precipitadas e suposições descabidas nos comprometemos com dramas variados por longos e longos anos. Não é que não devamos ouvir ou nos interessar pelos problemas de nossos congêneres. Precisamos fazer isso do melhor jeito.
Ao percebermos um comportamento diferente de um filho, um pai, mãe, amigo, vizinho, aluno, professor, companheiro de trabalho e até mesmo um desconhecido, saibamos que talvez essa pessoa esteja querendo falar. Talvez o que  esteja desejando é apenas ser ouvido. Se dermos essa chance a alguém poderemos impedir suicídios, inserção no mundo das drogas, prostituição, brigas e tribulações variadas.
Ao  notarmos  qualquer  desvio de  comportamento não é preciso que obriguemos a pessoa a nos contar. Vamos deixá-la consciente de que estamos ali para ajudar e de que se não soubermos aconselhar levaremos ao conhecimento de alguém em quem confiamos, sem mencionar nomes, e que não vamos fazer da situação motivo de chacota e piada. A pessoa sentirá que poderá confiar em nós.

Busque inspirações no mundo superior para aconselhar alguém. Uma singela palavra proferida com carinho salva uma vida. São nas coisas mais simples que encontramos a verdadeira eficácia. Não precisamos de longos discursos, palavras longas e complexas; um olhar e um abraço são suficientes em muitos casos.
Não podemos mudar o passado, mas podemos fazer um presente diferente e compensar aquela dor que causamos a alguém, fazendo algo bom, de uma forma construtiva, relembrando aquela frase sábia do Apóstolo Pedro em que ele nos diz “o amor cobre uma multidão de pecados”.
            E se você, leitor amigo, alguma vez lesou alguém, é normal que se arrependa e queira parar com tudo. Mas essa não é a melhor saída.
Baseados em caminhos tortuosos temos, às vezes, temor de seguirmos em frente e levamos uma vida desregrada em diversos sentidos tais quais, alimentação, sexo, espírito de equipe, companheirismo e espiritualidade. Até o dia em que, após nos conscientizarmos dos fatos reais de nossa existência, encontrarmos e encararmos as realidades. Começa-se aí um processo que vai mexendo com aquele mundo temido por muitos de nós: O mundo interno. E vamos percebendo que tudo que acreditávamos, até então, é muito pequeno diante da grandiosidade do que nos espera na conclusão de nossa jornada. Para tal fim é mister entender a importância de se viver o momento presente, prestando atenção em nossa conduta dentro do agora, pois é a única coisa real, uma vez que o passado já aconteceu e o futuro são ilusões e possibilidades.
Apesar de termos em nossas vidas as marcas do passado e as aspirações e ameaças do futuro, devemos nos focar no presente, uma vez que ele é presente, futuro e passado (Ele será o futuro, é o agora e tornar-se-á passado). E entender que tudo que nos acontece é caminho para descobertas e é necessário para se atingir o alvo, e que isso só se dá desde que reconheçamos nossas faltas e acertos e tenhamos novo proceder, tomando rumos diferentes daqueles que nos conduziram a circunstâncias mofinas, é equacionar e pautar nosso planejamento de vida rumo a glória.
 A performance formidável  na vida de grandes mestres se deve, em parte, ao fato da compreensão dessa condição.
Depois de todos os ensinamentos que recebemos ao longo de nossa
estadia nos reinos inferiores da criação e após sofrermos os acidentes por causa de nossa invigilância e dermos conta disso, estamos nos levantando para caminharmos rumo a meta de perfeição a que nos compete. Assim, estaremos preparados para um propósito maior, que é transformar nossas paixões inferiores em insignes ideais, servindo ao próximo, entendendo que um guerreiro não nasce pronto, ele se prontifica a se reconstruir através da observância de suas experiências e das experiências alheias e  passa a fazer tudo espontaneamente, sem visar retorno. Ele faz simplesmente por que sabe que é o correto. Faz livremente...
 Faça seu trabalho, sua faculdade, seu esporte, sua música, a história de sua vida não com a intenção de querer ser visto e idolatrado por isso, mas sim descubra uma forma de fazer tudo isso por amor e com amor. Faça sem esperar nada em troca e com espírito de ser útil, servindo com humildade, tendo a consciência de ser uma gota d’água formando o oceano...
 Pensar que nunca seremos felizes, que nada vai dar certo, é pensar contra a Lei de Evolução e repelir a ideia de que fomos criados para que nosso destino final seja a felicidade sem mescla, encontrando o Reino de Deus dentro de nós.
Te encontro no próximo capítulo.
                                                                                                           Autoria: Sidney


Capítulo 11
Construindo uma Família
Há diversas armadilhas feitas com a intenção de nos apanhar. São oportunas a atenção e a vigilância em nossa caminhada.
Muitas mulheres e homens, por terem uma aparência considerada bela dentro dos padrões físicos/sociais ou algum dom, querem usar isso como uma aranha usa sua teia para agarrar alguns insetos desatentos. Por isso, nada melhor do que a convivência junto de alguém para conhecermos quem é esse alguém, realmente.
Nunca, como agora, ouviu-se falar e se ver tantos relacionamentos durarem tão pouco tempo. Casamentos construídos à base de interesses financeiros, atração física, desejo de levar uma vida fácil economicamente, são, em sua maioria, as causas desses casamentos relâmpagos.
Uma união conjugal deve ter como princípios básicos: Afetividade, respeito, responsabilidade, fidelidade, lealdade, limites, entendimento, afinidade e companheirismo.
Afetividade: Carinho, beijos, abraços, sexo, se houver desejo e condições, (sexo não é tudo, é secundário, dispensável para alguns e em determinadas fases da vida), compreensão das dificuldades e problemas do parceiro.
 Respeito: Saber entender e aceitar as imperfeições e o jeito de ser do outro.
Responsabilidade: A manutenção de uma casa em seus múltiplos aspectos e de uma família é de responsabilidade de ambos. Conversar com os filhos sobre sexo, drogas, religião e qualquer outro assunto compete tanto ao pai quanto a mãe. Alguns pais dizem: Eu, pai, falo com o menino sobre sexo e você, mãe, fala com a menina. Não precisa ser assim, simplesmente porque foi com a contribuição dos dois que a criança nasceu. Por isso, quando os dois falam fica mais completo. Outros pais se enrubescem só de pensarem no assunto, mas é melhor que os filhos tenham orientação sexual através dos pais do que por outras pessoas,  porque os filhos confiam em seus protetores até que a vida prove, ao contrário, que eles não inspiram confiança. Se os pais passam confiança para os filhos e dão ínclitos exemplos, nenhuma pessoa de fora vai mudar os valores absorvidos por eles.
 E falar sobre esse assunto, tão temido por muitos, não é tão tenebroso assim. Primeiramente vamos deixar claro que sexo é coisa divina, lei natural de reprodução, que dá a oportunidade da continuação da espécie e da continuidade da caminhada evolutiva. Sexo não é uma brincadeira ou um
extravasamento de emoções, mas energia em movimento. Quando duas pessoas que se gostam, independente de ser entre polaridades opostas ou similares, fazem sexo, elas se sentem bem, felizes e cheias de vida. Quando o sexo é feito por impulso, de forma promíscua, por um acaso, uma aventura ou cometendo uma traição, em vez de troca há dispêndio de energia. Ocorre um desgaste físico e um desequilíbrio emocional que deixa a pessoa vulnerável a doenças, vícios, distúrbios mentais, influências espirituais, causando até mesmo a morte prematura.  Um abraço, um beijo carinhoso propiciam a mesma sensação de bem estar que a penetração sexual oferece, de forma que alguns trocam essa energia através do contato genital, ao passo que outros o fazem através do toque de mãos, carícias e até mesmo conexão mental, um envolvimento extra físico, mas isso se dá somente com aqueles  que têm  afetividade  um pelo outro. Quando não há sentimento em um ato sexual, a sensação de decepção, frustração e prostração é marcante e impossível de não ser sentida. Portanto o sexo, visto apenas como o contato entre as partes genitais, não é a base de um relacionamento. Sexo orgíaco gera comprometimento.
Muitos casamentos acabam por causa do interesse próprio e da mania de dominação. Quantos homens fazem de suas esposas escravas achando que elas têm que ficar apenas em casa, cuidando dos filhos enquanto eles, por serem homens, têm o direito de sair e se divertir. Isso é falta de compaixão. A mulher não pode ficar o tempo todo apenas por conta de lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos. Ela tem o direito do lazer, do recreio, de estudar e trabalhar.
Quantas mulheres veem seus maridos apenas como um caixa eletrônico, pronto para liberar dinheiro a qualquer momento, exigindo deles grandes sacrifícios para que elas tenham suas vaidades supridas ou fazem deles instrumentos de uso para se promoverem e adquirir  bens monetários.                          
          Como uma família será equilibrada se o que se busca e o que se vive dentro dela são fatores desreguladores?...
A  provisão  material  pode  ser feita pelos dois. A divisão de tarefas
domésticas, quando ambos trabalham fora, a atenção no comportamento dos filhos e as contas e despesas da casa, também.   O essencial é que haja conscientização do papel de cada um e que se forme uma família unida, pacífica, onde os princípios morais e éticos prevaleçam.              
Fidelidade: Não devemos trair o cônjuge. Não é porque alguém é
homem que ele tem o direito de fazer isso. Para DEUS não importa se somos homens ou mulheres. Somos avaliados não pelo sexo, mas pelo que produzimos. Se o casamento chegou a um ponto insustentável, converse, pondere, ceda em alguns pontos, cultive a flexibilidade, dê um tempo ou, então, separe, porque trair só aumentará os dissabores. Recordando que traição não é apenas a sexual, mas falamos aqui de todas as formas de infidelidade e adultério, como mentiras, falsas promessas, falsificação de documentos, julgamentos irrefletidos e o não assumir o que fizemos, o que somos e o que sentimos.
Quando há um amor verdadeiro não há traição. Haverá controle das emoções e domínio dos impulsos. E é perfeitamente possível amar mesmo estando separado. Para dar certo ou para estar junto, não precisa estar por perto.
Lealdade: Seja sincero com a pessoa com a qual você convive. Fale o que está sentindo, o que pensa.
Não se sinta diminuído por não poder dar conforto material à sua família. Se você não pode dar um presente, dê um beijo, um abraço, diz que ama e o quanto ela ou ele é importante em sua vida. Elogie aquele almoço que ela preparou, o trabalho que ele faz, a boa mãe que ela é, o pai dedicado que ele tem sido. Presentes materiais não constroem ou mantém uma relação. Que presentes levaremos quando deixarmos este Planeta? Não vamos levar carro, casa, dinheiro, o corpo ou qualquer outro imóvel. Levaremos em nós as coisas boas ou não que praticamos através desses bens, contra ou em nosso favor, contra ou a favor de nossos irmãos. Antes de se preocupar em dar presentes procure estar presente e ser um presente.
Limites: Ninguém é dono de ninguém,a não ser de si. Cada um deve ter seu espaço, seus afazeres, suas intimidades, não havendo a necessidade de estar sempre um colado no outro. Isso não é amor, é fraqueza e apego.
 Relação de parasitismo é estagnação na linha do tempo.
O amor não escraviza, liberta. Quem ama não prende, deixa livre. Ciúme é insegurança, falta de confiança e de autoconfiança. Nenhuma relação é saudável tendo o ciúme fazendo parte.
Entendimento: Saber ouvir e saber falar. Entender que no momento em que um estiver nervoso o outro precisa acalmá-lo. Quando estiver triste, precisa animá-lo. Admitir e reconhecer que se alguém confia em mim preciso corresponder a essa confiança.
Afinidade: Se não me identifico com o jeito de ser, de falar, de agir e de viver da pessoa, não vou conseguir viver ao lado dela. Se não houver afinidade o relacionamento não dura. ATENÇÂO! Isso deve ser observado antes do casamento. Esse é objetivo do período de namoro.
Companheirismo: Ser amigo, companheiro, compreensivo. O esposo ou a esposa não fazem uso de pilha ou bateria. Temos sentimentos, fraquezas, saudades, e são nesses momentos que precisamos de apoio. Ser bom esposo ou boa esposa nos momentos bons é fácil. São nos momentos de dificuldades que temos que fortalecer uns aos outros e demonstrar nosso afeto.
É por tudo isso que nossa concentração deve consistir na busca de valores edificantes para que não sejamos sugados pelo túnel do desespero, entrando, assim em um campo vibracional de fraqueza extrema onde nossa energia vital fica quase impossibilitada de se manifestar.
 O poder de controlar-se é seu.
Colisão de sentimentos nos quais as paixões inferiores encontram abrigo causa pânico e nos faz enveredar por largas trilhas ermas, e desta forma ficamos aprisionados por uma esfera que impede nossa mutação.
Não podemos permitir que essas armadilhas, que às vezes nos pegam
nos derrubem. Não se deixe vencer por isso. Prossigamos, olhando para frente e atentos, tendo como referência nossas quedas para que não venhamos a cair, mais uma vez. O erro é aceitável apenas quando o praticamos não sabendo que são erros. Se tornarmos a repeti-los, convictos de que estamos pecando, estamos errando porque queremos, e nossa responsabilidade perante a vida se torna muito maior.
É por isso que a dor vem ao nosso encontro, porque nós a convidamos toda vez que fazemos mau uso de nosso tempo. Livre arbítrio pode ser usado para qualquer fim, mas o fim dependerá dos meios que utilizamos  dentro dele. O fim não justifica o meio. o fim é justificado pelo meio.
A felicidade total existe e está reservada para todos nós, entretanto só conseguiremos alcançá-la quando fizermos uso de nossa liberdade em prol do bem.
 Nem toda casa é um lar.
Nem toda beleza tem conteúdo.
Nem todo dinheiro é riqueza.
Nem tudo que reluz é ouro.
Nem tudo que é bom faz bem. Se não faz bem é porque não é bom.
“Posso tudo, mas nem tudo me convém.” 
                                                                                                                     Autoria: Sidney


Capítulo 12
Aceitando e Aprendendo a Conviver com as Diferenças
Quando vemos algo diferente de nós ou do mundo em que vivemos temos reações que inibem aqueles que estão envolvidos nesse contexto. Amedrontamos e afugentamos aqueles que supomos serem seres inferiores a nós. Não entendemos, ainda, que ser diferente é normal.
Ainda bem que existem as diferenças. Imagine só um mundo em que todos gostassem do mesmo tipo de roupa, comida, música, esporte, filme, trabalho, pessoas, animais, cidades, livros, carros, motocicletas e cores. Haveria uma monotonia e não haveria novas descobertas, pois são as diferenças, as experiências em diversos ramos da vida, os questionamentos, as contestações e contradições que fazem com que evoluamos. Do contrário, estaríamos fadados a uma estagnação insuportável.  
As diferenças existem para estudarmo-las e não para discriminá-las. Se nos dispuséssemos a olhar aqueles que são diferentes de nós com olhos de compreensão e ternura entenderíamos que somos diferentes para eles também.
Se vejo a roupa de alguém como extravagante ou fora de moda; se acho o jeito do outro de se vestir, falar, agir, viver esquisito, ele poderá está pensando o mesmo de mim.
Não é errado achar o outro diferente, o incorreto é eu querer achar que eu sou o certo e que ele está errado.
Nossa justiça, nosso Código Penal, nossa Legislação e nosso Código Civil entram em diversas contradições. Por que é que não se pode entrar em determinados estabelecimentos de bermuda, boné, camiseta ou chapéu? Por um acaso a roupa interfere no caráter de alguém?
O racismo é um crime, não é? Quando eu proíbo alguém de entrar em determinado local por causa da roupa que ele está usando, que nome se pode dar a isso, se todos têm direito à justiça, à educação; se toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos na Declaração dos Direitos Humanos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,   religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição?
Se toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, por que é que uns passam longo tempo em um presídio por crimes não tão graves ao passo que outros, que cometeram atos hediondos, são libertados rapidamente? Porque nossas leis, em certas circunstâncias, têm um preço que a justiça não pode pagar, pois é uma questão de poderio econômico para que  se cumpram. Nosso mundo é um mundo de leis e não de justiça. Não temos justiça, temos leis que nem sempre são justas. E quanto à essas leis, elas podem ser burladas, forjadas e compradas.    Mas existe um conjunto de leis que forma a Justiça Divina que é infalível. A ela ninguém compra; ela se cumprirá com e apesar de todos os homens e de todas as circunstâncias.
 Todos os conflitos irrompem porque nós nos preocupamos muito com as coisas externas e esquecemos muitas vezes de olhar as pessoas com os olhos do coração.
Grandes crimes e atentados contra a humanidade foram perpetrados por homens que se vestiam de forma impecável, tinham cultura e inteligência.
Jesus elucidou essas situações quando falou que somos como sepulcros caiados, belos por fora, mas cheios de podridão por dentro. E o Mestre também ressalta que “se seus olhos forem bons todo o seu corpo também o será”.
Se tivermos nossos olhos voltados para a beleza das pessoas e da vida, seremos criaturas saudáveis. Concluímos, então, que não é a forma de se vestir, comer e viver do nosso irmão que nos incomoda, mas os nossos “olhos maus”. Olhos que veem somente defeitos onde há qualidades. O que precisa mudar não é o exterior dos outros, mas a nossa forma de olhá-los. Quando nos preocupamos com essas puerilidades, deixamos de aprender coisas esclarecedoras e perdemos a oportunidade de conviver com seres que muito poderão nos acrescentar.
Não podemos nos esquecer do racismo que muitos têm contra os homossexuais. São pessoas que como qualquer outra possuem sentimentos, têm um coração que pulsa e que vibra, têm talento, intelecto, caráter, brio, honra, senso de justiça muito mais do que alguns que se dizem heterossexuais.
Diversos homossexuais contribuíram intensamente com a arte, com a filosofia e com a ciência. Podemos citar exemplos como Elton John, Rudolf Nureyev, Cássia Eller, Greta Garbo, Renato Russo e muitos outros que são filhos, pais, seres humanos e profissionais muito dignos.
Mas, afinal de contas, o que é ser um heterossexual? Será que é sair traindo, mentindo, brincando com os sentimentos das pessoas, esnobando e rotulando os outros por aí, como muitos que se dizem heterossexuais fazem? É somente fazer sexo com o sexo oposto?
 Será que ser homem ou mulher é privilégio daqueles que sentem atração física pelo sexo diferenciado?
 Ser homem ou mulher é saber que todos temos nossas fraquezas, medos, sonhos e nossos amores. É respeitar pontos de vista, escolhas, comportamentos que divergem dos nossos. É amar a natureza, os pássaros, os animais e ter muito amor pela vida.
 Se há apreço entre homossexuais é muito mais nobre e digno do que estar com alguém e pensando em outro, pois está junto por estar, para viver o que é “normal”, sem escutar os sentimentos, e isso é próprio das alimárias.
Recentemente, li em alguma página que um deputado elaboraria um projeto enfatizando o fim da permissão judicial para que casais homossexuais adotassem filhos.
 Esses mesmos deputados que votam em um aumento salarial astronômico para eles, desviam dinheiro público, roubam o direito das crianças de terem uma escola de qualidade, uma família, uma cidadania, parece que querem que algumas crianças continuem nos becos da miséria.
A criança que está com fome, sem um lar, quer que alguém lhe dê estrutura, um prato de comida, carinho e atenção, e não que se criem leis que aumentem o sofrimento delas ainda mais.
 Não afirmamos que todos os políticos sejam corruptos, de forma alguma. Temos, no Legislativo, Executivo, Judiciário ou em qualquer setor de trabalho, representantes que são profissionais sérios, humanos e dignos de confiança. O problema nunca será a classe, mas o indivíduo ou indivíduos que a compõem.
Se a preocupação na adoção de uma criança por homossexuais é o preconceito que ela irá enfrentar por ter pais homossexuais, o que precisamos trabalhar é a mudança de mentalidade desses que disseminam o racismo, apregoando valores como tolerância, humildade, aceitação e caridade, para que aceitem comportamentos e escolhas diferentes das suas.
Ser pai ou ser mãe é dar atenção, educação (moral e intelectual) aos
 filhos,  ensinando-os  que  o  amor,  venha de onde vier, é capaz de mudar
o mundo e fazer florescer a paz, a harmonia e a luz divina dentro e em torno de nós.
Quando somos discriminados (e todos já foram um dia, pois há discriminação e preconceito de negro para branco, de branco para negro, dos negros com os próprios negros, de nacionalidade, de posição social, idade, sexual)  é como se um gigantesco asteroide percorresse rasgando nosso céu sem pedir licença. Temos que quebrar essas barreiras de “segurança” que alguns criam para se “protegerem.” Precisamos ajustar nossos receptores para falarmos a linguagem do desconhecido e sintonizar nossa freqüência para captarmos a essência divina das pessoas que nos são diferentes, deixando a indiferença de lado. Aqueles seres que discriminamos, que julgamos inferiores como certos animais, plantas, aves, répteis, insetos e os seres humanos e espirituais, talvez estejam salvando a Terra e estejam fazendo por ela muito mais do que nós que supomos ser ilibados.
Diferente
Um tanto quanto estranho
É o seu jeito de ser,
Mas ele é só diferente,
Diferente de você.

Não é melhor nem pior;
Precisamos entender!
Não julgue o outro, amigo,
E tente se convencer

Que você não é um rei:
É simples pobre e plebeu;
Porque os reis de verdade
Respeitam você e eu...

A verdadeira riqueza
É coisa do coração.
Não está dentro de um cofre
 E nem naquele carrão!
Eu posso até ter de tudo,
Tudo em que acreditei,
Mas se não tiver amor,
Aí eu nada serei.

E cada um necessita
 Aprender a perdoar.
E que é bem aventurado
Aquele que sabe amar...

Abra sua mente,
Seja inteligente!
Baiano diz “ôh gente”
E mineiro fala “uai”.

O valor de cada um
Não é você que mede,
Viver em liberdade
É tudo que se quer,
É tudo que se pede.

Desça desse altar,
Se enxergue como é:
Alguém que está caído
E quer ficar de pé (precisamos ter fé).

Pense um pouco mais,
Faça uma ginástica,
Mude essa mente estática
E aprenda a conviver,
Sou igual a você,
Ah, eu quero ser...
O que eu quiser ser...

PARA REFLETIR
Uma mulher que não tinha o que fazer, ficava vigiando a vida de sua vizinha o dia todo. De vez em quando ela falava para seus filhos ou alguém que chegasse à sua casa:
__Olha só! Veja como a minha vizinha é descuidada. As roupas que ela lavou agora a pouco estão todas sujas. Vem, chega aqui da minha janela para você vir!
Um dia, a colega da filha dessa mulher foi visitar a amiga, e ao chegar lá, aquela senhora a puxou pelo braço para lhe mostrar as roupas sujas da vizinha. Aquela jovem parou, olhou, observou e respondeu para aquela senhora:
__Minha senhora, não é a roupa da vizinha que está suja; é a sua janela...

Façamos uma limpeza, uma higiene em nossas “janelas”, em nossa
forma de ver as demais criaturas. Purifiquemos nossas mentes, nossos olhos
e nossos corações para que tenhamos o belo em nosso íntimo. Assim agindo, descobriremos que na imensidão do Cosmos há seres que cumprem com seus deveres, e não param, apesar de nosso preconceito e de nossas críticas mordazes, porque sabem que aos olhos de Deus eles têm valor.     
                                                                                              Autoria: Sidney  

                                                     Capítulo 13
                    Ser Mãe e Ser Pai...                                              
Ser mãe e ser pai é um compromisso e uma responsabilidade grandiosa que assumimos com Deus, conosco e com nossos filhos.
Tudo que aprendemos na infância repercutirá em nossa vida, posteriormente. Por isso, a criança que tem amor não apenas quando nasce, mas desde a concepção será um adulto consciencioso.
Os filhos são, em parte, o resultado do meio em que vivem e daquilo que ensinamos a eles. Isso não quer dizer que precisamos ter medo de sermos pais. Para aqueles que desempenham bem essa missão receberão uma honraria prestimosa: A consciência serena pelo dever cumprido.
Não é necessário acumular grande soma de bens materiais para depois ter filhos. Nossos futuros filhos não querem que enchamos seus bolsos ou que deixemos para eles uma boa herança; não devem ser acostumados com conforto material excessivo. O que eles precisam é sentirem-se amados dentro do lar e não abastados e adornados dentro de uma casa. É obvio que deverá haver um planejamento familiar, no entanto, se houve uma gravidez inesperada não vamos deixar que ela se torne indesejada. Mesmo que uma criança não tenha sido feita por amor, ela poderá ser criada com amor. Podemos fazer com que um ato impensado seja corrigido através de uma nova conduta, desenvolvendo e doando  amor.
Nossas crianças não precisam que as matriculemos na melhor escola, terem as melhores roupas, os brinquedos mais caros, mas de nossa atenção, nossa fala cortês e nosso exemplo edificante. Se luxo e excessos trouxessem paz e melhorassem o mundo, não veríamos todos os dias pessoas com tudo isso envolvidas em dramas diversos.
Em relação ao o que se ter no e do plano físico
Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, nos diz na Epístola a Timóteo 6.6-8 “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com o que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos”.
Já Jesus, em Mateus 6- 25, admoesta: “ Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não
é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?”
          O conforto  espiritual, no qual se ensina a orar, perdoar,  falando de amor, de Deus, mostrando o lado bom da vida, das pessoas e das coisas, criando nossos filhos à luz  do Evangelho é a maior herança que podemos deixar à eles.
Devido a preocupações mundanas, um dos grandes problemas que enfrentamos na atualidade é o aborto. Segundo os espíritos superiores se a gravidez coloca em risco a vida de uma mãe é aceitável que se aborte. Agora, abortar ou não engravidar por causa de vaidades como ficar gorda, medo da violência, gravidez não planejada são atitudes impensadas que demonstram o quanto somos egoístas e sem fé. Mas caso um aborto já tenha sido praticado não deixe que aconteça outra vez. Ore por esse espírito, pense nele como seu filho amado, peça perdão em pensamentos e rogue a Deus uma nova oportunidade de recebê-lo em seu seio familiar e envolva-o com vibrações de bem querer, pois assim você terá do seu lado um filho que te amará. A oração para quem parte é como o leite materno para quem chega.
A plasticidade de nosso corpo material se perderá um dia, não importa o cuidado que dispensemos a ele. Não há creme, plástica, cirurgia que acabe com as marcas sábias do tempo. Mas o que ignoramos é que não ficamos velhos, mas experientes.  Precisamos cuidar de nosso corpo, uma vez que ele é nosso instrumento de trabalho e evolução. Práticas de atividade físicas moderadas, alimentação balanceada, bons pensamentos protetor solar, higiene corporal, trabalho moderado, se envolver com atividades beneméritas, são práticas que constroem e mantêm um espírito equilibrado que por sua vez modela um corpo jovial e livre de enfermidades.  
 E quanto ao medo da violência no mundo atual, o mundo violento espera exatamente o sorriso de uma criança para começar a sorrir também...
            Pesquisas e relatos científicos mostram que quando uma mãe ouve uma música suave o feto que está em seu útero fica calmo. Quando a mãe se agita, se irrita, o feto também altera seu comportamento. Tudo que a mãe come, bebe, fuma, todas as emoções que sente, o bebê sente também. Por isso futuras mamães e papais, muita atenção com o ambiente em que está sendo gerado o seu filhinho amado.
Certa vez, um médico ao tentar fazer um aborto, colocou uma câmera na ponta do escalpelo em que iria destruir aquela vida. A câmera registrou que quando aquele instrumento se aproximava daquele sensível bebê ele se afastava, se retraía para não ter sua vida ceifada naquele momento. Ele queria vir ao mundo e continuar sua caminhada.
 Ah! Meus irmãos, se Maria tivesse abortado Jesus, que homem de luz a humanidade teria perdido. Que bom que José entendeu a situação e deu
apoio a esposa. Ele não abandonou Maria e não fugiu de seu compromisso.
Verificar as condições do feto com exames de praxe garantirá um bebê sadio. O acompanhamento de uma gestação por um bom médico é primordial para uma gravidez saudável. A presença do pai na gestação de um bebê garantirá segurança e tranquilidade para o feto e a mãe. Ser mãe e ser pai é aceitar o pedido de Deus de ser educadora e condutor de alguém que precisa ser encaminhado.
Algumas  mulheres  se aproveitam de uma gravidez e usam a criança
 para se conseguir algo. Engravidam para segurar um casamento ou conseguir uma pensão que lhes proporcione uma vida de regalias. Isso é a prostituição do corpo. Prostitutas não são aquelas que foram para um bordel por não terem encontrado um trabalho, ou foram expulsas de casa, abandonadas, os filhos passavam por necessidades básicas e, assim, não encontraram outra saída. Prostituição é usar de uma gravidez, um casamento ou relacionamento como instrumento de aquisição monetária ou para aparecer nas revistas e emissoras de TV para ganhar dinheiro e evidência. É invadir os lares sagrados destruindo casamentos, oferecendo-se e envolvendo-se com o homem ou a mulher comprometidos, sem nenhuma consideração para com uma família.
Algumas jovens sentem-se constrangidas por estarem grávidas, por serem mães solteiras, mas a verdade é que o instinto materno e o amor de mãe devem falar mais altos e suprirem todas essas barreiras, e elas podem se tornar grandes mamães, independente da idade e condições sócio econômicas. Chico Xavier disse uma vez que deve haver um segredo entre Deus e as mães porque ele jamais viu um amor tão forte assim...
As mães, pelo amor de seus pequeninos, sacrificam-se por eles e compadecem-se deles.  Mesmo debilitadas pelos ataques da vida, reúnem forças__essas que somente o amor dá__ para lhes confortar.
Ser mãe é proteger sua criança, não importa o que lhe aconteça.
O amor de mãe não exclui, não condena, não despreza. Ele junta, entende e ama. Isso em se tratando do verdadeiro amor porque pôr um filho no mundo, apenas, não é ser mãe e ser pai. Ser mãe não é apenas carregar um filho em seu ventre por nove meses. Isso é ser genitora. A criança necessita do acompanhamento e da presença de pessoas amorosas.
Há situações em que o pai precisa ser pai e mãe, e que a mãe precisa de ser mãe e pai, mas cabe a cada um dá a sua contribuição na educação e instrução de seus filhos para que quando nos for questionado sobre nosso papel de pais responderemos que não demos aos nossos filhos viagens, livros, conta bancária astronômica, luxo, nada disso ou tudo isso, mas que acima de tudo demos bons exemplos, orientação, educamos para o bem, porque a criança pode ter todo dinheiro ou apenas o necessário, que se ela tiver amor, saberá lidar com qualquer situação, ao passo que se ela tiver tudo, mas não tiver amor, ela nada será...
Algumas pessoas podem lhe perguntar um dia como é que uma mãe pode jogar seu filho em uma represa, abandoná-lo em uma porta ou matá-lo? As que fazem isso, leitor amigo, não são mães, apenas carregaram seus filhos no ventre. Pais de coração não abandonam seus filhos.
Mãe e pai são também aqueles que adotam, que assumem o compromisso de serem pais. Por isso a adoção de uma criança é um ato filantropo. Quando alguém adota uma criança ou cuida de uma, tratando com afeto, observando suas más tendências e procurando corrigi-las, está sendo pai e mãe. Não podemos deixar de mencionar aqui que os filhos também precisam ouvir e querer seguir os bons exemplos de seus pais e não depositar neles a culpa de suas falhas. Temos que trabalhar juntos.
Sem conhecer o amor materno, que nem sempre vem de uma mãe biológica, uma criança não será feliz. Conhecer o amor de mãe, futuramente, fará desabrochar nas crianças as esperanças diante dos revezes da vida.
Muitos pais e mães agridem seus filhos, querendo descontar neles a raiva que passam no trabalho, a fraqueza de não vencer os vícios, a falta de dinheiro e diversas outras frustrações. Alguns, por terem pais rígidos ou violentos, também o são com os seus pequeninos. Querem descontar nas outras pessoas seus dissabores e estendem seus desenganos a muitos. O fato de termos tido uma vida difícil e infeliz não implica em passarmos isso aos nossos filhos. Já outros encontraram na dor motivos para fazer a alegria e aliviar o sofrimento alheio. Esses são os bem- aventurados, que suam e padecem pelo seus irmãos.
Muitos pais, mesmos casados, se separam para abrangerem uma área
maior  onde  poderão ganhar mais pecúnia. Se precisa ser assim, então que seja, mas observemos se não estamos negligenciando os nossos menores.
A criança que presencia cenas escabrosas se depara com traumas na adolescência e na fase adulta. Somos nós as criaturas responsáveis pelas ações que fortalecerão o caráter delas. Assim sendo, quando o ódio falar mais alto e for mais forte dentro de alguém tenhamos misericórdia, pois não sabemos com precisão quais circunstâncias da vida fizeram com que esse alguém ficasse tão duro.
Alguns pais ensinam seus filhos a odiar as pessoas em vez de amá-
las, a revidar as ofensas e agressões e a lutar em vez apaziguar. Momentos felizes são raros nas vidas dessas crianças que têm uma atordoada infância. O carinho que tivermos por elas,  protegendo-as  ficarão registrados em seus arquivos mentais e refletirão em suas atitudes, transformando os momentos de revolta que porventura estiverem guardados em um canto da alma em sentimentos altruístas.
E para encerrarmos este capítulo, com todo altruísmo, vamos relembrar aqui o nome de duas pessoas que foram mães de muitos de nós, mas tem muitos que o fazem: Madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce. Ambas cumpriram suas missões de Mensageiras do Alto.
Que possamos amar nossos pequeninos. Que possamos ser pais, filhos, avós, irmãos, enfim, uma família amorosa. Quando isso ocorrer o mundo estará em paz.   
O papel de mãe, de pai, de uma família e de uma nação é o de estar atento ao crescimento e necessidades de nossas crianças. Assim fazendo tudo caminhará para grandes realizações. Mas por quê?
Recordemos aqui o filósofo grego Pitágoras quando nos recomendou: Eduquem as crianças e não será necessário punir os homens.
A família é centro da nossa felicidade. Vamos dar valor à nossa, ajudando-nos mutuamente, na certeza de que somos uma única família, filhos de um só pai, que também é mãe: Deus! 

                                                                                                Autoria: Sidney

Capítulo 14
Continue Caminhando
O desejo de querer dominar e comandar faz com muitos pratiquem atos perversos. Diversas pessoas, para chegarem a ocupar uma posição de destaque em uma empresa, na sociedade ou em um grupo, humilham, trapaceiam, corrompem e se deixam corromper por esse desejo. Fazendo isso, conquistam inimigos e a antipatia de muitos em troca do que almejam.     
Se as conquistas mundanas fossem tão importante assim e trouxessem a felicidade não presenciaríamos pessoas que alcançaram-nas se mostrarem infelizes e se envolverem em dramas diversos. Muitos milionários e famigerados já se suicidaram, tiveram depressão e passaram por situações que provaram que poder aquisitivo e fama não trazem os benefícios que imaginamos. Somente aqueles que têm consciência da efemeridade desses valores, e sabem da responsabilidade de tê-los, é que conseguem empregá-los da devida maneira.
“É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico ganhar a salvação.”
Agulha era também o nome dado, naquela época, às entradas que existiam nos muros que protegiam as cidades por onde as pessoas passavam e eram similares ao fundo de uma agulha, mas para os animais passarem era muito difícil, principalmente um camelo que é um animal corpulento. Era, também, o nome dado a uma corda bastante grossa tecida com pelos de camelos.
Quando Jesus nos disse que era mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico ganhar a salvação, quis nos explicar que para alguém ter as joias terrenas em mãos, na maioria das vezes, se sacrifica, sacrifica sua saúde, a de sua família e a de outras pessoas para conquistá-lo, e fazendo isso fica difícil alcançar  um estado de plenitude interior.
Grandes empresários, para montarem aquilo que chamam de império, fazem funcionários trabalharem além de suas capacidades, aproveitando de suas necessidades e ambições, não ofertam um salário digno e colocam sempre como objetivo o enriquecimento monetário e o status. Muitos não dão atenção para os filhos e mal têm tempo de ficar perto da família, e em vez de liberdade, a profissão traz a prisão, e tornam-se, assim, escravos dela. Ao realizarem suas conquistas, percebem que muito tempo foi mal aproveitado, e que esse tempo passou rápido demais, e não se pôde ver os filhos crescerem, não os acompanharam nas festividades escolares, praticando seus esportes, assistindo seus programas favoritos, e quando dão conta já não os reconhecem mais.
Devido a essa busca desenfreada para se ter sempre mais o de palpável, muitas famílias se distanciaram, não havendo mais diálogo dentro das casas e nem tempo para atividades de lazer. Enclausuram-se numa redoma e dificilmente conseguem sair de lá. Em uma mesma casa temos vários aparelhos de TV, microcomputadores, cada um come em um cômodo da casa. São estranhos que moram juntos. Um não sabe do que o outro gosta, como foi seu dia, se está triste, o que está pensando em fazer, enfim, eles apenas dividem um espaço físico, mas não preenchem  os espaços nos corações um do outro.
E é por tudo isso que devemos observar o que estamos buscando para nós. Os haveres são necessários, pois nos dão o vestuário, a comida, pagam nossas contas, mas há o necessário e o supérfluo. 
Valorizar nossos amigos, nossa família, aprimorar nosso caráter é que nos torna ricos de verdade. E essas riquezas ninguém rouba de nós.
  Quando buscamos apenas o de material, ambientes de paz e de harmonia tornam-se lugares estranhos aos nossos olhos e se fazem inacessíveis. A possibilidade de se ter poder terreno deixa-nos entusiasmados e um mundo ilusório nos atrai. Depois de insertos nele buscamos mais uma maneira de aumentar o nosso poderio de ação, buscando um raio de expansão mais amplo. Após conseguirmos tal feito acreditamos que somos dotados de uma inteligência incrível e muitas vezes esquecemos-nos de buscar as Coisas do Alto, e sentimos falta de alguma coisa, e percebemos uma irregularidade em nossas vidas: Não estamos felizes. Para coadjuvar nessa busca contínua tomamos cápsulas e mais cápsulas de remédios, acreditando que o medicamento é um conversor portátil de energia. Drogamos-nos, tornamos dependentes químicos e a situação não se resolve. Ao percebermos a trama que desenvolvemos, nos prendemos em amarrados diversos e quando alguém tenta intervir não queremos ouvi-lo. Estamos com o equipamento mental em avaria, e continuamos estarrecidos e saímos sem rumo. E caímos...
 Após constatarmos nossa queda compreendemos que nosso plano escamoteou. Isso  é  frustrante,  mas  é o  despertar  que  inicia-se,  e é nesse
instante que acordamos e entendemos que é preciso fazer diferente. O quanto antes dermos conta disso será melhor.
Aquilo que imaginamos ser derrota é vitória. O que pensamos ser perda é ganho. Tudo se transformará, futuramente, em consolo porque entenderemos que não vivemos mais em um mundo de ilusão e hipocrisia.
Aprender a nos levantarmos após a queda e prosseguirmos em nossa caminhada, convictos de que é caindo que ficamos mais atentos, erguendo é que ficamos de pé e continuamos a andar, errando que aprendemos a fazer diferente e acertar, sofrendo que entendemos a dor e  vivendo que aprendemos a amar, é o que nos tornará excelsos.
Bruce Lee deixou uma máxima reflexiva e motivacional: A vida é um processo sempre fluente, e em alguns lugares do caminho coisas desagradáveis ocorrerão. Elas podem deixar cicatrizes, mas a vida continua a fluir.
A água, ao estagnar-se, torna-se podre, por isso não pare.
Continue bravamente porque cada experiência nos ensina um novo caminho. Cada experiência nos ensinará uma nova lição.”   

                                    Autoria: Sidney 

Capítulo15
Religião, Deus e Nós
Em nossa caminhada rumo ao progresso, deixamos ou recebemos algumas impressões que não refletem nosso total caráter, e por esse motivo julgarmos alguém por alguma ou algumas atitudes, embasados em dados momentos, é imprudente. Agir impensadamente pode causar uma falsa impressão daquilo que realmente somos.
Dependendo das tribulações que enfrentamos, ficamos sem direção após alguns acontecimentos, e nesse instante, quando alguém tenta se aproximar de nós, recebe um tratamento que deixa impressões maculosas a nosso respeito.  Por não conhecerem o sistema de vida que levamos ou as situações pelas quais estamos passando, as pessoas creem que somos criaturas serenas e educadas ou desequilibradas e grosseiras o tempo todo, dependendo do que tiveram como referência em determinado instante.
Não é porque em determinado momento somos fraternos, simpáticos que o seremos em todas as horas. O peso de certo dilema pode causar uma variação em nosso proceder. Julgamos os demais pelo rótulo ou por um breve momento sem conhecermos o conteúdo. Julgamos o livro pela capa.   
Isso também se verifica com as religiões. A palavra religião vem do latim religare, ou seja, unir, ligar de novo. Mas ligar com o que ou com quem? Ligar com Deus.
Nosso criador nos criou simples e ignorantes, com o mesmo potencial, a mesma capacidade. Através de nossos esforços adquirimos inteligência ou conhecimento e a sabedoria, e nos religamos a Ele de forma plena. Então, façamos um diagrama.
Deus:
Criou cada um de nós com a mesma capacidade e com o mesmo potencial.
Dependendo de nosso querer, de nossa maturidade espiritual, nossa vontade e esforço e nossas experiências, vamos adquirindo inteligência / conhecimento e a sabedoria. Nisso consiste a evolução.
Então, o desenvolvimento e o exercício de nossa capacidade através do instinto, do trabalho que nos prover o de material, mediante a convivência, a oração, o trabalho no bem, o estudo, a busca de valores idôneos, os questionamentos, a vontade de aprimorar-se, os pensamentos e o pensar, ou seja, refletir e avaliar o que vem em forma de pensamentos, as experiências reencarnatórias, tudo isso faz construir nosso intelecto e nossa sabedoria.
Mas o que é a inteligência  e a sabedoria? Inteligência é o conjunto do que aprendemos e que forma nosso cabedal de conhecimento. É a capacidade de entender e de se fazer algo, (mesmo que não se faça).
E o que é a sabedoria? É quando usamos nossa inteligência para edificar. Se usarmos nosso intelecto para fazer coisas úteis e construtivas, estaremos sendo sábios, do contrário seremos tolos, pois quando empregamos o que sabemos para fazer algo ruinoso não estaremos sendo sábios, uma vez que estamos atrasando nosso estado de perfeição, integrando com Deus. E para saber se o que fazemos é bom ou ruim, basta observarmos a reação daqueles aos quais dirigimos nossas ações e que nos coloquemos em seus lugares, imaginando o que sentiríamos se agissem assim conosco. Sábio é aquele que, conscientemente, serve aos propósitos divinos.
Quando achamos que apenas nossa religião é boa e que a do outro não é, é como se estivéssemos dizendo que nossas escolhas são as certas e as melhores. Assim não estaremos sendo religiosos. Não estaremos nos unindo, nos religando com Deus, nem tão pouco sendo sábios, pois estaremos ferindo princípios e a liberdade de escolha de nossos irmãos.   E em se tratando de religião, não nos esqueçamos de que entre ser um seguidor de determinada religião, mas não refletir e não praticar, e ser um questionador que leva uma vida pautada em auxiliar seus contíguos, mas que diz ser ateu, este último é religioso e o primeiro apenas se acha um, pois nos ligamos a Deus pelos nossos atos e não pelas nossas palavras.
Reconhece-se uma árvore pelos seus frutos. Uma pessoa que age com bondade, salva vidas e auxilia os irmãos não pode ser alguém mal, independente da crença que  professa.
Mas mesmo uma pessoa serena e piedosa para com as pessoas e os animais pode cometer deslizes, e quando isso acontece, precisamos compreender porque estamos falando de imperfeições, e nós que vivemos na Terra, todos, sem exceção, temo-las, de um gênero ou de outro.
           Quando agimos ou reagimos de forma hostil por causa dos problemas
que nos assolam, o arrependimento vem, sem muito tardar.  Sem muito tardar vem, também, o efeito do que fizemos e logo pensamos que estamos sendo punidos, porque acreditamos no castigo; que Deus castiga os pecadores. Lei de Ação e Reação, a Lei de Deus que rege não apenas o Planeta Terra, mas todo o Universo, essa é a punição. Uma lei que Jesus resumiu magnificamente dizendo que a cada um será dado conforme o que tiver feito. Mas a lei de Deus não é inexorável. Nosso arrependimento sincero e o desejo de reparar e fazer diferente abranda nossos deslizes e no faculta o recomeçar, não sendo por isso a lei do olho por olho dente por dente.
Devido a todas essas circunstâncias é que não podemos esmorecer, uma vez que somos espíritos imortais e nosso destino é a perfeição. As hostilidades do mundo poderão nos causar abatimento, mas sempre que se nos sentirmos tristes, em apuros, solitários, passando por dificuldades, busquemos ajuda, conversando com alguém, chorando para o desabafo, sorrindo, trabalhando, e nos apegando com Deus e os espíritos amigos que estão sempre à disposição para nos dá forças e todo apoio que precisarmos. Estejamos, paralelamente a  isso, sempre dispostos a estender nossas mãos àqueles que passarem por nosso caminho.
 A energia de ataques de fúria e más vibrações serão neutralizadas por bons pensamentos e boas ações de nossa parte. Combata o desânimo por pontos diferentes. Não se conturbe e não se culpe, mas assuma, se for sua a responsabilidade, entendendo que o importante de tudo isso é se conhecer mais e se modificar para melhor, sempre. Isso é o nosso auto descobrimento e nosso contínuo descobrir.
Deus, em sua infinita inteligência, sabedoria, justiça, bondade e amor coloca em nossas vidas todos os artefatos necessários para que aprendamos a ser inteligentes, sábios, justos,  bondosos e amorosos.
            Que ao passarmos pela vida das pessoas deixemos marcas e não nódoas. Marcas de cura, fé, esperança, otimismo, coragem, gratidão e perdão, mas se acaso deixarmos manchas, recomecemos dispostos a escrever no tempo e na vida de nossos adjuntos uma nova história, uma história de amor, para que possam lembrar-se de nós como um presente de Deus em suas vidas. E que saibamos aceitar aqueles que passaram por nossas vidas como enviados do Alto para nosso reajuste e aprendizado.  

Quem sou eu?

Eu sou a força que rege o Universo,
Eu sou a luz dentro da escuridão.
Inteligência do amor, sou o alívio da dor,
Sou mente e coração.
Estou nos raios de sol a brilhar,
Estou nos pingos da chuva que cai.
Estou no verde das matas, no colo da mãe
E no abraço do pai.

Eu sou a luz da razão, a força da criação
Estou em todo lugar.
E tudo pode passar, mas a minha justiça se cumprirá

Eu enviei o meu filho que com todo seu brilho
Levou minha mensagem
Para mostrar que o tempo é um pequeno momento
Dentro da eternidade.

Mas muitos não entenderam e não compreenderam o que Ele falou.
Eu sou a própria verdade a trazer claridade,
Sou o consolador.

Estou no vento que sopra no ar,
Na chama que alimenta a vida.
Na harmonia do céu, na tinta e no papel
A porta de uma saída.

Sou a criança que brinca e sorri,
Sou o menino que sofre e chora.
Coordeno a evolução e toda situação ocorre em cima da hora.

A natureza é meu lar e a estrela a brilhar revela a força do amor,
Mas para me compreender é necessário andar como Ele andou.

Eu enviei o meu filho, que com todo o seu brilho
Levou minha mensagem
Para mostrar que o tempo é um pequeno momento
Dentro da eternidade...

Mas muitos não entenderam e não compreenderam o que Ele falou.
Eu sou a própria verdade a trazer claridade,
Sou o consolador.
                                      Autoria: Sidney

Capítulo 16
Fique Com a Parte Boa
Cada ser vivo, cada coisa que existe, tudo aquilo que vemos, ouvimos e sentimos na natureza tem sua razão de ser e de existir. Nada é criado sem a permissão de Deus e que não tenha alguma utilidade.
Os insetos, bactérias, vermes, micróbios, aves, plantas, animais e minerais exercem um papel de extrema importância na natureza fazendo com que ela esteja em constante equilíbrio. Por isso, a importância de respeitarmos o todo e tudo que está em nossa volta. O ser humano também tem seu valor e suas qualidades, por mais estranho que possa parecer.
Algumas pessoas ficam horrorizadas com a crueldade, a tirania, o despotismo com que alguns agem, e na escala do tempo, guerras, chacinas e tragédias marcaram a humanidade.
 Um dos grandes vilões da história, visto como um ser horripilante é Adolf Hitler. Foi nascido na Áustria e pregador de uma ditadura que criou um partido, cuja filosofia era de que os alemães eram uma raça superior, a raça ariana. Devido a essa ideia adotada por milhões, muitos tiveram suas vidas ceifadas.
Sem sombra de dúvidas de que Hitler causou um sofrimento muito grande a diversas pessoas, causando assim, um grande mal a si próprio, já que somos atacados pelos monstros que criamos e somos vítimas de nossos próprios atos coléricos. Porém, quando quisermos avaliar e entender o comportamento de uma pessoa é necessário levarmos em consideração diversos fatores, e um deles é seu histórico de vida. O homem, muitas vezes, é influenciado pelo meio em que vive. Daí, não podemos atribuir uma obra, seja ela boa ou não, exclusivamente a uma pessoa.
 Hitler teve incutidas em sua mente concepções de racismo e preconceito, desde muito cedo, através das obras de alguns escritores e pensadores. Era dedicado à sua mãezinha, Klara Hitler, mas não se entendia bem com o pai, Alois Hitler. Quando jovem se interessou por pintura e arquitetura, mas seu pai opôs-se a ideia, preferindo que o rapaz fizesse carreira na função pública. Aquele jovem teve então seu talento e suas vontades reprimidas e tudo isso se tornou mais dolorido quando seu pai e sua  mãe  morreram. Ele, de  apoplexia  ( espécie  de derrame cerebral ),  ela
de câncer. Aos dezenove anos Hitler era órfão. Mais  uma vez  teve  contato
com pensamentos lancinantes, se deixando levar por eles, acreditando, assim, que aqueles que eram diferentes dele eram os culpados por suas desilusões. Sem saber compreender os revezes da vida e não aceitar os desígnios de Deus, e ir em busca da cordialidade, achou que o caminho a ser seguido era o de eliminar aqueles os quais considerava os causadores de seus tormentos. Ele se auto intitulou Führer, que significa líder, guia, na Alemanha. Se deixando dominar pelo conceito de supremacia dos alemães, Hitler e seus comparsas dizimaram milhares de vidas. Os judeus, considerados por alguns alemães da época como amaldiçoados, foram exterminados aos milhões.
É lamentável e triste quando nos deparamos com histórias desse naipe, mas o conceito de supremacia ainda vige em muitos meios religiosos, políticos, culturais, raciais e sociais. Basta olharmos em nossa volta que veremos atitudes racistas e preconceituosas.
Algumas religiões se julgam superiores a outras, e encontramos pessoas que se consideram cultas ao ponto de dizer que o outro não tem cultura. Não me recordo quem foi, mas uma vez alguém disse que Michael Jackson não tinha cultura. Um homem que compôs canções que balançaram o globo terrestre e que fizeram a alegria de tantas pessoas. Um homem que teve uma paixão intensa pela música e por sua cultura, porque cultura é conhecimento, trabalho, ideal, objetivo, dedicação, persistência e amor pelo que se faz. Não é apenas ler vários livros, viajar, estudar em colégios caros e ser bem informado. Cada um é culto no que faz. Alguns se destacam no esporte, outros nas letras, alguns na música, outros na pintura, alguns nas artes cênicas, outros na agricultura, uns dirigem, outros interpretam e outros produzem.
Somente os espíritos perfeitos possuem uma cultura completa e por isso eles sabem respeitar escolhas e maneiras, pois compreendem que ser tolerante e não magoar os demais faz parte de uma cultura abalizada.
Quando percebermos e respeitarmos as diferenças, estaremos começando a nos tornar cultos.Ver qualidades nas pessoas e coisas é fazer como Maria fez, como nos narra o Evangelho de Lucas, 10, 38:42, e ficarmos com a parte boa.  
Quando não escolhemos as partes boas em nosso percurso é como se saíssemos de uma estrada pavimentada, segura e entrássemos pelas trilhas acidentadas do caminho, e dessa forma retardamos nosso crescimento espiritual. Assim, nossos sentimentos ficam a se movimentar pelos ares e compreendemos que o que buscamos e fazemos não tem importância diante daquilo que já tínhamos ou pensávamos ter.
 Hitler tinha um grande afeto por sua mãe e um carinho por uma cachorra que tinha da raça Pastor-Alemão. Por mais desumano que alguém possa parecer, lembremo-nos de que ele pode ter algo muito bom, alguma qualidade que ainda não temos.  Pelo simples fato de ser um filho de Deus, e todas as criaturas são, ele merece nossa compaixão e nossas vibrações de paz.  E todo homem tem ou teve uma mãe, um pai ou familiar do qual gostava ou por quem era amado.  E quem ama, ao ver o objeto de sua afeição sofrendo e em perigo, quer tirá-lo daquele lugar; não pensa em fazer outra coisa. E é por esse motivo que devemos nos lembrar dessas mães, como a de Hitler, que sofrem por seus filhos por eles terem feito sofrer algumas pessoas, nos unindo a elas em prece, oferecendo nossos abraços, nossas frases de compreensão, nossos olhares de ternura, entendendo que quando um filho sofre, a mãe sofre junto.  E não há nada mais nobre do que aliviar um sofrimento.                                           
Para nossa reflexão:
Dentro de todos nós existe a semente do amor. Sufocada por sentimentos grosseiros ela só irá florescer se permitirmos. Para que isso ocorra teremos fazer tentativas. Quando entendermos isso, compreenderemos que não há a necessidade de chorar, pois toda a dor, todas as tristezas serão instrumentos de aquisição para o voo rumo à um pleno estado de calmaria, sem ociosidade. Existem caminhos para se chegar a esse estado. Alguns optam pela dor; outros pelo amor. Alguns buscam no poder; outros na humildade. Todos podem nos conduzir a esse estado de plenitude e paz, desde que saibamos aproveitá-los, sem flagelar. Quando nós nos preocuparmos o suficiente com a vida, criaremos um pequeno espaço que, se unindo aos outros, formará um mundo melhor.
Cure o mundo, salve-o. Não é apenas para mim ou por mim, é para todos. Existem seres morrendo nas filas dos hospitais, de doenças, de fome, abandonadas, assassinadas, e se nós voltarmos nossos olhos para elas e passarmos a vê-las como semelhantes, tanto aquele que pratica o ato  quanto o que recebe, a vontade de fazer alguma coisa vai surgir. Sigamos essa vontade e criemos esse mundo melhor com o qual todos sonhamos, mesmo quando o buscamos nas piores coisas.
Se  você  quiser  saber o porquê de muitas pessoas acreditarem nesse
mundo melhor é porque elas creem na existência do amor, o amor verdadeiro, que não mente, não desiste, que perdoa, que dá vida e é forte; indestrutível. Esse amor não se preocupa em receber nada em troca, ele apenas dar-se.
Ao adquirirmos a capacidade de amar, veremos que não há espaço para medos, temores e preocupações em nossas vidas: Nós paramos de existir, de levar uma vida priorizando apenas nossos interesses, de não nos importarmos com a dor em nossa volta, e começamos a viver, amando a natureza, fazendo  nossa parte, mesmo vendo que outros não fazem, porque esse amor é suficientemente forte para nos desenvolver e nos suster. Desde sempre ele é a Verdade. Então, assim pensando, façamos um mundo melhor, criemos um novo mundo, para que cujos sonhos que nos trouxeram à Terra revelem seus rostos jubilosos, e o mundo em que certa vez acreditamos brilhe novamente, realmente, em graça.
Por que desmatar, queimar, roubar? Por que sufocar a vida se a liberdade é a palavra mais libertadora que existe? Nada aprisionado traz bons resultados. As aves, os animais, tudo quando está livre é muito mais lindo. E é possível ser livre mesmo estando preso, pois podemos viajar através de nossas ideias, de um livro, de uma canção, de um filme ou pegar carona na cauda de um cometa e sair sem rumo por essa imensidão...
O mundo é um presente de Deus e se em algum instante você duvidar da existência dele, olhe para as estrelas, as flores, os rios,  os outros planetas e entenda que nenhum homem poderia criar tais coisas, cabendo a uma Força Inteligente criá-los, à qual alguns chamam de Criador, Papai do Céu, Alá, Deus, Jeová, javé, mas não se preocupe com isso, são apenas nomes... Procure reter-se ao pensamento de que essa Força Inteligente tem todo o amor para nos dar, se quisermos receber. Ao imaginarmos isso poderemos voar tão alto e entenderemos a imortalidade da alma; compreenderemos que não morremos, mas passamos para outra vida, com toda nossa bagagem.
Sintamos em nossos corações todas as criações divinas como meios a nos auxiliar, e que nossas lágrimas possam ser de alegria por descobrir um Deus maravilhoso  que nos ama.
           Que as espadas possam dar seus lugares aos arados, cultivando a terra
para  o  plantio  da  semente que irá alimentar a fome de alimentos e de vida,
transformando-a em uma floresta universal, abrangendo todos os corações.
Nós podemos, sim, chegar lá. Vamos juntos!
Isso é um convite para que façamos uma reflexão e entrelacemos nossas mãos, avistando o sagrado em nós e em nossos partícipes.
Encerrados dentro do casulo de visões pessoais, deixamos de interpretar preleções que nos auxiliarão a acreditar na transformação e no bem existente nas pessoas. Agradecermos a Deus por suas criações, entendendo a cultura que cada um possui é reconhecer a magnitude divina que se revela pelas obras dos filhos seus. Umas, um tanto quando incompreensíveis; outras, no entanto nos apresentam essa grandeza de forma clara como o brilho do sol, a poesia da lua, a inspiração das estrelas, o sorriso de uma criança, o afeto de um animal e tantas outras visões que, às vezes, não vimos pelo simples fato de pensarmos que somos mais cultos ou melhores que os outros. Por isso, agradeçamos a tudo e a todos por terem estado entre nós com a permissão de Deus.
                                                                                          Autoria: Sidney


                                                                 Capítulo 17
A Verdadeira Beleza
Nos tempos atuais há um culto e um valor transtornantes em torno da beleza física. Muitos homens e mulheres, começando já na infância, querem e buscam por um corpo perfeito. Perfeito para quem? Para os outros. É o desejo de ser visto, desejado, admirado e invejado. Horas e mais horas são gastas em uma academia, produtos, plásticas e roupas, e muito tempo perdido com excessos que causam distúrbios. A indústria dos produtos e cosméticos para uso exterior está prosperando, mas o ser humano está vazio de emoções e em declínio interior. Nessa busca desenfreada pelo corpo perfeito muitas pessoas já causaram danos aos seus corpos, porque ficam sem ingerir substâncias necessárias à manutenção de uma boa saúde e se matam, inconscientemente.
Quando estamos perto de pessoas serenas, brandas nos sentimos bem, em paz, e um sentimento de calma nos envolve. Essa beleza que nos contagia é a energia interna do bem que alguns possuem e que faz com que se tornem belos. Essa é a beleza que todos deveríamos buscar construir em nós. Não há coração endurecido o suficiente que resista a essas boas vibrações de alguém.
O homem e a mulher não podem ser avaliados por um corpo carnal, mas por qualidades como a honestidade, a simplicidade, a doçura e o carisma. Nossos corpos modificarão apesar de todos os cuidados, pois trata-se de uma propriedade da matéria a qual propicia renovação. Por isso envelhecimento, significa, de fato, maturação e renovação, tanto física como espiritualmente.
Não há nada de errado em cuidar da alimentação, fazer exercícios físicos e se vestir com uma roupa bonita. Temos, porém que nos acautelar com a paranoia e a obcecação por tudo isso. Além de buscarmos o bem estar físico não nos esqueçamos da prática de ações como sorrir e conversar com alguém que está passando, mesmo que seja um estranho, falar de paz e caminhar em paz para que as criaturas violentas se acalmem, as flores sejam vistas, os animais sejam amparados e todos os seres, assim, exteriorizem um sentimento puro, e fique a Terra repleta de amor como um paraíso. E essas vibrações viajarão pelo Universo fazendo com que esse amor toque a muitos, e muitos sentirão a energia harmoniosa que  ela, a verdadeira beleza,
é capaz de  transmitir.                                            
Podemos classificar a atual condição de nossa civilização de inquietude. O agito das cidades, o excesso de informações, poluição atmosférica, visual e sonora, desperdício de um lado e escassez de outro, corrupção, violência, cobranças e regras do mercado de trabalho, da moda e a existência de guetos como lobistas, partidos políticos ou qualquer outro grupo fechado que não pensa na prosperidade de uma nação, mas está sempre pensando em vantagens, em primeiro lugar, desestruturam o orbe terreno.
Será que a causa de todo esse desassossego no qual estamos imbuídos não é por estarmos fechando nossos olhos e ouvidos para as frases edificantes, a leitura educativa, os filmes instrutivos, as palavras animadoras e cheias de beleza que nos são dirigidas?
Ficamos em frente à TV alimentando-nos de notícias depressivas e de repórteres e apresentadores formadores de opinião que adoram jogar uns contra os outros através de notícias deprimentes que enchem nossos lares de terror. E os filmes e programas pornográficos? Muitos homens e mulheres estão adentrando nesse mercado rentável e decadente, onde o sexo é visto unicamente como instrumento de sentir prazer de uma forma sórdida. Não podemos nos esquecer de que quando alugamos, compramos, vendemos e fomentamos a propagação de tais produtos, estamos divulgando e alimentando essa indústria e ajudando a desvirtuar pessoas que poderiam ser excelentes professoras, donas de casa, cantoras, costureiras, engenheiros, enfermeiros, dançarinos ou qualquer outra profissão. Será que o dinheiro ganho desta maneira traz conforto; digo conforto espiritual?
E será também que não estamos fechando nossos olhos e ouvidos para o Evangelho de Jesus e estamos totalmente esquecidos dos nossos irmãos em dificuldade? Alegamos não ter tempo, dizemos que nossas vidas estão corridas e esquecemos-nos de fazer uma pausa durante o dia e dar uma olhada em nossa volta para apreciarmos o brilho do sol, o som da chuva, os sorrisos que nos dão. Falamos que amamos, mas precisamos entender que quem ama não abandona  nos  momentos  difíceis, e  mesmo  sem  saber fazer o que o outro faz,  entende  que  um  abraço, um  sorriso e um olhar servem de incentivo, e com eles damos um meio de esse alguém vencer suas
dificuldades. Falar “eu te amo” é  simples e fácil, mas amar é muito difícil...

Quem ama tem consideração para com o outro. Mesmo que ele não lembre o dia do aniversario da pessoa, no dia, reconhece a importância desse alguém que está ao seu lado, já que cada dia de vida deve ser comemorado. E aniversário não é motivo para dar ou querer ganhar presentes. Uma lembrança simples, um telefonema, um e-mail, um bilhete de bom dia dizendo “estou com saudades”, “sinto sua falta”, pois não é o valor financeiro do presente, mas é o fato de você estar presente e agradecer a Deus pelo presente que ele te deu ao colocar alguém especial em sua vida.
Comecemos a observar as proezas que irmãos nossos foram capazes de realizar quebrando preconceitos, desenvolvendo medicamentos, saciando a fome de muitos, levando esclarecimento e consolo: Isso é a maior beleza, o trabalho fraterno, que é capaz de catequizar mentes e corações.
Estamos dependentes de nossos desejos, da busca desenfreada por artefatos terrestres, e quando damos conta, parece que nada faz sentido, que está faltando alguma coisa e um sentimento de vazio se faz em nós. Essa sensação de vazio é vazio, sim. Vazio de caridade, compaixão, perdão, perdoar, simplicidade, humildade e tolerância.  Quando fechamos nossos olhos e ouvidos para as obras salutares da vida, sofremos, ficamos depressivos e com raiva de tudo e de todos. É preciso dar uma chance a nós mesmos. Chorar menos e sorrir mais, ouvir mais e falar menos, olhar para frente e vislumbrar a conquista de uma era iluminada e olhar para trás para ver se não estamos nos esquecendo de alguém. Doar um pouco de nosso tempo a alguém ou alguma causa nobre. Desligar a televisão, fechar o livro e o jornal, sair de frente do computador e agir, colocando as mãos em uma atividade benemérita.
Grande parte do comportamento social é aprendido através dos meios de comunicação. A programação nesses meios é feita por patrocinadores e mantida pelo povo. Assim chegam às nossas casas programas que deturpam a moral e a boa conduta. Quem patrocina, muitas vezes, quer apenas vender sem se importar com as consequências e com os telespectadores. Desde que se venda, de nada valem a saúde, a educação e os efeitos colaterais. Quem compra mantém os patrocinadores ativos, mas todos são atingidos, uma vez que estamos interligados.
Um tema muito mal trabalhado dentro da mídia é a Arte Marcial, onde a agressividade e a violência são glorificadas. Filmes e eventos violentos têm sido organizados e classificados como esportivos.  Há pessoas se digladiando nos ringues e tatames em troca de fama e dinheiro. Para coadjuvar, instrutores fazem de seus alunos fonte de renda e não explicam-lhes os princípios marciais. Outros os ensinam a serem violentos, incentivando-os a disputarem esses torneios selvagens em que lesões danosas são causadas no corpo físico e no campo perispiritual, demorando-se longo tempo para o refazimento, devido ao fato de não ser essa uma opção de defesa, mas sim de se promover.
As Artes-Marciais foram criadas para defesa pessoal e não apenas para ganhar medalhas, troféus e reconhecimento. Seu maior objetivo não é  para usarmo-las  para vencer  o outro; é vencer nós mesmos. Vencer nossos medos, nossas inseguranças, burilar nossas arestas e conquistar autocontrole para, assim, desempenharmos nossos papeis de homens de bem, adquirindo disciplina, concentração, cidadania, buscando sempre por um espaço de equidade para todos.
            A disputa de competições, desde que bem organizadas e que se use
protetores adequados, preservando a integridade física e psicológica é proveitosa, mas não se deve ter o ganho de  prêmios como único objetivo. Como instrumento de defesa que são, ou deveriam ser, as Artes Marciais são uma maneira de viver calmamente e em paz consigo, com Deus, as pessoas e a natureza. É lamentável, mas essa filosofia não é seguida por muitos. Infelizmente, esses valores estão se perdendo no mundo marcial. Academias rivais, pseudos mestres e atletas fracos psicologicamente, motivados pela conspurcação midiática, têm corrompido esses valores. Carecemos de eliminar essa ideia de violentar nosso próximo em troca de prêmios. Isso só nos endivida e nos passa uma ilusão de vitória. Não podemos nos esquecer daquela Lei de Ação e Reação sobre a qual já conversamos, e não nos esqueçamos de que só vence aquele que se utiliza do amor.
Podemos praticar arte-marcial para termos qualidade de vida, boa saúde, disciplina, mas cabe a nós dominá-la e não deixar que ela nos controle, ou melhor nos descontrole. E vamos nos recordar de um pensamento do artista marcial, Bruce Lee que nos diz que: Com relação a outros estilos e escolas não pense em termos de certo ou errado, melhor ou pior. Não seja contra ou a favor.
Nas colinas, durante a primavera, não há melhor ou pior... Os ramos crescem naturalmente, floridos, uns curtos, outros longos...
O estilo de arte-marcial, de roupa, de vida, é a vontade de cada um. Podemos opinar, trocar pareceres, sem deixar de lado o respeito pelos pontos de vista alheios. Respeitar não significa concordar.
A necessidade da transformação é evidente em determinados pontos. Entretanto para que ela se faça é necessária nossa participação, nosso envolvimento, movidos pela vontade de querer um mundo elevado. Qual será nossa opção de escolha? Existem vários caminhos, mas nem todos conduzem ao mesmo destino.
Aprendamos a ver que as diferenças completam o todo. E com relação à religião, profissão, cor, nacionalidade, não pense em termos de certo ou errado, melhor ou pior; não seja contra ou a favor. As flores que surgem nas colinas durante a primavera, as religiões, as músicas, o trabalho, as pessoas, as diversas formas de vida que aí estão, são um campo de estudo e aprimoramento para todos nós, seres imortais.
                                                                                          Autoria: Sidney


                                                                 Capítulo 18
Toda Transformação Precisa de Luz e de Amor
A necessidade de uma metamorfose mental, sentimental e comportamental em nós é visível, já que só não precisa mudar o que chegou ao seu ponto máximo de sublimação, e nós estamos bem longe desse ponto, uma vez que caímos em desequilíbrio comumente.
Ficar com raiva, ódio, mágoa, trabalhar apressadamente, ficar na bebedeira, perder noite de sono não nos faz sentir bem, pois o corpo responde a isso em forma de mazelas e perturbações. Rins, fígado, coração, pressão arterial têm seus funcionamentos alterados quando adentramos por essas portas. Identificar qual é o nosso problema e sua causa, e trabalharmos em cima disso é o que nos auxiliará na solução. Daí, concluímos que podemos sentir raiva, mágoa, mas não devemos permanecer com esses sentimentos. É desta forma que começamos nosso autocontrole para que futuramente sentimentos inferiores não serão captados e alimentados por nós.
Muitas pessoas pensam que devemos cruzar os braços e deixar que Deus faça tudo em nosso lugar. Não funciona assim. Deus não faz tudo para nós. Ele faz de tudo por nós. Isso quer dizer que teremos que nos empenhar para alcançar nossos propósitos. Sem esse esforço, não avançamos.
Quando estamos com algum problema financeiro, emocional, alguma doença, desempregados, tristes, achando que o mundo está do avesso, são nestes momentos que devemos reagir e não nos sucumbirmos.  Se ficarmos achando que somos infelizes, coitadinhos, que Deus nos abandonou, estaremos nos depreciando e duvidando do amor e da bondade divinas. Procurar uma saída e ajuda, e começar a agir é o que resolverá os dilemas. Deus não nos abandona, somos nós que nos afastamos dele, deixando que o pessimismo e nossas fraquezas nos dominem.
Fomos designados para aportarmos na Terra e estabelecer contato com pessoas e situações com as quais temos que nos reajustar. Para entendermos esse processo é preciso inspecionar os recantos de nossas almas. A princípio ficamos tensos, sentimo-nos amordaçados, no entanto, aos poucos, vamos entendendo que tudo caminha conforme nossa necessidade de progresso.
 Quando nos deixamos ludibriar por facilidades terrenas, como a lei do menor esforço, acabamos dando nós em nossas vidas. Os atalhos que nos são ofertados podem causas estragos variados. Quando algo está muito fácil
é sinal de que alguma coisa está errada.
Vamos relatar aqui duas estórias.
Durante vários dias choveu muito em uma cidade a ponto dela ficar submersa. As autoridades vizinhas enviaram socorro para auxiliar os moradores. Todos se salvaram, mas um homem que dizia ter muita fé em Deus, e que este iria vir socorrê-lo, pessoalmente, se recusava a aceitar a assistência.
Veio um barco para resgatá-lo e ele não quis subir. Um helicóptero surgiu em seguida, mas ele mais uma vez recusou, dizendo que tinha muita fé e aguardava o socorro pessoal de Deus. Uma canoa se aproximou para socorrê-lo, entretanto ele não quis subir. Acabou morrendo afogado. Chegou irritado na presença de Deus, dizendo que era fervoroso e não acreditava que o Senhor o abandonara. Brigou, cobrou, até que Deus lhe disse calmamente:
__Meu filho, eu lhe enviei um barco, você o recusou. Mandei um helicóptero, você não o quis. Providenciei uma canoa você não aceitou. Como eu não lhe enviei ajuda...
Deus tem nos ajudado sempre. Dizemos às vezes que ele não ouviu nossas perguntas, mas somos nós que não entendemos e não aceitamos suas respostas.  Não fomos colocados no mundo e jogados ao léu. Ele está junto de nós, sempre, nos inspirando, nos motivando. Enviou-nos a medicina, a chuva para irrigar os alimentos, a água para bebermos e nos dá tudo que necessitamos para nossa manutenção e purificação.
Quando Allan Kardec perguntou aos espíritos o que é Deus, eles responderam que “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (Livro dos Espíritos, perg. 01).
            Depois Kardec pergunta como é que podemos ter a certeza de que Deus existe, e eles respondem: “Numa suposição evidente e verdadeira que vocês têm de que todo efeito tem uma causa”.
 Para uma pedra se mover é necessário que uma força faça isso. Para um som se produzir é mister o encontro ou o contato de dois objetos.
Quando vemos a chuva, a natureza, o homem, os animais, a vida, vamos entender que Deus é perfeito possuindo todos os atributos em seu grau maior.
Ao  pegarmos  um  lençol,  vamos percebendo que ele é formado por
fios entrelaçados. Estes, por sua vez, por fios menores e fibras e, assim ao se
decompor essa textura  chegaremos ao ponto de não virmos nada a olho nu, mas com a ajuda de um microscópio podemos ver o que nossos olhos sozinhos não veem. Mas mesmo assim chegará a um determinado ponto que não vamos enxergar mais nada. E, assim, iremos pesquisar, pesquisar, até  encontrarmos a menor partícula, a causa primária, primeira ou primitiva que deu origem a esse processo. E quem criou essa partícula? Deus.
Somos nós que pegamos essas partículas primitivas, as quais os espíritos denominam de Fluido Cósmico Universal, e as transformamos de acordo com nossa capacidade e vontade. Tomemos como exemplo a fórmula H2O (fórmula da água, sendo duas moléculas de Hidrogênio e uma de Oxigênio). Se duplicarmos a camada de Oxigênio ela se tornará corrosiva. Daí, então, concluímos que:
Água__ criação de Deus;
Líquido corrosivo__ manipulação do Homem.
Por isso que os espíritos responderam que  (Deus) é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.
Deus seria imperfeito se não nos auxiliasse. E duvidar de sua existência seria supor que o nada criou alguma coisa e o nada, sendo nada, é incapaz de criar algo. E o nada não existe, pois todos os lugares, planetas, estrelas, satélites, espaços estão preenchidos com alguma forma de vida que não temos a capacidade de enxergar, por enquanto. E tudo isso está sob a disposição das leis do Criador.
Para entendermos as Leis Divinas é indispensável nos libertarmos de certas correntes que nos amordaçam: A corrente da má vontade, da preguiça, da timidez, da falta de fé, da agressividade, da teimosia do orgulho e do egoísmo, sentimentos esses que nos aprisionam. Acreditar que podemos quebrar essas correntes e buscar forças em Deus e dentro de nós através da oração e da prece para tal fim, é mover-nos para fora de uma camada espessa. Se operarmos, romperemos todas as barreiras. E muitas vezes algumas vozes podem nos dizer que não vamos conseguir, mas podemos, sim.  
Rompendo nossos casulos e tendo aquela fé do tamanho de um grão de mostarda à qual o Mestre Jesus se referiu, diremos a essas montanhas que surgem em nossos caminhos, “arreda-te” e elas se arredarão. O Cristo quis nos passar que quando decidimos escalar as montanhas, ou seja, aquelas dificuldades que parecem ser intransponíveis, que parecem uma montanha, e começamos a agir, com a certeza que estamos sendo amparados, tendo autoconfiança, é como se elas  arredassem. O caminho se torna mais suave e chegaremos ao topo. Mesmo estando cercados por todos os lados de problemas iremos nos recompor e teremos energia para a realização de um esforço colossal.
A segunda estória é de um rapaz chamado João.
 João era conhecido por ter muita preguiça, até mesmo para comer. Um dia, seus irmãos foram ao seu quarto de manhã e acharam que ele estava morto. A mãe de João e toda família estavam chorando. Então sua mãe, se debulhando em lágrimas, lamentava a morte de seu filho e ao ver um cacho de bananas maduro na dispensa, se lembrou e comentou de que João adorava banana. Ela tinha até levado algumas para ele no quarto, pensando que estava vivo.
            Pelo espanto de todos João ouve o assunto, se mexe e diz:
__A banana está com casca ou sem casca?
A mãe responde:
__ Ora, meu filho, com casca.
__ Ah! então eu não quero, não!
E nesse momento João morre, por pura preguiça de descascar uma banana...
Deixemos  a incredulidade e a preguiça de lado.
 E se você duvida da existência de Deus ou conheça alguém que duvide, conte a ele que:                         
Toda transformação precisa de luz e de amor
“Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
__Deus fez tudo que existe?
Prontamente, um estudante respondeu:
__Sim, fez!
Mas ele insistiu:
__Deus fez tudo mesmo?
__Sim, professor, respondeu o jovem.
O mestre, no entanto replicou:
__Se Deus fez todas as coisas, então fez o mal, pois o mal existe...
Diante de tal resposta, o estudante calou-se. Feliz, o professor vangloriou-se  de  haver  provado  uma vez mais que a fé não passava de um
mito.
Porém um colega ergueu a mão e disse:
__Posso lhe fazer uma pergunta, professor? O frio existe?
__Claro que existe! Por acaso você nunca o experimentou? Responde o professor.
O rapaz, decidido, retrucou:
__Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando possui ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo retenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total de calor, quando todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir. Mas volto a insistir: O frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
__E a escuridão existe? Pergunta o aluno.
Intrigado, o professor responde:
__Certamente que sim.
E o estudante voltou a discordar:
__Novamente o senhor se engana, tampouco existe a escuridão. Na verdade, ela é a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão, não. Um simples raio de luz acaba com as trevas e ilumina a superfície que toca. Como se faz para saber quão escuro é determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando a luz está ausente.
Finalmente, o jovem estudante inquire:
__Diga, professor, o mal existe?
Ao que ele respondeu:
__Claro que sim. Como expliquei no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todo o mundo! Essas coisas são o mal.
__Discordo do senhor. O mal não existe, professor! Ao menos não existe por si só. Ele é simplesmente a ausência de Deus. É como nos casos anteriores, um termo que o homem inventou para descrever a ausência de alguma coisa. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou o amor, que existem da mesma forma que existem a luz e o calor. O mal é uma consequência  de  a humanidade  não ter Deus presente  em seus corações. É
como o frio que surge quando não há calor; escuridão quando não há luz...”                               

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Toda transformação precisa de luz e de amor.
Luz = Verdade
Amor = Emprego dessa verdade valendo-se da caridade, compaixão, fé, paciência, justiça, humildade, resignação...
Luz e amor: A combinação perfeita de duas vertentes que definem o que é o Ser Supremo, o Centro Natural do Universo a irradiar luz e amor para todos os recônditos, até mesmo nos mundos inacessíveis, onde não conseguimos ir nem pelo mundo da imaginação.
Que brilhe nossa luz e que o amor seja nossa bandeira de fé.

Até o próximo capítulo!

Autoria: Sidney

Capítulo 19
Conquista e Renúncia
O TRABALHO
O trabalho representa em nossas vidas
Oportunidade de crescimento.
É algo a ser levado a sério,
A toda hora, a todo o momento.

Trabalho é benção do Alto
Revela em nós o Amor de Deus.
Coloca o pão em nossas mesas;
Sustenta meus filhos e os seus.

Todos precisam de um trabalho,
E de trabalhar não só por obrigação.
Empenhar-se o máximo a cada dia,
É trabalhar de coração.

Por isso todos devemos
Trabalhar com todo carinho.
E entender que todo trabalho é útil,
E que ninguém constrói sozinho.


Para conseguirmos um resultado positivo em nossos ideais é necessário assumirmos responsabilidades e dividirmos tarefas. Quando alguém quer assumir o controle de todas as funções acaba se desgastando e não deixando que outros aprendam a andar sozinhos, e entrava seus próprios passos. Por esse motivo, dentro de uma casa, em um local de trabalho, em uma instituição religiosa, em um estabelecimento de ensino ou  grupo de estudos é de bom alvitre a divisão da lide.
Esta divisão está sendo muito necessária e utilizada dentro do lar, pois de uns tempos para cá, com a saída da mulher de dentro de casa para trabalhar fora, as tarefas domésticas, despesas, os cuidados com os filhos, e tudo relacionado a uma casa/família, sofreu alteração. Muitas mulheres têm uma  jornada dupla:  Além de trabalharem  fora para  ajudar nas despesas da
casa, precisam ser mães e donas de casa.
Graças ao Bom Deus, à luta pela igualdade de direitos, aos poderes terrenos que  regem parcialmente o nosso planeta, Legislativo, Executivo e Judiciário, ao poder da Mídia também, que hoje é considerado o quarto poder, pois ela tem uma influência muito grande em nosso meio, isto está se revertendo. Aos poucos, elas, as mulheres, estão mostrando que têm talento, capacidade e que podem se destacar em qualquer área.
Mas nós, homens, não precisamos nos preocupar com isso, achando que as mulheres estão tirando nosso trabalho, absolutamente. Estamos apenas devolvendo a elas o que tiramos. Há espaço para todos nós no mercado desde que se tenha consciência e solidariedade, porque sem elas as coisas não funcionam bem.
Devido a ganância, à vaidade, a falta de visão da vida futura, ao materialismo, a falta de uma remuneração adequada, ao preconceito, à ambição desproporcional é que vivemos uma desigualdade social. Se houvesse um salário justo para um homem e uma mulher, independente da atividade realizada, muitos não precisariam ter dois, três ou mais empregos, ocupando diversas vagas ou passarem necessidades básicas. E qual é o salário justo? Aquele que dê para manter as necessidades básicas de uma família como alimentação, vestuário, remédios, lazer e material escolar. No atual ano em que vivemos, 2009, acredito que uma renda per capta de R$ 1.800 a R$ 2.000 reais mensais seja suficiente. Isso poderia ser aplicado se houvesse os  itens mencionados anteriormente. Obviamente que um casal não deve se aproveitar dessa situação para ter mais filhos, uma vez que um filho não precisa somente de sustento material, além de não poder ser uma moeda de troca em uma família.
Situações de discriminação e desprezo em relação ao sexo feminino existem aos montes. Após executar seus trabalhos no plantio de alimentos ou em outras atividades, a mulher passa a realizar funções diversas dentro do lar enquanto esposo e filhos se rechaçam num assento qualquer na crença de que ela é obrigada a lhes servir.
A mulher, sentindo-se injustiçada, com toda razão, levantou a cabeça e começou a buscar seu espaço, mas com essa busca em querer ser independente o lar ficou sem o amparo de uma protetora porque ela extrapolou limites que não deveriam ter sido vazados. Seus filhos, com
pouco contato com o pai, agora, não têm mais o contato com a mãe.
Não estamos dizendo aqui que seja errado que uma mulher trabalhe. O que recomendamos é que o trabalho não sugue todas nossas energias ao ponto de não termos tempo para comer juntos com nossos filhos, levá-los ao templo religioso, sairmos juntos para brincar, ensinarmos o dever de casa, irmos às reuniões escolares, enfim vivermos um pouco da vida deles e prepará-los para o amanhã. Essa noção de fraternidade e organização no ambiente doméstico é de extrema relevância para as atividades fora do lar. Sem elas nossas vidas descambarão.
A desorganização e a competição dentro do ambiente de trabalho têm causado inimizades porque dentro das próprias casas as pessoas vivenciam isso. Por isso uns trabalham demais e outros de menos, ocorrem as fofoquinhas, as boicotagens, o automatismo, o ganhar mais antes de qualquer coisa. São esses fatores que entravam o crescimento e o bom funcionamento de qualquer órgão, seja público ou privado. Enquanto uns fazem o trabalho tranquilamente da melhor forma possível, outros vivem acelerados, querendo mudanças a qualquer custo e querendo ganhar mais que os demais. Não ouvem, não aceitam sugestões, a ideia boa só é aquela que parte deles. Isso gera desconforto em qualquer ambiente. O líder de um grupo deve estar atento a isso e ter a visão de trabalho em equipe organizado, de forma que haja resultado satisfatório para funcionário e empresa, onde ambos serão conscientizados da importância de se fazer o melhor para se conquistar o melhor.
Em se tratando do funcionamento de uma instituição religiosa, o proceder não deve ser diferente. Alguns acham que por serem padres, bispos
pastores, presidentes de casas espíritas ou que por fazerem parte de uma diretoria, tudo tem que ser do jeito que eles querem.   Essas coisas ocorrem porque ainda temos em nossos íntimos uma soberania bem arraigada. Não aprendemos a lidar com opiniões contrárias e nos achamos donos da verdade, e perdemos oportunidades valiosíssimas de aprendizado e crescimento, pois aqueles que achamos que por vestirem uma roupa simples, falarem palavras que fogem um pouco das regras gramaticais ou por não terem um alto poder aquisitivo, podem saber muito mais do que nós acerca de diversas circunstâncias. Muitos, ainda, analisam o outro pelo que ele tem e não por aquilo que ele é. O conhecimento e a sabedoria podem estar dentro de qualquer um, não importa. Por isso a necessidade de ouvir e dar oportunidades de opinar a todos.
Em uma instituição de ensino, que é o foco que irá formar profissionais, a visão de “profissional” precisa ser abrangente. Paralelamente ao ato de formar um profissional, que se forme um profissional completo que saiba se relacionar, que tenha boas atitudes e que passe credibilidade e simpatia para os demais. Que seja maleável sem perder a firmeza, que procure pensar sem ser indeciso, que seja técnico sem deixar de ser humano e que esteja disposto a somar, entendendo que sozinho não se vai muito longe.
Já em um grupo de estudos ou a apresentação de um trabalho em grupo, temos que observar o que cada um pode oferecer e com o que pode contribuir. Se assumirmos a frente e fizermos tudo, pode ficar muito bonito, o diploma pode vir com notas notáveis, mas houve uma preocupação apenas com o “meu” e o companheiro de grupo não foi junto. Dividir tarefas é dar oportunidades de desenvolvimento. E se o trabalho não sair conforme o nosso desejo, mas alguém aprendeu algo, se esforçou, enfrentou medos, mesmo que o objetivo final não tenha sido alcançado, isso serve como experiência e refletirá em todo e qualquer âmbito, futuramente. Nós é que não podemos querer fazer tudo por nossa conta ou deixar todas as responsabilidades apenas nas mãos de um líder, de um supervisor, diretor, inspetor, coordenador, gestor público, presidente de uma instituição, pai, mãe ou irmão.
Assumir muitas tarefas é nos desgastar física, emocional e psicologicamente.  Para contornar essas situações é necessário o diálogo, a exposição de ideias e sentimentos. Enquanto estivermos fazendo tudo, inclusive o trabalho de outro, ou nada, sem uma avaliação da situação, o resultado poderá até parecer bom, porém, no íntimo, não estaremos bem, já que falhamos ao deixar tudo nas mãos de alguém, atribulando-o, ou de abraçarmos tudo para nós, sufocando-nos.                                              
 Há a necessidade de cumprirmos com a nossa parte porque se não o fizermos, não nos tornaremos responsáveis, não evoluiremos e sobrecarregaremos alguém. O importante, antes de qualquer coisa, é termos boa vontade e seriedade, empenhando-nos ao máximo.
 Cada um deve lutar ao seu modo e assumir sua responsabilidade na
frente da linha de comando e agradecer àqueles que lutam e que lutaram por nós e junto de nós, sacrificando suas vidas. Reconhecer o valor de quem nos ajuda, dando um abraço, fazendo uma oração ou uma prece, ou dizer simplesmente “obrigado” é sinal de gratidão.
Gratidão. Que não nos esqueçamos de agradecer a Deus todos os dias pelo ar que respiramos, a comida que vem em nossa casa, a água que nos banha, que sacia nossa sede; essa fonte de vida tão preciosa e insubstituível. Agradecer pelo nosso trabalho, família, amigos e até mesmo os problemas, porque é tudo isso que nos faz ascender.
Ao desempenhar bem nossas atribuições ampliaremos nossas capacidades, e estaremos preparados para assumirmos maiores responsabilidades, onde poderemos restaurar as almas perdidas pelos caminhos espinhosos, assim como um dia fomos ou deixaremos de ser. Todos os dias surgem oportunidades de amadurecimento em nossa jornada, e somos notificados constantemente acerca de nossa conduta através de vicissitudes diversas. Surgem, outrossim, as pessoas que acrescentam muito ao nosso saber, não importa o que façam. Nunca deixemos de amá-las, assim como Deus nos ama, fazendo o que for possível para auxiliarmo-nas, na certeza de que são enviados do tempo para o auxílio de nossa lapidação. Em qualquer uma das situações descritas acima e outras que surgirem, aprendamos a dividir, multiplicar, subtrair e somar: Dividindo bons momentos, conhecimentos e responsabilidades multiplicaremos os resultados construtivos, e subtraindo ociosidade, pensamentos deprimentes, ingratidão, a fala contundente  e a violência de nosso meio somaremos com aqueles que se dispõem a ser feixes de luz que reluzirão no mar escuro do velejador perdido, sendo um farol a guiá-lo para fora de qualquer turbulência. Estejamos atentos aos sinais que nos são enviados constantemente, por experientes velejadores. Entre eles está alguém que disse ao mar revolto “sossegai”, e este se acalmara. Guiados por Ele estão outros agentes e colaboradores, por toda parte, invisíveis, às vezes, ostensivos, em outras, pois no Espaço Sideral do Universo e de nossas vidas estão lecionistas e lições valiosas que nos possibilitarão grandes realizações.
Lembre-se, não existe o acaso. É preciso dar atenção, valor e importância à tudo aquilo que surgir em nossa jornada. São mensagens do Céu.
                                                                                                       Autoria: Sidney



Capítulo 20
Pensamentos e Palavras
Tudo aquilo que acontece no campo físico é moldado antes por nossos pensamentos e palavras. Eles captam o que temos em nosso campo íntimo e o que somos em nossa essência. Têm força e ecoam. Por isso, usá-los de acordo com o que almejamos para nós, já que a lei de retorno é inevitável, é fazermos a fôrma com a qual desejamos ouvir o eco para que o retorno nos devolva o que buscamos.
Emmanuel coloca com muita propriedade que "A ideia forma a condição, a condição produz o efeito e o efeito cria o destino".
Hoje, possuímos um alfabeto com 26 letras. Com apenas estes sinais gráficos podemos escrever qualquer palavra em qualquer idioma. Com a disposição dessas letras, dependendo da forma com a qual as organizamos, podemos formar sílabas, palavras, frases e longos textos.
Dentro desse conjunto de letras compomos as palavras:
Guerra / paz
Saúde / doença
Riso / lágrimas
Tristeza / alegria
Sofrimento / beleza
Ódio / amor
Morte / vida
Daí, percebemos que a causa da formação dessas palavras depende unicamente da maneira de como juntamos as letras.  
E o que estamos fazendo com o nosso alfabeto MENTAL, ORAL E ACIONAL?
Dependendo da nossa forma de pensar, falar e agir atrairemos para nós as vibrações de todos esses sentimentos e estados acima. Por isso falar do bem, manipulando nosso alfabeto mental, verbal e acional, em sincronia com a Lei de Amor é usá-lo a serviço da sabedoria.
Deixar de lado textos que incitam à revolta, livros que estimulam o preconceito, a parte audiovisual que semeia a discórdia, preocupando-se com audiência em vez de qualidade em sua programação, é fazer a desconexão com energias pesadas.
Quando alguma coisa fúnebre ocorre algumas emissoras de TV ficam dias e dias naquele tema. As notícias desse porte devem sim ser divulgadas, mas não sensacionalizadas como, às vezes, são. Denúncias devem ser feitas, trapaças descobertas e repassadas, mas falar de movimentos solidários, mostrando que alguém, em algum lugar, tem um abrigo que acolhe crianças, que lá naquele bairro, um grupo de pessoas faz projetos que atendem as necessidades de famílias carentes de apoio financeiro, psicológico ou emocional, divulgar que naquela outra parte da cidade outras pessoas sustentam um abrigo para animais abandonados e mal tratados é avivar a esperança nos corações desacreditados de que algo agradável ocorre em algum lugar.
Com exímia habilidade e astúcia a mídia enceguecida quer manipular a “gravidade” ao seu bel prazer, nos mantendo a flutuar subindo e descendo como fantoches e nos forçando a comprar produtos, a bebermos e a ficarmos congelados diante de certas informações.
Não entremos nessa atmosfera onde sairemos perdendo, fatalmente. É preciso que creiamos no poder do amor, porque mesmo que as pessoas se sintam incapazes, uma força se manifestará. E só mostramos o poder do amor quando amamos. Quando demonstramos que amamos estimulamos a autoconfiança em alguém e ele fará maravilhas.  E ao falarmos dos propósitos divinos, a essência de todo amor, estaremos reanimando aqueles que caíram à beira da estrada, alvejados por pensamentos, palavras, sentimentos ou atos destrutivos. E o momento propício é este que vivemos agora.
Quando ficamos sintonizados com notícias de estirpe degradante, nos sentimos enfermiços, pois ao ingerirmos essas informações, nosso campo mental é preenchido de vibrações negativas e sentimos que em breve o que assistimos, vimos, ouvimos e lemos de lúgubre ocorrerá com alguém próximo a nós ou com alguém de quem gostamos. Ao ficarmos constantemente absorvendo notícias tristes vamos trazendo para nosso íntimo, desânimo, revolta e depressão. Com isso não cremos mais na existência do bem. Ferimo-nos gravemente ao nos servir de cobaia para o experimento midiático.
Membros de nossa sociedade encontram-se caídos e inertes, e muitos nem esboçam sinais de vida diante dessas informações manipuladas por mentes desligadas de virtudes.
Alguns outros se levantam corajosamente para reagir e se dispõem a
fazer um trabalho voluntário em uma creche, asilo, na escola, na associação de moradores ou no templo religioso o qual frequentam. Diversas vezes eles se ferem, contudo não desistem, pois estão amparados por uma aura positiva, pois a ideia que plasma o campo turvo também acende a luz.
Ficar sofrendo por algo que poderá ocorrer vai nos desgastar e tirar nosso otimismo. E independente do que se passa, tenhamos fé na Justiça Divina que se cumprirá nos menores detalhes. Por isso, é bom lembrar sempre de entrar em oração, cumprir nosso dever, mentalizar coisas positivas e sincronizar com Deus, pois tudo começa através de uma ideia, tanto o bem quanto o mal.
Ver o labor de pessoas, sob a égide de Jesus, que lutam com magnanimidade e que não medem seus esforços para trabalharem em projetos humanitários, voltados à extinção da penúria material ou moral de todos nós, nos sensibilizará e nos dará forças para reerguemos.                                              
       Quando cremos em algo benigno e nos dedicamos para conquistá-lo, acabamos por contagiar as outras pessoas. É como uma pedra jogada em um lago: As ondas vão se estendendo, estendendo até atingirem toda sua extensão. Permitamos que as Ondas Crísticas nos envolvam e sejamos adeptos delas, fomentando nos demais a vontade de fazer igual.
Divida sua alegria com aqueles que não têm.
Antes de apedrejar nosso próximo procuremos compreendê-lo, entendendo seus motivos.                                  
Severidade pelos fracassos obtidos causa abatimento.
Intercedamos pelo bem de todos e tenhamos compaixão por todos.
As flores que hoje nos mostram a pintura divina foram pequeninas sementes que romperam a gleba escura, à procura da luz solar. Nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações serão a ponte que nos conduzirão ao Foco Divino, quando rompermos nossos sentimentos sombrios e conduzirmos nossos passos em direção à vontade de Nosso Pai Celestial.
                                                                                                  Autoria: Sidney

Capítulo 21
A Porta Aberta
Aquele que vence a si próprio é o maior dos guerreiros.
            A preocupação em vencer o outro e ser melhor que ele é o objetivo de muitos. Deixamos a vaidade nos dominar, o orgulho nos vencer e o egoísmo nos guiar, e devido a isso perdemos oportunidades divinas de sermos, realmente, pessoas melhores.
          Com essa mania de querer ser visto como o melhor, de querer vencer na vida, de dominar, acaba-se criando rivalidades e desafetos diversos. Querer ser o melhor não é errado, mas esse melhor deve ser pautado na superação de nossas paixões inferiores e no aperfeiçoamento de nosso bem moral.
Muitas  crianças crescem com essa ideia de “melhora” em suas mentes. São ensinadas a, disfarçadamente, odiar, a se importarem apenas consigo mesmas, e são criadas de uma forma a vencerem no mundo e não a vencerem o mundo.
Vencer no mundo, o qual hoje nos abriga, significa conseguir um ótimo emprego, estabilidade, casa, carro e todos esses valores apregoados hoje em dia. No entanto, devemos avaliar de quais meios estamos no servindo para alcançá-los. Vencer o mundo é não deixar que a concupiscência  nos escravize.  É deixarmos nossos interesses um pouco de lado, nossos problemas e dificuldades para auxiliarmos nossos irmãos que estejam precisando de uma luz a qual já conseguimos enxergar. É abrir mão do “ter” para agora “ser”.
Alguns professores, instrutores, técnicos esportivos, diretores de algumas entidades, empresas, membros de alguns segmentos religiosos vivem a disseminar a rivalidade e a competição entre nós. Enquanto isso permanecer, nossas escolas, instituições, as modalidades esportivas, as entidades e seus adeptos e as religiões estarão separadas e disputando o troféu de melhor prêmio esquecendo-se do melhor proceder. O ter fala mais alto. E assim, aquilo que deveria se tornar bonito e educador torna-se caótico e perversor.
Ter mais dinheiro, mais conhecimento, mais amigos, mais roupas, mais imóveis.
Ser mais feliz, ser mais útil no meio em que vivo, ser autêntico, ser amigo, ser mais tolerante, ser fiel, ser filho de Deus.
É o ter ou o ser, eis a questão?
 Um ataque em massa é desferido pelas propagandas onde se diz, que “nosso estabelecimento de ensino é o melhor”, “Aqui, em nossa escola, o aluno passou em primeiro lugar no vestibular daquela famosa Universidade”, “Temos a melhor roupa, o melhor sapato”, “ nós cobrimos o preço da concorrência.”  Cria-se um clima de rivalidade e adversidade onde a torpeza fala mais alto e o respeito e o valor pelo consumidor e pelo comerciante que se tornou rival residem nas margens de todo esse alvoroço.
Quando   atropelamos  direitos  e roubamos oportunidades estamos tomando um caminho cujo destino não é muito promissor.Tomemos o devido cuidado e abandonemos toda essa inútil concepção de disputa e busca desenfreadas por sermos os melhores, e assim descobriremos e desfrutaremos do lado sublime da vida.
Em vez de rivalidade pensemos em cordialidade, pois talvez, as pessoas vão até um estabelecimento de ensino que se destaca, uma loja que oferece diversas vantagens, mas, na verdade, estão em busca de uma conversa fraterna, estão querendo falar um pouco delas, pois sentem-se sufocadas e deliram por causa de sofrimentos diversos. Ou quem sabe alguém foi embora de suas vidas e elas querem se pronunciar, exporem seus problemas, e buscam no consumismo e na evidência uma forma de compensação. O ouvir ou o falar, em vez de vender ou comprar alguém, ajuda a resgatar esse algo muito importante que esse alguém perdeu, ou que esteja à procura.
O desejo de reencontrar e ter novamente em nossas mãos o que no momento não temos é porque somos seres que não compreendemos a amplitude das Leis Divinas, e temos medo de encontrá-las em nós. Queremos que as pessoas sejam diferentes do que são e que correspondam aos nossos interesses e expectativas. Queremos arrumar um substituto para aqueles que nos deixaram por algum motivo. Buscamos no outro uma cópia do que tínhamos. Queremos um amigo igual ao que foi embora, uma namorada ou um namorado, um esposo ou esposa, um cachorro ou animal iguais àqueles que tivéramos.
 Querer substitutos em nossas vidas é repetir as mesmas cenas, mas
as cenas são outras porque o cenário mudou. Procurar, enxergar e aproveitar as qualidades das pessoas que vêm para junto de nós não para substituir e nos servir, mas para aprender e ensinar algo é fluidez da alma. Toda criatura é impar.
Se alguém passou por nossas vidas e deixou marcas ou manchas, saibamos ver nisso ocasião de reflexão e recomeço.
           A vida é um processo constante de relacionamento, de trocas de lugares e de experiências. Quando aceitarmos isso, conseguiremos alcançar muito mais rápido nossa estabilidade e aceitaremos melhor os acontecimentos, bastando para tal fim, que tenhamos a convicção de que Deus nos ama.
Posso não ser o que o outro espera de mim, ou não ter o que esperei de alguém, mas posso ajudar a recuperar alguma coisa que alguém perdeu, mesmo que esse alguém seja eu. Preciso apenas transpor a porta ou abri-la, quando alguém bater.

A porta aberta
Foi na Escócia, em Glasgow, que esta história aconteceu. A adolescente tinha problemas em casa, vivendo revoltada com os limites impostos por seus pais. Ela queria a liberdade plena.  Seus pais lhe ensinaram a respeito de Deus e de suas leis justas e imutáveis. Um dia ela declarou:
-Não quero seu Deus; desisto, vou embora.
Saiu de casa, alcançou os jardins do mundo e almejou ser uma mulher do mundo. Logo descobriu que não era tão fácil viver sozinha, tendo que arcar com sua própria subsistência. O alimento, as roupas, um lugar para viver... Tudo era extremamente caro. Frágil e só, incapaz de conseguir um trabalho, ela acabou por se prostituir para sobreviver.
Os anos se passaram, seu pai morreu, sua mãe envelheceu, e ela nunca mais tentou qualquer contato com seus familiares. Certo dia, a mãe ouviu falar do paradeiro da filha. Foi até a zona de prostituição da cidade, tentando resgatá-la, mas não a encontrou. No caminho de volta tomou uma resolução: Parou em cada uma das igrejas, templos e pediu licença para deixar ali uma foto. Era uma foto daquela mãe grisalha e sorridente, com uma mensagem manuscrita que dizia: “EU AINDA AMO VOCÊ. VOLTE PARA CASA.”
Os meses se passaram. Nada aconteceu. Então, um dia, a jovem foi a um local onde se distribuía sopa para os carentes. Sentou-se, enquanto ouvia alguém falar algo sobre aquelas coisas que ela ouvira durante toda sua infância. Em dado momento seu olhar se voltou para o lado e viu o quadro de avisos. Pareceu reconhecer aquela foto. Seria possível? Não se conteve. Levantou-se e leu a mensagem que dizia “eu ainda amo você. Volte para casa.” Reconheceu sua mãe no retrato. Era bom demais para ser verdade. Ela desejara tantas vezes voltar, mas temia não ser recebida, afinal ela se transformara numa vergonha para os seus pais. Era uma mulher perdida, objeto de tantos homens.
Era noite, mas tocada por aquelas palavras, ela foi caminhando até sua casa.
O dia amanhecia quando ela chegou. O sol se espreguiçava em sua cama de nuvens e seus raios escorriam radiantes, inundando a Terra de pequeninos pontos de luz. Tímida, ela se aproximou de sua casa. Não sabia bem o que fazer. Bateu na porta e esta se abriu sozinha. Ela se assustou. Alguém arrombara a casa, pensou. Preocupada com sua mãe, correu para o quarto e a viu dormindo. Acordou-a, chamando-a:
__-Mãe, mãe, sou eu. Voltei para casa!
A mãe mal podia acreditar. Abraçou a filha, em lágrimas.
-Fiquei tão preocupada, mãe. A porta estava aberta, pensei que alguém tinha entrado e ferido você, mãe.
Enquanto passava as mãos, docemente, pelos cabelos da filha, a mãe disse:
-Filha querida, desde o dia em que você se foi, a porta nunca mais foi fechada.
                                                                                  
A porta Aberta,
De Robert Strand.

E assim, leitor amigo, termino este capítulo com esta mensagem que   emociona e movimenta meu íntimo, deixando-me pensativo sempre que a leio,  pois com ela  estou aprendendo que perdoar é dar ao outro a oportunidade de se retratar,  deixando a porta aberta do coração  para  recebê-lo.
Quando alguém vai embora de nossas vidas, saibamos compreender suas escolhas, pois talvez tenha sido raptada por uma ilusão qualquer. Deixemos as portas abertas para que quando voltarem encontre em nós a compreensão e o perdão, e possam, assim, continuar.
            Jesus, nosso irmão maior, está sempre de braços e corações abertos para todos nós. Sigamos esse exemplo de bondade, sem pensar naquele ato que nos desapontou, sem ressentir aquela amargura para que haja a aproximação de seres que foram criados para aprender e para amar; e para aprenderem a se amar.


                                                                       Autoria: Sidney    

              
Capítulo 22
Aprender a Morrer é Libertar-se
Quando oramos ou rezamos a oração que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, há uma parte muito instrutiva, como todas as outras, que nos diz: Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos aqueles que nos ofenderam.
            Rezamos essa nobre oração e não paramos para pensar nas propostas e ensinamentos que ela nos transmite. Talvez já a tenhamos decorado, e aí está o problema: Não a interiorizamos. E assim ocorre com diversas lições em qualquer campo da vida. Preocupamos-nos em verbalizar ou expressar, esquecendo-nos de vivenciar, de sentir.
Em dados momentos de nossas vidas ouvimos coisas que não gostaríamos de ouvir, falamos o que não deveríamos ter falado e agimos de forma precipitada. De quando em vez, certa agitação nos envolve e para nos acalmarmos nesses momentos nada melhor que uma sincera oração.
Quando oramos, entramos em contato com o plano mais alto e absorvemos fluidos e inspirações benéficas que irão nos pacificar e nos direcionar para que saibamos tomar a melhor decisão, e são através dessas decisões que tomamos, de acordo com o momento que estamos vivendo, que traçamos nossos destinos e damos nossa quota no somatório da atmosfera que envolve nosso planeta.
É um sonho irreal pensar que o mundo vai se modificar num passe de mágica. Somente quando nossos sentimentos se elevarem e compreendermos que mesmo sendo diferentes nos aspectos físicos, sociais, raciais, profissionais e espirituais, percebendo que nossos corações são um só, é que estaremos compreendendo o sentido da vida. Esse é o nosso despertar.
As maravilhas da Mãe Natureza, flores, pássaros, famílias reunidas são riquezas que compõem nossa humanidade. As árvores, os animais, todos estão tentando viver. Não passamos de seres frágeis. E abrir os olhos para essa realidade nos faz enxergar, ao mesmo tempo, nossa grandeza porque veremos que nossas ações repercutirão no todo.
Constantemente Deus nos envia um emissário a nos convocar para esse nosso “acordar”. Essa convocação, esse chamado, já foi feito por diversas pessoas, entre as quais podemos incluir Chico Mendes, líder de um movimento que visava a defesa da Amazônia, Irmã Dulce, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Francisco de Assis, nosso irmão Jesus e tantos outros, preocupados em preservar e abrilhantar a fauna, a flora e vida em todas as suas fases. Eles foram ignorados por muitos, mas ouvidos por alguns. E esses alguns são os continuadores de suas obras, e são essas obras que movimentam a energia da luz em nosso planeta.
Muitos não têm seguido a pegada desses líderes destemidos. Acomodam-se e se amedrontam diante de certos acontecimentos. Omitem-se, deixando pessoas serem prejudicadas e mortas, áreas naturais serem destruídas, injustiças serem cometidas, interessados apenas no próprio bem estar. Policiais se vendem, juízes se corrompem, autoridades se calam, outros fazem de conta que não sabem de nada, e com isso o caos se instala.  Será que estamos fazendo parte desse grupo? Façamos uma reflexão. Pessoas podem estar sendo lesadas e prejudicadas devido a nossa falta de compaixão e covardia. Não tenhamos medo de falar, de denunciar, de nos expor. Não tenhamos medo de morrer, pois o próprio Jesus nos disse para não temermos aquele que mata o corpo e sim aquele que mata a alma. E sabe quem é que mata a alma? Nós mesmos, quando deixamos de fazer o que é certo em troca de favores ou qualquer espécie de recompensa amoedada. Isso é matar a alma. Sufocamos nosso senso de justiça, nossa idoneidade, nosso amor. Matamos a nós e aos outros.
Perder o medo de morrer: Morrer de vergonha de declarar nosso amor, de começar ou recomeçar a estudar, de falar o que pensamos, de dizer que isso não condiz com uma postura idônea, de procurar um trabalho, de abandonar nossos vícios, de pedir perdão a alguém que tenha nos prejudicado ou perdoar a quem nos magoou; colocar as ideias e planos em prática, nos libertarmos de tudo que nos amordaça e abandonarmos o homem velho que se esconde dentro de nós. Aprender a morrer é libertar-se...
Morramos! Morramos de amor pela vida; de amor, pelo amor que Deus tem por nós.
Não matar; não mate. Aprenda a arte de morrer sem matar. Por amor se morre e por amor não se mata.
E  nesse caminho ninguém está sozinho. Há  milhões que querem um
mundo onde todos tenham chances de reiniciar, deveres a cumprir e direitos
a respeitar, e que isso se realize, efetivamente.
Aprender a morrer é compreender  o  significado da arte de viver, onde teremos que morrer para reluzir na eternidade de nosso percurso a caminho do calvário, carregando nossa cruz, onde diversos Cirineus vêm nos auxiliar, mostrando-nos que há enviados do Pai nos momentos em que as forças estão quase se extinguindo para nos amparar. E talvez essa ajuda venha de uma mão à qual nós, um dia, não estendemos a nossa. Talvez, venha de um sorriso ao qual, em uma época qualquer, negamos o nosso. Talvez venha de um olhar ao qual, em certo momento, ignoramos sua face e não o enxergamos. Mas de qualquer forma a ajuda surgirá para que vejamos que Deus está presente nas mínimas coisas, até mesmo nos lugares onde nunca imaginávamos encontrá-lo.
                                                                                                          Autoria: Sidney


Capítulo 23
                                       Reflexos da Alma                                              
 Estamos rodeados por diversas pessoas em nossas vidas, e muitas delas, movidas por efêmeras ilusões, se achegam e fazem-se de amigas para se aproveitarem ou tirar algo de nós. Se alguém é famoso ou tem recursos monetários, essas aproximações ocorrem em abundância. Esses que estão nesse meio de glamour conquistam diversas amizades e admiradores, mas nem todos verdadeiros.
A amizade, o namoro e o casamento, para determinadas pessoas, viraram um título de capitalização. A aproximação interesseira, na qual se procura construir uma carreira em cima, implicará em relações infelizes.
 Quando duas pessoas se casam dentro de determinados dogmas religiosos, algumas fazem promessas que são lembradas ou apenas faladas naqueles instantes: “Eu prometo que te amarei e viverei com você e serei fiel na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, amando-te e respeitando-te, até que a morte nos separe”...
Alguns pensam assim: “Eu prometo que me interessarei e viverei com você e serei fiel na saúde e não na doença, na alegria apenas e nunca na tristeza, enquanto você tiver dinheiro e  me der o que quero estarei junto de ti, e na pobreza quero distância de você, e te amarei e respeitarei até quando me convier”...
Ficar atentos quanto a isso e darmos valor não apenas ao que somos, mas ao que fomos, observando quem estava junto de nós, os amigos, as pessoas que nos queriam bem e que nos ajudaram nos momentos de escassez, e não nos aproveitarmos da fama jogando o jogo desses relacionamentos mercenários evitará enfados variados.
É óbvio que uma pessoa, por ser famosa, tenha amizades sinceras e que não famosos têm desafetos. O que colocamos aqui é que precisamos dar valor as nossas origens, aos amigos sinceros e àqueles que queiram estar junto de nós e queiram nossa companhia por gostarem de nós pelo que somos e não pelo que temos. Um dia tudo  vai passar e só vai ficar do nosso lado quem nos ama de verdade. Os outros vão nos usar como um trampolim e nos abandonar depois.
Alguns podem se perguntar: Mas como faço para saber quem me quer bem? Simples, não é muito difícil. Olhe bem nos olhos dessa pessoa. Veja se ela estaria de fato contigo na saúde e na doença, na alegria e na tristeza ou na riqueza e na pobreza. Veja como ela trata as pessoas que estão próximas. Pergunte quais são as coisas que ela valoriza na vida, o que considera importante. Questione daqueles que convivem com ela, como ela é no seu dia a dia. Faça isso, é infalível. Por mais bem que alguém saiba representar um papel ou fingir ser o que não é, não conseguirá manter-se diante dessas observações acima. Faça isso porque, talvez, se arrependerá amargamente.
Não é justo sairmos por aí em busca de alguém para nos suster economicamente. O que devemos buscar em um relacionamento é uma boa companhia, o carinho e a amizade.
 Quando visamos alguém pela aparência física ou posição social nos frustraremos, pois esses valores se perdem rapidamente, ao passo que quando buscamos o companheirismo, o afeto e a compreensão, independente do que esse alguém possua em termos materiais, estaremos sempre felizes ao lado dele, esteja ele rico ou pobre, saudável ou debilitado, alegre ou deprimido, e se acaso ele partir continuaremos conectados pelos pensamentos e através dos sentimentos, sem deixar de amar, pois o amor sobrevive a tudo; simplesmente tudo. E ele respeita os desígnios de nosso Pai Celestial.
Procurar novos meios de vencer nossas dificuldades e realizar nossos sonhos através de nosso trabalho, nosso esforço, sem fazer do outro um objeto descartável e uma cama elástica, é o caminho certo.
 Que a chama do verdadeiro amor possa inflamar nossas vidas, fazendo chegar o dia em que nos trataremos sem interesses camuflados. Que seja um elo entre nós, pois não podemos nos sublimar sem a presença do amor dentro de nossos corações.
Não é errado querer ter fama, ter haveres, mas saibamos buscar os meios e técnicas convenientes para adquiri-los. Como sempre acontece com as ideias novas, ao tentarem ser colocadas em prática, as coisas podem não ir bem no princípio, mas a partir do momento que somos leais às pessoas e aos nossos sentimentos, deixando que um puro sentimento reflita e se expanda, através de nossos atos, tudo se direcionará rumo à nossa ventura.
No liame da base de um relacionamento deve haver as digitais da inocência e da brandura, onde o que importa é amar; simplesmente amar. Nunca deixemos de fazer isso.
Independente do que as pessoas têm de material, de ser “pobre” ou “rico”, negro ou branco, baixo ou alto, que tenhamos como busca a edificação e construção de um relacionamento íntegro.
Não julgue nada e nem ninguém pelas aparências. O que temos que levar em consideração é o que as pessoas são. Um relacionamento só poderá ser bem construído se interessarmos pelo que a pessoa é e não por aquilo de material que ela possa nos oferecer.
        A prudência e a firmeza são medidas a serem adotadas por nós para que não percamos nas ilusões de nossa estrada. O caminho mais fácil nem sempre é o melhor caminho. A porta larga conduz a abismos de tormentos aterradores, onde somente o arrependimento, a disposição em recomeçar e o caminhar de outro jeito serão capazes de nos erigir.
         Olhe as pessoas pelo conteúdo.
           Tome cuidado com os reflexos, eles enganam.
              Olhe para si através do espelho de sua alma e não deixe se enganar.


                                                    Autoria: Sidney
Capítulo 24
Terra, Planeta Água
A maior parte do Planeta Terra, 70%, é ocupada por água. Pesquisas apontam que cerca de 97% da água existente no planeta é salgada, restando  menos de 3%  de água doce, da qual, cerca de 2% encontra-se nos glaciares, no estado sólido. Isso significa que não pode, para já, ser utilizada para consumo. Assim, menos de 1% de água encontra-se localizada no subsolo, nos rios e outros cursos de água, e é esta que constitui a reserva de água potável. 
Com o aumento da população terrestre, a produção de bens de consumo e produtos industrializados aumentou. Paralelamente, veio o aumento de lixões, o índice de poluição, o aquecimento global, o enfraquecimento da Camada de Ozônio, camada de gás que protege a Terra, e  tudo isso gerou o chamado Efeito Estufa (processo que ocorre quando uma parte da radiação solar, refletida pela superfície terrestre, é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, fazendo com que o calor fique retido dentro do planeta, não sendo liberado para o espaço), que faz com que nosso planeta fique cada vez mais quente, parecendo o interior de uma estufa.
O corpo humano é composto por 70% de água.
Os Oceanos são indispensáveis à manutenção da vida do Planeta Terra.  
Os mares são fontes de renda e sobrevivência de muitas pessoas, mas muitos “piratas” têm extrapolado e abusado dos recursos que eles nos oferecem.
 As chuvas escasseiam e têm-se tornado mais fortes, o derretimento das geleiras polares está aumentando o nível de água dos oceanos, fazendo com que essa água invada as casas, destruam pontes, alaguem ruas, causando um dilúvio no nosso planeta. A situação é preocupante.
Devido a esses fatores nossas águas pedem ajuda. Precisamos fazer algo.
Primeiro: Economize água. Não deixe a torneira aberta ou o chuveiro se você não estiver usando. Não lave a calçada, o passeio, o quintal com água limpa. Não há necessidade disso. Apenas varrendo, em alguns casos, mantemos a limpeza. A água que usamos para lavar as roupas pode ser usada para limpar a casa e suas dependências.
Milhões de litros de água são desperdiçados todos os dias enquanto escovamos os dentes com a torneira aberta.
Enquanto estou ensaboando o corpo, o chuveiro pode ficar fechado. Durante o período que esfrego o carro, a moto, o cachorro, a roupa ou qualquer outra coisa, a mangueira pode ficar fechada.
 Verifique se a sua caixa d’água ou o encanamento têm vazamentos.
 Segundo: Plante árvores. As plantas, algas, absorvem gás carbônico e produzem oxigênio, além de auxiliarem no processo de formação das nuvens, causando assim, as chuvas, fazendo com que o ar se torne mais puro e doenças diversas sejam evitadas. Se você não tem um espaço em sua casa para plantar uma árvore converse com o vizinho, um amigo ou procure um local em que possa fazer isso. As plantas têm também a função de filtro solar, pois formam sombras que protegem a nós e aos nossos bens.
 Terceiro: Ande um pouco a pé, de bicicleta e deixe o veículo automotor de lado, porque produz monóxido de carbono, que polui e contamina o ar, excessivamente. Além do mais, ao andarmos a pé, estaremos nos exercitando, a circulação sanguínea melhorará, nossos corpos queimarão calorias e perderão gorduras, e assim, estaremos fazendo um bem enorme ao nosso habitat.
 Quarto: Separe o lixo. É uma atitude que ajuda os catadores e facilita no processo de reciclagem, economizando energia e água.
Quinto: Não desmate; não mate animais. Eles auxiliam no equilíbrio da Terra e todos eles, sem exceção, têm sua função e sua importância dentro da natureza. Preservar e não matar.
Sexto: Não jogue lixo na rua, mesmo que seja um simples papel de bala, o palito de um pirulito, pois vários deles formam toneladas e causam vítimas diversas; entopem bueiros, demoram anos e mais anos para se decompor, e todo dano que causamos ao meio ambiente é a nos que causamos.
Certa vez, em um programa televisivo fizeram uma reportagem sobre o desperdício de água, e uma mulher com uma mangueira jorrando litros e litros de água  rua a fora , quando foi abordada e questionada sobre seu descuido em  estar desperdiçando tanta água, falou que já que o criou-se o “Fome Zero”, uma campanha com vistas para arrecadar alimentos e acabar com a fome, agora  poderia criar-se o “Sede Zero”...
Será que a preocupação com o futuro do nosso planeta é de responsabilidade apenas de nossos governantes e autoridades? São só eles que moram aqui? E como ficarão nossos filhos e os filhos dos filhos de nossos filhos?...                    
  A pesca indiscriminada de baleias, golfinhos e seres marinhos é outro grande agravante dos problemas nos mares. Um patrulhamento mais rigoroso deve ser implantado para proteger nossas águas e seres aquáticos. Necessário é que sejamos amigos dos seres marinhos. Somos diferentes na compleição física, mas em nosso íntimo somos iguais. Atendamos ao chamado e ao apelo dos animais de socorro e amparo à vida. Isso mostra nossa gratidão e respeito para com o Criador.
Se essa predação indiscriminada prosseguir, as águas da superfície terrestre que aparecem nos estados líquido, sólido e gasoso, serão identificadas pelos estados poluído, imundo e vazio, e os três quartos de massa de cor azul que se apresentam no Mapa Mundi serão preenchidos por uma mancha negra, levando para o fundo nossas esperanças de um dia ouvir alguém dizer: Terra, planeta água...
Pensemos nisso e aproveitemos, sem desperdício, tudo que nos tem sido dado, para que amanhã tenhamos novamente ou em quantidade maior (a quem foi dado muito será cobrado), caso contrário, seremos colocados em condições de não tê-los mais, pois será essa a única forma implantada para  nossa conscientização.
Temos que deixar o comodismo de lado e nos interessar mais pelas causas ambientais.
Se Deus é Nosso Pai, a Natureza é Nossa Mãe.
Obrigado, Papai;
Obrigado, Mamãe!       
Eles têm feito de tudo por nós; mas e nós, de que forma estamos retribuindo?  

Capítulo 25
Vida Após a Morte: Influência Espiritual
“Na casa de meu pai há várias moradas.” Assim nos disse Jesus. A casa de Deus é o Universo e as diversas moradas são os diversos planetas, satélites, astros e estrelas que preenchem o Universo. “Pensarmos que tudo isso está aí sem utilidade e apenas para recrear nossos olhos é duvidar da sabedoria divina que não faz nada sem um fim útil.” Assim afirmam os espíritos em uma das 1019 questões de o Livro dos Espíritos.
Há um intercâmbio e uma aproximação entre os habitantes de todas essas moradas, pois como todos somos criações divinas, nada mais comum do que estarmos interligados de alguma forma. Essa conexão se dá não apenas fisicamente, mas psiquicamente e vibratoriamente.
 Uma pessoa muda, repentinamente, seu comportamento, se tornando agressiva, falando coisas sem nexo, dizendo palavras que normalmente não pronuncia. Talvez esteja sendo controlada por alguém. É preciso estar atento a essas ocorrências que são mais comuns do que imaginamos. Essas pessoas não podem ser tratadas como loucas e desvairadas.
A influência dos espíritos desencarnados pode ocorrer de formas variadas. Pode ser sutil e simples, mas freqüente, do tipo “durma mais, falte do trabalho, não vá à escola.” Ou pode ser também “não vale a pena fazer o bem, as pessoas não reconhecem seu valor. Não perca seu tempo.” Ou surgindo de uma forma mais tempestuosa “dá um soco naquela pessoa, ela não gosta de você”. “Vá lá e prejudique aquele outro porque ele irá tomar o seu lugar”.  Beba mais um pouco, acelere o veículo, compre uma arma de fogo, assalte um banco, use e trafique drogas”... Só que, na maioria das vezes não ouvimos a sugestão, mas sim sentimos uma inquietação, uma raiva, ira, e agimos ou reagimos irrefletidamente.
            De acordo com nossa permissão e de um pensamento inicial é que eles se achegam e podem tomar conta de nossas vidas, ao ponto de dominar-nos e nos guiar para onde quiserem. Por isso, temos que estar constantemente em vigília e não cedermos a essas influências. Oração, trabalho, mente ocupada com bons propósitos, companhias saudáveis, prática de atividades físicas, leitura edificante, mente voltada para o bem, bom humor, vocabulário decoroso  são atitudes que nos imunizam do ataque e do domínio desses nossos irmãos. Isso mesmo, nossos irmãos. São filhos de Deus que se afastam de Deus e estão perdidos pelo mundo, necessitados de uma orientação, carentes de um ato de bondade. Quando são tratados por
alguns segmentos religiosos por demônios, satanases e tantos outros nomes sentem-se ainda piores e ficam mais revoltados.
Imagine que você, num momento de dor e dúvida, se irrite e esbraveje com alguém. Esse alguém então, não revida, olha com o olhar dúlcido em sua direção e diz, mesmo que seja em silêncio, “eu entendo sua dor e quero compartilhar dela com você, meu irmão”... Você se desarma e uma sensação de harmonia brotará em seu interior. Do contrário, se reagimos violentamente, praticando uma atitude impensada, entramos na mesma faixa vibratória do desequilibrado e a situação não se resolve. Só o amor educa, só o amor constrói.
Quando Jesus se referia aos diabos, satanases, e até hoje não sabemos ao certo quais palavras o Mestre usava de fato, uma vez que naquela época o vocabulário era muito restrito, e nas narrações bíblicas, ao passarem de uma linguagem para outra, muitos dizeres foram adulterados, (uns propositalmente e outros não), o Mestre se referia a esses irmãos que não conseguem se desvencilhar de situações e sentimentos de ódio.  Jesus, exemplo de complacência, jamais se exasperaria com um filho de Deus, xingando-o e ofendendo-o. Um Espírito tão amigo que evidenciava e vivenciava a paz e o amor seria capaz de liquidar a esperança nos corações dos filhos de Deus, tratando-os como um ser desprezível? Naturalmente que não. E mais uma vez repetimos, filhos, criações de Deus. Não há uma só vida sobre o Universo que não seja criação de Deus.
Deus!...
Para criar a água, o sol, as plantas, as montanhas, o ser humano, a vida animal, somente uma inteligência, uma força, sabedoria, perfeição, justiça, onipresença, somente um ser grandioso é capaz de criar tais forças vitais. Será que Deus iria criar seres destinados a serem eternamente ignorantes? Acreditar nisso é duvidar de todos esses atributos da Divindade, e muitos outros, e não teremos, assim, um Deus perfeito.
Alguns dizem que Lúcifer era um anjo de luz e que teve inveja de Deus, se revoltou e quis tomar o lugar dele. Daí surgiu o diabo. É, está cheio de Lucíferes por aí. Eu mesmo sou um porque já me revoltei, e às vezes ainda me revolto, com certas situações por não entender ainda os propósitos divinos.
Quando afirmamos que alguém irá para o céu por ter se batizado ou
mudado de religião, ou que por ser pastor, bispo, papa, médium está salvo, e
que os demais, por pertencerem à outra religião que não seja a que seguimos e o restante da humanidade estarão condenados ao inferno, estamos nos revoltando contra Deus e não ouvindo Jesus, já que estamos afirmando que somente nós, através do que achamos ser o caminho certo, chegaremos ao céu.
Supondo que você, leitor, tenha um filho, um pai, uma mãe, amigo ou alguém de quem você goste muito. Um dia você vai para o céu, todo feliz e se lembra daquela pessoa que você ama e alguém lhe diz que ela está no inferno. Como você se sentiria? Eu não sei quanto a você, mas eu não quero esse céu. Eu quero ajudar essa pessoa e outras mais a se renovarem para, então, estarmos juntos no céu, após nos redimirmos perante as leis que infringimos.
E será que Deus ficaria feliz por ver um filho seu condenado a um inferno eterno? Se nós, que somos seres imperfeitos, achamos isso inconveniente, Deus, que é amor e justiça, permitiria isso? Ele nos perdoa, dando-nos a oportunidade de corrigirmos nossas falhas.
Com o Espiritismo tivemos uma nova visão da vida extra física. Quando esses nossos irmãos que se encontram fora do corpo físico são tratados com deferência e amor; quando são orientados e não esconjurados e exorcizados como muitos fazem, a chama da vida brota em seus interiores e suas vidas se renovam.
Aquela pessoa que agiu de uma forma estranha talvez estivesse sob influência espiritual e descontou em nós o peso que carregava, por isso perdoemos, ela não sabia o que fazia. Um hospedeiro talvez estivesse escondido dentro de seu corpo e estava absorvendo e comandando suas energias.
Muitos saem disparados, gritando, pronunciando blasfêmias, vagueando a esmo, andando sem rumo, quebrando tudo pela frente. Quando fazem isso seus sonhos se quebram juntamente com esses objetos. Esta atitude de baderna é o reflexo de suas “imagens” e de seus estados de perturbação, mas na realidade, estão à procura de alguém para tocar e para abraçar, e que lhes expliquem o que se passa. São espíritos que têm a necessidade de se comunicarem e estão usando o corpo de um médium para fazer isso.   Aquele que o recebe é seu porta voz, e, talvez, não tenha ligação alguma com ele, mas como possui a mediunidade aflorada e descontrolada atrai esses nossos irmãos que estão perdidos nas esferas espirituais por não entenderem o processo de separação de matéria e espírito. A mediunidade se torna, então, uma obsessão. É um trem que descarrila. Estão, encarnados e desencarnados, carentes de amor próprio e de amor alheio.
O médium, por desconhecer e não controlar sua mediunidade, às vezes, acaba se envolvendo em situações de desequilíbrio e causa embaraços nas adjacências, pois tem um imã dentro dele, um captador de sinais. Mas é preciso que ele controle a imantação. O desencarnado que se conecta com esse imã, necessita de ser conscientizado de quando, onde  e como deve ser a manifestação. Por isso a necessidade de estudar e educar a mediunidade através de estudos sobre o assunto em casas espíritas que tenham grupos de estudos voltados para esse fim, onde, paulatinamente, o assunto é abordado e praticado. Se não houver essa educação mediúnica, a mediunidade torna-se fator desnorteante.
Perceber a ânsia de querer estar bem, de todos os seres que possuem vida e sentimento, estejam dentro ou fora da matéria, e procurar auxiliá-los, é dar oportunidade de harmonização. O espírito desencarnado, ligado ao mundo material, sente saudades de companheiros e amigos. Sente frio, fome, raiva, assim como nós. A comunicação fica mais fácil quando compreendemos isso. Para nos comunicarmos com ele e orientá-lo da maneira devida basta que entendamos o que ele pensa e o que sente, ou seja, alguém que está perdido, mas que quer se encontrar e ser encontrado. Devemos nos colocar no lugar dele, sem nos posicionarmos em um pedestal, e falarmos da Luz do Evangelho ao seu íntimo.
Esses irmãos que imaginamos estar mortos continuam a viver. Não os ignoremos. Oremos por eles. Mostremos que queremo-los bem e que vemos neles irmãos em Cristo. Devemos nos aproximar e conquistar suas confianças. A princípio, poderão se mostrar desconfiados, mas logo reconhecerão em nós, seus semelhantes, e a serenidade os fará entender que não estão solitários, mas sim que se encontram ladeado de bons companheiros.                                            
Para finalizar, transcrevo aqui uma mensagem de Emmanuel intitulada de:
 Eles, os outros
Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te veem e te escutam. Quanto possível, seguem os seus passos, compartilhando problemas e aflições.
Compadece-te dos que te precederam na grande renovação. Aqueles que você viu partir de mãos desfalecentes nas tuas, doando os derradeiros pensamentos terrestres através dos olhos fitos nos teus, não estão mortos. Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração. Assinalam-te o afeto e agradecem-te a lembrança, no entanto, quase sempre se escoram em tua fé, buscando em ti a força precisa para a restauração espiritual que demandam. Muitos deles, ainda, inadaptados à vida diferente que são compelidos a facear, pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor...
Outros, muitos, jazem mergulhados na bruma da saudade, detidos na sede de reencontro, ante as requisições continuadas dos teus pensamentos de angústia. Outros muitos te seguem, ainda...
Aqueles que se despediram de você, depois de longa existência, abençoando sua vida, os que você amou, indicando-lhes o caminho para as esferas superiores, os que você levantou para a luz da esperança e aqueles outros que você socorreu um dia com o ósculo da amizade e da beneficência, todos te agradecem, estendendo-te os braços no sentido de auxiliar e transpor as estradas que ainda te cabem percorrer.
Auxilia aos entes queridos na espiritualidade, afim de que te possam auxiliar! Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer. Sê a voz que lhes reconforte os seres amados ainda na Terra, a força que lhes execute os serviços de paz e amor que não terminaram, a luz para aqueles que lhes lastimam a ausência em recantos de sombra, ou o amparo em favor daqueles que desejariam continuar te sustentando no mundo.
Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na grande libertação. Chora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração, mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre. E deixa que os corações amados, hoje no mais além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do novo despertar.
Do livro Caminhos de Volta,
De Emmanuel e Francisco Cândido Xavier

A mediunidade é uma troca de informações entre dois planos, por isso o intercâmbio com seres de outros mundos é fato normal.  Através da psicografia, da Pneumatografia, da Pneumatofonia, Psicofonia e de diversas outras categorias de mediunidade, conseguimos receber mensagens e instruções de outros planos.
Psicografia = A psicografia é a técnica utilizada pelos médiuns para escrever um texto sob a influência de um Espírito desencarnado.
            Pneumatografia = (do grego pneuma - sopro ou espírito + graphein - escrever) É o termo cunhado por Allan Kardec para denominar um tipo de fenômeno mediúnico em que um espírito se comunica por via escrita sem o auxílio direto de um médium psicógrafo. É por isso, também, chamada de escrita direta. Apesar de prescindir da "mão" de um médium, a Pneumatografia, como todos os tipos de fenômenos mediúnicos, necessitaria, segundo a Doutrina Espírita, da presença de um médium. Nesse caso, tratar-se-ia de um Médium de Efeitos Físicos, que é aquele capaz de doar fluido animalizado ou ectoplasma para que o espírito seja capaz de realizar sua intervenção no plano físico.
Pneumatofonia = Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, define a Pneumatofonia como sendo a produção de ruídos e vozes por entidades espirituais sem a colaboração ostensiva de um intermediário, de forma diferente, portanto, do que ocorre na Psicografia, quando um médium escreve sob a influência dos desencarnados, que assim nos transmitem suas ideias. Na Pneumatofonia os sons parecem surgir no ar, formando  palavras ou frases. É também chamado de voz direta. É parecido com o que ocorre na Pneumatografia, porém se dá com vozes ou sons.
Psicofonia = O fenômeno da Psicofonia ou incorporação é caracterizado pelo chamado envolvimento mediúnico que significa um entrosamento das correntes mentais e vibratórias do médium com o Espírito comunicante.
São essas apenas algumas das formas de mediunidade.
Todos temos mediunidade. Para desenvolvê-la e educá-la basta estudarmos e nos moralizarmos para que possamos nos ajudar e auxiliarmos nossos irmãos que se encontram em outro plano, mas mentalmente encontram-se agarrados na escala material.
Esses companheiros que agem obsedando, atormentando, por desconhecerem o amor, estão num estado de ignorância, mas um dia, ao sentirem a presença de DEUS, através de nós, se libertarão. Nossa mudança de hábitos, adotando em nosso dia a dia práticas benfazejas é caminho para a desobsessão.
Além do contato com irmãos acabrunhados temos o contato com companheiros evoluídos que vêm nos passar as devidas orientações e explicações para nossa conduta dentro e fora da Casa Espírita, dentro e fora de nosso lar, dentro e fora de qualquer lugar. São as duas faces de uma só moeda. O plano espiritual é infinito.
Fugir ou empregar mal a mediunidade é fugir de nosso compromisso que assumimos com a espiritualidade e conosco, em que deixamos hoje companheiros perdidos para nos perdermos amanhã.            
                                                                                                          Autoria: Sidney 
Capítulo 26
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si... Música
A música está presente nas vidas de todos nós. É algo transcendental. Tudo tem som, tudo é música.
Há musicas para todos os momentos: Para dançar, meditar, namorar, orar, malhar. Às vezes, queremos ouvir uma música suave, outras vezes preferimos uma canção instrumental ou romântica e em outras épocas optamos por algo mais acelerado.
Através de uma música conta-se uma história de vida ou a própria vida. As notas musicais se unem e formam melodias e acordes, e um texto associado a esta construção harmônica nos fala de tópicos diversos.
Podemos dividir as músicas em duas partes: A Instrumental, representando a parte tocada por um ou vários instrumentos, e a cantada, aquela que se dá através da interpretação da poesia, expressando ideias, sentimentos, realizando críticas ou chamando a atenção para algo que aconteceu, acontece ou poderá acontecer.   É óbvio que pode existir uma música sem letra e uma letra sem melodia, e nem sempre uma precisa da outra, mas o encontro dessas duas vertentes, fazendo rimas e criando imagens e cenas, marcam época e dão o tema e o tom às nossas vidas, construindo a trilha sonora de nossas histórias. A música pode promover a superação, a coragem, o perdão e nos fazer dar a volta por cima, mas pode causar mal estar e induzir a práticas ignóbeis. Devido a isso, precisamos ser seletivos também com as canções que ouvimos.
Particularmente, gosto de todos os estilos de música: Sertanejo, Valsa, Bolero, Internacional, Romântica, Balada, Clássica, Instrumental, Orquestrada, Rock, Funk, Reggae, e gosto de músicas que nem sei definir o gênero ao qual pertencem, mas se me faz sentir bem é o que importa. Não posso dizer que gosto de todas as músicas de todos os estilos.
Também com relação às músicas, ocorrem preconceitos e discriminação. Dizem por aí que Funk é música de favela, Sertaneja é música de caipira, Romântica é música para quem estar com dor de cotovelo ou quem é brega.
Música é simplesmente um estado de espírito, um jeito de ser, devendo ser respeitada, não importa de onde venha, não importa o gênero. O ideal é, através dela, levarmos uma mensagem de reflexão, crítica construtiva ou falar de amor; não apenas do amor de um homem e uma mulher, mas do amor universal, cabível em qualquer relacionamento. As canções que não seguem esse parâmetro e colocam a mulher ou o homem como um objeto, como seres descartáveis, desprovidos de sensibilidade ou que banalizam os palavrões; as  que realçam e incentivam a obscenidade e fazem apologia ao uso de entorpecentes, incentivando a violência, duram pouco e caem no esquecimento.
 A música são nossos sentimentos cantados ou uma história contada e cantada em poucas palavras; ou tocadas em notas diversas. O compositor transporta-se para o mundo de alguém ou seu próprio mundo e escreve. O cantor se torna o porta voz do compositor, e ambos falam, tocam e transformam sentimentos em textos e melodias.
Tocar e cantar com habilidade consiste em prática constante. Um profissional de qualquer área não nasce pronto. Bruce Lee citou uma vez que um praticante de Artes-Marciais não se aperfeiçoa para lutar, mas luta para se aperfeiçoar. E assim somos nós, em qualquer carreira ou profissão que venhamos a escolher. Por mais difícil que seja, por mais obstáculos que surjam, é indispensável persistir e seguir. Através do estudo, da análise dos erros e acertos, do aprimoramento da técnica, do treino, da força da vontade, da paciência e do amor pelo que fazemos, conseguiremos nos aperfeiçoar e evoluiremos, sempre.
O jogador Cafu é o jogador que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira, até hoje. Ao fazer aqueles testes para ingressar em times profissionais, testes esses chamados de “peneiras”, Cafu foi rejeitado por onze delas. No final da Copa do Mundo de Futebol de 2002, ano em que o Brasil conquistou o título de Pentacampeão Mundial, perguntaram ao técnico Wanderlei Luxemburgo como ele definiria o Cafu por estar jogando tão bem até aquela época, apesar da idade, pois ele já estava com mais de 30 anos e mostrou muito vigor físico e habilidade em todos os jogos.  Luxemburgo resumiu numa palavra: Tenacidade!
 Ser  tenaz  é  acreditar  no sonho e fazer desse sonho um estímulo de vida. É não se intimidar com os “nãos”. É acreditar naquilo que se quer.
Quando Reginald Kenneth Dwight, mais conhecido por Elton John, apresentou seu trabalho a uma gravadora, eles recusaram e disseram que ele
não tinha boa voz.
Agenor de Miranda Araújo, o Cazuza, ao apresentar ao dono de uma gravadora uma música com sua voz, este lhe falou:
__Quem é que vai querer ouvir uma pessoa que canta com a voz presa?
Vejam vocês. Imaginem se eles tivessem desistido. Quantos artistas teriam deixado de nos mostrar suas artes. O  futebol e a música não seriam os mesmos sem a presença deles.
Imagine se dissermos aos nossos filhos, ou outras pessoas que gostam de música ou qualquer outra arte, que eles não levam o menor jeito para o que querem fazer e que isso é besteira; Justo eles que sonham com tudo aquilo. Isso magoa, causa traumas e bloqueios. Obviamente, não devemos ficar insistindo e enganando com falsos elogios, bajulando, mentindo ao percebermos que alguém não demonstra muita habilidade, mas todos podem aprimorar-se, e se acaso aquilo não for o que a pessoa quer de fato ou não seja o ponto no qual deva operar, deixe que ela descubra por si. Quando colocamos o sonho de alguém como irrealizável estamos dando nossa de contribuição para o retardamento do brilho da luz e da esperança.
 Com nossa voz podemos magoar sentimentos. Precisamos de precaução com o que vamos dizer, cantar, principalmente em relação às crianças, pois elas podem não estar  preparadas para ouvir certas coisas. E      mesmo quando são ofendidas, as crianças, com a peculiar sinceridade que possuem, a alegria de viver e de não guardar rancores têm muito a nos ensinar, pois voltam a sorrir rapidamente após certos acontecimentos frustrantes. Observemo-las. Não só as crianças, mas qualquer pessoa pode não estar preparada para ouvir o que  vamos dizer. Nós nunca devemos falar o que pensarmos, mas pensarmos no que, o que e quando vamos falar ou cantar.
Escute a voz do coração
Nunca perca a esperança, não desista de lutar,
Quando tudo ficar triste está perto de mudar.
Olhe para sua volta, as obras do Criador...
Tudo é vida em abundância; é repleto de amor.

Que brilhe um novo dia, numa linda poesia
E que a paz domine nossas emoções.
Escute a voz do coração, fique em silêncio por segundos,
O amor vence a razão;
O pôr do sol é recomeço, é de manhã em outra nação,
Cante com seu coração.
Sim, hei de vencer, eu quero a tristeza bem longe de mim.
 Sim, vou enfrentar, eu sei que é difícil, mas sei que não posso mais parar...

Toda dor que você sente, com certeza vai passar,
Todo mal que te visita é remédio a te curar.
Certa vez um Grande Rei, explicando me falou:
Que para a vida renascer precisamos de amor.

E aquele sorriso leva alguém ao paraíso,
 E um abraço de ternura e afeição faz o milagre acontecer,
E as vibrações de paz e luz descem do céu e faz nascer,
E a tempestade é chuva fraca de uma tarde de verão,
Solte a voz do coração.

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Sincronizarmos nossas vozes, falando juntos das belas obras da criação nos fará descobrir o verdadeiro sentido da música. Por isso cante, sempre. Cante, cante e cante... E quando quiseres cantar, entoe sua voz e solte-a, sem medo. Faça de sua vida um hino de amor para que todos aqueles ao se aproximarem de ti sintam a doce melodia de sua voz e a paz em seu coração.
Que Deus abençoe todas as vozes, compositores, arranjadores, produtores, operadores de áudio, DJs, técnicos de som, gravadoras e instrumentistas que cantam, tocam, louvam e elevam o mundo em que vivemos, com a elevada intenção de, através das notas musicais e de nosso alfabeto, alimentar a esperança e clarear nossas estradas.
Que sejam abençoados todos aqueles que cantam, tocam, louvam e amam o Senhor e seus filhos amados.
                                                                                                  Autoria: Sidney

Capítulo 27
                                    Eis que Surge a Primavera                                             
É primavera. Época das flores. É maravilhoso poder ver a riqueza exuberante desta época do ano onde cada pétala nos presenteia com uma textura e cor inebriantes. Primavera também lembra romance, namoro, amor... 
Uma jovem caminha pela rua e observa casais conversando e se acariciando. Ela fica um pouco ressentida com o que está vendo, pois está sozinha, mas sua vida está prestes a mudar, entretanto ela não sabe disso. Ela continua a caminhar, e se distrai, e acaba se trombando com um homem. Ela olha profundamente em seus olhos e fica sem saber o que fazer e o que dizer.  Deve ser porque ela encontrou alguém especial.
Os dois seguem em sentido contrário, mas continuam se olhando.
No dia seguinte eles se reencontram no mesmo lugar e aquela jovem recebe uma rosa das mãos daquele homem. Um sorriso se estampa em seu rosto e ela fica parecendo uma criança quando ganha um presente com o qual tanto sonhava. Eles se apresentam:
__ Oi, bom dia. Meu nome é Allan. Toma a iniciativa o rapaz.
Ela, num misto de alegria e timidez, responde:
__ Oi, muito prazer, me chamo Amelie.
Um silêncio paira no ar e eles ficam magnetizados. Depois de um bate papo, não tem como segurar, e eles se beijam.
Aquela jovem é uma dançarina e o rapaz é um médico. Eles conversam demoradamente, e ele comenta que está muito feliz por ter encontrado-a, todavia está um pouco desalentado, pois é sua última semana na cidade. Ele irá para outro país auxiliar na elaboração de uma vacina, juntamente com um grupo de cientistas para tentar erradicar uma doença paralisante que está devastando uma cidade.
Amelie chora...
Ela até se disponibilizaria a ir junto com ele até ao longínquo país, mas tem seu trabalho, sua família e precisa cuidar de seus irmãos menores e de sua mãe. Ela se entristece ao vir seu primeiro amor escapando de seus olhos, e uma súbita vontade de ir com ele irrompe, já que quem está amando quer estar junto com a pessoa amada onde for, quando for e como for, mas ela reconhece a complexidade da situação.
Allan até pensa em desistir, mas compreende a urgência e emergência do momento, pois salvar vidas foi seu juramento na Academia e é sua prioridade, onde seus interesses pessoais não podem falar mais alto que sua missão. Ele está decidido a ir.

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Profissionais da Medicina que agem como Allan estão escassos. Alguns médicos cursaram Medicina não pelo prazer de salvar vidas e curar doenças, mas pelo dinheiro e evidência que a profissão parece oferecer. Por essa falta de amor pela profissão, muitas vidas são ceifadas, diariamente.
 Hoje, nós que não possuímos um plano de saúde, estamos com pouquíssimas chances de sermos bem atendidos. E até aqueles que têm uma cobertura por um plano sofrem com o descaso de alguns médicos.
Muitos esperam longos tempos para conseguir uma consulta e um exame pela rede pública.
Alguns médicos, não fazendo juz ao nome de medicar, curar, deixam de atender devidamente porque se acham no direito de ganhar mais. Quando se trata de uma consulta em hospital público alguns médicos mal olham para a cara do paciente, que talvez esteja ali buscando um pouco de atenção e humanidade. Quando se fala em consulta particular a atenção dada ao paciente é outra. Cirurgias deixam de ser feitas pelo SUS porque eles alegam que o sistema paga pouco por cirurgia, ou seja, além do salário que eles têm querem uma espécie de gratificação para simplesmente cumprirem com o dever. Mas não nos preocupemos, o maior de todos os doutores e médicos, que foi capaz de reerguer Lázaro de um estado de quase morte, disse para nos mantermos firmes. Por isso vamos seguir suas recomendações.
Não podemos deixar de mencionar de que temos ótimos profissionais que cumprem o horário, colocam a saúde e o bem estar das pessoas como prioridade e não o pagamento da consulta. Podemos mencionar aqui, mas existem outros, Adolfo Bezerra de Menezes, exemplo de profissionalismo dentro da Política e da Medicina. Pesquise sobre ele e constate. É Bezerra de Menezes quem coloca categoricamente:
“O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida.”
             
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Amelie vai para casa chorando.
 Joana, sua grande amiga vai para visitá-la e se comove ao saber da situação, pois amigo é aquele que se preocupa, que consola. Allan vai para casa e chora também. Eles haviam marcado um encontro para se despedirem na praça da cidade, próximo de onde se encontraram pela primeira vez.
Chegou o dia. Amelie se apronta. Ao mesmo tempo que está reluzente, está um pouco triste pois se trata de um quase último encontro, pois não sabe que rumo sua vida e a de Allan tomará. Joana a acompanha até a praça e fica a distância enquanto os dois conversam.
Allan, com seus olhos lacrimejando diz:
__ A intensidade de um amor não se mede pelo tempo que dura, mas pela profundidade com a qual acontece. Eu vou continuar te amando e esperarei a época em que irei te reencontrar. Não vou te esquecer, Amelie. O amor não mede distância, e a distância não separa dois corações que se amam e podemos estar juntos, mesmo separados fisicamente. Guarde-me em seus sonhos que eu te levarei em meu coração.
__ Confesso-lhe, Allan, que culpei a vida e a Deus pelo que está acontecendo, ao tirarem você de mim, mas nada compensaria os minutos que passamos juntos, e percebo que na verdade tenho que lhes agradecer por ter vivido momentos tão intensos ao lado de alguém tão especial. Prometo que vou te esperar e estaremos conectados, sim, pelo carinho e por nossas emoções. Eu te amo, Allan. Balbucia Amelie, não conseguindo conter suas
lágrimas.
Allan entra no avião. Amelie tem a impressão de estar num compartimento fechado e se sente imobilizada, e entende que é assim que as pessoas que foram atacadas pela doença naquele país devem se sentir. Num leve movimento com as mãos ela enxuga suas lágrimas. Seus punhos pareciam estar presos por uma corda, mas Joana se aproxima, segura-lhes e lhe pergunta:
__Primeiro amor?
Amelie só consegue acenar com a cabeça, afirmando positivamente.
Elas saem dali e entendem que pessoas aguardavam pelo socorro e por alguém que as ajudasse. As lágrimas correm pela face da doce menina apaixonada, que chora ao vir seu amor partindo rumo a outro país. Eles colocaram como prioridade a felicidade e o bem estar de outros e aceitaram a separação momentânea.
Já era noite e uma estrela já brilhava no céu. Joana olha bem nos fundos dos olhos da amiga e pronuncia:
__ Amiga, esse amor vai estar guardado e protegido por aquela estrela...
Amelie deixa seu sorriso substituir o choro, mostrando que o mais belo sorriso é aquele que brilha entre duas lágrimas. Ela sentiu o toque da primavera; e quem é que nunca sentiu...
           
************************
O verdadeiro amor compreende e sabe esperar. Não é aquele que fica ligando toda hora, colado um no outro, dando presentes, enviando mensagens e recados o tempo todo. Isso é apego e fraqueza. O amor de verdade liberta e não escraviza.
As pessoas, por fraqueza, colocam nas mãos de alguém ou na companhia de outrem suas felicidades. E quando essa chuva de verão passa, torna-se uma tempestade violenta.
Amar é respeitar as escolhas e o jeito de ser do outro, sem querer subordiná-lo às nossas vontades e caprichos. Enquanto não aprendermos isso e ficarmos repetindo “eu te amo”,  isso só estará acontecendo da boca pra fora.
E quando você estiver com dúvidas sobre o que é amar e o que é o
amor, vou contar uma história que lhe dará um respaldo.
        Um dia desses, ao caminhar pela rua enquanto trabalhava, chamou-me a atenção quando olhei para uma janela e nela havia uma foto de um homem.  Sobre sua fronte colocaram uma coroa de espinhos. Sua face estava molhada, num misto de suor e sangue. Ele foi chicoteado, espancado, humilhado e zombado, e apesar de todos esses horrores, dessa falta de amor por parte de seus semelhantes, não perdeu o semblante de paz e serenidade. Seus olhos não perderam a bondade e nem o brilho. Por baixo daquela foto estava escrita uma frase que traduzia algo que definiu toda aquela situação:

Nunca, ninguém, amou tanto assim...                                             

Que essa seja nossa referência de amor, que não tem nada a ver com  sexo desvairado, ciúme e possessão. Quem ama quer o bem do outro e prima por sua felicidade.
Amor é ensinar ao outro o que é bom e dar o que lhe faz bem. É deixá-lo consciente de que mesmo que você não esteja junto, fisicamente, estará unido pelos pensamentos, orações, sentimentos, e deixá-lo-á viver livremente, vivendo e aprendendo, errando e acertando, sorrindo e chorando, amando e sendo amado. É chorar junto quando não encontra um jeito de enxugar as lágrimas que marejam nos olhos de quem está do lado...
Amor é tudo isso, e muito, muito mais.     
  

                                          Autoria: Sidney 

Capítulo 28
                                      A Vista de Nossa Janela                                             
Ao observarmos as façanhas da ignomínia, da violência, dos crimes e do tráfico de drogas vamos perceber que há pessoas por trás de todas elas que comandam e que raramente são detidas. Muitos deles são políticos, empresários, capitalistas, membros da polícia ou pessoas que levam uma vida aparentemente honesta, mas que se escondem por detrás de atos covardes e desumanos. São aqueles que usam os outros, colocando-os na linha de frente, fazendo-os de escudo e fonte de renda.
Temos integrantes do Poder Judiciário que agem e reagem agressivamente e atacam sem compaixão membros de uma sociedade. Armas nucleares, fuzis, granadas são construídos e usados para garantirem a paz!? Alguns políticos, com suas falsas promessas, conquistam um cargo no Legislativo e esquecem-se de quem os colocou lá.  Em alguns países, pessoas ao manifestarem suas ideologias, são reprimidas violentamente. Membros do Poder Executivo armam tramas diversas deixando a população carente de seus direitos básicos. Traficantes contratam crianças e jovens para fazerem o trabalho de distribuição e venda de entorpecentes.
Todos eles, os que manipulam e os que se deixam manipular, são criaturas frágeis, que se deixam dominar e não buscam forças para reagirem, pois são aliciados e querem ter nas mãos algum poder.
Nas propagandas que assistimos, lemos e ouvimos diariamente, percebemos que muitas delas induzem indiretamente as pessoas maleáveis a procurarem um caminho tortuoso. Quando um jovem ou um adolescente vê um anúncio de um tênis, um carro, um aparelho de som, celular, TV, DVD e tantos outros que surgem nas propagandas e se vê impossibilitado de comprar aquilo, como será que ele se sente? Logo pensa em arranjar um meio de obter aquele produto.  Essas pessoas, relatadas anteriormente, sabem disso, e se aproveitando da situação e da fragilidade de muitos, cevam-nos, oferecendo lucro fácil e vantagens diversas, sem esforço. Observe  bem  se  não  há  nenhum  desses  próximo  de  você ou de alguém que você goste. Alerte-se e a quem você ama sobre isso  porque uma mente
fortalecida resistirá a esses influenciadores. Eles atacam na quadra ou no campo onde você pratica seu esporte, podem estar nas portas da escola que as crianças estudam ou na igreja que você freqüenta. Estão na academia que seu filho malha, nas emissoras televisivas, dentro de filmes, novelas e programas diversos que assistimos. Grande parte dos patrocinadores dos meios de comunicação está muito mais interessada em vender, antes de qualquer coisa. Propagandas de apologia ao esporte enfatizam muito mais a venda de um produto do que o esporte em si. O álcool, por exemplo, está associado à prática esportiva sendo que é um dos grandes responsáveis pela deterioração do corpo físico, atingindo, outrossim, perispírito e espírito.
De acordo com “nossos patrocinadores”, o celular, o computador, o último modelo de TV é o que nos fará felizes e nos completará. Se não tivermos o carro, a moto ou o produto de tal marca, não teremos conforto e seremos inferiores ou estaremos fora de moda. Somos bombardeados diariamente por merchandising de mercadorias e produtos que se não os adquirirmos estaremos ultrapassados. Somos instigados a adquirir algo e nos tornamos seviciados de variadas formas.
Nossos televisores, rádios, computadores, jornais e revistas não são nossos donos. Eles têm um botão de ligar e desligar, mudar de canal e jeito de abrir e fechar. Aprender a dizer “não”  àqueles que querem nos prender, nos cevar e nos usar, e àquilo que gera vícios é alçar voo rumo à libertação; é conquistar nossa autonomia. Quando dizemos “sim” ao desvio de uma conduta que nos enaltece, nos tornamos cativos de nossas debilitadas vontades.
As prisões de nosso país estão superlotadas porque alguém disse “não”. Muitos dos que ali estão poderiam estar na sociedade, trabalhando e levando uma vida normal. Muitos que ali não estão, pois são bem escoltados, continuam com uma vida de luxo e mandam outros para as prisões em seus lugares. Isso ocorre também porque nossas autoridades fazem vista grossa e são coniventes com atos ilícitos, burlando as leis. Mas a vez de todos chegará, infalivelmente.
Alguns afirmam ter medo de morrer, e por isso se rendem à corrupção do mundo físico e de valores morais, dizendo “sim”, pois se esquecem que é melhor morrer com dignidade, sendo autêntico, do que viver uma vida podre e submissa. Não vamos morrer todos, inevitavelmente? Então, já que isso vai acontecer que morramos fazendo o que é certo. Um “sim” ou um “não” faz toda diferença.
O que o mundo nos cobra não é  aquilo que ele nos dá. Cobra-se
muito estudo, diplomas e certificados, profissionalismo, impostos, mas o que presenciamos em nossa volta são atos e comportamentos que distorcem o proceder caritativo. A ética e a moral, que não serão concedidas por nenhum curso, a não ser pela escola da vida, e que precisam ser passadas e repassadas dentro do lar e relembradas nas instituições diversas, estão jogadas em um canto qualquer , e direitos e deveres são fantasmas para aqueles que não acreditam.
Nesta guerra civil que estamos vivendo na atualidade, sufocados por nossos desejos aos elementos abrangidos por nossa visão e açambarcados por nossas mãos, nos esquecemos de nossos deveres e queremos fazer valer nossos direitos. E quando priorizamos nossos direitos, que muitas vezes são injustos se comparados com a Lei de Amor, o direito básico de alguém pode estar sendo violado.
O direito de viver em família é corrompido pela exploração do trabalho e pela propagação e vivência da “beleza da prostituição”. O direito à vida é transgredido por nossos excessos na alimentação, pelo descuido com as normas de segurança, pela super valorização da moeda e pelos  conchavos sociais e políticos aos quais nos submetemos.
E quando falamos de direito à vida e de viver em família não nos referimos apenas a vida humana, mas a vida natural, onde a natureza é depredada indiscriminadamente, sem nenhuma consideração, e animais são sacrificados pelo prazer de matar ou para se ter dinheiro fácil. Muitos animais e aves são traficados todos os dias, e muitos, devido a isso, estão entrando em extinção. Reservas florestais são exterminadas; são também famílias que são destruídas pelas mãos de seus irmãos, também animais. (E olha que somos considerados racionais, hein!?)
As aves, os animais e as plantas nos dão exemplos visíveis de afetividade por sua família. Uma cachorra que se tornou mãe, por exemplo, não deixa que ninguém se aproxime e faça mal à sua prole, defendendo-a com toda sua coragem. Uma galinha, ao perceber que um gavião quer atacar seus pintinhos, abraça-os sob suas asas, protegendo-os e sacrificando sua vida por eles. As árvores e plantas se encontram e se abraçam, e concedem o sustento e sombra para o faminto e para o caminheiro. Quanto aos cipoais e as ervas, apesar de suas utilidades, só surgem onde não houve a capina e o cuidado com o solo. E com relação aos gaviões eles somente atacam os
desprotegidos.
Cuidado com os parasitas e com os caracarás que  vêm nos rodear. Eles podem vir bem vestidos, falar bonito, de justiça, de Deus de Jesus, mas no fundo são exploradores da confiança da sociedade e da fé religiosa e roubam, fazendo das pessoas um instrumento de renda e lucro fácil.  
O que temos feito de nossas vidas? Para onde vamos? Onde vamos chegar?
A solução dessa equação reside em uma avaliação indispensável de nossos passos, mantendo os acertos e corrigindo as falhas, fazendo nossas escolhas e assumindo nossas responsabilidades com a certeza de que podemos sempre recomeçar, basta querermos. E este recomeço é concedido de acordo com nossa disposição e boa vontade de fazer acertadamente, caso contrário, a imposição das circunstâncias para nossos bloqueios e limitações será necessária,  devido a nossa rebeldia, já que nos deixamos vencer pelas nossas fraquezas e pelo  medo de amar. E nesses casos a melhor escola é o corpo físico e o melhor professor é a dor; não que sejam os únicos à disposição, mas são aqueles os quais fizemos por merecer.
                                         Autoria: Sidney

Capítulo 29
 As Práticas Ritualísticas e o Perdão
Diversas formas de rituais são usadas por pessoas que ainda não despertaram suas consciências para as realidades espirituais: Despachos em encruzilhadas, trabalhos de vodu, ritual em que se usa uma réplica de alguém para jogar sobre elas diversos males, peças de roupas usadas como meio para se atingir a pessoa que a usava são utilizadas por mentes não acrisoladas. Aqueles  que sofreram uma crítica ou não gostam do jeito de ser do outro, sentindo inveja e raiva, procuram esses meios covardes para prejudicarem seus desafetos. Quem age desta forma não quer ser contrariado em seus pontos de vista e não aprendeu a perdoar.
No decorrer de nossa breve passagem pela Terra somos levados ao convívio com diferentes tipos de pessoas. Algumas pensam da mesma maneira que nós e têm o mesmo ponto de vista; outras, entretanto, têm concepções diversas e outro estilo de vida. Essas divergências geram atritos para aqueles que não aceitam opiniões e comportamentos que diferem dos seus, e assim uma visão muito estreita da vida gera a discórdia. Imergidos em artifícios que servem apenas para atrasar nossa chegada à reta final de nossa caminhada evolutiva, perdemos precioso tempo com preocupações fúteis.
Todos nossos atos retornarão para nós na mesma proporção e intensidade com as quais os praticamos. Carregar um puro sentimento em nossas atitudes é escudo que criamos em torno de nós que nos protegerão de qualquer influência de vibrações inferiores; são altaneiros dispositivos funcionando como uma redoma em nossa volta.
Através da fala e da  fofoca, ao falarmos algo de alguém ou de suas opções e escolhas, poderemos ferir sua sensibilidade. Daí vem a necessidade de se ter o cuidado com o que se vai falar. Uma frase pronunciada impensadamente pode causar inimizades duradouras. Por essa causa, não podemos levar tão a sério as palavras que nos são endereçadas. Primeiro porque quem fala de nós ou nos critica maldosamente e nos julga, demonstra sinal de pouca maturidade e falta de respeito por crenças e crendices, e nós também erramos, assim como eles. Segundo, no comentário que alguém fez e nos ofendeu, pode não ter havido a intenção de nos magoar.

As pessoas podem te ferir com espadas, pedradas e pauladas, mas
com palavras, somente se você permitir. Ninguém poderá te fazer sentir inferior sem o seu consentimento...
Essa parte “somente se você permitir,” não está nos recomendando a revidar, agredir e a dizermos não ao outro, mas sim nos acalmar e dizermos não a nós mesmos. Dizer não, “eu não vou me deixar me ofender por essa situação.” É uma decisão nossa. Mas, e se houver tido a intenção de ofender e de fazer mal? Ninguém ofende e faz mal a não ser a si próprio...
Jesus, na sua grande sabedoria, ao ser questionado sobre se seriam sete vezes que deveríamos perdoar aquele que nos ofendesse, recomendou-nos que não deve ser apenas sete vezes, mas setenta vezes sete.
O número sete simboliza a perfeição. Jesus, então, nos disse que é preciso perdoar até que nos tornemos perfeitos ou que o perdão é o caminho para a perfeição. Sem ele não se pode chegar a Deus, e é exatamente por isso que ele faz parte da oração do Pai Nosso. O perdão é sempre colocado como condição de libertação por Jesus, porque nos dá condições de prosseguir, uma vez que o ato de não perdoar nos deixa atrelados a situações e pessoas, porque o ódio prende, enquanto o perdão liberta.
É preciso considerarmos também que muitas vezes nos melindramos à toa e nos sentimos ofendidos por qualquer coisa. Achamos que fulano nos olhou de uma forma abusiva, que aquelas pessoas estão cochichando sobre nós; quando alguma coisa dá errada imaginamos que é alguma macumba que alguém fez para nós e assim vai. Nunca acreditamos que se algo nos acontece é culpa nossa; que fizemos por merecer e que ali está a oportunidade de correção.  
É muito fácil por a culpa no vizinho, no diabo, no macumbeiro do que assumirmos nossas responsabilidades e acreditar que, se sofremos algo é porque precisamos, pois falhamos em algum momento. Sempre nos colocamos como vítimas.
 Diante do enunciado não há necessidade de ficarmos procurando tantas coisas como velas pretas, rosas, cachaça, galinha preta e qualquer prática ritualística. Quando alguém nos magoar, vamos silenciar, orar por nós e por ele, seguir o nosso caminho, nos afastar dessa pessoa, ou então dizer a ela que nos sentimos magoados por determinada atitude, expondo nossos sentimentos. Quando procuramos esses rituais, gastamos dinheiro, matamos as coitadas das galinhas, perdemos tempo e atrasamos nossas vidas.  E por que é que a pobre coitada da galinha tem que ser preta, ainda por cima? É um exemplo claro de uma infeliz discriminação em que se considera o preto uma cor inferior. É de se lamentar.
Alguns mistificadores se aproveitam da fragilidade e falta de conhecimento daqueles que os procuram e inserem em suas mentes um monte de ideias descabidas, dizendo que na porta de sua casa enterraram uma peça de roupa, ou que numa encruzilhada fizeram um trabalho para nós, deixando-nos confusos e amedrontados, e aproveitam a oportunidade para extorquir dinheiro ou algum bem. Outros já pedem dinheiro para retirar aquele trabalho que alguém nos fez de mal. E assim a pessoa vai se envolvendo e se submetendo a chantagens. Embasados em pressentimentos e intuições que muitas vezes vêm de espíritos brincalhões, ou pouco esclarecidos, muitos de nossos irmãos se enveredam por estradas e caem à sua margem, servindo de joguete a conselhos e atitudes irrefletidas.
Não podemos nos esquecer de que o melhor antídoto para a solução desses dilemas são os pensamentos e atitudes voltados para o bem.  A reflexão deve fazer parte de nosso dia a dia, tendo sempre como referência a vida e obra do Mestre Jesus, que se resume no perdão das ofensas e em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Ele exemplificou e deu sua vida por nós, não no sentido de nos livrar de nossos erros, mas no sentido de pensarmos neles, aprendermos com eles e corrigi-los, entendendo que para ser grande temos que admitir o quanto temos ainda que crescer, comparados à grandiosidade de Deus, e precisamos carregar nossa cruz: Assumir nossos compromissos e responsabilidades, sem querer jogar nos ombros dos outros o fardo que nos compete carregar até o fim.
E quando falamos de perdão percebemos que a  vinda de Jesus teve como objetivos apregoar o perdão e transpor a barreira da morte.  O Cristo de Deus quis nos mostrar, através de sua estadia neste planeta, que o perdão é a chave que abre a porta de entrada para o Céu e que a morte é simplesmente um estado de despertar e renovação de espírito e matéria; é a confirmação da imortalidade. E assim como Ele, somos seres imortais e destinados à perfeição. Não há, com a morte do corpo físico, o fim da vida, mas o fim ou a interrupção de uma etapa. Retornaremos aqui ou em outros mundos quantas vezes forem necessárias para alcançarmos nossa evolução; nossas asas do conhecimento e da sabedoria, as da razão e as do sentimento.
Fundamentados nisso constatamos que aqueles que imaginamos estar mortos e aqueles que não fazem parte de nossa afeição estão precisando não é de despacho e trabalhos em encruzilhadas, trabalhos de sacrifícios e magias negra, mas estão necessitados de preces, orientações e de sentirem-se amados.
Nossos irmãos que  pedem rituais para deixarem  outros em paz é porque não sabem, ainda, pedir luz e um gesto de carinho de nossa parte. Por isso não os incomode e não os odeie, abracemo-los em nossas orações e envolvamo-los em vibrações de amor, pois, somente assim, conseguiremos nos libertar não deles, mas de nós; de nossa incapacidade temporária de compreender e desculpar.
Esses nossos companheiros que vagueiam pelo mundo esperam que sejamos uma seta a lhes guiar, tirando-os das encruzilhadas de conturbação do sombrio plano espiritual no qual se encontram. Se eles agem com rancor é porque lhes fizeram algo que os maceraram, ou eles interpretaram como tal.  
Quando perdoamos, transferimos essa atitude à todos que fazem parte de nosso círculo e impedimos que nossa ira se expanda. Somente o perdão é capaz de esclarecer nossos irmãos que guardam rancores de nós, e de nos libertar quando conservamos dentro de nós muitas amarguras. Quando compreendermos isso deixaremos de lado todos os ressentimentos e seremos a estação terminal do mal, não o passando à frente e nem o revidando.
O perdão é aquele gesto que toca os mais ressentidos corações e nos oferece uma nova página no livro da vida. É óbvio que perdoar não significa eximir, pois o que fizemos de prejudicial gerou consequências e teremos que compensar de alguma forma, mas ele representa um grande passo àquele que o concede.
Bem aventurado é aquele que sorri com pureza, que perdoa, que chora em vez de fazer chorar, que ama em vez de esperar ser amado, e faz de cada ato seu uma extensão do Evangelho do terno e eterno Rabi da Galileia.
                         Autoria: Sidney


Capítulo 30
Pequenas Grandes Ações
             Somos aproximadamente sete bilhões vivendo na Terra, e juntos poderemos fazer coisas especiais. O problema é que sempre estamos esperando alguém começar, e quando alguém começa já pensamos logo, “já que tem gente fazendo algo, então, está tudo bem, não tem nada que eu possa fazer.”
Cremos que para fazermos algo útil, esse algo deve ser grandioso. Pensar que somente grandes feitos é que transformarão nosso planeta faz com que não façamos nada, esquecendo-nos que os pequenos feitos vão somando-se a outros e formam pontos de luz.
A contemplação adorativa do belo sem construir o belo, ficando apenas pajeando atos e pessoas às quais admiramos, e não procurarmos agir em benefício de causas humanitárias é não compreendermos o espírito da letra.
           Nosso tempo na Terra é breve, por isso aproveite-o bem. Quando falamos em aproveitar não nos referimos em curtir a vida nas inúmeras baladas, nas orgias, festas desregradas, bebedeiras, pois tais eventos sugam o extrato que mantém nossa vida física.  E em se tratando de matéria não há juventude eterna, por isso não perca mais tempo.
Ame a natureza, torne seu defensor. Quando algo ou alguém acometer desrespeito com o meio ambiente, contra os direitos humanos, se pronuncie, se manifeste sem a intenção de condenar, mas de despertar esses que dormem.
Pequenos atos somados a outros formam um feixe de luz a envolver corações.
Imagine se cada um de nós plantar uma árvore.
Doar um quilo de alimento.
Economizar um litro de água por dia.
Der um sorriso àquele que passa.
Imagine se cada um adotar uma criança.
Se cada um adotar um animal.
Imagine se cada um fizer uma oração diariamente.
Doar um livro.
Der uma flor ou uma rosa a alguém que sofre ou que está feliz.           
Der um bom dia carregado de paz.
Imagine se cada um der um abraço em alguém.
Imagine o rio de sua cidade sem contaminação.
Pense num país sem pessoas presas.
Imagine um lugar onde as leis funcionem para todos.
Um país sem corrupção, sem fome e sem guerras.
Imagine você poder sair de casa sem a preocupação de alguém invadir sua residência.
Você poder deixar seu veículo sem trancas e sua casa sem alarmes.
Imagine as crianças brincando na porta de suas casas sem a preocupação de balas perdidas.
Uma eleição sem gritarias e poluição audiovisual.
Imagine todos tendo um trabalho e um salário justo.
Imagine os pássaros voando, colorindo nosso céu.
Imaginou? Agora, então, levante-te, anda-te e coloque sua imaginação em prática.
Deixar para depois pode representar frustração em nossas vidas, porque há muito tempo já estamos fazendo isso. Não esperemos mais.
O que tens feito? Veja o que você pode fazer. Repetimos, não precisa ser nada grandioso.  Se não puder fazer tudo, faça tudo aquilo que você puder.
O que nos caracteriza como homens de bem não é a quantidade e nem o tamanho daquilo que fazemos, mas sim como fazemos. Uma única moeda dada por uma senhora foi considerada por Jesus como a maior ajuda, porque foi dada com um bom sentimento e com a intenção de ser útil, e houve a preocupação de servir a Deus antes de qualquer coisa.

 Todos os dias, temos a oportunidade de darmos algumas moedas aos transeuntes que nos ladeiam. Eles nos pedem uma moeda em forma de uma palavra de consolo, de um “vá com Deus!”, um olhar fraterno, um pedaço de pão, uma orientação para o bem, uma visita amiga, de ouvidos que os escutem e de mãos que segurem as suas. Deixar para depois pode atrasar não apenas em um dia, mas em séculos nossa chegada ao cume da montanha de onde poderíamos ouvir as Vozes Sagradas dos Anjos do Céu; mas por termos deixado para amanhã teremos que aguardar um pouco mais de tempo  até compreendermos que é no agora que construímos o nosso amanhã.                                                               

                                                                                                             Autoria; Sidney
Capítulo 31
Animais, Também Nossos Irmãos
Todos nós já ouvimos falar de cães que já salvaram a vida de seus donos e de outras pessoas quando estavam em perigo. Recentemente, uma reportagem na TV mostrou que um vira lata salvou uma criança do ataque de um Pit Bull. Há algum tempo, outra reportagem contou a história de uma galinha que adotou um cachorrinho cuja mãe morrera no parto.
Os animais têm nos dado demonstrações de amor e gratidão enquanto nós,  que somos chamados de racionais e civilizados, matamos, traímos, mentimos, usurpamos, poluímos, destruímos e cometemos tantas outras atrocidades. Será que somos mesmo racionais? Parece que não estamos raciocinando muito. Somos, na realidade, muito mais calculistas que racionais.
Quantos animais são castigados em nosso planeta. São aves sendo traficadas para outros lugares e países, transportadas em caixas sem ventilação onde grande parte morre asfixiada. Cães e gatos abandonados pelas ruas ou maltratados por seus donos que os deixam presos ou amarrados o tempo todo, o que faz com que o animal se torne agressivo e triste. Cavalos, que depois de não serem mais úteis, são assassinados cruelmente para satisfazer as necessidades já não mais básicas do homem que é a ingestão de carne.
Emmanuel diz no livro O Consolador, pergunta 129, psicografado por Chico Xavier que devido à diversidade de alimentos de origem vegetal, de frutas, grãos, verduras e legumes, o nosso corpo não necessita de carne, pois podemos encontrar neles as substâncias das quais nossos corpos necessitam. Mas ele destaca a necessidade dos fornecedores de carne como órgãos geradores de trabalho.
Pesquisas feitas em diversas partes do mundo provaram que as pessoas que comem muita carne, principalmente churrascos, desenvolvem cânceres diversos, além de colesterol, problemas cardíacos, hipertensão e muitas outras doenças. Daí, percebemos que sem a ingestão da carne poderemos viver mais e melhor.
Já faz alguns anos que não como carne. Minha imunidade aumentou, faço exames periodicamente e não há alteração, minha disposição e qualidade de vida aumentaram, me sinto mais aliviado e vejo os animais com outros olhos.  Comecei a parar de comer carne quando ouvi um orador espírita dizer em uma palestra que os animais são nossos irmãos. Aquela frase ficou ecoando em minha mente e compreendi a mensagem. Os animais, assim como nós, são criaturas de Deus que estão aqui para auxiliar no progresso do mundo e não para nos servir de escravos e saciar nosso vício carnívoro.
A proteína que a carne nos fornece e a Vitamina B12 podem ser encontradas no leite e seus derivados, e também na soja.
Do boi pode se tirar o esterco, adubo natural, além do leite.
Da galinha pode se ter os ovos, e assim de todos os animais, podemos desfrutar de vários atributos sem lhes tirar a vida. Porque matá-los e abandoná-los? Se coloque no lugar deles. Enquanto nos são úteis tratamo-los bem, mas a partir do momento em que já não nos servem mais matamos ou jogamos fora. Um dia todos nós ficaremos velhos e o que será que farão de nós...
Diversas histórias têm nos mostrado que muitas pessoas amam e respeitam os animais. Já chorei diversas vezes diante da dor, do sofrimento e da alegria desses nossos amigos. Pessoas dedicam seu tempo e destinam  dinheiro para recolherem e cuidar dessas doces criaturas, dando-nos exemplo de cidadania e compaixão, entendendo assim a mensagem de Jesus quando nos recomendou que amássemos o nosso próximo como a nós mesmos.
Não é errado se ter um animal. O que não podemos é maltratá-los e abandoná-los porque eles precisam do nosso amparo e de nossos cuidados. São, como nós, filhos de Deus.
Minha cachorra uma vez me deu lição de moral. Seu nome é Jamanta. Linda que só ela. Em determinada época ela estava correndo atrás das pessoas e isso incomodava alguns. Ela não mordia, mas pelo seu tamanho causava medo. Uma noite eu fui para a estrada, me vesti com uma roupa escura para ela não me reconhecer, pois o local é Zona Rural, sem iluminação nas ruas, e esperei que ela viesse para assim lhe dar umas chicotadas para que ela perdesse essa mania. Quando estava me preparando para descer a estrada e fazer um barulho para chamar a atenção dela, e ela, assim, vir para então eu lhe bater, senti que algo se encostou em mim, suavemente. Era ela me acariciando e me dizendo com aquele gesto, “eu te amo”. Fiquei totalmente desarmado e senti vergonha da atitude que eu iria tomar. Sensibilizei-me e entendi que o amor é quem realmente educa.                                             
Se compadecer dos bichos é prova de que se tem sentimentos. Só pode dizer que ama alguém aquele que ama a natureza e tudo aquilo que faz parte dela. Se não fazemos isso estamos longe, muito longe ainda, de entendermos o que é o amor.
 Os animais quando presos nos currais ou nos compartimentos de açougue e frigoríficos ficam em um estado que causa compaixão. Seus olhos parecem pedir para que nós os levemos daquele lugar e não deixemos que sejam assassinados. Ingerimos o magnetismo de toda essa tensão quando comemos carne e causamos uma tempestade em nosso organismo.
Se os animais soubessem falar, antes de terem suas vidas ceifadas, pediriam mais uma chance. Pense nisto antes de comer carne. Talvez você não o mate de forma direta, mas indiretamente está contribuindo para a chacina.
Não tenha medo, caro amigo, de perguntar e demonstrar seu carinho pelos animas. Pergunte, questione, se importe, defenda-os, essa é a verdadeira coragem. Isso é ser homem de verdade.  Alguns dizem que ser homem é ser durão, forte, andar desgovernado, falar alto e grosso, sentar ocupando espaço e todos esses comportamentos anti civilizados do gênero. Ser homem é ser humano. É ter compaixão pelos outros e amor à vida. É chorar, se emocionar, abraçar, beijar, perdoar, e qualquer um de nós pode ser muito homem, independente de cor, preferência sexual, religião, altura, peso, nacionalidade, escolaridade e idade. Um homem pra ser homem não depende de sexo ou idade e sim de caráter e personalidade.
           Os animais, assim como nós, também amam, choram, sofrem, sentem frio e querem ser amados e respeitados. Por isso, pensemos bem antes de abandonarmos um animal em uma estrada, matagal ou em qualquer outro local porque dificilmente eles sobreviverão, pois não sabem pedir comida, não conseguem explicar que parte do corpo está doendo e são capazes de nos amar, mesmo depois que os abandonamos, porque alguns voltam para casa após serem enxotados ou largados em um canto qualquer. Eles gostam de nós do jeito que somos e nos dão exemplos de gratidão e fidelidade.   Temos muito a aprender com esses companheiros de caminhada.
             Corresponda ao carinho dedicado pelos animais a você.                
           Talvez os animais sejam mesmo irracionais. Os homens, salvo as exceções, não sacrificam suas vidas para salvar a de  ninguém; sacrificam a vida alheia para salvar as suas. Por ser racional, coloca seus interesses à frente de tudo. Já os animais agem com o instinto e o com coração. Deixam a gratidão falar mais alto e não raciocinam, não pensam se devem ou não nos proteger. Simplesmente o faz, sem pensar.
A matança de animais, os frigoríficos, açougues, restaurantes geram empregos. O cigarro, a cachaça e diversas bebidas alcoólicas também geram trabalho, mas matam e dão muito mais prejuízo para o país do que lucro. Em vez de açougues por que não trabalhar com polpa de frutas, verduras, leguminosas, hortaliças e diversos outros itens onde não haja olhos suplicando para nós não os matarmos. Basta pensarmos e nos dispusermos a proteger a vida que a atmosfera clareará e a inspiração surgirá.

Eles e Nós
Gato cachorro, gavião e pintinho, todos vão brincar.
Bicho da seda, lobo e coelhinho, todos vão passear.
Arara vermelha  e o papagaio querem liberdade.
Formiga, barata e a dona girafa também têm saudades.

Cobra, aranha e escorpião querem seu lugar.
Foca, golfinho, tubarão e baleia só pedem pra nadar.
O passarinho e as borboletas só sonham em voar.
Seu canguru, o leão e o porquinho querem descansar.

Eu e você e o resto do mundo vamos dar as mãos.
Somos baixinhos,  vamos crescer, vamos ser cidadãos!
E o futuro de nosso planeta como é que vai ser?
Todos os bichos, assim como nós, também querem viver...

O garotinho que mora tão longe  é meu irmãozinho.
 E o velhinho que mora no asilo é o meu vovozinho.
E o mendigo que pede esmola, olha pra você!
E a criança que não tem escola quer aprender ler.

Quero cantar, quero  soltar a voz, pra todo mundo ouvir.
Quero brincar, e estar com você, quero poder sorrir.
E a beleza de nosso país, ninguém igual não viu!
Sou o futuro dessa terra linda, filho do Brasil.

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Salvar vidas! Eis uma das nossas missões.
Termino este capítulo citando uma frase de Jesus que nos afirmou que "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.”
             Obrigado, Jesus. Obrigado a todos os animais e pessoas que deram suas vidas por nós.
          Veja o quanto é bela. Não há nada tão bonito!
            Importe-se e preserve; também a de seus irmãos.
             De tudo que dermos a ela, ela irá nos devolver.
              Amor... Vida sem amor é tudo, menos viver.
Poderia ser ela diferente sem eu e você; sem amor? Obviamente. Nós, o amor e a vida fazemos a diferença!
                                                                                                                        Autoria: Sidney

Capítulo 32
Jeito de fazer Política
Para atingirem seus objetivos, inúmeras pessoas acabam por espalhar dor e angústia em seus arredores. Mentem para conseguir um emprego ou um benefício qualquer, tirando dos outros a oportunidade de trabalhar ou de receber alguma benesse.
 Empresas, ao fazerem seleções para a admissão de funcionários, lançam provas e concursos fraudulentos com o intuito de tirarem lucro da situação, documentos são falsificados, e tantas outras falcatruas são aplicadas em nosso meio.
Diante de tais circunstâncias precisamos denunciar e exigir nossos direitos. Soa estranha essa frase, não é? Exigir, lutar, cobrar por nossos direitos. Se são direitos deveriam por si só serem respeitados e nunca violados. Isso ocorre por causa de nosso desleixo para com os valores eméritos e frouxidão de nossas leis e fiscalizações. Devidos aos conchavos políticos, apadrinhamentos, politicagem e tantas outras atitudes, direitos são violentados e deveres esquecidos. Para muitos, o que impera é a lei de levar vantagem.
Tenho observado no submundo das campanhas eleitorais pessoas brigando, fazendo barulho, provocando e criticando àqueles que consideram  como a oposição. E muitas tragédias acontecem devido a isso, enquanto que aqueles que aguardam para lucrar com a vitória do candidato que apoiaram, estão quietos em seus cantos, só na tocaia, esperando por um pedaço de bolo (bem grande), e aqueles que gritaram, brigaram, espernearam, não têm nenhuma fatia desse grande e mal dividido preparado. Observe se isso não tem ocorrido em sua cidade.
Vimos shows caríssimos serem trazidos até nossas cidades, comícios, show mícios, badernas para ludibriar os eleitores, fazendo uma lavagem cerebral para que eles acreditem nas falsas ideias e falsas promessas proferidas por esses grandes atores. Sim, são grandes atores, que nem mesmo com o auxílio de um holograma conseguimos descobri-los. Representam muito bem, e nós nos transformamos em marionetes e claquetes mal pagas. Vamos ficar mais atentos e reavaliar nossos conceitos quanto a isso. Quanto ao ser bem ou mal pago não nos referimos à compra de votos, mas a seriedade e humanidade no trabalho por parte de nossos gestores para nos fornecer melhores condições de trabalho, saúde, moradia  educação e segurança.
Essa politicagem vem de longas datas porque alguns transformam a política em farra e fazem dela motivos de provocação e desrespeito. Muitos são vitimados por esse implacável monstro indomável. Eliminar o caos e a desordem das campanhas e eleições através de uma consciência reta e um comportamento elevado implica na revelação de um sistema político probo.
Nossos antepassados travaram uma luta ferrenha para que hoje a política fosse o que é. Muita coisa já foi feita, direitos conquistados, benefícios concedidos, mas precisamos dar continuidade a essas lutas para que todos possam se convalescer desse mal estar social em que muitas vezes se torna a disputa por uma vaga e a gestão nos governos municipais, estaduais e federais.
Geralmente, quando um gestor cumpre ou perde seu mandato, logo os funcionários, denominados de cargos comissionados, são trocados. Com isso, muitas vezes, a população sai perdendo porque dentro da equipe anterior tinha-se profissionais gabaritados. Por que não mantê-los, então?
Não é porque a pessoa não nos apoiou que temos que excluí-la de nossa relação de capacitados. Motivo de desânimo e indignação. É o que está se tornando nosso sistema político.
Você já reparou como tem candidatos que só falam do que o outro candidato não fez ou deixou de fazer? E por que será que eles brigam tanto? Para se ter mais vantagem, pois a fonte deve ser bem abastada, não acha? Se fosse um trabalho onde não houvesse a possibilidade de se ter altos ganhos, será que haveria essa disputa tão acirrada?
Na época das eleições os candidatos sobem morros, vão a locais ou em partes das cidades que nem sabiam que existiam e depois se esquecem que  existem...
Vejamos bem quem colocaremos para nos representar nos governos
municipais, estaduais e federais, pois são eles que vão tomar conta de nosso dinheiro. Isso mesmo. Dinheiro que você, que eu, que nós pagamos impostos, tarifas, multas—e não é pouco— e que serão, ou deviam ser revertidos em obras de saneamento, construções hospitalares, investidos na saúde, educação e no bem estar de TODOS, mas esses TODOS se tornam ALGUNS. São esses que emprestaram dinheiro para contratar shows e financiam campanhas eleitorais com a finalidade de nos iludir e comprar nossos votos, fazendo, assim, não uma campanha  de divulgação de propostas e ideias, mas de troca de favores.
O que colocamos aqui não é que não devamos ir a shows, eventos, e que não possamos nos divertir, mas que observemos se a intenção desses shows não está sendo a de nos entreter, desviando nossa intenção para que não vejamos as escabrosidades por detrás das cortinas do Senado, da Câmara de Deputados, de Vereadores e dos Gabinetes dos três poderes. Veja quem é que queremos que nos represente em nossa casa, porque o Brasil, o Estado, o Município em que moramos são nossas casas. Suponha que você fará uma viagem e queira deixar alguém para tomar conta de sua morada, quem você colocaria?
Pense em quem você vai votar. Veja se o candidato que você escolheu é bom pai ou boa mãe, bom filho ou boa filha, se é bom esposo ou boa esposa, se leva uma vida honesta sem se envolver em orgias e badernas. Se envolver em orgias e badernas é diferente, mas muito diferente de se envolver em brigas, porque brigar, lutar, defender, deve ser uma das características de um bom político. Que ele brigue sim para que todos tenham a mesma oportunidade. Que ele lute por um país justo, por um meio ambiente despoluído, por geração de empregos, por salários dignos. Que ele defenda nossos direitos e nossa liberdade, e para isso, ele não precisa ser um intelectual ou um gênio, ele precisa apenas ter em seu coração amor por sua pátria e pelo seu povo. E amor por sua pátria não é saber cantar o Hino Nacional, o Hino da Bandeira, decorar fórmulas e datas, mas é lutar para que os pássaros possam viver livres e soltar suas melodias, e ouvir os cantos dos desesperados que pedem um pouco de atenção e condição de sobreviverem. É investir na educação escolar, na saúde, no esporte, na música, valorizando todos os esportes e artes para que o Brasil deixe de ser apenas o país do futebol e do carnaval para se tornar uma nação em que haja, de verdade, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.  É incentivar o reflorestamento, criar áreas verdes, fazer a lei ser cumprida.
Ter amor ao povo não é pegar crianças no colo e exibi-las para as câmeras como se fossem amuletos, mas é dar à todas elas direito de acesso à a uma vida digna.
E quanto a nós, cidadãos, devemos pagar nossos impostos, cumprir a lei, mesmo  que  não a compreendamos bem. Devemos estudá-las e  difundir
nossas opiniões para, assim, mudá-las.
Se fôssemos mais racionais que emocionais, falando aqui de emoções frívolas como gritarias, ofensas aos candidatos, transmissão de falsas informações que revelam mentiras a respeito da vida particular e social das pessoas, seria ativado o mecanismo que revelaria a face oculta desse cobiçado enigma, que é a resposta para a solução dos problemas que assolam a humanidade.
Um país, além de homens e livros, faz-se também com fé, trabalho, perdão, caridade, espiritualidade, honestidade, filantropia, tolerância e renúncia.
 A construção de uma nação em que impere sua dignidade é o que fará com ela se torne radiante, mostrando seu brilho à todos por ser a Pátria Amada. Nessa viagem espacial que fazemos dentro do Planeta Terra temos condições de nos tornar e torná-lo especial.
Quanto aos segredos que se escondem por trás de toda politicagem, não se incomode eles serão revelados. Se não foram descobertos é porque não é chegado o momento e tudo vem ao seu tempo, e não adianta querer precipitar as coisas. Precisamos perseverar e não nos apavorarmos mediante isso e repreendermos as causas que originam as mazelas que acometem uma nação.

Para nossa reflexão
Um mestre chama o discípulo, que era muito impaciente e irrequieto e dizia que desejava descobrir o mistério da vida, para que visse algo maravilhoso no cume de uma montanha. O estudante fica super entusiasmado só de pensar na sensação que teria quando chegasse ao cimo. Eles saem bem cedo e caminham durante horas por uma trilha entre paisagens verdejantes, animais de plumagens coloridas, toda uma fauna e flora encantadoras. Finalmente chegam ao topo da cadeia rochosa, e o mentor diz a seu aluno:

         -Chegamos, e aqui está o que eu queria lhe mostrar.
O jovem fica desapontado, uma vez que o que vê é a mesma paisagem que presenciara durante todo o percurso da caminhada. Não havia nada de diferente a não ser uma pedra tosca no chão.
O professor lhe mostra aquela pedra e lhe diz:
-É isso que eu queria lhe mostrar.
O discípulo se decepciona mais uma vez e reclama:
    -Você me trouxe a essa distância para me mostrar uma pedra? Eu imaginei que chegando aqui iria encontrar algo estupendo, e não vejo nada, e você vem me mostrar uma pedra?
O aprendiz fica desanimado e pensativo.
O mestre sai andando, deixando-lhe assimilar a lição. Ele pensa um pouco, sorri e diz:
 -Entendi. Não é o término da jornada e nem a sua conclusão que é a felicidade. O término da caminhada não é o apogeu, mas sim o caminhar, o caminho; a felicidade está no percorrer e enquanto percorremos o caminho...

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 E assim encerro mais este capítulo.
Lembre-se de que podemos conquistar tudo o que quisermos, mas se não conquistamos o respeito e o amor das pessoas e pisoteamos, roubamos e humilhamos, teremos que refazer a caminhada. E ao recomeçá-la, façamos diferente, sem nos preocuparmos com a sua conclusão, mas com cada passo que damos.
O segredo de uma felicidade não está no objetivo, mas sim em como trilhamos o caminho para chegarmos até ela.
Enxergar a vida pelo prisma da materialidade em que os valores morais são deixados de lado é correr rumo ao nosso desencantamento. No final dessa caminhada constataremos felizes ou acabrunhados tudo aquilo que fizemos ou que deixamos de fazer. Aí está a diferença entre o bem e o mal.
                                                         Autoria: Sidney


Capítulo 33
O Que Tens Feito Com Seus Talentos?
Cada um de nós tem uma propensão, uma vocação ou um talento aos quais Jesus se referiu, narrando-nos aquela Parábola dos Talentos. Talentos são dons, poderes, aptidões, riquezas, bens materiais que possuímos e que se usados da forma correta, ou seja, em conformidade com as Leis Divinas, nos facultarão galgar um patamar na escala evolutiva.
Dentro da natureza vemos a diversidade de talentos. Os animais, insetos, aves, algas, plantas, peixes e outras espécies de seres, desempenham papel de equilíbrio e progresso nos diversos habitats. Morcegos, formigas, seres marinhos, repteis, aves, exercem uma ação constante de preservação do planeta. Com a extinção dessas espécies nossas vidas ficam comprometidas. Daí a necessidade da preservação.
 A partir do momento que o homem passou a ocupar os espaços terrestres de forma desordenada, um desequilíbrio iniciou-se: Terremotos, maremotos, desabamentos, chuvas desgovernadas, abalos sísmicos e diversas catástrofes ambientais e climáticas têm assolado a humanidade. Tudo isso é fruto da intemperança humana. Pela sede de possuir sempre mais, não se importando com os meios empregados para isso, é como se estivéssemos corroendo os pilares que sustentam um edifício gigantesco. Desertificação, erosões, desmatamentos, assoreamentos são resultados de uma ocupação não planejada e de atitudes incautas de nossa parte.
A cada ano que se passa a temperatura do planeta aumenta, causando um calor excessivo, doenças respiratórias, infertilidade de terrenos, baixa produção de alimentos e outros prejuízos socioeconômicos. Já estamos nos deparando com as conseqüências funestas de nossas ações.
Tem-se dado muita ênfase ao aprimoramento profissional, capacitação de pessoas, e pouco tem se evidenciado ou falado de questões ambientais.
Investimentos milionários são dirigidos às pesquisas no ramo da informática, materiais bélicos, treinamento de membros das Forças Armadas, alegando com isso querer a proteção e defesa dos países em que são criados contra um possível ataque. Não precisamos nos preocupar e termos medo de alguém vir e destruir nosso espaço; nós fazemos isso por conta própria.
Membros da Marinha, Aeronáutica, Exército e da carreira militar, juízes, desembargadores e todos esses ofícios recebem regalias que se estendem a familiares também. São dadas oportunidades e prioridades a quem tem um grau de estudo mais avançado, deixando aqueles que não tiveram oportunidade e tempo de estudarem, frustrados e se achando incapazes.
O que precisamos é de ajustar salários de trabalhadores que protegem o meio ambiente e preservam a natureza como os garis, varredores de rua, catadores de lixo, ecologistas, o trabalhador rural, para que todos possam respirar na mesma atmosfera. Vários trabalhadores são, na verdade, escravos de carteira assinada ou talvez nem as tenham, pois desde muito cedo precisaram trabalhar para ajudar no sustento da casa, onde não tiveram a oportunidade de cursar um estabelecimento de ensino e de conseguirem um trabalho com remuneração e condições adequadas. Por que é que existe essa diferença salarial gritante? Todos não têm filhos, e os filhos de todos não precisam de escola, remédio, lazer e esporte?
Boa parte da aura que emana da Terra é carregada de energias trevosas criadas por nós, através de pensamentos e ações malignas, quando vivemos voltados apenas para atender nossos caprichos. Espíritos que se afinizam com essa espécie de energia, se alimentam dela para satisfazerem suas vis paixões.  
Anunciando o prenúncio da emanação de uma nova era Jesus desceu das alturas para se fazer cumprir a Lei de Amor proveniente de Deus. Desde criança o pequeno notável se mostrou em comunhão total com os desígnios do Pai. Sua permanência entre nós revelou o caráter das Leis Divinas, mostrando-nos qual o caminho certo a ser seguido. Dotado de uma sabedoria que causava espanto àqueles que o ouviam, o Mestre interceptou, serenamente, as práticas exteriores e causou um forte impacto, perturbando os sentidos daqueles que viam-se como reis e potentados da Terra.
Quem se banhou na aura do Cristo experimentou sensações indescritíveis e teve doenças curadas, a saúde restabelecida e a certeza da existência de um poder invisível. Alguns que receberam as curas dele, temporariamente, mudaram suas atitudes, mas se entregaram novamente ao desregramento que praticavam e voltaram ao estado de antes. Ludibriados pela efemeridade das paixões materiais entraram em uma esfera de vibrações inferiores, permanecendo numa onda espiral onde o raio do querer permanecer doente embaçou a capacidade ótica de seus espíritos, causando o retardamento da conquista da salubridade e da paz interior.
Os dons e os talentos que nos são concedidos, de acordo com nossa tarefa a ser desempenhada, são recursos que a Providência Divina nos fornece. Depende daquele que irá recebê-lo decidir o que irá fazer com ele. Ele pode criar maravilhas, mas pode gerar pânico e destruição.
 E  o que temos feito com nossos talentos, com os dons e riquezas que temos recebido? E olha que recebemos diversos: Nossa visão, a audição, voz, braços, pernas, um corpo, mas será que estamos correspondendo às expectativas de Deus ou estamos escondendo, enterrando nossos talentos?
 A partir do momento que utilizo a visão para enxergar os defeitos e vigiar a vida dos outros, a audição para ouvir conversas que não me dizem respeito, a voz para denegrir a imagem de alguém e falar mal dos outros, os braços para carregar armas e agredir alguém, pernas para correr atrás de coisas indevidas, corpo para exibir aos outros, despertando interesses sexuais, não estou usando apropriadamente meus talentos. Se tenho uma profissão de jornalista, escritor, apresentador, médico, lavrador, caminhoneiro ou qualquer ocupação e as exerço com má vontade, fazendo meu ofício apenas por interesse financeiro, deixando de lado a caridade e a boa vontade não estou, assim, aproveitando meu potencial.

Pode ocorrer também o medo de usar nosso talento, mas Jesus deixou-nos claro que o medo não serviu de justificativa para aquele homem. Sabe por quê? Porque o medo representa falta de fé, e quem vive com medo não desenvolve. Se a intenção e a causa são boas, deixemos o medo de lado e façamos a vontade do Pai. Deixemos que o sopro do Cristo penetre nossos corações para que tenhamos a resistência de uma rocha diante das tempestades vulcânicas que nos visitam com fins regenerativos, para nos tornamos imbatíveis, conquistando o trio emissor de fluidos salutares: Força, Coragem e Amor em nossas vidas, onde a força e a coragem serão guiadas pelo amor. Pesquise qual é o seu talento, e através dele, torne as vidas que te rodeiam melhores. Busque um meio de empregá-lo da devida forma, sem medo de falhar. Mais vale a dor de ter tentado do que se deixar dominar pelo fracasso antecipado.
Autoria: Sidney

Capítulo 34
Caminho, Verdade e Vida
A busca pela verdade e o percorrer de um caminho dentro da vida é traço comum a todos. E essa nossa caminhada reinicia-se ao lado daqueles que estão mais próximos de nós, dentro de nossas casas. São nossos familiares, consanguíneos,  que nem sempre são aqueles que gostaríamos de ter como consortes, mas são com eles que precisamos nos reajustar.
O relacionamento familiar é desgastante e cheio de conflitos. Conviver sob o mesmo teto acordando, dormindo, fazendo as refeições juntos, aprendendo a dividir tempo e espaço, compartilhar opiniões diferentes, tudo isso vai se tornando uma rotina e por vezes gera desavenças. Mas é sob esse mesmo teto que estamos tendo, talvez, uma última chance de nos conciliarmos com aqueles os quais precisamos nos entender e restaurar o apreço que deixamos de ter. Dizemos que é a última chance porque as oportunidades dentro de determinadas circunstâncias e escalas e as concessões do Alto podem sofrer grandes transformações se não nos empenharmos e fizermos  nossa parte, mostrando disposição em operar.
Desconhecemos a causa dos desentendimentos com nossos transeuntes, mas a lei de atração e de retorno nos faz encontrar com as barreiras que criamos e nos conduz às origens das desavenças, partindo do ponto no qual erramos.
Vemos em nossa volta famílias felizes, irmãos que têm amizade um pelo outro; outras vezes, familiares brigando, desentendendo-se e até mesmo matando uns aos outros. Por que é que isso ocorre?
A Doutrina Espírita vem nos mostrar que em nossa caminhada evolutiva, intercalada por diversas reencarnações, se faz mister a convivência com outras pessoas, animais, outras nações e de vivermos em diversos mundos para, assim, aprendermos as diferentes ciências e a difícil arte de amar.
Emmanuel, no livro Mãos Unidas, da IDE__ Instituto de Difusão Espírita__, mensagem número 12, de título Resgate e Renovação, nos ensina que aquelas mãos que hoje nos apedrejam são as mesmas que ensinamos a ferir o próximo em outras eras quando o clarão da verdade não havia iluminado nosso discernimento, e os lábios que nos caluniam são os mesmos que adestramos na injustiça auxiliando a condenação e que hoje vêm, mais uma vez junto de nós para que os ensinemos da forma correta: Mãos para amparar e voz para educar.
Sob o mesmo teto estão seres antipáticos que precisam se entender, conquistando o perdão um do outro e o auto perdão. Sob esse mesmo teto, também, vêm afetos e amizades pretéritas para nos ajudar transformar aqueles nós, de uma era longínqua, em laços suaves de fraternidade. Talvez, essas amizades e desafetos não estejam sob o mesmo teto, mas pode ser que seja um vizinho, um amigo, um professor, um aluno ou um membro da igreja que está ali, próximo, para dificultar o andar pressuroso ou reerguer-nos nas quedas do caminho.
A partir do momento que temos noção de certo e errado, legal e ilegal, se seguirmos qualquer caminho, será opção escolhida por nós. Quando deixamos o sentimento inferior nos dominar e escolhemos as veredas tortuosas, futuramente encontraremos aqueles aos quais prejudicamos, pois sempre prejudicamos alguém quando fazemos escolhas pérfidas, para assim conquistarmos o respeito dos corações que ferimos. Ninguém consertará nossos erros.  Somos nós que teremos que fazê-lo.
            Para o bom êxito da promessa, junto de nós, temos amigos, nossos anjos guardiães que nos ajudam através de inspirações e nos suscitando inspirações elevadas. Temos o Mestre Jesus que, ao contrário do que muitos pensam, não é nosso Salvador, pelo menos da forma que alguns o veem, pois para alguns, a partir do momento que Jesus veio e desencxarnou na cruz levou consigo todos os pecados da humanidade. Seguindo essa corrente, então, poderemos fazer tudo de agora em diante, já que Jesus nos perdoou e levou todos os nossos erros. Isso não faz sentido algum já que o próprio Jesus ressaltou que a cada um será dado segundo as suas obras.  O Cristo nos deixa bem claro que cada um é que trilha o caminho, alcança a verdade, descobrindo o sentido e vivendo a  vida.
            Somos o caminho que seguimos e escolhemos. É o caminho que trilhamos que mostra quem somos. Somos a verdade em que queremos acreditar. Quando não queremos crer em algo não adianta alguém tentar nos convencer. A verdade é conclusão individual e cada um tem a aquela que precisa e procura vivenciar.  Somos a vida que queremos viver. Nossa vida ou nossa forma de vivê-la é nossa  expressão e  opção.
            Ninguém  vai  ao  pai  por  nós, em  nosso lugar. Através do caminho
que seguimos, da verdade na qual acreditamos e de nosso modo de vida é que podemos chegar ao pai ou nos distanciarmos dele...
Quando Jesus nos fala Eu sou o caminho, a verdade e a vida; Ninguém vai ao pai a não ser por mim, vem destacar que Ele representa as Leis Divinas em suas plenitudes, e seus ensinamentos são essas próprias leis exemplificadas por Ele, e sem elas ninguém vai a Deus. Por isso é que se não entendermos Jesus não chegaremos a Deus. E para entendermos Jesus precisamos de várias reencarnações. Reencarnar é lei natural à qual todos nós estamos sujeitos.
Algumas reencarnações são suaves, outras atribuladas, algumas curtas e outras longas, mas cada uma com seu grau de peso e medida.
Alguns espíritos, no estado de erraticidade, (estado no qual o espírito aguarda uma nova reencarnação), ao perceberem a carga de trabalho que vão receber desistem de reencarnar, pois estão inseguros em relação à jornada. Por isso, às vezes, acontece os abortos espontâneos ou involuntários em que o espírito não se sentindo seguro desiste de sua provação. O ambiente durante esse período de gestação é essencial para o fortalecimento do espírito, assegurando-lhe amparo e a certeza de que será bem vindo no seio daquela família. Ao mesmo tempo é também uma provação para os pais para que possam se cuidar mais em relação à alimentação, esforços e contendas. O espírito, sabedor de que um momento difícil está por vir, mas tendo esse amparo, decide vir ao mundo, pois sabe que será amado. Aí começa mais uma etapa de aprendizado e a decisão firme de uma família que está junta no propósito de acertar. Assim acontecendo, a chance de se ter êxito é muito maior.
 Após o nascimento vem uma época essencial para a educação desse espírito. O que recebermos na infância, principalmente até aos sete e oito anos, moldará nossa personalidade. Renasceremos crianças, mas com toda nossa bagagem adquirida em outras estadias dentro de um corpo. Não reencarnamos em outra pessoa, mas em outro corpo, moldado por nós e para nós, espíritos.
Após a infância, os ímpetos e tendências irrompem, mas dependendo do que tiver sido trabalhado eles terão se purificados ou continuam como antes da reencarnação, voltados para as paixões inferiores.
Quando saímos da infância e entramos na fase adulta começam-se as
preocupações e ocupações com nosso mundo. São chegados os momentos  das  escolhas  e  das  decisões...
       Seria  bom  mesmo  se fôssemos crianças para sempre. Quem não gostaria, não é? Ser criança é tão bom! A única preocupação é brincar, se divertir, encontrar os amiguinhos de escola, ir ao parque, comer guloseimas, assistir desenhos e todas essas coisas deliciosas da vida. Mas sabe de uma coisa? Nós podemos fazer isso depois de crescidos, também. Podemos ser crianças para sempre. Não podemos ser o tempo todo porque senão o mundo para, já que alguém tem que trabalhar, fazer compras, arrumar a casa, pagar as contas, mas depois de tudo isso podemos brincar à vontade que não é vergonha nenhuma. Perder a inocência e a pureza de criança, uma vez que o Cristo de Deus nos falou que devíamos nos fazer crianças para entrarmos no Reino dos Céus, é ser um adulto amargurado.
As crianças perdoam com facilidade, mesmo após ter levado umas palmadas, voltam a sorrir rapidamente e esquecem as ofensas. Contentam-se com as coisas simples da vida e são sinceras aos seus sentimentos. Temos muito a aprender com o brilho dourado de seus olhos. São pequenas criaturas que ficam extasiadas com pequenos gestos que dispensamos a elas.
Procure, insistentemente pela criança que reside dentro de você, e não tenhamos acanho de deixar aflorar nossa inocência e entender a criança,  orientando-a de forma a educá-la para a vida.
A criança deve estar em constante observação. Às vezes não prestamos atenção em nossos pequenos que ficam muito tempo em silêncio ou acabrunhados. No limite do silêncio de uma criança pode surgir um ser rancoroso e colérico. Façamos de tudo para identificar os distúrbios de uma infância para não nos culparmos posteriormente, evitando dissabores. Quando eles ocorrem ficamos a nos lembrar das vezes que ela queria nos falar alguma coisa, desabafar, mas não damos muita atenção, não tivemos tempo. Aí, então, percebemos nossa ausência na vida de nossos filhos.
E você, será que não tem alguém querendo falar com você? Ou será que você não está com vontade de dizer algo a alguém? Talvez esteja com saudades de um amigo ou amiga e gostaria de ligar, enviar uma carta ou e-mail. Faça isso agora. Talvez tenha ficado um mal entendido entre você e outras pessoas, explique-se e justifique-se. Ainda há tempo.
          Você, hoje, já deu aquele abraço e beijo demorados na pessoa que está
do seu lado ou em sua frente. Olhe bem para ela, porque talvez você  não  a
verá por um bom tempo. Pode ser que seja sua despedida.
Você mãe,  pai,  filho já deu aquele bom dia carregado de amor àqueles que moram tanto tempo junto de ti e talvez você nunca os  tenha visto de verdade e nem olhado para eles?
E aquela pessoa que nos ofendeu, nos magoou, mentiu, nos enganou. Será que não está arrependida e esteja esperando apenas uma oportunidade para se aproximar de nós, esperando que a nossa aura da paz emane para se achegar? Não tenhamos medo de fazer essas coisas e não as deixemos para depois. Quando nossos corações nos disserem que é chegada a hora, então é esse o momento, mas precisamos trabalhar e educar nossos corações...  E não nos esqueçamos que o coração tem razões que a própria razão desconhece, ou simplesmente não consegue explicar.
E se acaso a pessoa para a qual queríamos dizer algo já partiu, abracemo-la em nossos pensamentos, envolvendo-a com ternura.
O tempo nosso aqui na Terra é muito curto. Não o desperdice com tolices.  Saiba que há uma linha muito tênue entre a vida e a morte, a razão e a loucura, entre o ódio e o amor, o rancor e o perdão, entre o céu e o inferno.
Cruzar esta linha ou escolhermos de qual lado queremos permanecer é decisão nossa, e as conseqüências, inevitavelmente, serão nossas, também.
Autoria: Sidney


Capítulo 35
Reflexos Do Mundo
Em diversas épocas da história da civilização, presenciamos o despotismo e o autoritarismo empreendidos contra aqueles que discordaram das ideias descabidas e infelizes, provindas de homens desconhecedores da compaixão e da fraternidade. Temos, como exemplos, o Nazismo, o Fascismo, a Inquisição, chacinas, abuso de poder e outras espécies de guerras que ainda ocorrem em nosso planeta.
Quem acredita no poder da opressão mostra o quanto é selvagem e primitivo. Quem quer dominar pela força e através de ameaças é porque não possui moral e argumentos convincentes para se fazer respeitar. É o ponto máximo da fraqueza.
Fomos nomeados e designados para cumprirmos com os desígnios de Deus e basta que as ilusões da matéria surjam para acharmos que somos detentores do mundo.
É chegada a hora de fazermos algo para reverter essas condições. O poder da força violenta não pode falar mais alto. Precisamos nos conscientizar de que ninguém é obrigado a concordar com nossa forma de pensar. Eu não estou no mundo para viver de acordo com as suas expectativas e nem você com as minhas. O respeito é cabível em qualquer hora e em qualquer lugar, e respeito não significa abaixar a cabeça e dizer que tudo está certo, mas sim apresentar propostas, e não impô-las, argumentar com serenidade e firmeza, avaliar a situação por diversos ângulos, observando os motivos e causas de qualquer acontecimento. Retrucar apressadamente e agressivamente é imprudência.
Todos os conflitos de todos os tempos foram gerados pela intemperança e intolerância humanas. Querer solucionar um problema de qualquer jeito, pela força ignorante, é criar nós em nossas vidas difíceis de desatarem.
Quando começarmos a combater os problemas pela raiz, estaremos, assim, combatendo eles em suas origens. Enquanto estivermos preocupados em apenas construir presídios de segurança máxima, formar policiais, construir hospitais, adquirir armamentos pesados para reprimir a violência, conseguiremos alguns resultados, mas quando analisarmos as causas e bases, trabalhando em cima de causa e efeito, teremos um êxito muito maior
em nossas tarefas.
Exemplo: Um criminoso que está preso por ter cometido infrações graves contra a sociedade.
Primeiro: Como foi a infância desse nosso irmão? Em que tipo de atmosfera ele foi criado? Ele teve carinho, alguém para lhe orientar, que lhe falou de paz e de amor? O que o levou a se tornar o que ele é hoje?
Segundo: O que se pode fazer para conter sua violência de forma a educá-lo e não violentá-lo?
Terceiro: Se o interrogássemos, dando-lhe oportunidade de falar um pouco sobre sua vida, descobriríamos muitas realidades que desconhecemos.  Esse questionário pode ser verbal ou por escrito, de acordo com a necessidade e interesse dos envolvidos nesse contexto, com perguntas do tipo:
Como era seu relacionamento com seus pais e família?
Como foi sua infância?
Do que você gostava quando era criança?
Como você ver Deus e Jesus?
Você gosta ou já gostou de alguém ou alguma coisa?
Quando alguém lhe dar ou lhe deu um abraço e um sorriso, como você se sente ou sentiu?
Você já teve um animal de estimação?
Qual o programa que você gostava de assistir na TV?
Para qual time você torce?
Qual a comida que você mais aprecia?
De qual cantor ou música você gosta?
O que é a morte para você?
Qual é o sentido da vida?
O que é amor para você?
Qual é o seu sonho?
Por que é que você fez isso? Está arrependido? Gostaria de corrigir isto?
Ao fazermos tais perguntas estaremos incentivando a pessoa a fazer uma introspecção, uma longa viagem em seu mundo interno, que pode estar maculado. O que fazemos ou fizemos é o reflexo de nosso interior, e para que esse reflexo seja hígido o íntimo dever ser medicado com pensamentos, palavras e atos que despertem naqueles que os recebem o anjo adormecido pelo cansaço de exemplos infrutíferos ou pelas escolhas alopradas  instituídas para saciar a sede e fome de conquistas vazias.
Morando em locais onde ver-se apenas miséria, narcóticos, criminalidade, ou em mansões  onde se pratica o desperdício, a ostentação e a indiferença; dificilmente formar-se-á pessoas amorosas em tais âmbitos.         
E tudo começa dentro do lar. O pai, que às vezes chega nervoso em sua casa, pois teve um dia difícil no trabalho, necessita encontrar uma família que lhe aconchegue. A mãe, ao ter enfrentado problemas durante o dia, se compraz ao encontrar carinho no seio familiar. O filho que enfrenta problemas necessita de orientação e amparo. E assim, nos amparando mutuamente, nos pacificaremos.
Dois grandes males nas famílias de hoje em dia é o alcoolismo e o tabagismo que têm feito estragos de grandes proporções. Dominado pela vontade de beber e de fumar, e depois pelo álcool e o cigarro, muitos adquirem traumas, e reações agressivas são originadas. E tudo começou com um primeiro gole e uma primeira tragada. Mas duas forças, desconhecidas por muitos de nós é capaz de mudar tudo isso: A força da vontade e a do amor. Da vontade individual e coletiva e do amor pessoal e divino. Ambos ativos.
A semente divina plantada em nós, por nosso Criador, será uma árvore frondosa quando for irrigada. Dar carinho, educação, limites é dar a água, o adubo e o sol para que essa semente germine em nossas vidas. O ambiente que não tem a presença do Cristo está aberto para que diabos como o cigarro, o crack, a cocaína, a cachaça, a cerveja, a desonestidade, a pornografia, os palavrões, a indecência, os desperdícios e muitas outras variações de drogas venham adentrá-lo. E são nesses ambientes que se formam os foras da lei.
Talvez aquele irmão insidioso não teve ninguém para conversar e falar de sua dor. Não tinha dinheiro para ir a um psiquiatra para desabafar e dizer o que tinha se passado com ele. O que ele queria era falar para alguém que estava sofrendo, e praticar atos violentos é um reflexo do universo no qual ele vive ou foi criado, e acredita que as  demais pessoas são felizes e ele não. Como não aprendeu a pedir, “por favor,” e por não compreender a lei de causalidade ele descamba para outros lados.
É   preciso  conhecer o  lado  correto e  humano  da vida. E esse lado
correto e humano não tem nada a ver com dinheiro, mas com integridade, honestidade, atenção, afeto, humildade e decência.
Pais, avós, professores, famíçia, irmãos de fé, sociedade, precisamos resgatar esses valores esquecidos ou ignorados por nós e passá-los adiante, porque agindo assim estaremos ensinando que não é a brutalidade que domina, mas a força do bem que prevalece e  vence através da conquista.                                              
Acreditar na tirania é entrar em choque com nossa essência divina.
Crer no trabalho honesto e na filantropia é ativar a redoma que nos protegerá de perniciosas influências e enfermidades.
Ficar enfatizando a violência e querer desforrar um ato violento com outro ato igual é nos mostrar iguais à esses que fazem aquilo que tanto abominamos. Como se pode ver não somos tão diferentes assim...
Os efeitos de boas ações podem não surgir de imediato, mas não podemos recuar e deixar que irmãos sejam massacrados por aqueles que não têm a capacidade de consideração para com o próximo e carregam consigo o recipiente do orgulho e da soberania. Não podemos permitir que uma criatura de Deus morra por não ter o que comer, por não ter alguém para conversar ou por não ter atendimento em um hospital. Buscar apoio e saídas para as dores do corpo e da alma é o nosso dever. Sozinho, não conseguirei mudar o mundo, mas conseguirei mudar a mim, entendendo que não posso esperar pelos outros, pois terei que responder um dia pelas minhas obras e não pelas da coletividade. E quando faço o bem que está ao meu alcance dou minha contribuição para que o bem total se instale.

E não vamos esperar que a dor bata em nossa porta para que comecemos a fazer algo, pois aprender com a dor alheia a finalidade da vida e a prática da solidariedade é entender a mensagem sublime de amor do Evangelho que o Cristo deixou gravada em suas pegadas inapagáveis. E para seguir essas pegadas precisaremos caminhar por trilhas ermas, sombrias, mas segurando nas  mãos do Rabi seremos guiados em direção à luz que nunca se apaga: A luz da verdade cujo brilho é capaz de fazer desaparecer qualquer escuridão. Essa verdade é o Código Divino que restabelecerá tudo ao seu devido lugar, e para que façamos parte dele teremos, antes, que deixá-lo habitar em nós.       
Autoria: Sidney 


Capítulo 36
Pensamento e Ação
Quando passamos por uma situação aparentemente sem saída nos apegamos cegamente a uma visão e não abrimos nossos olhos para a realidade. Essa realidade, em parte, é a de que estamos diante de um problema sem saber como resolvê-lo. Isso é muito comum em nossas vidas.
Muitas dessas situações  nos deixam pessimistas e desacreditados em relação a Deus, às pessoas e a nós mesmos. Ficamos vulneráveis a certas influências e somos facilmente enganados. Nesses momentos, surgem pessoas se aproveitando de nossas fraquezas e desilusões e se aproximam, não com a intenção de ajudar, mas de tirar algum proveito.   Podemos observar atitudes assim dentro de alguns segmentos religiosos.
Alguns líderes religiosos exploram o suor dos trabalhadores na maior falsidade, forjando situações, estimulando contendas e usando até mesmo o nome de Jesus para tal fim. Eles se aproveitam do momento de vulnerabilidade para atraí-los para suas igrejas e ideias, prometendo curas, salvação, bom emprego e uma infinidade de “bênçãos”, como eles chamam.     De vez em quando, vejo alguns falarem que depois que se converteram para determinada seita religiosa arrumaram emprego, compraram casas, carros, apartamentos e conseguiram uma infinidade de benefícios materiais. Será que nosso adentramento em uma instituição religiosa deve visar a aquisição de valores monetários? É só isso que nos mantém?
Embasados em ideais de compra e venda, lucro e status, muitos partícipes de ramos diversos querem nos comprar com suas promessas, mas somos nós que pagamos e nos vendemos, ao mesmo tempo, por acreditarmos em palavras e promessas soltas, sem o respaldo e a comprovação através de atitudes. Fuja deles... Até falsos testemunhos eles dão em frente às pessoas e as câmeras para conseguirem adeptos para suas propostas.
Fique atento quanto a isso. Tome cuidado com os falsos profetas sobre os quais Jesus nos asseverou. Eles falam bonito, se vestem bem, mas observe quais são suas reais intenções. O Cristo nunca cobrou um centavo daqueles que o seguiam ou daqueles que curou. O que ele pedia era mudança de comportamento dizendo vá e não peques mais”.
Os ensinamentos de Jesus foram todos corrompidos de acordo com
os interesses mais vis, e até em nome de Jesus se mata alguém.
Alguns representantes religiosos são donos de impérios, grandes propriedades de terra que afirmam eles ser da igreja, quando na verdade, alguém desfruta da regalia oferecida por pessoas que tiram de dentro de casa para doar.
Com Martinho Lutero, ao discordar com os ditames da Igreja Católica e se rebelar contra toda aquela usurpação do pagamento de indulgências, nasceu o Protestantismo. Ele não admitia a ideia __e com toda razão__ de que ninguém poderia comprar a salvação ou o perdão de Deus pagando em moeda para isso.
Para ser Cristão são necessárias a caridade, humildade, idoneidade, e que a libertação não se compra, conquista-se com esforço, renúncia e compaixão.
O Protestantismo se dividiu, subdividiu-se, e milhares de ramificações surgiram, mas o intento de Lutero foi ignorado por muitos, pois se tornou comércio e fonte de renda, enchendo o bolso de milhões que dizem trabalhar para Deus.
Se quisermos conhecer de fato se uma pessoa trabalha dentro de um segmento religioso, social ou político por amor, basta retirarmos o salário que ganha e assim veremos se tem amor à causa.
Deveriam haver leis voltadas para essas questões e que não fossem sancionadas por deputados, senadores, vereadores, prefeitos, governadores e presidentes, mas por nós, o povo, através de plebiscitos, limitando os salários dessas pessoas, mas sem essas diferenças exorbitantes do salário mínimo vigente. Se isso ocorresse haveria uma seleção natural e somente os determinados e patriotas seguiriam o caminho. 
Os próprios deputados são que escolhem o quanto vão ganhar e qual será o valor do salário mínimo. São eles, juntamente com os senadores, que deveriam votar em projetos destinados à benefício sociedade e primar pelo cumprimento da lei e o bem estar de uma nação. O mais interessante de tudo isso é que quando se trata de um aumento salarial, para eles, essa porcentagem é astronômica. Quanto ao salário mínimo não preciso nem dizer nada.
Agora me responda: Por que é que eles podem ganhar muito mais, já que perante a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS adotada e proclamada pela resolução 217 A (III), da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, Artigo I, diz que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.    Que fraternidade é essa que uns podem ganhar cinquenta vezes mais do que os outros? Isso é igualdade?
Não se deixe enganar por eles. Seu voto e essa coisa de dízimo, dez por cento, que você doa, em alguns casos, é para manter o luxo de muitos.  Acorde, você está sendo enganado. Você acha justo tirar dez por cento de seu mísero salário para sustentar a mordomia dos outros? Se você quiser ajudar alguém, dê uma cesta básica, consiga um trabalho para o vizinho, apadrinhe uma criança, dê um medicamento para outro e vote em uma pessoa nobre.
Diga-me para onde está indo o dinheiro que você está dando? Será que Deus tem conta bancária? É claro que não, mas alguém está pegando esse dinheiro, em nome de Deus, e pode ter certeza que Deus não está pegando um centavo. Sabe por quê? Porque Deus, Jesus não precisam de dinheiro e não querem esse tipo de ajuda à eles. O que eles nos pedem é correção de nossos hábitos infelizes e mudança de atitudes, destinando nossos bens ao auxílio das necessidades básicas de nossos irmãos.
 Se nossa instituição precisa de ajuda, vamos ver do que ela está precisando e pensarmos no que pode ser feito. Cada um deve ajudar com o que e como puder.
Não se iluda com esse pensamento de que seu dízimo vai te salvar. Quando Jesus vem falar para nós do Óbolo da Viúva, quer nos dizer, em forma de parábola, que a verdadeira caridade é aquela que damos o que temos para dar e o que podemos doar. Podemos doar alguns minutos para alguém com uma conversa fraterna, uma orientação, mas deixamos de fazer isso interessados em atender nossos interesses. Outras vezes, poderíamos ajudar muito mais do que estamos ajudando, até mesmo em termos materiais, e não o fazemos. Deveríamos dar nosso esforço, nosso apoio, dando o máximo de nós, mas nos escondemos por detrás de certas vantagens.
Aquela viúva deu tudo o que tinha, ou seja, deu o máximo dela, esforçou-se ao extremo para ajudar. Ela deu seu último dinheiro. Naquele instante, aquela distinta senhora entendeu que dar é não se importar só com as nossas necessidades e entendeu que o valor do que doamos não está na quantidade, mas na forma como fazemos isso; está em abrir mão daquilo que poderá nos fazer falta na certeza de que Deus está trabalhando através de nós e Ele de tudo nos proverá, auxiliando-nos em nossa andança, não fazendo nossa parte, mas dando-nos estímulos e forças para cumpri-la, segurando sempre nossas frágeis mãos de crianças crescidas que não compreendem, a princípio, a holística divina.
O que acontece no fundo é que quando passamos por dificuldades queremos que alguém venha e resolva a questão para nós, e estamos tão acostumados a pagar e a cobrar que cremos que Deus também age assim. Imagine se toda vez que passarmos por conflitos Deus, Jesus viessem solucionar nossos dilemas? Como cresceríamos? Eles irão, quando buscados por nós e até mesmo quando não, nos auxiliar, mas temos que fazer a parte que nos cabe: Trabalhar dedicadamente, enfrentando os labores, assumindo a tarefa que nos foi incumbida. Se ficarmos na dependência total do auxílio direto de um anjo amigo seremos congelados por nossas fraquezas e falta de fé em nós mesmos; nunca seremos guerreiros de verdade.
 Levante, fique de pé. Creia na vitória, siga em frente acreditando em suas próprias forças. Transmute.
Pare, pense, reflita.
    
Zé vivia pedindo a Deus para ganhar na Loteria e vivia reclamando por não ganhar. Ficava sempre pelos cantos a reclamar e continuava a pedir a Deus para que ganhasse o prêmio. Um dia, enquanto reclamava, Deus veio e falou:
 _Zé, tudo bem que você queira ganhar na Loteria, mas, por favor, pelo menos compre o bilhete, Zé...

Os desafios são testes para a confirmação de nossa fé. Não devem ser vistos como castigos, mas como revisão e oportunidades para os aproveitarmos como uma escada para nossa ascensão. Ao tomarmos a decisão de seguir o bom caminho, Deus enviará seus mensageiros e inspirações para vencermos as batalhas que irrompem para nos fortalecer e fazer-nos pensar e mudar de direção.
Através da reflexão sobre atos e consequências, aprenderemos como
seguir o caminho. Olhemos para trás, para os lados para o alto e para frente. Assim é que vem o aprendizado.
Não há nada de errado em pedirmos a Deus ajuda, porém temos que nos empenhar e cumprir com nossa função. Repassar e desforrar ofensas e ficar obcecado com a vingança, seja como encarnados ou desencarnados, é ficarmos agarrados na crosta terrestre. A mudança desse estado de conturbação é questão de decisão e um ato de auto fé.  Devido à ausência desse ato é que mentes e corações se agarram no inferno de suas próprias consciências, se tornando lavas a emergir de uma erupção vulcânica, queimando tudo em sua volta, se convertendo e se solidificando em rochas escuras, aguardando, mais uma vez, pela misericórdia divina enquanto esfriam.
Manifeste sua força. Ao perceber que sua ilusão acabou, caia na real e não fique só a lamentar-se.  A autonomia em nosso destino é o que nos faz responsáveis.
Ao descobrirmos que aquilo em que acreditávamos tinha falso valor, não desanimemos. São nesses momentos que amadurecemos e ficaremos mais cautelosos em relação ao que vemos, ouvimos, sentimos, falamos e fazemos. Não se preocupe, são apenas fases. São as fases do crescimento.

Não culpe ninguém, nem a si mesmo. Apenas aceite, reconheça sua condição de velejador dos mares tempestuosos, às vezes  brandos, serenos em outras épocas, mas nossa atenção no leme desse barco é primordial para que ele não naufrague. As ondas quando chegam não vêm para destruir, mas para movimentar. Somos nós que não entendemos e não nos precavemos dos alertas do Oceano. O navegador vive em busca de um farol no meio das tempestades notívagas, mas raramente se lembra de velejar enquanto é dia.
Autoria: Sidney 

Capítulo 37
Conheça-te a Ti Mesmo
No Oráculo de Delfos, na Antiga Grécia, havia um aforismo inscrito em seu pórtico que serviu de filosofia ao filósofo grego Sócrates, que andou pela Terra entre 469 e 369 a.C..
Santo Agostinho na questão 919 de O Livro Dos Espíritos responde a Allan Kardec quando o codificador  pergunta: Qual o meio mais prático e eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir ao arrastamento do mal? Um sábio da antiguidade vos disse: Conheça-te a ti mesmo. Fazei o que eu fazia quando vivi na terra. Ao fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever e se alguém não teria motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma.”
Temos um compromisso aqui na Terra muito sério e muitas vezes não nos damos conta disso. Não fazemos noção de nossa real importância aqui, neste planeta. Nenhum de nós reencarna aqui para ser mal, para vingar, para sofrer, para brincar ou para morrer e acabar tudo. Aproveitar nosso tempo com afazeres voltados para a conquista de conhecimentos úteis e para auxiliarmos no engrandecimento das obras de Deus é dar valor a nossa estadia neste planeta que nos abriga.
Devemos, por isso, agradecer a Deus por nossas vidas, pelo nosso trabalho, familiares, amigos, saúde, pelo amanhecer, pelo teto que nos serve de abrigo, pelos nossos olhos, nossas pernas, braços, por podermos falar e ouvir. Somos abençoados, e todas essas coisas nos são dadas para que possamos cuidar e proteger esta terra e as pessoas que aqui estão. Muitos de nossos irmãos não possuem tais condições, e fazem muito mais do que nós por nosso orbe e por seus moradores. Achamos que nossa vida é dura, que temos problemas, mas não enxergamos que existem pessoas que não têm o que temos e vivem com coragem e são positivas diante das escabrosidades do caminho. Em vez de sermos exemplos para elas, elas é que nos dão lições de superação.
           Valorizar o que adquirimos ou o que nos foi dado é agir com sapiência. A ingratidão de nossa parte para com Deus, fecha nossos  olhos  e  
endurece nossos corações, e assim  não  percebemos que aquilo que temos e
esnobamos, ou não enxergamos, é o sonho de muitos.
           Quantos vivem sob pontes e marquises, sem o que comer, desempregados, sem roupas. Quantos outros não têm seus braços, pernas, não ouvem, não falam, não tem família, sonhos e expectativa alguma, perderam um ente querido, não tem sossego por causa da fama que adquiriram, são viciados em drogas, têm muitos dinheiro, mas na realidade o dinheiro é que é o dono deles, trabalham demais, vivem em brigas com a família e tantas outras situações?
         Dar valor ao que temos, tornando a vida daqueles que nada têm ou que pensam nada ter menos dolorida através da resignação, da partilha e da humildade é contribuir significativamente para a construção do Reino de Deus em cima da Terra. Nossa força consiste na resignação e na compaixão.
E como andam as nossas forças e a nossa capacidade de superação? Aceitamos os diversos acontecimentos do lar, do trabalho e da vida como ensinamentos e oportunidades e agimos construtivamente ou somos dominados pela insegurança, temor e falta de confiança, caindo em  desespero ou depressão? Enfrentamos o desafio novamente, sem esmorecer, logo após o fracasso ou ficamos a nos remoer longo tempo com pena de nós mesmos porque as coisas não saíram como supúnhamos? Adaptamo-nos rapidamente a novas circunstâncias e sentimo-nos fortes ou temos dificuldades de nos desligar de uma situação sombria e sentimo-nos fracos? Percebemos o lado positivo dos fatos e coisas ou nos fixamos nos aspectos aparentemente negativos?
Ao nos fazermos estas perguntas, aprenderemos a nos conhecer, uma vez que a avaliação de nosso comportamento, observando que tipo de emoções causamos em nossa volta e como os fatores externos nos tocam, nos fará identificar em que precisamos mudar. Se nossas palavras e atitudes magoam àqueles que convivem junto a nós temos a necessidade de nos reposicionarmos e aprendermos a falar e agir de uma forma a esclarecer e educar. Se determinadas situações e ambientes nos ojeriza não temos como permanecer neles. “Onde estiver o seu tesouro aí estará seu coração”...
 Quando Sócrates nos recomendou que conhecêssemos a nós mesmos era sobre conversarmos conosco, ouvir a voz interior, procurar pelos recônditos  de nossas almas aquilo que nos  escraviza, o que tememos;
assumir esses medos, essas fraquezas. Isso é reflexão. Reflita.
        Através de palavras e mentalizações positivas e através da mudança de
atitudes e hábitos estaremos levantando das quedas. Isso é ação. Aja.                                              
Conhecer a nós mesmos é, também, saber que somos oriundos de Deus, destinados à perfeição e que seremos colocados dentro de  determinadas circunstâncias para aproveitarmos o momento como experiência e ensinamento, assimilando conquistas que prepararão o terreno para a aquisição de valores mais edificantes.
O estado de morbidez em que mergulhamos em um momento frágil pede iniciativas para que não fiquemos danificados permanentemente. De repente surgem algumas pessoas no alto de uma montanha, como Moisés, a nos chamar para o banquete de luz, onde teremos a possibilidade de descansar após a faina. A continuidade da luta pede, da forma que pudermos, abdicação das fraquezas.
Somos espíritos perambulando pelo mundo, escolhidos pelo Criador, entre muitos, para colaborarmos nas criações. E a tarefa a ser executada pede que não desanimemos. Nós somos representantes do Cristo de Nazaré, somos seus pequenos aprendizes e devemos continuar com seu legado. Como tais, seremos defrontados por tormentas, que são testes, que farão brotar em nossas almas o amor, tornando-nos soldados do bem. Mantendo-nos firmes e vigilantes, para que esses testes e provas não nos vençam, em vez de os vencermos, é valorizar a oportunidade que nos foi concedida. A recompensa que nos aguarda é a felicidade do dever cumprido e a consciência serena.
Fique de pé. Levanta-te e anda-te. Essas foram uma das frases que o Mestre Divino pronunciou. Lembre-se delas naqueles momentos em que tudo parece perdido, pois é assim que venceremos qualquer barreira que surgir em nosso caminho.
O conhecimento de nós, na totalidade, é campo a ser revelado em doses paulatinas. Os fatores tempo, convivência, lições, reencarnações, e percepções nos tornará aptos a esse conhecimento. Por isso é preciso dar tempo ao tempo, conviver através de várias reencarnações, assimilando as lições através das percepções porque Deus, Jesus e o próximo são as chaves que abrem a porta que nos conduz à angelitude.
 O nosso próximo é a ponte que nos leva à nós, e Jesus é a ponte que nos leva de Deus.
Autoria: Sidney

Capítulo 38
Dependentes Físicos, Químicos e Emocionais
A dependência ocorre em diversos níveis e de diversas formas.
            Filhos, ao se separarem de seus pais, ao irem para a faculdade estudar em outra cidade, se veem desestruturados e perdidos, ou se perdem.         
           Relacionamentos conjugais tornam-se um apego doentio: O marido não sai sem a mulher, a mulher não faz nada sem o marido, quando um se ausenta o outro fica sem saber o que fazer. O namorado não aceita a separação e age violentamente, e a namorada, por causa do ciúme, invade a privacidade do parceiro e faz escândalos, tornando suas vidas um martírio.  Alguns casais, ao se separarem ou brigarem ou quando veem o outro com alguém, entram em crises depressivas e de ciúme que geram diversos transtornos.
Funcionários supõem que precisam mostrar serviço só quando o encarregado está por perto, e fora dos olhares de seus líderes agem com negligência e irresponsabilidade. Equipes de trabalho, esportivas ou grupo de estudos estão sempre sob o comando de um líder e acreditam que a responsabilidade e o êxito dependem apenas dele, esquecendo-se muitas vezes que cada um é um dente de uma engrenagem.
Com relação às drogas, lícitas e ilícitas, onde ambas causam destruição em massa, os usuários que fazem uso delas desejam uma saída fácil do frágil mundo mental em que estão agarrados e procuram nelas a  sensação de liberdade, que na realidade é uma fuga para não encararem de frente as vicissitudes. É a incapacidade de não querer ser capaz. Mais um trago aqui, um gole de uma cerveja ali, meio copo de uísque de lá, uma talagada de vinho a mais para relaxar, mais um canudo de uma droga qualquer para tentar esquecer dos problemas ou ter uma falsa coragem para se fazer algo, e aí começa e mantém-se o vício.
Algumas pessoas, não conseguindo um trabalho de destaque ou de liderança, se  encostam na outra para realizarem suas intenções frustradas. Querem estar perto de chefes para terem a sensação que estão chefiando também. Já outras, arranjam um jeito de se aproximarem de famosos para saírem nas revistas e aparecerem na TV e dessa forma sentem-se realizados.
Muitas pessoas exercem a função de parasitas sobre as outras. Se soubéssemos  aproveitar  as faculdades que cada um tem, em vez de sugá-lo
as coisas funcionariam melhor.
Os pais precisam, desde a infância, ensinar seus filhos a serem independentes e não ficar dando tudo na mão, pedir ajuda à eles em alguns afazeres e delegar tarefas de acordo com as capacidades, forças e tempo de cada um. Não se pode querer, por exemplo, que uma criança levante algo pesado ou que faça uma tarefa como a de um adulto; nem tampouco que uma mulher realize um trabalho braçal em conformidade com um homem. Não se pode deixar com que filhos abandonem a escola, o lazer, as brincadeiras para trabalharem, mas devemos arranjar ocupações para nós e para eles no tempo que temos livre.
É preciso deixar de lado essa dependência que temos de algo ou de alguém. Chegamos aqui na Terra sozinhos e daqui sairemos também sozinhos, por isso temos a necessidade de assumir responsabilidades e criar em nós um espírito confiante, que constantemente persevera, para nosso engrandecimento, sem nos tornarmos um estorvo na vida de alguém ou deixar que alguém seja um eterno dependente nosso. Proteção demais, na realidade, desprotege. Submissão é estagnação.
Nós não podemos confundir amor com apego e obsessão. Uma pessoa, por mais que goste de outra, não pode permitir que esse sentimento se torne uma dependência viciosa, caso contrário não crescerá e nem desenvolverá. Um ser humano não nasceu para ficar agarrado no outro, mas para progredir.
 Muitas vezes somos pobres de espírito, mas não aquela bem aventurança da qual Jesus falou em seu sermão, que significa humildade, simplicidade, gentileza, mas sim seres que não desenvolvem suas personalidades e tornam-se fracassados interiormente. Basta nos virmos sozinhos que achamos que o mundo vai desabar.
Só espero que não pareça aqui que estamos recomendando que devemos esnobar, maltratar e abandonar as pessoas, quando falamos em não se apegar. Devemos beijar, abraçar, dizer que amamos não só som palavras, mas com gestos, sair, nos divertir saudavelmente, mas sem deixar que isso se transforme num apego doentio.
Necessitamos de ajudar nossos pais, amigos, entidades que prestam serviços de auxílio a crianças, moradores de rua, famílias carentes, dar apoio a mães, gestantes, grupos de dependentes químicos, crianças que sofrem maus tratos, auxiliar orfanatos, asilos, igrejas, creches e tantos outros órgãos que apoiam aqueles que são dependentes de ajuda material, emocional e espiritual para se reerguerem.
A individualidade em tomar decisões, em ter-se iniciativa, o controle de receita e despesas, conquistando nossa ambigüidade, nos dará autoconfiança e tranquilidade. O homem que se empenha a aprender e se dispõe a fazer é o homem do futuro, o homem polivalente.  Nosso destino é a auto-suficiência, mesmo que estejamos interligados.
É necessário desprender-nos desse apego e reformarmo-nos para vencermos nossas provas. Sem uma mudança de mentalidade e novas atitudes torna-se impossível vencer novos desafios, procurando  sempre agir com ética e moral.
Ética são valores como honra, lealdade, fidelidade, discrição honestidade, humanidade, brio e senso de justiça.
Moral é o perdão, a compaixão, afabilidade e doçura, a sensatez, a idoneidade, a tolerância, tendo uma conduta excelsa. É a ética consolidada e exemplificada através da prática e, assim, as duas se fundem, formando o homem integral.
Quando  nos  calamos  diante  de  agressões, compramos e vendemos nossos votos, nos omitimos diante de circunstâncias para termos lucro, mentimos, traímos, não denunciamos atos corruptos, não estamos tendo ética, estamos sendo anti éticos.
Quando deixamos que crianças ou qualquer pessoa, animal, a natureza sejam agredidas e violentadas, e não fazemos nada; quando não perdoamos os erros, e perdoar não significa concordar com o erro, mas consiste em dar uma nova oportunidade aquele que errou. Quando julgamos, condenamos, apontamos nossos dedos, usamos de palavras e gestos grosseiros e obscenos estamos sendo imorais.                                              
Não vamos escravizar as pessoas, nos apegando nelas ou nos deixar sermos escravizados. Vamos nos libertar e criar nossa própria força.
Disse-nos o Mestre Divino: Brilhe a vossa luz.
Buscar em nosso íntimo recursos e coragem para enfrentar as diversidades do caminho fará de nós espíritos fortes e destemidos. Acreditar em nossa capacidade, desenvolver nossas faculdades, observar os ensinamentos que nos são passados diariamente como sendo material de estudo que a espiritualidade nos envia são medidas eficazes que realizarão o nosso progresso rumo ao mundo maior. Não deixe que esses ensinamentos passem despercebidos, por mais simples que possam parecer, pois são neles que estão contidos segredos divinos que aguardam apenas nossa boa vontade para serem revelados. E quando forem, entenderemos que tudo estava ali, em nossa frente, aguardando por uma iniciativa nossa, e o restante desse processo de descoberta, depois, vai se fazendo naturalmente.
A luta eterna pela implantação de um estado de pureza para que em cada canto desse Universo se cumpra a Lei de Amor é fito de todo aquele que quer servir e trabalhar para Deus. E essa luta é aquela que o alemão Berttold Brecht, insigne poeta do século XX, nos disse: “Há àqueles que lutam um dia e por isso são bons. Há aqueles que lutam muitos dias e por isso são muito bons. Há aqueles que lutam anos e são melhores ainda. Porém, há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.”
A luta e os homens; os homens e a luta. Um está ligado ao outro, e aquilo que no princípio era apenas para a própria sobrevivência vai se tornando mais amplo, pois a preocupação com o “de todos e para todos” é agora o alvo ao qual muitos se dirigem, sem dependerem de todos ou que todos façam, pois o fazer é por conta do “Eu”.

Lutar por meios diferentes daqueles que subjugam. Assim agindo, estaremos a clarear nossa atmosfera e não nos tornando sombras na vida e da vida de alguém.
                                                                                                                Autoria: Sidney


Capítulo 39
E a Vida Continua...
Todos nós já sofremos pela separação de um ente querido, um amigo, um animal de estimação, e ao nos virmos sem eles, um vazio imenso se faz em nossas vidas.
Diversos seres partem dessa vida diariamente... Por quê? Para onde foram? Por que isso aconteceu? São perguntas que fazemos nesses momentos tão difíceis.
Acidentes tiram a vida física de muitos todos os dias, pessoas morrem em tenra idade, outros sofrem e levam uma vida conturbada enquanto outros parecem ter de  tudo. Alguns já nascem sem braços, sem pernas, sem a visão, audição ou qualquer outro tipo de deficiência. Por quê?
No século XIX, 1848, nos Estados Unidos da América do Norte, alguns fenômenos estranhos começaram a ocorrer em Hydesville, Condado de Waine, no Estado de Nova York. Duas irmãs, Margareth e Katherine, membros da Igreja Metodista, que mais tarde ficaram conhecidas como as Irmãs Fox, estavam ouvindo em suas casas ruídos, pancadas, e vendo objetos serem levantados e moverem-se no ar. As pessoas ficaram perplexas ao virem e ao ouvirem falar do ocorrido.
Diversos estudiosos da época foram chamados para presenciarem aqueles acontecimentos para, então, encontrarem uma resposta que satisfizesse os anseios da sociedade.  Um desses era um estudioso francês chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail, que ficou conhecido depois como Allan Kardec. Era filho de um juiz, Jean Baptiste Antoine Rivail, e de Jeanne Duhamel. Discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi__ um homem que foi fundador de diversas escolas e preocupou-se em formar homens e cidadãos em vez de apenas intelectualizados__ poliglota, homem caridoso,  Hippolyte começou a dedicar-se àquele trabalho que representaria um divisor de águas do Espiritualismo.
Depois de muitos estudos e questionamentos foi descoberto que quem estava por detrás daqueles fenômenos era um espírito, que se identificou como Charles Rosma, afirmando em seguida que quando estava “vivo”, ou seja, dentro de um corpo físico, era um vendedor ambulante que foi assassinado naquele local após ter tido seus pertences roubados. Naquela casa das Irmãs Fox, ele foi sepultado, e depois de alguns anos sua ossada foi realmente encontrada naquela residência. Era o prenúncio da codificação, ou seja, da reunião de dados e informações; da compilação de respostas a perguntas feitas aos espíritos que surgiram naquele enredo, por diversos daqueles que participaram do evento na época. Eram eles cientistas, pesquisadores e filósofos renomados, como Gabriel Delanne, Léon Denis e Camille Flammarion.
             Hippolyte teve também o apoio de sua dedicada esposa Amelie Gabrielle Boudet, fazendo jus àquela máxima de que por trás de todo grandioso trabalho tem sempre alguém que serviu de arrimo para o trabalhador e de que ninguém faz nada sozinho. Nem mesmo Jesus dispensou o auxílio dos companheiros em sua época, convidando doze amigos para ajudá-lo naquele trabalho de Mensageiro do Amor, e esses foram os seguidores de seu legado e encarregaram-se de nos repassar aquela experiência divinal.
Assim seguindo, outros espíritos se comunicaram, e O Espírito da Verdade, e avisou a Hippolyte Léon Denizard Rivail que ele teria a missão de codificar uma nova doutrina, que foi denominada de Doutrina Espírita ou Espiritismo. Como podemos ver não é uma ideia humana ou vinda de um homem que deu origem ao Espiritismo. Aí está a supremacia da Doutrina Espírita porque não é ela criada por um homem, mas pelo Espírito da Verdade, uma plêiade de benfeitores, sob a égide de Jesus, com o propósito de trazer a verdade à Terra reformar o homem. O Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus, narrado em João 16:7.
O Professor Rivail ficou, então, incumbido de ser o pilar central daquele trabalho de extrema importância que revelaria uma nova era para a humanidade. Mais tarde, lhe fora revelado que o nome Allan Kardec era seu nome na Gália pré-romana (região da Europa Ocidental), em uma de suas reencarnações, época em que ele pertenceu ao grupo dos Druidas, uma classe sacerdotal da sociedade Celta que englobava professores, médicos, juízes, adivinhos e conselheiros dos reis e rainhas. O termo Celta aplica-se aos povos que viveram na Grã Bretanha e na Europa Ocidental entre 2000 a.C.e 400 d.C.
Os espíritos informaram ao professor Rivail sobre sua missão e lhe falaram sobre um tema até então pouco conhecido por ele e seus amigos da época: Reencarnação.
Porém, esta palavra, reencarnação, já era conhecida com outros nomes como ressurreição, pluralidade das existências, nascer de novo, ressurgir, entre outros e já fazia parte de crenças e povos antigos.
Através de perguntas feitas por aqueles que se propuseram a estudar o fato junto com médiuns, ou seja, intermediários entre o mundo físico e o mundo espiritual, foi-se observando que não havia a morte, pelo menos da forma como muitos imaginavam ou acreditavam. O que ocorre é o desprendimento, a separação do espírito da matéria. Por isso os espíritas, usam os termos encarnados e desencarnados. Os prefixos en (encarnado) denotam dentro de:, imerso em:. Os prefixos des (desencarnado) denotam
fora de:, separado de:. E “carnado” vem de “carne.”
Então, temos: encarnado = dentro da carne.
Desencarnado = fora da carne.
Todas aquelas experiências, informações e relatos foram avolumando-se e formaram páginas e mais páginas de escritos referentes às perguntas formuladas. Assim surgiu, em 18 de abril de 1857, o Livro dos Espíritos, com 1019 perguntas tratando dos mais variados assuntos e temas como imortalidade da alma, reencarnação, vida após a morte, vidas em outros planetas, comunicação entre o plano físico e o plano espiritual, morte em tenra idade, fidelidade conjugal, piedade filial, e muitos outros. Além de O Livro dos Espíritos temos O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese, O Que é o Espiritismo e Obras Póstumas, formando o conjunto das obras básicas do Espiritismo.
Todos esses livros, e muitos que surgiram após a Codificação Espírita, são obras mediúnicas, ou seja, ditadas pelos espíritos. Só que essa comunicação mediúnica já existe há muitos séculos. No Código dos Vedas encontramos registros de classes que já adotavam práticas assim em sua época. Vedas significa conhecimento. O Código dos Vedas são escritos diversos reunidos em quatro textos escritos em sânscrito por volta de 1500 a.C. os Vedas acreditavam nas revelações do mundo espiritual. É uma corrente filosófica e religiosa da Índia.
No Código de Manu há também registros dessas comunicações. O Código de Manu é parte de uma coleção de livros bramânicos reunidos em quatro livros resumidos. Constitui-se na legislação do mundo indiano e estabelece o sistema de castas na sociedade hindu. Foi redigido entre os séculos I  a.C e I I d.C. Nesses escritos do Código de Manu
eles nos falam sobre punição em encarnações futuras.
No Antigo Testamento, Levítico 19:31, encontramos passagens em que Moisés proíbe a comunicação com os mortos, mas que o legislador hebreu, segundo Allan Kardec, queria que seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito e nos povos vizinhos, onde as evocações dos entes do mundo espiritual estava em voga. Ele não reprimiu a comunicação entre vivos e mortos senão  a prática abusiva desse dom com coisas fúteis, visando os benefícios materiais e interesses pessoais.
Observamos no livro de Samuel, no Antigo Testamento, capítulo 28, uma passagem que nos narra que Saul, um dos contemporâneos do Rei Davi
que matou o gigante Golias, consulta uma médium ou pitonisa em En- dor.
 E por último vemos Jesus, no Monte Tabor, conversando com dois mortos: Moisés e Elias, na presença dos discípulos Pedro, João e Tiago. O Monte Tabor é uma colina da Galileia, em Israel, conhecido como Monte da Transfiguração, pois foi ali que Jesus se transfigurou, ou seja, se transformou porque teve que usar de seus poderes medianímicos para entrar em contato com Elias e Moisés, e ao fazer isso é causada uma mudança no corpo físico, pelo perispírito.
Percebemos, através dessas obras, que não morremos, e assim como não morremos, nossos sonhos e objetivos também não morrem. O que chamamos de fatalidades são Leis de Ação e Reação da qual já falamos. O porquê, as causas, como acontece, tudo isso tem uma causa e uma consequência. Nada acontece por acaso.
Com a codificação da Doutrina Espírita surgiram diversos trabalhos nas casas espíritas. Entre eles está a Reunião Mediúnica. Nesse trabalho faz-se a comunicação entre encarnados e desencarnados. É um trabalho a ser feito com um grupo de pessoas preparadas, conhecedoras de mediunidade, para que entendam e atendam aqueles irmãos que vêm até ali, em busca de uma resposta, de esclarecimentos, querendo enviar um recado para um familiar ou amigo ou falar de como estão se sentindo. Alguns segmentos religiosos os chamam de diabos, despertando neles a revolta, a indignação e a tristeza.
Imagine só se quando você partir e der saudade de seu filho, pai, mãe
amigo, irmão, e for até o templo religioso que eles frequentam e quiser dar um recado ou vê-los. Para isso você irá precisar de um médium. E eles estão no Catolicismo, Protestantismo, Hinduísmo, Calvinismo ou qualquer outro segmento religioso. Ao se aproximar, aqueles que estão em volta começam a te dizer para ir embora dali, pra você sumir, dizendo que você é o diabo e tantas outras palavras contundentes. Como você se sentiria? Pense se você chegar hoje em seu grupo de trabalho e começarem a te xingar, ofender,  proferindo  palavras  degradantes, gritando contigo,  esbravejando, como você ficaria?
Suponhamos agora você chegando a qualquer desses lugares e alguém te abraçar, falar que Jesus te ama, que gosta de você, que também sente saudades, e de que Deus é pai e nos ama, e que jamais permitiria que qualquer um de seus filhos fosse condenado a um estado permanente de sofrimento? Você se sentiu bem melhor pensando dessa forma, não é? É porque assim age Deus, dando-nos oportunidades de recomeçar e corrigirmos nossos erros através de uma nova reencarnação. A Lei da Reencarnação não é uma proposta apresentada pela Doutrina Espírita; ela é lei natural, e todos nós estamos submetidos à ela. O trabalho da reunião mediúnica é o de doutrinar essas almas, fazendo com que os ressentimentos, a ligação e o apego febril à vida física se acabem.
 Nas reuniões mediúnicas, além desses que vão para mandar recados, abraços, vão esses que estão magoados, feridos, que foram separados de seus corpos por uma arma, foram assassinados, roubados e não querem separar-se de seus bens ou desligar-se desse mundo. Alguns morreram em acidentes e não conseguem perdoar àqueles que de alguma forma os prejudicaram através de um ato, palavra, gesto, machucando seus sentimentos ou não respeitando-os, e muitos outros estão em nossa volta, alojados em suas mágoas, perdidos por aí, com saudades ou decepcionados.
 Mas nós podemos reverter esses sentimentos pensando neles com carinho, pedindo perdão, perdoando, desejando o bem, cantando músicas de amor e pedindo a Jesus, o maior médium de todos os tempos, respeitado por esses irmãos mais rebeldes que sabem o quão é grande o amor que existe dentro dele, luz. Luz essa que fará brilhar seus corações, fazendo-os avistar um novo panorama e entendendo o sentido da vida.
 Os espíritos que guardam raiva de nós estão sendo controlados, mas
não são por diabos e nem monstros, mas sim pelo sentimento de raiva, inveja, desejo de vingança, apego às coisas terrenas ou às pessoas, mas ao receberem as devidas coordenadas sentirão renovados e caminharão rumo à evolução. Doutrinar nossos irmãos desencarnados, ajudando-lhes nesse estado de perturbação espiritual é devolver-lhes a esperança, fazendo-lhes perceber que são estimados e que há como desvencilhar-se dessa situação de intranquilidade.
A morte é a passagem  para  a vida  espiritual.  Saibamos  aceitá-la  e
entendamos que através dela e da reencarnação é que chegaremos à perfeição, cumprindo aquela premissa de Jesus que nos falou: Vocês poderão fazer tanto quanto eu e até mais. Jesus sabia que através de encarne, desencarne, esforço, perdão, fé, estudo e questionamento chegaríamos a fazer aquilo que Ele fez naquela época, porque esse é o nosso destino: A perfeição. E quando ele nos fala que faríamos tanto quanto Ele, e até mais, vem nos explicar que Ele não poderia nos apresentar tudo o que conhecia e sabia. Que ouçam aqueles que têm ouvidos para ouvir e que vejam aqueles que têm olhos para ver.
Obrigado Deus. Obrigado Jesus.  Obrigado Kardec. Obrigado à todas as criaturas de Deus que sempre estarão vivas e que são as ferramentas do Alto para a execução dos desígnios divinos.
E a vida continua...
 Com ou sem posses.
Com ou sem dor.
Com ou sem a morte.
Com ou sem um corpo físico.
Com Deus e  nunca sem Ele.

A vida não cessa jamais. É um processo de fluidez a movimentar-se nas criações de Deus para que possamos entender e nos tornarmos um só com essa Força Inteligente que possui todos os benfazejos atributos em grau maior, inclusive o amor. Para entender e chegar a essa condição plena de liberdade e conhecimento é preciso percorrer as sendas traçadas por Ele, onde em cada canto encontramos oportunidades de vê-lo ou senti-lo. E talvez essa demora para chegarmos a essa condição esteja ocorrendo porque temos procurado Deus em todos os lugares, menos dentro de nós.
                                                                                                                      Autoria: Sidney

Episódio 40
Os Bem Aventurados    
Em nossa caminhada rumo à evolução nos deparamos com situações diante das quais agimos precipitadamente. Na ânsia de querer resolver o problema em questão, de querer ser feliz, de querer provar aos outros que estamos certos ou que somos os melhores, enveredamos por caminhos obscuros onde a vaidade, o orgulho e o egoísmo nos obstam. Devido a isso magoamos, ofendemos ou traímos alguém.
Devíamos nos preocupar em desempenhar bem a tarefa que nos foi confiada por mais singela que possa parecer. Com essa mania de querer governar e manipular, acabamos por inibir as pessoas e deixamos a impressão de desconfiança na capacidade dos que convivem junto a nós, atraindo a antipatia de muitos. Por isso, devemos cuidar de nossas funções, cumprindo com esmero nossas atribuições.
Em nosso trabalho, na escola, dentro do lar e em outros afazeres queremos tomar conta da vida do outro e interferimos  em sua vida. E, assim, deixamos os demais insatisfeitos com nossa conduta, e dependendo do que falamos ou fazemos, o ressentimento perdura por longos anos, e somente o perdão é capaz de nos libertar. Perdoar é  um ato de amor. Mas como perdoar aquelas ofensas pesadas?
Pedir perdão é demonstração de humildade e arrependimento, porém se não for sincero não convencerá. Pedir perdão, sem ter-se arrependido de fato e continuar praticando os mesmos atos, demonstra que continuamos a gostar de errar. Por isso, para haver arrependimento, não é necessário nem pedir desculpas. Basta o reconhecimento sincero da falta e a mudança de hábitos. Esse é o pedido de perdão ao qual devemos nos propor. E acima de tudo é entendermos que o ofensor é o doente da alma, desestruturado emocionalmente, desarmonizado intimamente.
O verdadeiro arrependimento ocorre quando nos damos conta de que causamos transtornos a alguém e essa sensação nos perturba. Quando essa sensação nos causa prazer [mórbido], ela nos causa males diversificados tanto em nosso estado emocional como em nossa condição física.
Perdoar não significa ficar bajulando aquele que nos feriu. Implica em estarmos dispostos a auxiliar aquele que nos ofendeu, não revidando as agressões e calúnias. Pôr em operação a ação de perdoar é envidar  esforços para a consolidação de nosso aprendizado educacional, e somos convocados para essa ação, diariamente, através de circunstâncias diversas. É assim que vamos nos transportando para outras dimensões, alcançando níveis mais elevados de espiritualidade, e o patrulhamento de nós mesmos é primordial para esta conquista.
 Depois que atingirmos certa evolução, nossos problemas, nossas dores, preocupações e interesses não serão nossas únicas prioridades. Colocaremos  nosso próximo como alvo de assistência.  Isso não é uma tarefa fácil, pois o individualismo nos domina, mas desvencilhar de nossas imperfeições é tarefa árdua. A briga é interna. Se anular são obras de pessoas com uma grande bagagem de evolução moral, mas que chegaram a tal ponto porque venceram a si mesmas. Por isso, nosso objetivo não é vencer nosso irmão ou um exército, mas o de vencer nossas vontades e desejos inferiores, nossos pensamentos e atitudes delituosas.
 O livro de Gênesis, 4:7, adverte: O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. E nesse combate cairemos, levantaremos, cairemos novamente e levantaremos de novo, até chegarmos ao ponto de não cairmos mais. É uma questão de querer, começar a fazer, continuar fazendo e não se esquecer de como é que se faz. Depois se torna automático.
E em todos os desenganos, voltando a falar de perdão, porque perdoar é a parte que nos cabe, o ato do perdão será necessário. Vamos perdoar aqueles que deixaram a desejar, e além de perdoar os outros precisamos também do auto perdão; perdoar a nós mesmos, dando-nos a oportunidade de recomeçar, mas tomemos o cuidado para que o auto perdão não nos faça complacentes e indulgentes demais, porque nos tornaremos presas fáceis de erros constantes. E não vamos nos esquecer de que quando oramos a Oração que o Senhor nos ensinou, chamamos sobre nós uma sentença: A de que se não perdoarmos aqueles que nos ofenderam não seremos merecedores do perdão de Deus, não seremos Os Bem-Aventurados.
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles
serão fartos.
Bem-aventurados serão os misericordiosos, porque eles alcançarão
misericórdia.
 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
 Bem-aventurados  os  que  são  perseguidos  por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
A nossa ventura ou desventura depende de nossos pensamentos, palavras, sentimentos e ações. Se aventurar por trilhas que levam sofrimento à nossos irmãos é deixar que a dor aguarde por nós. O efeito do que fizemos repercutirá em nossa consciência e refletirá no todo, mais cedo ou mais tarde e na hora exata.
Somos convidados à mudança de hábitos diariamente. Aceitarmos esse convite é optarmos por novas escolhas, mais sadias, que farão com que alcancemos a plenitude, deixando que a Chama Divina se acenda e se expanda em nós. Tenhamos cuidado para que os ventos e as tempestades não a apaguem, mantendo-nos firmes em nosso caminhar para que mesmo desventurados sejamos venturosos, tendo a certeza de que do outro lado não  há trevas, apenas luz, e seus pequenos feixes incidem sobre nós, mas nós fixamos nossos olhares na escuridão e isso nos prende aos cipoais da ilusão.
Deus é o Criador, Jesus é um farol e nós somos lâmpadas que acendemos e apagamos intermitentemente, mas reluziremos ininterruptamente quando nos apagarmos para que nossos irmãos possam brilhar.
Que Deus possa nos perdoar, assim como nós perdoamos àqueles que  por ventura ou desventura tiverem nos ofendido.

 Autoria: Sidney

Capítulo 41
O Poder da Oração e a Infância Perdida
Será que se Aladdin nos concedesse três desejos de sua lâmpada, o que pediríamos? Carros, casas, poder, um namorado ou uma namorada dos sonhos, que aquela pessoa ou aquele vizinho que nos incomoda mudasse de nosso bairro, melhor ainda, fosse para Marte...
Poucas pessoas em suas orações lembram-se de pedir algo para o próximo. Estamos sempre tão voltados para nossas vontades que nos tornamos o centro do Universo e queremos que tudo esteja de acordo com o que desejamos. Nossas orações devem ser direcionadas não apenas para pedir, mas para agradecer.
   * Montado em seu cavalo o fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia frequentemente, a fim de cuidar de seus negócios. Nunca havia prestado atenção naquela casa humilde, quase escondida num desvio à margem da estrada. Naquele dia experimentou insistente curiosidade. Quem morava ali? Cedendo ao impulso aproximou-se. Contornou a residência e sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, de mãos postas e olhos lacrimejantes.
__ Que faz você, aí minha filha? Indaga o fazendeiro.
__ Estou orando a Deus, pedindo socorro. Meu pai morreu, minha mãe está doente e meus quatro irmãos têm fome.
__ Que bobagem - disse o fazendeiro - o Céu não ajuda ninguém; está muito distante. Temos que nos virar sozinhos!
Embora irreverente e um tanto rude era um homem de bom coração. Compadeceu-se, tirou do bolso boa soma de dinheiro e o entregou a menina, dizendo:
__ Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe, e esqueça a oração.
Após fazer isso o fazendeiro volta para a estrada, mas daí a uns duzentos metros decidiu voltar seus olhos para constatar se a menina seguiu suas orientações, mas para sua surpresa a pequena devota continuava de joelhos.
__Ora essa, menina, por que é que você não vai fazer o que recomendei. Não lhe expliquei que não adianta pedir?
__ Já não estou mais pedindo. Estou apenas agradecendo; pedi a Deus e Ele enviou o senhor... Respondeu a menina, feliz.
Consagrada  por  todas  as  religiões  a  oração  é  o  canal divino que
favorece a assimilação das bênçãos do Céu. Da mesma forma que é importante ter um roteiro para a jornada terrestre que nos diga de onde viemos e para onde vamos, é importante manter contato com as esferas superiores, favorecendo o amparo dos benfeitores do além. Esse apoio manifesta-se de duas formas: Objetivamente, como na história narrada, em que mobilizam as circunstâncias em nosso favor, e subjetivamente em que nos falam, através da inspiração, oferecendo equilíbrio e serenidade para superarmos os obstáculos do caminho.
A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz ao criador. Quando a oração sincera brota do coração proporciona doces emoções. É como suave brisa matinal, que perpassa nossa alma, inebriando-a de perfume. É através da prece que podemos abrir os canais mentais para ouvir as vozes brandas e suaves dos imortais*.
Contos de fadas são reais, pode acreditar. Aconteceu com a menina na história supracitada porque ela creu. Milagres existem!
Ao tornarem-se adultas algumas pessoas voltam seus olhos e suas ações para objetivos diferentes do que tinham e acabam por viverem mais para os outros, no sentido de querer “seguir a moda”, “fazer a faculdade que dê mais dinheiro”, “assistir o programa que todos estão assistindo” “viver exclusivamente para o mundo material” e esquecem-se dos sonhos no decorrer da vida, mas lá no íntimo há aquela criança, pura, sonhadora dócil e há o desejo de continuar com os sonhos da infância.
As crianças são muito sensíveis e não veem o mundo com os mesmos olhos que nós. Por isso, temos que ter o cuidado de não cegá-las para o mundo de fadas com o qual sonham. Quando desfazemos esse mundo, desfazemos junto todos os possíveis sonhos que venham a ter.                                              
Se fôssemos mais crianças em vez de sermos infantis, pois há nisso uma diferença gritante, seríamos mais, mas muito mais felizes. Ser  infantil é  agir  com  pirraça, não  respeitando pontos de vista. É querer sair sempre na vantagem, tumultuar, fazer brincadeiras de mau gosto e coisas do gênero. Ser criança é perdoar com facilidade, sorrir para a vida, ser feliz com as coisas simples, rir quando tiver vontade, chorar quando os olhos pedirem e deixar um sorriso brotar em seguida.
Se brincássemos mais com nossos filhos, sobrinhos, alunos e crianças de um modo geral, a atmosfera em nossa volta estaria mais pura. Criança precisa ter vida de criança, por isso deixe seus sonhos e fantasias correrem soltos. Deixe-a fazer de conta que é aquele herói da TV e aproveite esse momento para ser o herói de sua vida, aquele a quem ela terá como exemplo, agora e futuramente. Se ela aprontar, é normal; ser moleque também. Isso não quer dizer que temos que deixá-la fazer de tudo, mas deixá-la viver aquele momento e virmos o que e em que se pode melhorar. Enquanto  puder ser criança, deixe-a ser, e vamos ser crianças com elas também, agindo com pureza, sempre que possível, e se não foi possível, vamos tentar da próxima vez fazer diferente. Reiniciar!
Certa vez fui à casa de um garoto que hoje tornou-se um amigo. Os pais estavam o repreendendo por causa de algumas peraltices, falando bem de seu irmão caçula, que era comportado, deixando-o sentir-se mal, crendo ser uma aberração. Enquanto ouvia tudo aquilo ele segurava um garnisé em suas mãos e acariciava-o. Aquilo me tocou profundamente. Seus olhos lacrimejavam, pois ele se sentia a escória da família. Percebi que aquele carinho que fazia na ave era o que ele queria que alguém fizesse nele. Chamei os pais na sala da casa e lhes orientei que falar daquela forma só iria causar revolta àquele garoto e o deixava sentindo sozinho e inferior à todos.
Aprender a abraçar as crianças e entender o que elas querem é guiá-las à direção certa. Talvez não saibam expressar esse querer em palavras, mas dirão muito com um olhar; preste atenção em seus olhos.
Liberdade... Dê isso a elas. Dê isso a você. Não seja cativo de uma ideia, de uma filosofia, de uma religião e principalmente, não seja prisioneiro de si mesmo. Ser duro, inflexível e militar ao extremo só causa transtorno e petrificação em nossa volta. A educação não violenta. Ela desperta.
Com a visão moderna dos últimos tempos o ser humano robotizado
foi-se formando. Seu trabalho é uma repetição monótona e cansativa, porque ele tornou-se frio e mecânico. O pior tipo de profissional que hoje temos no mercado é aquele sem sensibilidade, técnico, superficial, que quer apenas crescer na empresa ou na vida, mas não se dispõe a crescer como pessoa e não se importa com os demais, e faz seu trabalho unicamente pela fonte de renda, sem compreender sua importância como oportunidade de crescimento. Ele deixa de ser vivo e passa a ser uma máquina da empresa na qual trabalha, e suas atitudes geram inimizades e antipatias, dentro e fora de seu local de trabalho.  
O profissional que é um em família e outro em seu trabalho é forjado por malhas, bigornas e métodos íntimos endurecedores, onde ele não quer ser respeitado, mas obedecido. E é odiado.
A flexibilidade em todos os âmbitos, sem deixar de lado práticas essenciais como a seriedade, porém com bom humor, o falar, porém também saber ouvir, o opinar, entretanto mudar de opinião e aceitar sugestões construirá um ambiente de convivência agradável e o setor de trabalho prosperará em todos os aspectos.
Vejo músicos clássicos tocarem um instrumento com tanta tecnicidade que a música fica apática e vazia. Ele não faz aquilo com prazer. Esportistas que praticam seus esportes simplesmente pelo retorno financeiro, e a paixão pela arte fica de lado, e sem paixão a arte é lívida. Patrões e funcionários que não se olham, onde um paga e o outro trabalha, somente.
Todos esses tipos de comportamentos, na maioria dos casos, são modelações impressas na infância, porque alguns pais, preocupados com o grau de instrução de seus filhos, querendo que eles sigam as ordens do mundo, pagam cursos de idiomas, mas esquecem-se de lhes dizer para aprender a usar bem a língua nativa, sem palavrões, sem gritaria e histeria. Dão o carro e esquecem-se de lhes pedir que dirijam com responsabilidade, tendo consideração com a própria vida e com a vida alheia. Dão-lhes livros diversos, mas não falam do bom uso que devem fazer deles usando o que aprenderam para amparar alguém, explicando-lhes que toda obra deve ser avaliada à luz dos exemplos do Nazareno. E paralelamente à tarefa de educar dos pais, os filhos têm o dever de se auto-educarem e precisam entender que são responsáveis por seus atos e que não são autômatos. Somos espíritos dentro de um corpo, em movimento, capazes de distinguirmos entre o bem e o mal. O mal é tudo aquilo que não faz bem, e nossa maior e mais completa referência do bem é alguém de nome Jesus.  Agindo conforme o que Ele nos ensinou encontraremos nosso Céu e seremos o pedaço dele que falta na vida de muitos.
*
Mensagem 4 do CD Momento Espírita, Volume 2     
Autoria: Sidney
Capítulo 42
Histórias Que Encantam
As histórias da Mitologia Grega são conhecidas no mundo inteiro. São contos narrados de forma alegórica para ensinar alguma lição. Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza para conseguir atingir seus objetivos.
A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho. Dionísio era o deus do vinho, da embriaguez. Eros era o deus do amor; Poseidon, o dos mares.
Entre os personagens da Mitologia Grega encontramos Ícaro, que sonhava em voar. Era filho de Pédalo, um artesão ateniense preso na ilha do Rei Minos, e de Naucrata. Eles estavam presos porque Pédalo construiu um labirinto para confinar o Minotauro, ser metade homem e metade touro, e deu à filha de Minos, Ariadne, um novelo de linha de modo a ajudar Teseu, um inimigo de Minos, a sobreviver no labirinto e  derrotar o Minotauro. Pédalo confeccionou dois pares de asas de cera, um para ele e outro para seu filho, para que assim fugissem da Ilha de Minos para evitar a represália. Antes de levantar voo, Pédalo avisou a seu filho para não voar próximo ao sol e nem ao mar porque as asas poderiam derreter. Ícaro se entusiasmou com o voo e esqueceu as recomendações de seu pai e caiu no mar, próximo a Icaria, uma ilha grega, localizada no Mar Egeu, a sudoeste da cidade de Samos.
Somos espíritos reencarnados neste planeta com a missão de progredir. Se aqui estamos é porque aqui estão todos os meios dos quais necessitamos para nosso crescimento.
Na questão 621 de o Livro dos Espíritos, Allan Kardec  pergunta aos
espíritos onde estão escritas as Leis Divinas, e eles respondem: Na consciência.
Em nossa consciência estão impressas todas as Leis de Deus. Isso quer dizer que sabemos discernir o que está ou não em comunhão com essas leis. Nossa consciência está sempre a nos alertar sobre elas. Por isso, devemos parar para consultá-la e ouvi-la. Quando fazemos o que é inconveniente é porque deixamos nosso pêndulo da vontade pender por esse lado e não damos atenção aos sinais que nos são emitidos, e se agimos erroneamente, estaremos sujeitos a colher aquilo que plantarmos. É tudo uma questão de direcionarmos nossas vontades.
Quando negligenciamos esse constante alertar desse nosso guia, embrenhamos por atalhos escarpados e ficamos imobilizados, e miasmas escamosos impregnam-se em nós. Saber disso é primordial, porém, só a teoria, para muitos não basta. Muitos necessitam de passar pelo experimental para absorver e consolidar os ensinamentos e regulamentos de Deus.
Vejamos um exemplo: Se deixarmos uma criança que mal acabou de aprender a andar, caminhar à sua vontade, ela poderá cair de um lugar alto, em uma piscina ou rio, pois não tem a capacidade de discernir o que poderá lhe causar dor ou não, já que os órgãos impedem o espírito de manifestar suas aquisições de forma plena em sua infância. Até então agimos movidos mais por um impulso  instintivo.
Ao adquirirmos certa idade já temos uma certa noção de que podemos nos machucar e onde e quando isso poderá ocorrer. Temos a teoria.
Por uma questão de maturidade espiritual, esforço, estudo e análise de fatos, é que o espírito age de variadas formas. Quando ele se esforça e observa o mundo em sua volta ele aprende. Em alguns casos a teimosia por satisfazer desejos e paixões inferiores do espírito (e não da carne) e em fazer coisas que causam tribulação, prevalece. Tendo já ocorrido a convicção de que tal ou tal coisa pode fazer mal a nós e ao outro, mas se mesmo assim optarmos por ela, já se trata de agir intencionalmente, o que aumenta nossa responsabilidade perante as escolhas, e teremos que sentir o resultado de tudo que fizemos através da expiação para consolidar em nós a lição, sentindo  no  espírito  através  do  perispírito  (elo do corpo e  espírito)  e  de
nosso corpo, para fixarmos o aprendizado e limparmos nossa consciência. O erro intencional gera dívida e após quitarmos nossos débitos, apagamos nossos arquivos mentais para nossa sublimação. Mas não temos outro caminho? Sim. Podemos optar pela dor ou pelo amor, entretanto se a teimosia persistir será pela dor. Por isso, encontramos em nosso meio pessoas com comportamentos tão diversificados. São estados diferentes de condição evolutiva.
É devido a tudo isso que algumas crianças são mais maduras que muitos adultos, enquanto outras demoram a sair da infância. Para que haja o amadurecimento é que são colocadas em nossas vidas provas, expiações e missões. Elas vêm em forma de uma doença, problemas familiares, distúrbios sexuais, deficiência, (física, emocional, psicológica) falta de recursos financeiros, trabalho, pobreza, riqueza e tantas outras situações que na realidade são ocasiões de encontrarmos soluções e tomarmos decisões, pois serão através delas que romperemos nosso casulo e adquiriremos nossas asas, alçando voo rumo ao infinito, mas tudo nos é dado em conformidade com nossa aptidão. Por isso, ao nos depararmos com qualquer espécie de problema não devemos perguntar o “porquê”, mas “para que” estamos passando por determinada situação. O “porquê”  está  em  nossas  escolhas  que fizemos no passado, por opção ou em forma de atos. O “para que” é para crescermos, para adquirirmos conhecimento e sabedoria através de teoria e prática, fixando em nós, espíritos, percepções e sensações que se acumulam fazendo com que nossas ações sublimes sejam automáticas, espontâneas, mediante qualquer circunstância, onde não pensamos em fazer, simplesmente fazemos; agimos naturalmente.  Reparando nossas faltas, reconquistando o afeto e quitando nossas dívidas perante as Leis de Deus e perante nosso âmbito consciencial é que chegamos a tal patamar. Consciência. Com ciência. Com conhecimento, com capacidade de saber o que é correto ou não. Por isso antes de tomarmos qualquer decisão consultemos nosso foro íntimo para vermos se o que estamos fazendo está de acordo com o Código Divino.
Mas é não é por causa disso que devemos ficar preocupados em errar e com medo disso, se não nunca tomaremos uma decisão, e se a tomarmos erradamente poderemos entrar num  processo de culpa medonho. Daí a necessidade de aceitarmos os acontecimentos como experiências e aprendizado. Ao sofrermos a causa de uma ação que praticamos, aprendemos de forma que não esqueceremos, gravando em nosso campo mental aquela sensação, e assim agiremos sempre tendo essas experiências como referências.
Não há um só espírito que tenha aprendido com a teoria, apenas. Sei que o que vamos falar aqui vai decepcionar alguns, esclarecer outros, gerar dúvidas, mas fará muitos pensarem. Até mesmo Jesus e diversos outros espíritos iluminados passaram por essas experiências. Portanto Jesus disse uma frase: Eu não vim destruir a lei. Vim dar-lhe cumprimento.
Qual é a Lei de Deus?
A Lei de Deus são as leis naturais, da natureza, da adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor e caridade. É a lei do nascer, morrer, reencarnar, florescer, crescer, reproduzir e todos, absolutamente, estão submetidos à elas. E com Jesus não seria diferente. É por isso que o Cristo não julgava ninguém, porque sabia que cada um tem seu tempo, e Ele não era exceção, uma vez que Deus sendo justo, imparcial, bom, generoso e perfeito não concederia privilégios a ninguém, nem a Jesus, seu filho e nosso irmão mais velho e maior.
Repito aqui aquela outra frase de Jesus quando nos disse “vocês poderão fazer tudo que eu faço e muito mais”. Com isso, o Cristo admitiu que todos nós, com fé, esforço, humildade, paciência, labuta, questionamento, busca e persistência, faríamos tudo que Ele fez e até mais. Quanto ele diz “e até mais” vem nos dizer que ele tinha mais coisas a  revelar sobre a Lei Universal e que não tínhamos ainda a capacidade de
entender todos seus ensinamentos e proezas.   Jesus era a combinação da verdade e do amor.
Verdade e Amor: Duas ferramentas de trabalho que nos farão subir ao Pai. A verdade e o amor prevalecerão sempre. A mentira e o ódio não fecundarão, porque são arestas pontiagudas que serão desbastadas.
Quando a má educação for implantada por alguém em uma pessoa, mas se a semente do amor já houver sido plantada anteriormente, ela não resistirá. É preciso, agora, que essa semente seja irrigada e que tenha retirada ao seu redor as ervas que a consomem e a impedem de florescer. Esse é o trabalho dos pais, dos adultos e de cada um. A infância é a época propícia para isso. Devemos aproveitar essa oportunidade para plantar as sementes da honestidade, compaixão, seriedade e amor em nossas crianças para que quando se depararem com os entroncamentos da estrada elas já terão suas bases solidificadas e não se renderão aos encantos e opressões corrompedoras do mundo. E quando falamos em infância não nos referimos à idade física, apenas, mas àqueles que estão em um estado de infância mental, que são crianças grandes, e não entendem a vida e seus revezes.
Desbastemos as ervas e irriguemos a semente que está plantada em nós e em nossos irmãos. A semente principal Deus já plantou que é sua divina centelha. É ela quem produzirá as condições necessárias para que outras sementes subsidiárias se reproduzam. As experiências negativas talvez a estejam sufocando. Com gestos carinhosos, palavras de paz, olhares fraternos, limites colocados, conseguiremos desafogar, irrigar e adubar essa semente, fazendo com que se transforme numa árvore frondosa e que produza frutos, sombra e descanso para os viajores cansados e enfraquecidos pelas experiências penosas, mas que podem ser aproveitadas.
No meio de tudo isso, às vezes, desejamos ter vivido ou ter conhecido pessoas em outras épocas para desfazermos a impressão e as nódoas que ficaram. Sem dúvidas, todos teremos outras oportunidades de rever àqueles com os quais algo ficou pendente. Se você mãe, pai, filho, irmão, amigo está sentindo falta de alguém que partiu, não se desespere, você irá reencontrá-lo. Enquanto isso, continue seu caminho, na certeza de que o que achamos ser derrota na verdade é uma lição e  o que supomos ser a morte é simplesmente recomeço. Um filho ao ficar órfão de pai, um pai ao ficar órfão de um filho lamenta pesadamente, mas a vida não para, sempre flui; não entremos em desespero.
Vindos de tentativas diversas de subirmos cometemos alguns equívocos. Teremos todos uma nova e segunda chance, todavia não façamos delas segundos erros.
 O mar de fogo que nosso planeta está imerso é nosso purificador. Ao mirar Jesus sobre tudo isso e fixarmos nossos olhares em suas admoestações, obras e exemplos estaremos arquitetando nossa ascensão e não seremos mais capturados pelas enganações que o mundo nos oferece, definitivamente. Relembre de seus dizeres sábios.
Construamos nossas asas, as da razão e as do sentimento, e subamos
em direção à nossa ventura, sem deixar de observarmos as recomendações de Nosso Pai, relembrados e resumidos pelo Rabino, levando em nós a soma de  nossas conquistas.
Tudo que nos sucede pode ser aproveitado. Aquilo que atingiu o ponto máximo não necessita ser reparado ou incrementado, e o que aferroa, incomoda e pesa em nós precisa ser reciclado e lapidado. E  levaremos tudo isso para onde quer que formos,  e levar não  significa lembrar, mas sentir tudo em nossos corações e em nossas emoções.
O caos é perfeitamente organizado. Nosso pai, Deus, desde sempre nos envia orientadores para nos ensinar acerca de seus desígnios e mostra-nos que tudo está sob controle, mesmo que pareça desgovernado. Em todas as épocas da humanidade Deus enviou-nos filósofos, pensadores, sábios para que mudássemos nossa visão e atos, evitando ilusões e desilusões. E o ápice de tudo isso se deu com a vinda de Jesus, o Cristo Redentor. Por isso, Ele é considerado o Maior Homem de todos os tempos, o primogênito, o ungido. Deus se comunicou conosco através de Jesus. Jesus é a maior prova de amor que Deus nos  concedeu.
Ícaro desejou voar, mas se empolgou com o voo e não se lembrou das orientações de seu pai; não consultou sua consciência e passou pelo experimental. Ouçamos as vozes da experiência e a da nossa consciência para que não venhamos a repetir erros e acumular dores.

A lenda de Ícaro e a vida de Jesus: O imaginário e o real. São estórias que o povo conta. São histórias que nos encantam
Autoria: Sidney 
Capítulo 43
A Vida Fora e Dentro da Matéria.
 Há Vida Dentro e Fora da Matéria.
A obsessão, que é a influência que alguns espíritos desencarnados exercem nos encarnados, é um inimigo desconhecido e ignorado por muitos. No processo obsessivo os espíritos procuram e se infiltram em nossas sombras, ou seja, em nossas imperfeições, paixões inferiores, pontos fracos, para, através deles, nos dominarem e incitarem-nos ao erro para nos virem sofrer. Fazem isso por vingança e porque estão infelizes e querem que outros o sejam também, acreditando que isso os fará sentir-se melhor. Devido a isso é necessário termos cuidado e estarmos vigilantes e procurar a cada dia nos melhorarmos.
Uma das medidas a ser adotada dentro do Espiritismo para o encerramento da ação obsessiva é a reunião de desobsessão, onde se faz uma orientação, dos dois pólos, à luz do Evangelho de Jesus.
Um trabalho de doutrinação espiritual consiste em evidenciar o valor da vida para encarnados e desencarnados, fazendo com que se sintam peças importantes do Poder da Criação, despertando neles a vontade de reagir e mudar, e através do perdão e da reforma íntima, a animosidade que une esses dois pólos vai se desfazendo.
No trabalho de Doutrinação Mediúnica, onde o mentor da reunião com o apoio dos amigos espirituais e de encarnados atuam intensamente, o médium não  deve gritar, esbravejar com a entidade, mas sim falar de paz, de amor, sem melosidade, para que o espírito se acalme e sinta-se amado, entendendo que quando ele obseda não é feliz e está desperdiçando seu tempo, que deveria ser aproveitado na busca de sua melhoria. É importante a conscientização do irmão desencarnado que ninguém é feliz prejudicando alguém. No que concerne à obsessão, somos nós que abrimos campo para os espíritos desnorteados entrarem. Quando xingamos, falamos palavrões, usamos drogas, maquinamos maldades, bebemos, pensamos negativamente, assistimos cenas violentas e notícias degradantes, estaremos chamando por esses que  coadunam com as ondas vibratórias dessas situações.
Patrulhando nos arredores do mundo constatamos que muitos desses que são chamados de loucos estão sendo controlados por um espírito ou por uma falange, e todos têm chance de se livrarem dessas perturbações causticantes, mas a dificuldade está na pertinácia e na renitência, e em
abjetos propósitos que obstam a interferência dos espíritos de escol.
Para toda obsessão há possibilidade de cura. Em nome de Deus e do Mestre Jesus, com estudo de mediunidade e da moralização de cada um, médium, encarnado e desencarnado podem encerrar essas ações obsessivas e trazerem de volta a tranqüilidade àqueles que se perderam nos rancores de suas almas, nos quais relacionamentos são avariados e famílias são desestruturadas. Se  concentrar  na ação direcionada para o bem, acreditando na bondade e arrependimento de todos os envolvidos nesse enredo é trabalho produtivo a desfazer a trama. E podemos ter certeza de que não há um espírito sequer que não tenha tido um momento feliz, que recebeu um carinho, uma palavra amiga ou gesto fraterno. Quando conseguir ver isto é o começo da libertação. Mas antes de mostrarmos isso à eles é preciso que vejamos o bem em nós, em tudo e em todos. Será que estamos acreditando na bondade alheia e na regeneração de nossos irmãos, falando agora também de encarnados, ou vivemos a julgá-los, discriminando-os, disfarçadamente?
Ao saírem das grades de uma prisão, ex detentos se deparam com um mundo de ferro aqui fora. Com raras exceções, empresas e órgãos não dão oportunidades a eles de recomeçarem. Fecham as portas e matam suas esperanças de renascimento. Eles são vistos pelo que fizeram e não pelo que podem fazer. O mesmo ocorre com ex dependentes químicos.
 Um dia destes, ao sair de casa, vi uma situação um tanto quanto desconcertante. Dois policiais, ao encontrarem com um homem que usava roupas surradas, simples, e que levava uma espécie de marmita em uma de suas mãos, pararam-no e revistaram-no, pois suspeitaram dele. Será que se ele estivesse bem vestido, de terno, gravata,  dentro de um automóvel novo, os policiais procederiam daquela forma? Será que somente os de pouco poder aquisitivo, de pele negra, como era este homem, os que se vestem com simplicidade é que devem ser revistados? Dificilmente um policial revista alguém que está bem trajado ou aparenta ter status.
É devido a isso que nossa justiça só pega os peixes pequenos. Os tubarões vivem livremente e se safam da justiça terrena que muitas vezes é comprada a quilo nas esquinas de tribunais e fóruns. Aí estão exemplos da obsessão de encarnado para encarnado, ou fatos que gerarão obsessões, posteriormente. É por isso que Jesus nos recomendou: “Conserta-te com teu irmão enquanto está a caminho”.
“Está a caminho” é está junto, reencarnado. A reencarnação é a  oportunidade  de nos habilitarmos para as boas obras e desfazermos o miasma das dissidências pretéritas, e pelo fato de não lembrarmos delas estamos sendo beneficiados pela misericórdia divina, pois senão teríamos que carregar dois fardos: As lembranças pretéritas, de outras reencarnações, os obstáculos de agora e o trabalho de corrigir, exercitando o perdão.
Quando percebermos algo estranho no comportamento de nossos filhos, pai ou um amigo pense que ele poderá estar sendo controlado. Não são loucos, podem estar sendo submetidos a uma ação obsessiva. Isso tem cura com o tratamento apropriado. Muitas pessoas são jogadas em manicômios, casas psiquiátricas quando na verdade estão precisando de orientação espiritual.
Procure uma Casa Espírita que divulgue a Doutrina Espírita, enviada pelos espíritos superiores e codificada por Allan Kardec, com o apoio de seus contemporâneos. Mas fique atento, pois ela poderá dizer que segue a Codificação Kardeciana, mas adota prática e rituais estranhos em suas atividades. A Casa Espírita deverá possuir seu registro na FeB, Federação Espírita Brasileira, não realizar reuniões mediúnicas doutrinárias abertas ao povo, porque devido a sensibilidade dos assuntos ali tratados poderão causar embaraços e situações constrangedoras aos que ali estão. Não deve haver imagens, rituais, batismos, casamentos ou qualquer prática que fuja das orientações e recomendações dos espíritos. Centro Espírita não tem dono, tem uma diretoria que precisa ser trocada, que saiba ouvir e que procure fazer os trabalhos de acordo com a recomendação dos espíritos superiores e não criarem por conta própria regimentos internos de acordo com interesses particularistas nos quais a vaidade e a possessão tomam o assento.
Que fique bem claro que não estamos dizendo que o Espiritismo é melhor do que outras religiões. O que frisamos é que a Casa Espírita que tem em seu grupo e em sua diretoria pessoas sérias, humanas, com conhecimento doutrinário e que se empenham para cumprir o postulado de Jesus, estudando mediunidade, realizando trabalhos sérios sem interesses político e financeiro estão em condições muito mais avançadas de doutrinar e encaminhar um espírito desencarnado e encarnado. Mas pode-se encontrar ajuda em outros segmentos religiosos. Vai depender da fé e do merecimento. Somos nós que teremos que avaliar onde nos sentimos melhor e onde estamos obtendo consolo, encontrando respostas para dirimir nossas dúvidas e adquirindo conhecimentos racionais para lidar com as questões do dia a dia, sem fanatismo e ilusões.
No plano espiritual desencarnado também influencia desencarnado, incitando-o ao mal. O encarnado faz o mesmo com o encarnado e o desencarnado, espalhando desavenças, orgias, instigando vingança e toda espécie de sentimentos inferiores através de pensamentos, palavras e atos. A melhor forma de lidar com qualquer uma delas é entrar em sintonia com o Cristo, pensando, falando e vivenciando  as mensagens de seu Evangelho e nos banhando em sua luz.  Assim se combate a fonte que gera a obsessão: A sombra. Só vai haver obsessor se houver sintonia, e só há sintonia quando há desequilíbrio das emoções ou  quando o ódio não é desfeito através do perdão.
Com o intuito de despertar o espírito obsessor, alguns segmentos religiosos se utilizam de rituais que não ajudam na melhoria de nossos irmãos, deixando-os mais apegados, ainda, à matéria, guiando-os por sendas escuras. Terão esses que responder pelo mau uso de suas mediunidades.
A causa de toda obsessão é a ignorância em relação à vida futura, ao perdão e a lei de progresso. Por isso, é nos esclarecendo e esclarecendo as pessoas acerca disso que eliminaremos a fonte de sofrimentos diversos.
No final de toda uma conturbação obsessiva, desfeita pelos laços do esclarecimento, o que restará é a paz entre os envolvidos.
Que saibamos entender as mensagens de Deus e tirar de nosso centro coronário pensamentos de vingança, ódio, supremacia racial, e que nosso centro cardíaco possa dirigir nossa emotividade de modo a movimentá-la, seguramente, em nossas obras.
Apresentemos aos companheiros obsedados e obsessores as rosas do mundo, as lindas flores no meio de todo esse tumulto e tensão onde nos encontramos. As flores estão aí para nos lembrar que no meio de uma situação caótica há harmonia e luz, e que ao percebermos isso encontraremos algo que nos fará olhar para dentro de nós, pois o belo produz sempre mais beleza, e buscando a beleza e direcionando nossos olhares enxergaremos aquilo que há de sublime. Basta procurarmos. 
Quantas coisas lindas temos em torno de nós. Quanta vida! O sorriso das crianças, o brilho do sol, o verde das árvores, as ações fraternas, a queda de uma cachoeira, as estrelas no céu, a luz da lua, os raios de sol,  os gestos carinhosos dos animais, uma bela canção; tudo são flores...
Falemos das rosas para esses irmãos perdidos no mundo, na escuridão de seus rancores, para que despertem para a vida e sejam como uma linda flor, fazendo a diferença e acalmando os desesperados.
A flor foi também um botão enclausurado, mas que graças a Energia Divina, ao seu instinto e ao seu desejo latentes de encontrar Deus, ela se abre e  espalha encantos em sua volta. Assim também somos nós. Todos nós.
Jamais nos esqueçamos que há vida dentro e fora da matéria, e se há vida há Deus, pois Ele é vida, e vida em abundância.
Quando Jesus nos falou “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância”, estava nos dizendo “Eu vim para que todos tenham Deus”.
Autoria: Sidney

Capítulo 44
A Violência no Mundo Atual
Vivemos em um mundo onde observamos a violência, diariamente, pela vista de nossas janelas. E com isso vamos nos acostumando com ela e achamos-la normal. É contra isso que temos que lutar, contra a submissão, a complacência com o que está errado. E essa violência vem sob variadas formas: líderes com membros de suas equipes, pais com seus filhos, filhos com seus pais, cenas televisivas, músicas deprimentes e obscenas, abuso de autoridade, comentários maldosos, críticas mordazes, conclusões precipitadas a respeito de pessoas e situações, preconceitos e pré julgamentos.
A nossa imprensa, não toda, tem feito muito isso. Tem jogado muitas pessoas e órgãos uns contra outros. É por isso que devemos ter o devido cuidado com o que lemos, vemos e ouvimos. As emissoras televisivas, os jornais, as revistas, os livros e a Internet exibem certas imagens ou cenas com o intuito de convencer o telespectador a agir e a pensar de acordo com o interesse de seus donos, diretoria e patrocinadores. Informações são manipuladas, outras escondidas e algumas forjadas.
Algumas novelas têm como tema a violência e o sexo, mas fazem deles algo que, mesmo sendo orgíaco e deturpador, se torna atraente e prazeroso. A violência e o sexo devem sim ser discutidos e debatidos, porém de uma forma a não incentivar a prática desequilibrada desses como uma coisa excitante e compensadora.
Tem-se falado muito em trabalhos com presidiários, detentos, menores infratores, realizando testes psicológicos, oferecendo trabalho, palestras e outras atividades. Esses trabalhos têm dado resultados muito bons, sem dúvida, mas trabalhos assim deveriam ser realizados com policiais, delegados, promotores, juízes, desembargadores, diplomatas, empresários e autoridades em geral que se julgam na condição de doutrinar e recuperar alguém, quando na verdade são capazes de atrocidades e barbaridades muito piores que aquelas cometidas por esses que são tidos como infratores e delinquentes.
Um filme muito comentado por todos tem sido Tropa de Elite. Recentemente, assisti uma entrevista, se não me falha a memória, às vezes falha, na TV Brasil, antiga TVE, do verdadeiro Capitão  Nascimento.  Nessa
entrevista ele falou que atitudes violentas jamais venceriam a criminalidade.
Ele estava certo ao dizer isto.
 Policiais sem personalidade e facilmente influenciáveis e com um certo pendor a  práticas violentas, se alimentam de filmes como esses para exercerem a violência que guardam dentro deles. Descontam nos civis suas frustrações, achando-se melhores e superiores por estarem vestidos com uma roupa de cor marrom, boné e um distintivo, ou por fazerem parte de um corpo judicial. Eles não podem se esquecer que antes de serem policiais são cidadãos, sujeitos aos mesmos direitos e deveres que qualquer um de nós, também cidadãos. Muitos se julgam superiores a qualquer lei e que podem descumpri-la por portarem uma patente ou uma credencial. Com os conhecimentos que possuem das leis, as autoridades são que, em primeiro lugar, deveriam agir de acordo com ela e não fazerem dela motivo de revolta e injustiça.
Nesses concursos e testes feitos para a admissão em uma carreira pública e militar deveriam ser avaliados fatores como humanidade, solidariedade, compaixão, tolerância, e não só aqueles testes matemáticos, fórmulas de física e química que servem para comprovar se a pessoa decorou como se faz aquilo. Solidariedade, compaixão, tolerância, humanidade não se decoram, apreende-se, assimila-se e faz-se, espontaneamente. As entidades que preparam aqueles que irão nos proteger através de provas e treinamentos têm uma metodologia de trabalho um pouco fora do contexto do caráter humano.
Recentemente presenciei um policial abordar um grupo de garotos e revistá-los, e ao passar a mão pelo corpo de um deles, este lhe falou algo que eu não ouvi, mas vi a reação do policial que foi a de dar um tapa, com força, na cabeça daquele adolescente.
Assim sendo, lhe pergunto: Qual a visão que este rapaz terá da polícia? Será que aquela era a única atitude a ser tomada por aquele homem destinado a proteger os civis? Isso é simplesmente falta de preparo psicológico e emocional por parte dele. Agora vamos voltar lá na academia e virmos como é que ele foi treinado. Provavelmente lhe foi cobrado preparo físico, conhecimentos de Segundo Grau, treinamento de tiro e  todas essas práticas  que  podem  ser muito úteis se acompanhadas da evangelização do ser. Será que a atitude desse policial educou aquele jovem? É obvio que não, sabe por que? Porque atos e palavras ou quaisquer gestos e atitudes violentas não educaram, não educam e não educarão em lugar, tempo e época alguma. Violência gera revolta e violência. Se aquele policial conversasse com aquele rapaz, falando-lhe de seu trabalho, explicando-lhe da justiça, se revelando como alguém em quem ele poderia confiar e contar seus problemas, seus medos e frustrações, ele teria formado naquele momento um cidadão. Não podemos nos esquecer de que há policiais equilibrados, justos e humanos que respeitam o ser humano e percebem as condições em que ambos se encontram. Não estou condenando o policial. O trabalho da polícia é arriscado, desgastante, mas exponho aqui que temos outras, mas muitas outras opções.
A insistência e a pressão fazem com algumas pessoas confessem até aquilo que não fez. Esse é um dos motivos que gera a violência em nosso meio, pois a forma violenta com a qual as autoridades agem desperta a agressividade nos civis, deixando toda uma população tensa. A polidez no trato com alguém faz luzir a serenidade e acalmar os ânimos. Alguém que cometeu um delito não precisa ser torturado, agredido. Precisa ser conscientizado do que fez e receber estímulos de mudança para que entenda seus limites, os limites de seu próximo e sinta-se capaz de produzir boas obras.
A separação dos detidos, de acordo com a gravidade do delito, é uma medida que precisa ser adotada. Aquele que cometeu um pequeno furto não pode ficar junto de um preso que já cometeu vários homicídios ou que praticou crimes pesados, porque a contaminação pode acontecer e a casa de detenção será uma escola do crime.
O isolamento, um trabalho espiritual e psicológico, atividades físicas para o relaxamento do corpo e da alma, a leitura, um trabalho, um tratamento humano sem regalias é capaz de modificar um comportamento criminal. E para que uma cadeia se esvazie é necessário que os lares se encham de amor. Uma família que procura conviver bem, respeitando espaços, auxiliando-se mutuamente; familiares que rezam juntos, fazem as refeições juntos ou tenham momentos de diálogo saudáveis, falando e vivenciando os valores consagrados pela moral serão uma família centralizada. Os pais que colocam limites e orientam seus filhos de modo a serem  pessoas voltadas  à  hombridade, ao  respeito,  honestidade tratando a
todos com a devida consideração é a família que faz a diferença no mundo.
Viver para o mundo é se tornar presa dele. O último modelo de celular, a nova tecnologia da televisão, o computador ultramoderno nunca vão nos trazer a paz que almejamos. A casa, cujos moradores possuem Deus em seus corações, será um lar coroado de bênçãos. O estudo e a vivência do Evangelho é norma de conduta segura em qualquer ambiente e deve começar dentro de casa.
E assim, vamos aos poucos compreendendo que não precisamos fugir, nos esconder dentro de condomínios ou prisões domiciliares. Precisamos atuar não com violência, mas contra ela, sem sermos violentos. Buscar refúgio na paz e se jogar com toda dedicação contra as ações arbitrárias, atuando com firmeza e brandura para, que as leis humanas se emparelhem com a tabulação de Deus, é caminhar para contornar as crises de destemperança que assolam a humanidade.
Nunca nos esqueçamos que o mundo no qual vivemos é o reflexo do que nós somos. Caso queiramos algo melhor façamos por onde. Nossas ações devem ser dirigidas conforme as narrações do areópago cristão nas quais nossas vontades não têm importância, mas que a vontade de Deus se torne também a nossa. Esta deve ser a nossa lei.
 Autoria: Sidney

Capítulo 45
Seguindo Em Frente
A sensação de culpa é muito comum em nossas vidas e pode gerar grandes transtornos e distúrbios emocionais. Às vezes, nos sentimos tristes, cansados, sozinhos, aflitos e não entendemos o porquê de tudo isso. Isso nos acontece porque estamos começando a nos arrepender de termos ou estarmos fazendo algo errado.
 A Depressão, a Síndrome do Pânico, a Esquizofrenia e toda e qualquer outra doença de cunho físico e psicológico começa em nosso campo mental, ou seja, são doenças do espírito ou da alma, que se refletem em nosso corpo ou comportamentos, alterando-os, disturbando o nosso estado psicológico a se refletir no campo emocional.
Espírito: O todo, o conjunto. É a soma de sentimentos, sensações instintos e intelecto ao longo de sua caminhada evolutiva. O espírito é o ser total, integral.
Psique: A mente ou a psique representa  a parte intelectiva e cultural de nós espíritos, e processa  o que capta de nosso íntimo,  de nossos sentimentos,  sensações e valores, exteriorizando e reproduzindo-os, imprimindo racionalmente e acionalmente aquilo que tem como conteúdo.
Mas qual a diferença de espírito para a psique? O espírito  cria  a psique e a desenvolve através de seus estágios reencarnatórios. A psique não existe por si só; sem o espírito. Ela é parte do espírito, e para que exista depende da existência do espírito.
Emoção: Significa “movimento para fora”, ou seja, o jeito de agir, reagir, se expressar e se portar. O choro, o riso as lágrimas, as palavras, as declarações e tudo que sai de nós são manifestações externas, portanto são nossas emoções exteriorizadas.
O espírito é como um dínamo, cuja função é gerar energia, um captador, que capta vibrações, pensamentos, sensações e sentimentos, e um catalisador, que modifica a energia que recebe dentro e fora da matéria. Um espírito são, ou uma mente sã, como queira, é incapaz de gerar energias negativas.
Mas como se forma um Espírito? O Espírito é o elemento inteligente do Universo, criado por Deus, simples e ignorante, com o destino de chegar à perfeição.   Deus criou  todos de forma igual, dando a cada um seu livre arbítrio, após sua capacidade de raciocinar. Até chegarmos nesse estado, passamos pelos Reinos Mineral, Vegetal, Animal, adquirindo neles experiências instintivas, sensitivas, absorvendo a energia da natureza para plasmarmos futuramente, através do perispírito (elemento de ligação entre o espírito e o corpo, sendo o agente modelador biológico do corpo do qual nos revestimos) os corpos humanos nos quais encarnaríamos. Até então fomos sendo puxados e guiados por nossos instintos e uma vontade latente de chegarmos ao Criador, atraídos pela energia divina. O espírito, em todas as suas fases é como uma limalha de ferro, enquanto Deus é um ímã.
Os reinos inferiores da criação estão subordinados a nós espíritos, porque  estamos à frente deles e sabemos como utilizá-los. E somente conseguimos isso pelo fato de termos passado por essas fases como princípios inteligentes, mergulhados na matéria.
Para conseguirmos compreender os reinos que nos antecedem, em parte, e fixarmos em nós as noções que nos facultam, tais quais alimentação, sexo, vida em sociedade, utilização  do  fogo, terra, água, o andar, nadar, voar, e através  de  tudo isso nos tornarmos seres pensantes e nossos instintos se aprimorarem, temos que passar por todos eles antes onde, futuramente, compreenderemos aquilo que fomos. Só podemos compreender algo quando nos tornamos ou fomos esse algo.Você já se perguntou como aprendeu a mastigar? Nós fazemos certas coisas automaticamente como andar, comer, dormir, olhar, movimentar. Se o fazemos é porque aprendemos, e se aprendemos foi em determinada época ou condição. Somos hoje, então, o somatório de hábitos ou experiências de outras épocas.
O que é o Princípio Inteligente? Façamos uma analogia. O princípio inteligente é como o espermatozoide e os reinos divinos são como óvulos. O espermatozoide fecunda o óvulo e nasce um novo ser, com características de ambos os lados, do espermatozoide do pai e do óvulo da mãe, porém com sua individualidade. O princípio inteligente em contato com a matéria, penetrando-a, se condensa, energeticamente, e se torna espírito, trazendo consigo memórias de sua estada nos outros reinos onde agora ele é capaz de pensar, falar, raciocinar, planejar andar, criar e realizar as mais diversas obras. Os processos dentro da cadeia divina são similares, e as formas mais evoluídas são as formas primitivas purificadas. O Principio Inteligente torna-se Espírito quando chega à capacidade de raciocinar. Assim como o espermatozoide conserva sua carga energética e o ser humano carrega seu DNA, o espírito tem seu mapeamento espiritual, seus traços gravados em si. As formas de reprodução e aprimoramento são semelhantes em todos os tempos e épocas, só que vão tornando-se quintessenciadas.
É muito complexo falar de vidas nos diversos reinos, energia, evolução, mas se você observar em sua volta vai entender que nada fica parado para sempre em um estado ou lugar. As rochas, com o tempo, se quebram ou mudam de cor; os animais mostram uma inteligência que surpreende, as crianças aprendem com muito mais felicidade que em tempos idos, os eletrodomésticos e eletroeletrônicos estão cada vez mais sofisticados, as TVs os computadores, os celulares vão aparecendo com muito mais recursos. Se assim se dá com as máquinas e os objetos imóveis, imagine conosco, que somos vivos, pensantes, e somos nós que criamos e aprimoramos todas essas máquinas, utilizando dos recursos naturais; porque é que ficaríamos estacionados neste estado carnal?
Pense agora em seus avós, bisavós, os desbravadores, os primeiros homens a habitarem a Terra, se estiverem até hoje esperando o Juízo Final, e nós com toda essa tecnologia, a energia elétrica, Internet, medicamentos, carros. O que fizemos para estarmos aqui com tudo isso e o que eles fizeram para não os terem? É simples de responder: Evolução.
Através da reencarnação vamos nos lapidando. Somos nós nascendo, morrendo, renascendo ainda, e progredindo sempre, que vamos passando por todas as situações necessárias para adquirirmos conhecimento e sabedoria, nos tornando espíritos de escol.
Se Deus cria um espírito junto com o corpo naquele momento em que o feto nasce, Ele é injusto, imperfeito e age sem lógica, pois crianças nascem deficientes ou morrem em tenra idade; alguns têm tudo, outros nada; outros aprendem tudo com uma facilidade e outros têm dificuldade de aprendizado. Todas essas são fases que o espírito necessita passar para crescer, resgatar faltas que cometeu a partir do momento em que adquiriu a capacidade de pensar. Deus é amor e justiça.
Embasados nisso, pessoas podem pensar que ao virem alguém passando dor, fome, dificuldade e problemas não devem ajudar, uma vez que ele está resgatando dívidas. O resgate de dívidas quita a consciência pesada com relação às transgressões das Leis Divinas, sem dúvida, mas quando alguém se sente amado a vontade de caminhar permanecerá e esse gesto será repassado por ele à outra pessoa. A dor é professora que corrige, o amor é a mãe que educa e que dá forças para prosseguir. O resgate alivia a consciência, mas é o amor que dá as condições e oportunidades de caminhar. E quando Jesus nos pediu para que amássemos ao próximo como a nós mesmos não mencionou reencarnação, vidas passadas, resgate, dívidas, nada disso. Isso porque Ele sabe que se quisermos aprender a amar teremos que ajudar a todos que precisam de nós, e que quem ama estende sua mão a qualquer um, independente do que tenha feito, pois o próximo representa todas as criações de Deus.
Quando respeitamos a natureza, oramos por todas as pessoas, por aqueles que já partiram e por aqueles que estão voltando; quando não ingerimos álcool, quando comemos moderadamente, quando não guardamos mágoa, ao perdoarmos, quando oferecemos uma palavra amiga, um ombro para alguém se recostar estamos nos amando. Todas as vezes que fazemos isso, a sensação de culpa e pesar vai desaparecendo e nossos caminhos vão se abrindo. Ficar pelos cantos se culpando e não fazendo nada para reparar as faltas é retardar a conquista da beatitude.
Seguindo esse pensamento algumas pessoas podem dizer também que, se uma pessoa tem a mente sã ela poderá beber, fumar, se jogar de um prédio que nada vai lhe acontecer? Resposta simples. A pessoa que tem uma mente sã simplesmente não pensa em fazer isso, pois está sintonizada com o Criador, plenamente. O que vem de fora poderá ferir a matéria que  transporta, mas não o espírito que a conduz.
Ao entendermos isso estaremos desabrochando para as verdades divinas, e conhecendo esta verdade estaremos livres.                                           Perceber e admitir erros nos quais estamos envolvidos e mudar para solucioná-los fará com que ressurjamos com nossa face da essência divina.
          Após tentativas seguidas de fracasso, o que nos cabe é aguardarmos por nossa ressurreição, a ressurreição de nossas forças. Saber esperar.
Necessitamos da mudança, buscar outros caminhos, outros meios de vencer obstáculos e desafios, não reincidindo-nos nos mesmos erros.
 Deixar de lado atitudes e hábitos infelizes é renovar a vida, virar páginas e contornar situações adversas.
Somente através do reconhecimento de nossas falhas, do desejo sincero de corrigi-las e do começar a fazê-lo: São essas posturas que nos farão sentir bem, estarmos bem e praticarmos o bem.
É seguindo em frente que chegaremos ao cimo de qualquer montanha, mas recorde-se que uma jornada de mil quilômetros começa com um primeiro passo.
Autoria: Sidney

Capítulo 46
Cada um Se Dá Por Aquilo que Busca
Para que nos conheçamos como realmente somos, basta prestarmos atenção naquilo que estamos buscando. Nossos objetivos mostram o que temos em nosso íntimo e nossas atitudes radiografam o que somos em essência. Através dessa auto-análise, que é substancial ao nosso burilamento, identificamos em quais pontos temos a necessidade de progredir.
Se fazemos uma dieta para sermos admirados e despertar interesses em alguém, a vaidade e a sexualidade estão nos comandando.
Se tiramos nossas  roupas para sairmos em revistas ou fazermos filmes, a determinação em conseguir um outro tipo de trabalho não está sendo exercitada por nós e o exibicionismo está nos corrompendo, além de estarmos causando ilusão e desviando do caminho mentes que poderiam focar-se na construção de um relacionamento saudável e que vão para abismos trevosos com nossa ajuda.
Se compomos ou cantamos uma canção para vendermos discos estamos nos trocando e nos vendendo, sendo, como o disco, uma mercadoria vendável e descartável.
Se falamos de Deus e de Jesus, usando ambos para angariar fundos que irão atender nossas necessidades pessoais, estamos fazendo da Casa do Pai um comércio, e os danos podem ser nefastos.
Com a inovação e o avanço da tecnologia a parte moral deixou de ser buscada e foi deixada de lado por muitos de nós. Temos tempo para assistirmos novelas, filmes, praticarmos esportes, estudar, mas não temos tempo para orarmos juntos e estudarmos o Evangelho. Não temos tempo para fazerm um trabalho voluntário, mas sempre arranjamos um tempo para nos divertirmos e irmos às boates, shows, carnavais e diversos eventos. Doamos valores em dinheiro (somente o que nos sobra), mas nosso tempo é para atender o “eu”, sempre.
As crianças têm os celulares e computadores mais modernos, mas não têm conhecimento das vozes que vieram do Céu, em todos os tempos, para falarem de amor...
Os adolescentes sabem da vida do artista que admiram e tornam-se cópias rebuscadas de seus ídolos; e muitos afundam como eles, mas não sabem da vida de bravos heróis e heroínas como Francisco de Assis, Irmã Dulce, Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco e Irthes Terezinha.
O cavalheirismo é bastante raro hoje em dia, ainda mais entre as crianças. Valores como gentileza, cortesia e respeito estão sendo ignorados por muitos.
Alguns pais, sem noção do que seja a verdadeira educação, doutrinam mal seus filhos, ensinando-os a serem desrespeitosos, grosseiros e obscenos com as outras crianças e adultos. Tenho observado palavrões e dizeres saindo da boca de crianças  que causam perplexidade. Parte desse palavrório elas ouvem dentro de suas próprias casas. O pai xinga a mãe, a mãe grita com o pai e com os vizinhos, juntos eles falam mal de parentes e, assim, a mente da criança que está receptiva as coisas que vêm de fora, aprende com seus pais e com outros adultos e crianças a serem  pessoas portadoras de palavras e gestos depreciativos e chulos. Ao crescerem, estas crianças faltam com o devido pudor em relação às demais pessoas, e muitas veem o sexo oposto como objeto descartável e algo desprezível. Muitos garotos e garotas  se comportam como um objeto, não se dando valor e se desmoralizando, sem um pingo de recato e pudor, pois não aprenderam ou ignoram o valor de se ter amor próprio.
Algumas mulheres e homens, ao passarem por uma desilusão amorosa, começam a levar uma vida de orgia e depravação, querendo descontar o que o outro lhe fez. Alegam que “eu fui uma pessoa séria, honesta e não tive valor, agora vou mudar e dar o troco”. Pensando e agindo assim nos tornamos espectros mal sucedidos daquilo que achamos que nos trará a compensação. Impossibilitados pela falta de vontade de continuar ou nos esforçarmos para percorrer a estrada que nos levaria ao alvo certo, caímos nas teias de comportamentos ímprobos.
Ninguém perde por andar corretamente. Quando agimos dignamente, isso só nos fará bem. Se alguma pessoa não dá o valor para nossas qualidades, pode ter certeza que outras darão, e acima de tudo isso, teremos o valor de Deus, Nosso Pai, por termos superado a dor de uma forma puritana, sem nos prostituir, caso contrário, precisaremos estar juntos daqueles com quais nos equivocamos, mais uma vez. Caso isso ocorra saibamos compreender que assim se faz mister e que é sempre bom reencontrar as pessoas que nos são simpáticas, e aqueles desafetos também, para que possamos desfazer aquela impressão mofina que ficou, para adquirirmos a consciência reta.
Ensinemos aos pequeninos a tratarem o próximo com consideração, para que não tenhamos, no futuro, adultos desequilibrados, que virão nos pedir, em forma de transtornos e dor, que os ensinemos da forma correta aquilo que negligenciamos e deixamos de fazer.
Nossa preocupação gira muito em torno dos meios de buscar lucros e sairmos na vantagem.
Quanto vale a honestidade?
Quanto você pagaria pela chuva que molha a Terra?
Qual é o preço da vida?
Até quanto você está disposto a pagar pelo amor?
 Se Jesus tivesse cobrado para vir à Terra e pelos atos incalculáveis de amor e bondade que fez, não há uma só pessoa neste Universo que teria dinheiro suficiente para pagar por um gesto simples do Mestre Divino. E mesmo que juntássemos todas ou ouros, diamantes, cédulas, moedas, imóveis e bens terrenos, não dariam para cobrir a oferta que Deus nos fez.
Dizem que tudo tem seu preço, mas não é assim. Tudo tem seu valor.
O valor de uma obra consiste no que ela produz e como repercute. Jesus produziu como ninguém, e todo ato de compaixão, toda dor aliviada, as lágrimas que são enxugadas, os sorrisos que surgem nos rostos, a esperança que devolve a vontade de viver, as conquistas e mudanças construtivas em todas as áreas, tudo isso se deve à  obra,  à vinda e a vida do Cristo de Deus. O valor de tudo isso cabe àqueles que receberam, direta ou indiretamente, definirem. Quanto aos nossos atos, podemos direcioná-los de acordo com as Mensagens do Alto ou mirá-los nas propostas do mundo. Quanto a este último tem-se um preço a pagar e a dívida é individual.
Reflitamos acerca disso para que entendamos que ninguém pode pagar pelo amor, mas podemos amar como o Cristo nos amou. Aí está valor.

                                                            Autoria: Sidney


Capítulo 47
Amigos e Mãos
Amigo... Uma palavra tão bonita, de um significado tão profundo, mas pouco compreendida por muitos de nós. Querer ter um amigo é desejo de todos nós, mas e nós, estamos sendo amigos?
Ficar em barzinhos tomando aquela cerveja que alguém paga, indo no churrasco que a pessoa oferece, andar em seu carro e lembrar-se dele somente nos momentos de interesses e necessidades nossas não é demonstração nenhuma de amizade. Um amigo é aquele que se importa, que está disposto a ajudar o outro em momentos de dor e dificuldades. É muito fácil ser amigo de alguém enquanto esse alguém nos oferece alguma vantagem, mas se percebemos esse alguém em desespero, e viramos nossas costas, ignorando a situação, estamos agindo displicentemente.
 Não vamos nos esquecer de perguntar aos nossos amigos de como estão indo, juntamente a família, como é que está o trabalho, a vida, pois assim eles perceberão que nos importamos com eles e que queremos ajudar. Sentirão confiança em nós e exporão seus problemas. Ouvindo pacientemente suas frustrações, procuremos acalmá-los, falar de paz, sem nunca acirrar um litígio, encorajá-los a mudar de atitude, se percebermos que é algo positivo e deixar claro que estaremos ali quando  precisarem. Assim agindo, faremos brotar neles a convicção de que têm alguém para recorrer, e isso dá força e vitalidade às pessoas.
No setor de trabalho que temos é de extrema a importância a existência da amizade entre líderes e liderados. Se houver confronto entre os funcionários não haverá qualidade no serviço prestado. Quando o funcionário de uma empresa é pressionado fisicamente e psicologicamente ele não renderá em seu trabalho, não desempenhando bem sua função. É uma forma de violência no ambiente de trabalho. O conceito de liderança que todos deviam seguir é aquele calcado na tolerância, humanidade e seriedade, mas muitos têm um conceito totalmente errôneo, já que querem mostrar serviço para seus superiores e querem galgar altos postos dentro de uma empresa.
            Os grandes líderes não são líderes por acaso ou por serem uma dessas pessoas que são escolhidas como chefes por acatarem certas ordens descabidas de seus superiores em troca de um salário desejável. Devemos  repensar quando agimos de forma submissa e interesseira, em que diversas vezes criamos muitos desafetos.  
Não deixe que seu trabalho se torne uma tortura e motivos de insatisfação. Todos têm seus limites e necessitam de tê-los respeitados. No fim das contas, somos todos trabalhadores de Deus e o Pai nos trata sempre como filhos amados. Evidentemente, não há como agradar a todos, entretanto há como fazer do jeito correto, zelando sempre pela integridade do trabalhador e pela qualidade do trabalho, e todos podem ser úteis se bem aproveitados, desde que acreditemos no ser humano e tenhamos observância em suas aptidões, procurando manter com todos um diálogo aberto e equitativo, no sentido de sermos todos irmãos, companheiros de trabalho e não chefes e subordinados.                                  
Vamos acreditar na bondade e na capacidade de todas as criaturas, pois talvez o que esteja faltando para alguém se transformar são a nossa crença e estímulos para que essa transformação se efetue. Podemos ser a alavanca propulsora a reerguer alguém em queda ou podemos ser as mãos que empurram esse mesmo alguém em um precipício. A escolha de qualquer uma das opções depende de cada um, entretanto, o que retornará para nós, obrigatoriamente, é aquilo que praticarmos. Tudo que vai volta. A vida entregará em nossas mãos o que  depositarmos nela.
Tenhamos amor por nós mesmos, nossos amigos e por todos os filhos e criações de Deus para que o destino possa nos devolver esse amor que nos elevará a mundos ditosos, inacessíveis a dor, a aflições e a qualquer sentimento tórpido. Esse lugar existe e existem meios para se chegar a ele, e cada dia que amanhece é a oportunidade concedida por Deus para darmos um passo em sua direção ou nos desviarmos dele.
Tome cuidado com os atalhos e caminhos ilusórios. Podem parecer encantadores, a princípio, mas podem nos levar ao fundo de um poço escuro, onde precisaremos de nossas próprias forças e de mãos para nos tirar de lá. As mãos aparecerão, certamente, mas quanto às nossas forças quanto mais viciarmos nas sombrias ilusões, mais difícil ficará de encontrá-las.
Um amigo não se compra, conquista-se. Quem tem amigos comprados não tem amigos, são falsos, e nossas mãos não alcançarão as suas. Amizade: Na opulência conhece-se a quantidade, na escassez a qualidade.
                                                                        Autoria: Sidney
Capítulo 48
Mentiras e Silêncio
A mentira proferida nas variadas circunstâncias da vida é uma das grandes causadoras da injustiça, da impunidade e da revolta. Mentir para as pessoas ou ensiná-las a mentir é uma das piores imperfeições que podemos cultivar em nós e nos outros. Um minuto de mentira estraga horas de felicidades.
Se alguém nos pede algo, e temos esse algo, mas falamos para aquele que nos pede que não temos, estamos mentindo.
Alguns pais, estando em casa e ao serem chamados por alguém indesejável, pedem para seus filhos dizerem que não estão. Isso é mentir e ensinar a mentir.
Advogados induzem o cliente a negar o que fizeram, não permitindo que a justiça se cumpra. Falsas provas são inventadas e a face oculta de crimes bárbaros é revelada tempos depois, em épocas às quais o entendimento não se faz, e feras desarvoradas são criadas e vão de encontro àqueles que as persuadiram, mais cedo ou mais tarde.
Com  mentirinhas, aparentemente simples, vamos nos transformando em mentirosos contumazes. Crescemos apregoando inverdades, não aprendendo assumir nossos erros, perdendo a credibilidade, porque todas as mentiras são sempre descobertas.
Falar a verdade é sempre o melhor caminho. A verdade, por mais que doa e remexa com nosso mundo é melhor que a falsidade, mas temos que ter o cuidado de não transformar essa verdade em algo que vá ferir e desencorajar alguém. Tudo depende da forma como colocamos as coisas, por isso, pensar no que falar, como vamos falar e se aquele momento é oportuno para se falar vai nos ajudar dentro da situação, da melhor forma possível.
Revelar verdades para as pessoas, sem depreciar os envolvidos, dizendo o que realmente ocorreu; ensinar aos demais a não mentirem, a falar a verdade sem ofender, e a silenciar quando necessário são  atitudes prudentes. E se percebermos que o que iremos falar, mesmo que seja verdade, causará mágoa a alguém, silenciemos. Só sabe o valor do silêncio aquele que se cala para não ferir ninguém.
        Aquele que mente para conseguir o que quer não dispõe de argumentos
suficientes para convencer, e busca uma forma comprometedora para realizar suas vontades, quando na realidade nem mesmo ele crer em si, porque senão, não necessitaria de mentir para conseguir o que almeja, e se o que almejamos depende de mentiras para sua conquista não será algo majestoso.
Temos todo o direito de concordar ou discordar de qualquer opinião e situação, mas isso não nos dá o direito de mentir para convencer ou de pensarmos que somos os donos da verdade. Não nos esqueçamos daquela frase célebre de Voltaire, filósofo francês: Eu discordo de tudo que você falou, mas defendo até a morte o direito de você argumentar.
Que nossas palavras, gestos e ações possam ser canali        zados de forma a transformar e a construir sem atormentar os demais, distorcendo a verdade. E se acaso isso ocorrer, da próxima vez façamos de uma forma diferente. Podemos não dizer a verdade, desde que não mintamos.
Não temos que ter medo de falar a verdade. Temos que pensar e repensar e entender que nossa mentira ou a verdade pode destruir o mundo de alguém. E quando destruímos os caminhos que levariam ao bem, a obrigação de reconstruí-lo é nossa. E caso nos rebelemos quanto ao não  querer fazer, as mentiras que contamos virão ao nosso encontro, ensinando-nos através dos meios dos quais utilizamos a usarmos nossas palavras à maneira dos sábios que foram intérpretes da Voz da Verdade que paira acima dos céus.
                                                                                                                                                      Autoria: Sidney

Capítulo 49
Entre a Cruz e a Espada
Somos defrontados por testes, diariamente, para sermos analisados sob a constatação do Mundo Maior para saberem se temos o controle de nossas emoções e ações nos diversos aspectos da vida.
Antes de reencarnarmos fazemos propostas e nos prontificamos a cumprir nossa tarefa. Salvo os casos de reencarnações compulsórias, aquelas nas quais o espírito se recusa a reencarnar e  se mostra rebelde à Lei do Progresso e por isso é reconduzido a um corpo, o qual poderá limitar seu intelecto e seus movimentos, nós espíritos pedimos e às vezes até imploramos para assumirmos um novo corpo. Ao chegarmos aqui, as tentações do mundo nos faz esquecer do que prometemos e de nossos propósitos. Debandamo-nos para as ilusões às quais achamos irresistíveis,  e não envidamos esforços à resistência  e nos endividamos; não paramos para pensar sobre nossas condições de espíritos imortais cujo objetivo é o domínio de nossas paixões inferiores. Assim, nos atrelamos a situações desfavoráveis devido às escolhas que fazemos.
Percebemos, nos grandes vilões da humanidade, que representam a sede de poder e de domínio, a frieza que  têm. Geralmente, não se importam com a dor e sofrimento alheio, desde que conquistem o que desejam. Certas pessoas, enquanto podem tirar proveito de alguém procuram ficar perto, e quando esse alguém não lhes tem mais utilidade é ignorado e abandonado. Isso ocorre frequentemente com filhos que isolam seus pais em asilos. Enquanto os genitores estavam em condições de lhes dar alguma ajuda, pagar a faculdade, sustentá-los, dar presentes, levá-los ao médico, ao dentista, na escola, tinham valor perante aos seus olhos. A partir do momento que ficaram velhos, debilitados, cansados por terem se sacrificado para realizarem os sonhos de seus rebentos, são vistos como pessoas que atrapalham. Não nos esqueçamos de que amanhã estaremos velhos também e a roda da vida nos alcançará...
Determinados pais ignoram seus menores, sem a mínima consideração pela vida. Alguns homens e mulheres não assumem seus filhos e os abandonam em um canto qualquer ou dentro de casa, porque os consideram um peso. Muitas vezes, os avós que, já cansados da luta por terem criado seus filhos, agora se veem obrigados a criarem seus netos.
Algumas empresas, enquanto têm seus funcionários produzindo, lhes
dando lucro, se importam com eles, mas quando surgem problemas, ocorre a degeneração física, eles são descartados e tudo que fizeram é esquecido. E algumas empresas, mesmo com seus funcionários produzindo, não lhes dão valor, exploram o suor do trabalhador, oferece salário inferior, não concedem vantagem alguma e contratam verdadeiros algozes, aos quais nomeiam como chefes, para fazerem um trabalho de opressão no lugar deles. E o mais complicado é que muitos se sujeitam a esse papel, agindo de acordo com os interesses de lucro fácil e exploração das empresas, e se acham até um pouco donos quando são designados para chefes. Pobres almas! Não conseguindo se realizar como donos, escondem-se debaixo das asas depenadas daqueles que conseguiram. Alguns outros se juntam a esses que são chefes, e que parecem dominar, para sentirem o gosto de mandar também. Faltando um íntegro esforço para obterem um posto de liderança, encostam-se em alguém para fazê-lo. E o pior é que os chefes aceitam, por gostarem de ser bajulados e terem alguém com ideias semelhantes do lado e com renda inferior. Mas o mundo dá muitas voltas, e nessas voltas nos enrolamos e damos nós em nós mesmos, levando muito tempo para desfazermos esse embolo que criamos para nossas vidas.
           O que registramos aqui não se aplica a todas as empresas e pessoas. Temos estabelecimentos onde encontramos líderes que têm grande humanidade para com o companheiro de trabalho, encarregados que usam de generosidade para com àqueles pelos quais são responsáveis, empresas que dão oportunidades de crescimento e apoio ao funcionário e à sua família, mas uma boa parte pensa apenas em acumular para depois ter que devolver.                                       
O sol raiou. Está prestes a começar um duelo mortal entre o homem e a máquina. A máquina do sistema político, a maquina empresarial, a máquina de um Capitalismo voraz. É o homem sempre desgovernado e a máquina desenfreada. Quando é que veremos ressurgir a bandeira da paz, flamejar dentro da nave Terra. Ela foi jogada de lado, pisoteada, numa época que optamos pela guerra contra nós mesmos, não nos respeitando e não vendo as pessoas e a natureza como nossos irmãos e parte inerente às nossas vidas. As guerras, crises econômicas, tragédias ocorrem para que possamos  despertar  e  perceber  que  esse  negócio de lutar para dominar, o
 autoritarismo e a violência só causam destruição.
Para subir na vida muitos traem, enganam e se escondem. Tomemos os devidos cuidados para não sermos traidores, traidores de nós mesmos, onde traímos nossa fé em um mundo melhor, nossa benevolência, nossa postura de cidadania. No final de nossa jornada, qual ocorre com todos os traidores que têm medo de perder o que consideram importante e vão logo correndo para o lado que julgam mais forte, constataremos, abatidos que traímos nossas consciências e as coisas santas.                                            
Ao percebermos a indiferença, a soberba, a injustiça, procuremos fazer algo, porque é desolador lamentar-se por não ter ao menos tentado se mexer. O comodismo causa maremotos devastadores em nossas almas. Que entendamos que a liberdade que buscamos, aprisionando os bons sentimentos, não se conquista com destruição e causando a miséria na vida de nossos irmãos. A liberdade que alguns guerreadores querem é aquela que será conquistada a esse custo, mas tudo que venhamos a adquirir pagando esse preço não tem doce sabor, mas revela o gosto de fel, de arrependimento e de sal, que vem das lágrimas jorradas por nossos olhos, por não termos sido capazes de dizer não e não termos nos dominado nos momentos de desequilíbrio em que deixamos o orgulho, a inveja e a ganância falarem mais alto. É muito melhor chorarmos sobre a dor que alguém nos causou do que sorrirmos por termos feito alguém chorar.
Deixemos a espada de lado; a espada que mutila a esperança, corta a justiça, dilacera a fraternidade Não precisamos mais dela, e ela vai nos machucar nos momento de descuido. Uma espada abandonada nos passa a visão da serenidade do que quando empunhada, dando-nos a sensação de paz. A Cruz substituiu a lâmina.
Entre preservar e destruir, escolhamos o primeiro ato para que ao olharmos para trás tenhamos recordações prazíveis por termos sido capazes de optarmos pela porta estreita e não pelos amplos corredores que nos conduzirão ao abismo.
        Após o céu escuro os raios de sol vêm nos visitar. As lágrimas são o prenúncio de um sorriso, e tudo é renovação, tudo é evolução para aquele que continua caminhando e caminha acreditando na continuidade da vida e na vitória final, inevitável, do bem sobre o mal.
Autoria: Sidney

                                                                Capítulo 50
 Formas e Fôrmas
A busca pela aquisição de bens e valores efêmeros faz com que muitos se tornem implacáveis com pessoas e situações que ameacem seus objetivos. Registrou-se.
Contendas, trapaças e disputas são empreendidas no mundo business, na política, no mundo público e privado, onde o que prevalece é o lucro, acima de qualquer coisa. Registrou-se.
Jogadas e manipulações são exercidas para enganar e viciar, tanto  o consumidor quanto o empreendedor para que se venda ou se compre mais, fazendo com que ocorra disputa e dissensões. Registrou-se.
Quando a angústia surge em nosso caminho queremos sempre arrumar culpados para o que nos sucede. O que acontece, de fato, é que preferimos culpar alguém por nossas dores e arranjamos, assim, um pretexto para transferir a responsabilidade a alguém ou ao destino. Temos medo de nos enxergarmos e enfrentarmos os percalços. Derrotamos-nos interiormente e inteiramente, e com isso não conseguimos nos focalizar e perdemos o norte de nossos ideais, e muitas vezes ficamos em estado de choque e em alguns casos ficamos traumatizados.
Todos nós temos nossos complexos, nossas dores, traumas e frustrações que travam o nosso desempenho em certas áreas. Essas experiências ficam gravadas em nós, obstruindo a energia do campo mental que deveria ser emanada e concentrada em algum ponto. Alguns desses traumas, que podem ser dificuldade de falar em público, frustração sexual ou timidez, dificuldade para se relacionar, medo do escuro, medo de dirigir, de cantar, de se dedicar a uma arte, de perder o emprego, de morrer, de sofrer um acidente, de morrer alguém da família, de adoecer, de sermos caridosos e tantos outros temores, fazem com que levemos uma vida ameaçada e infeliz.
Ao passarmos pelas experiências que nos facultam esses estados, elas ficam registradas em nosso perispírito e em nosso psiquismo, locais estes onde todas as impressões e sensações que o corpo se submete, ficam registradas.
            O perispírito é o envoltório fluídico, semimaterial que serve de elo de ligação entre a alma e o corpo. É o intermediário de todas as sensações que o espírito recebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo. Ele é o molde ou arcabouço do corpo físico através do qual o espírito, enquanto agente molecular irá comandar fluidicamente as células que se condensam no corpo carnal. Efetivamente, é o perispírito que torna o espírito sensível ao mundo natural, agindo e reagindo ao ambiente. Ao mesmo tempo tudo o que o espírito percebe e vivencia, o perispírito registra em si mesmo, como um arquivo quer mantém todas as vivências do passado. O espírito o utiliza de acordo com suas necessidades evolutivas com o fim de formar seu corpo de manifestação e de atuação sobre a matéria. Concluindo, ele é como uma camada que envolve o espírito, sendo o modelador de nosso corpo físico e registra todas as impressões que o corpo material recebe. É o que o apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV, 44). É chamado de MOB (Modelo Organizador Biológico).           
Somos trinos: Espírito, Perispírito e Corpo. O corpo é a massa, o perispírito é a fôrma e o espírito é o fogo, a energia que, através do perispírito, modela o corpo físico. Como nele, no perispírito, estão gravadas experiências de todas as ordens, essas experiências são como uma saliência. Quando, então, o espírito vai emitir sua energia através do perispírito para formar o corpo, com a participação da energia do esperma do homem e do óvulo da mulher, aquele corpo sairá de acordo com as “marcas” que estiverem nesse perispírito. A forma é resultante do formato da fôrma. Um corpo são é o resultado de um espírito (energia) e perispírito( fôrma) sãos.. O que o corpo faz ou sente, ele transmite ao perispírito. Este, por sua vez transmite ao campo consciencial do espírito essas impressões. Espírito e perispírito   ficam marcados, e o corpo sorve estas marcas ao realizar o processo reencarnatório. Mas vejamos bem. Se o espírito se propõe a trabalhar e operar no bem, essas marcas e distúrbios poderão ser apagados pelo trabalho feito com amor.  Não há nada irrevogável. A forma com a qual vamos compensar nossas falhas depende de nosso querer. A dor será a solução quando a felonia e a rebeldia persistirem.  
 Se o espírito tiver tido uma vida desregrada, e que enquanto encarnado feriu, mutilou, matou, usou sua inteligência de forma errônea, em seu psiquismo e em seu perispírito estão registradas todas essas impressões. É por isso que crianças nascem fisicamente deficientes, com problemas mentais, dificuldade de aprender, traumas diversos, pois espírito e perispírito modelam o corpo biológico de acordo com o que “guardam” em si. Alguns desses traumas se manifestam e ocorrem na fase adulta.
Filhos não pagam por erros e pecados de pais. A cada um de nós será dado de acordo com o nosso merecimento, mas isso não quer dizer que as pessoas consideradas deficientes devam ser esnobadas e que devamos dizer “bem feito”, pois são filhos de Deus que precisam do carinho de seus pais e da compreensão da sociedade, para que possam se regenerar e redimir perante as Leis Divinas, imutáveis. E além do mais, todos nós temos nossas deficiências em algum ponto. Daí, concluímos que todos nós temos nossas limitações, sejam elas de cunho físico ou espiritual, mas relembrando aqui que o físico só retrata o que guardam o perispírito e o espírito: Agressividade, impaciência, intolerância, arrogância, vaidade, orgulho, soberbia, soberania, comodismo, egoísmo, megalomania, preguiça, fanatismo, indiferença, e demais traços que marcam nossa personalidade. Plasmamos nem nossos corpos o que causamos a nós e aos outros.
  Ao passarmos por nossas expiações e sermos educados com carinho e limites, aos poucos essas manchas vão se apagando. Não devemos ser tratados com dó, pois dó não se deve ter, mas compaixão, porque compaixão  é ver  a situação e procurar fazer algo, ao passo que ter dó ou pena é  ficar apenas no “coitado” e ninguém é coitadinho, mas todos precisam ser auxiliados.
 E alguns daqueles que são considerados deficientes físicos pelo CID (Classificação Internacional das doenças), quando na realidade são portadores de certas limitações, fazem coisas que muitos de nós não fazemos, como pinturas com os pés ou com a boca, têm  habilidade em práticas esportivas ou escrevem poemas e belos textos. Aqueles que vêm com uma anomalia mais evidente são seres que precisam de cuidados especiais e seus pais também o são, porque Deus os coloca sob os cuidados de determinadas pessoas porque  têm a capacidade e o dever de cuidar deles; têm muito afeto para lhes dar, desde que queiram.
A libertação dos traumas e limitações vem com a expiação reencarnatória que limpa as nódoas do perispírito e elimina a culpa do psiquismo. Mas tem como superá-los? Não há um trauma ou limitação que não possa ser superado. Todos podem e serão vencidos, independente de cor, sexo, origem, credo religioso e raça.
Primeiro: Paremos de culpar os outros por nossas infelicidades.
Segundo: Entremos em oração, não importa se é diante de uma imagem, em um quarto, na cozinha ou na igreja. Não importa se é uma  reza
decorada ou uma prece espontânea. O importante é que seja sincera.
Terceiro: Enfrentemos nossos medos, pois se não os vencermos eles nos dominarão e nos vencerão.
            Quarto: Assumamo-nos como realmente somos e percamos o medo
de errar. Na verdade nesses erros estão oportunidades de descobrirmos o que é certo.
        Quinto: Nunca pensemos que é tarde demais, que estamos velhos demais, que não vamos conseguir, que o mundo inteiro estará contra e que as pessoas vão rir de nós. Nunca é tarde para recomeçar.Não ficamos velhos, mas experientes. Vamos, sim, conseguir. O mundo não está contra nós. Nós é que nos rebelamos contra nós mesmos e aqueles que riem de nós hoje, amanhã alguém rirá deles; aqueles que hoje  vaiam serão aqueles que amanhã reconhecerão a grandeza de alguém.
            Quando nos dedicamos aos atos que trazem dor e infelicidade aos outros seremos vítimas deles, antes que o galo cante.
Quando nos empenhamos no trabalho edificante, o retorno se fará presente quando mais precisarmos. Dediquemo-nos às causas nobres e teremos a Justiça Divina como nossa advogada, defensora e juíza que julga a todos sem se vender e sem se corromper.
As coisas da Terra passarão, inevitavelmente. E após ocorrer nossa decadência material ou nossa decepção com as perdas, por termos nos focado apenas nas coisas terrenas, ficamos a nos lamuriar e a nos debater. Somos removidos de nosso centro de equilíbrio, ainda instável, pela colisão das energias insalubres e situações e algo inesperado se dão: Praticamos atos os quais amarguramos, posteriormente e nesses momentos, se não pararmos, vigiarmos e orarmos, agiremos descontroladamente e despertaremos em nós e nos outros a fera adormecida de nossas memórias pretéritas onde o instinto sobrepuja a razão. Depois de acontecer, deixamos transparecer em nossos olhos o arrependimento por termos feito algo e sentimos saudade daquilo que tínhamos ou do estado em que nos encontrávamos. Pensemos bem antes de tomarmos determinada atitude. Não deixemos que a fúria nos domine e nos aniquile.
Por tudo isso que, passar revista sobre nossas ações, é primordial para sabermos quem fomos, o que somos e quem poderemos ser. E a melhor maneira de sabermos como estamos indo é através da seguinte proposta: Se hoje eu me despedisse da Terra o que apresentaria do outro lado da vida?Se Jesus me chamasse hoje para sentar em um banco ao lado dele, o que será que eu diria? Eu tentaria olhar em seus olhos, mas não sei se suportaria o brilho deles. Ali seria o momento de rever tudo o que fiz, falei, pensei, causei e vivenciei. Era chegada a hora, a vez de avaliar e escolher uma forma de reparar minhas faltas. E diante dele, não há como esconder a verdade. Ninguém consegue porque Ele pode ler o mais íntimo de nossos sentimentos e intenções. O julgamento feito por Jesus é aquele baseado não no que dizemos, mas no que fazemos. Eu posso ter falado nele, tê-lo admirado, gritado o nome dele, mas será que andei como Ele andou?Ele pediu para que eu não matasse e nem roubasse. Será que fiz isso? Talvez eu não tenha matado e roubado do modo que julgo o que seja um roubo e um assassinato, mas e as vezes que matei a esperança no coração de alguém dizendo que ele estava errado, criticando maldosamente o que estava fazendo. Quando menti para que minha verdade prevalecesse. E Quando matei o sonho de alguém colocando esse sonho como impossível de se realizar ou como algo sem importância? E quando deixo comida desperdiçar em minha casa, deixando outras pessoas morrerem de fome? E quando dizemos que fulano, cicrano fez ou faz algo sem termos a certeza disso?
Quando roubo o trabalho de alguém, tendo dois, três ou mais empregos, quando apenas um supriria todas as minhas necessidades básicas, não é um roubo?  Quando furto a liberdade e o tempo de alguém, achando que ele deve estar sempre por minha conta? Quando uso minha religião para forçar os fiéis a dar dízimos exorbitantes, usando o nome de Deus para isso, qual é o nome desse ato? E como estão nossos guarda-roupas?  Compramos sapatos, roupas para alimentar uma compulsividade, deixando com que elas estraguem, sem ter a coragem de doar para quem sente frio sob uma marquise ou debaixo de uma ponte.
Deus concede a cada um, de acordo com sua busca e esforço, inteligência. E o que estamos fazendo com ela? Estamos construindo armas nucleares ou vacinas contra doenças? Estamos curando os enfermos ou nos aproveitando da situação para lucrar em cima da dor e das doenças, vendendo planos de saúde e medicamentos a preços astronômicos, ou negando atendimento médico pelo fato da pessoa não ter dinheiro para pagar
uma consulta ou exame?
Usamos nossa capacidade para criar armas com um alto poder de fogo, e enquanto isso milhares morrem nas filas de hospitais e prontos socorros, e muitos vivem em favelas, sem direito a saneamento básico e acesso à educação.
 O avião encurtou distâncias, aproximou nações, mas nem todos têm poder aquisitivo para embarcar em um voo. Seria melhor o avião não ter sido inventado, então? Óbvio que não.
 As Bombas de Hiroshima e Nagasaki e o ataque ao World Trade Center são falhas de mentes e corações mal trabalhados. É o resultado da opressão, da revolta, falta de compaixão e de altruísmo.
E  quanto  à nossa terra, o que estamos fazendo dela? Instrumento de
lucro, depósito de lixo, lugar de despejo de dejetos contaminados, desmatamentos, desperdício de água...
Nossos ancestrais, os ameríndios, as tribos indígenas e todos aqueles que nos antecederam e tiveram respeito com a Mãe Natureza estão preocupados com o que estamos fazendo, e estão voltando junto com aqueles que não amaram essa terra para reverter essa situação. Uns vem por amor, outros por obrigação. Somos chamados de civilização, mas vamos observar mais os animais para aprendermos com eles sobre valorizar a natureza e vivermos junto dela, sem destruí-la.
Quando deixarmos de ser profanos, monstros covardes, deixaremos
de ser um grão de areia para sermos colaboradores, mais fortes, de Deus.
O ouro é temporário. O dinheiro apenas passa por nossas mãos, não somos donos dele. É empréstimo do Pai.

Dois Mil Anos
Uma nova luz no céu brilhou
E um novo tempo começou,
Todos esperavam esse amanhecer.

E o mundo se encheu de paz,
E a guerra não existe mais,
E agora posso abraçar você!

Todo o ódio foi, então, extinto,
O amor é tudo que eu sinto,
E só ele é capaz de transformar.

Tenha fé em Deus, ame muito a vida,
 Todo sofrimento tem uma saída,
 Deixe a esperança, agora, te encontrar.

E um anjo veio me falar
 Que a Deus eu precisava amar
E que o próximo eu preciso querer bem...

Dois mil anos se passaram, então,
 Hoje vejo que ele tem razão
Por ter perdoado e não julgar ninguém.

Todo o ódio foi, então, extinto,
O amor é tudo que eu sinto,
E só ele é capaz de transformar.

Tenha fé em Deus, ame muito a vida,
Todo sofrimento tem uma saída,
 Deixe a esperança, agora, te encontrar.

Jesus não está à venda. Ele está nos esperando, de braços abertos, para uma conversa que teremos, inevitavelmente, um dia, com Ele. Façamos o possível para que essa conversa seja produtiva. Ela pode ser agora. Pense no que você tem feito, o que está pensando em fazer, e peça a Jesus para lhe inspirar a tomar a decisão certa. Se assim não fizermos, estaremos destruindo vidas, matando, roubando, transgredindo todas as Leis Santas exemplificadas pelo Mestre.  E o julgamento a ser feito, por nossa própria consciência, será avaliado por Ele. Ele não nos condenará, mas teremos que aprender a amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Agindo de acordo com o que o Mestre Divino nos recomendou, essa conversa com ele poderá terminar em lágrimas de emoção ou de decepção, mas de qualquer forma ela será produtiva, já que estar com Jesus representa aprendizado e renovação.     
Autoria: Sidney           

                             
Capítulo 51
Fé e Sintonia
A evolução tecnológica nos últimos anos deu um salto ciclópico. A telefonia móvel tem criado aparelhos celulares com recursos variados. Nunca se teve tanto acesso a tantas informações como hoje acontece. Os aviões, automóveis, computadores, televisores mudam de modelo e de configurações aceleradamente.
Mesmo com tudo isso e com a utilização de aparelhos sofisticados nossos cientistas e estudiosos não acabam com os problemas que assolam a humanidade tais quais a fome, a violência, as desigualdades, a corrupção e as doenças, e situações assim exercem uma forte influência sobre as pessoas, deixando-as desacreditadas de uma melhoria no contexto humano, incrédulas no bem diante de tudo isso.
É preciso reagir, não se intimidar. Tenhamos a pretensão de mudar o mundo e proponhamos a fazer algo.
Faça uma oração, uma prece.
Cante uma canção de amor.
Envie um e-mail, uma mensagem pelo celular, uma carta pelos Correios, um pensamento benéfico, mas reaja e faça alguma coisa.
As notícias degradantes que chegam até nós de diversas formas são tramas de grandes inteligências, encarnadas e desencarnadas, que pretendem contaminar as pessoas com o vírus do desânimo e do pessimismo, tirando de nós a vontade de caminhar rumo ao nosso aprimoramento. Canções, filmes, novelas, sites deturpadores de esmerado valores são sugestionados por seres espaciais, que estão em nossa volta, perto de nós, dentro de nosso espaço, influenciando-nos constantemente. Muitos deles, saudosos de suas terras natais, já que não podem voltar à elas, pois não acompanharam a evolução de suas moradas, ou por estarem numa situação de revolta e infelicidade, fazem o mesmo à nós. Por serem infelizes querem nos ver assim, também. Não podemos ficar a mercê dessa sedução.
 Quando se fala em influência espiritual,  dá-se a impressão de que os espíritos voltados para o mal fazem conosco o que querem, mas não é assim. Na realidade, eles fazem a nós o que queremos. Eles se aproveitam de nossa emanação fluídica conspurcada em forma de pensamentos, pensamentos esses que captam o que temos em nosso campo sentimental, e multiplicam essa carga para nos envolver em um emaranhado trevoso. Comandados por células flamejantes de orgulho, mágoa e revolta aguardam apenas por um toque divino em suas feridas, e nós podemos ser os intermediários dessa ação.  O medicamento para nos livrarmos dessas contaminações é antes de tudo nos libertarmos da ociosidade, porque mente e tempo vazios são oficinas de trabalho e morada  de  várias  entidades  perdidas nas cavernas obscuras da ignorância. A intenção da mudança de comportamento é fazer com que brote em nós, e neles, os bons sentimentos. A repercussão ocorrerá, pode acreditar.
   Tudo o que pensamos, planejamos, falamos e fazemos reflete de alguma forma. Por que, então, pensar e falar de guerra, da vida alheia, gritar, se irritar? A vida terrena é tão breve para ficarmos perdendo tempo com coisas fúteis e nos desgastando. Guardemos em nossas lembranças os dizeres de sabedoria que ouvimos desde pequeninos como “as pessoas boas sempre vencem”, “ o bem sempre vai vencer”, “temos o que merecemos”.
Proferir palavras edificantes, deixando de lado as palavras de vibrações negativas e crermos na Justiça Divina, empenhando-nos nas atividades voltadas ao bem,  é dar início a uma caminhada que nos conduzirá ao topo de uma montanha de onde veremos as  maravilhas da vida e estaremos inacessíveis ao mal. Confiemos em Deus, em todos os momentos, pois as boas inspirações  manifestarão. Ao nos depararmos com os problemas, dificuldades e dores diversas, nos sentimos sem saída e meio que perdidos, e são nestas horas que precisamos ter fé e confiar que no momento certo a ajuda virá.
Francisco Xavier Pereira, radialista e fundador da Rádio Educadora AM e FM na cidade que hoje resido, Ubá, Minas Gerais, em um de seus programas denominado de o Momento do Ângelus, no qual ele abordava as questões religiosas de uma forma bem ecumênica, citou uma frase de Santo Agostinho que ressalta o que é ter fé: “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva o resto.”
Que sábia colocação, hein?
Confiar em Deus não é tão simples como nos parecia. Nas dificuldades do caminho, nos momentos de tristeza, achamos que o Pai nos abandonou; nos sentimos desprotegidos e tudo parece ruir. Mas devemos nos erguer. Nós não estamos sozinhos. Deus, Jesus, e todos os trabalhadores do Alto estão trabalhando constantemente em nosso favor. Esses momentos de fraqueza ocorrem para buscarmos força dentro de nós e crescermos, aprendendo a, futuramente, caminhar sozinhos. Tragamos em nossas mentes a seguinte frase: Deus me ama e jamais me abandonará. Assinemos a folha e deixe que Ele escreva em nosso caminho.
Ficando em nosso centro crístico estaremos envolvidos e protegidos por um campo de benigno valor energético, e nos livraremos daquela redoma onde o gigante monstro insalutífero do pessimismo não nos alcançará.                                               

    A espiritualidade corresponderá à nossa fé desde que tenhamos coragem para irmos à luta, mesmo sem recursos visíveis para isso. Entreguemos nossas preocupações nas mãos de Deus e confiemos, na certeza de que não há escuridão que resista aos raios de sol de um lindo amanhecer.
Autoria: Sidney


                                                                 Capítulo 52
Kardec e Jesus. A Casa e o Lar
Allan Kardec deixou inscrito em uma lápide em seu túmulo os seguintes dizeres: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”
Jesus há mais de dois mil anos, nos disse “eu não vim destruir a lei”.
A Lei de Evolução é Lei de Deus. Para que ela se faça, necessário nos é nascer de novo. Nesse nascer, viver, morrer e renascer conquistamos conhecimento, desenvolvemos a inteligência e adquirimos sabedoria. Nada é por acaso. Após nascer vem a infância. Ela é a época de recomeço para o espírito. Por isso se você terá um filho, ame-o e receba essa criança, mostrando-a que ela será bem vinda e amada dentro do lar que a aguarda. Dê o melhor a ela. Quando falamos do melhor não é o brinquedo mais caro, a roupa de marca, o último modelo de computador, uma conta bancária ou aquele vídeo game de última geração, mas sim dar o melhor de nós, orientando-os para a direção certa,  ensinando-os a estudar com seriedade, ser tolerante, ser amigo dos animais e defensor da natureza, exercer um trabalho honesto, votar conscientemente, praticar exercícios físicos sem paranoia, ler livros, assistirem programas e ouvirem músicas que os tornem mais amorosos.
Um lar não é construído só com uma casa. Tem-se falado muito em o “sonho da casa própria”, mas e o sonho de uma família feliz, fica para quando?... Muitas vezes a casa própria, que não é propriedade de ninguém, é o foco de muitos, entra ano e sai ano.
Demonstrações de afeto são extremamente importantes dentro de um lar. Beijos carinhosos, sexo com amor, um aperto de mão, um sorriso sincero, gestos fraternos implicam num antídoto contra males, diversos dentro e fora de casa, na evolução de nós espíritos. Aquele abraço cheio de carinho pode fazer um milagre na vida de alguém ou em nossas vidas.
Você pai, você mãe que está lendo este livro, não pensam em abraçar seus filhos? E você, filho, não pensa em abraçar seus pais? É uma troca de energia benéfica que devíamos permutar mais vezes. Você já abraçou aquela pessoa que há tempos convive contigo ou que você não a enxerga faz tempo?
Por  causa  de  diversos  preconceitos existentes em nossa sociedade,
muitas pessoas têm medo de se abraçarem. Pensam que se um homem abraçar outro, ou uma mulher abraçar outra mulher, ou amigos se tocarem, estão interessados em algo mais íntimo ou aquilo é o prenúncio de uma relação sexual. Mas nós não podemos dar ouvidos a esses comentários provenientes de mentes poluídas e línguas maldosas. As pessoas que pensam desta forma estão transferindo para as outras suas reais intenções, ou intenções camufladas. Agem assim por desconhecerem o afeto e a amizade. Não deixemos de abraçar nossos familiares e amigos, de beijá-los e de manifestar apreço por eles, pois talvez tão cedo teremos outra oportunidade para fazermos isso.
Outro grande transtorno em relação ao relacionamento familiar é o tal do ciúme que muitos dizem que é o tempero do amor, mas que na realidade é o sal em acesso e a pimenta de uma convivência. Atitudes ciumentas só vêm comprovar a falta de confiança na pessoa com a qual mantemos relação e a falta de confiança em nós mesmos. Ciúme é próprio de pessoas inseguras, frágeis, que se sentem incapazes de manter uma relação saudável e têm medo de perder a companhia. Está aí uma doença que tem estragado a vida de muitos. Se não temos confiança em alguém, procuremos trabalhar isso, caso contrário, estaremos sempre preocupados, pensando onde esse alguém deve estar e com quem estará. E se de repente confiarmos em alguém e formos traídos, não nos entristeçamos. É melhor sermos traídos do que trairmos, porque quem trai mostra a incapacidade de se amar, de amar, de ser fiel e de reconhecer e valorizar quem está do lado, mostrando o quanto é ingrato, ao passo que confiar, demonstra que já acreditamos no ser humano e temos dentro de nós a convicção de que não trairemos. Quem não trai reconhece o amor, luta contra as tentações, respeita as pessoas com as quais convive, porque ao trairmos não traímos apenas cônjuges, mas filhos, famílias, e a responsabilidade é de ambas as partes. Ninguém trai sozinho. Se houve o ato, foi com o consentimento de duas, três ou mais pessoas. Quem ama não trai. Quem  ama não aceita ser traído. Quando falamos em não aceitar ser traído não é recomendar que se faça loucura como bater, matar, beber até cair, mas sim em dar uma solução à situação de uma forma equilibrada e, se achar que será melhor para todos os envolvidos sair da vida da pessoa, indo em busca de novos rumos. Se alguém não nos deu o devido valor outro alguém  dará.
Outra coisa que observo, também, é que em algumas relações, um dos cônjuges ao ser traído, faz vista grossa. Por comodismo ou interesse financeiro, pois tem uma vida material confortável, deixa rolar a situação como se nada tivesse acontecendo. Isso é falta de amor próprio. Ao deixarmos esse tipo de coisa ocorrer é como se estivéssemos falando para a pessoa que ela está certa em continuar errando e que pode continuar nos enganando.
Algumas mães ou pais alegam permanecer como casados por causa dos filhos. É uma boa intenção, porém há outras saídas. Um dia, ao crescerem, os filhos entenderão, e mantê-los na companhia de alguém que não nos respeita e nem a eles não é uma boa educação. Que exemplos terão esses filhos? Às vezes a melhor coisa a ser feita é sair da vida de alguém ou tirar alguém de nossas vidas, sem violência, e buscarmos outros caminhos. Encontraremos alguém que vai nos estender a mão, e além do mais é muito melhor estar sozinho do que acompanhado por alguém que não nos dá apreço.
Reflitamos acerca disso e passemos a amar nossos entes queridos, protegendo-os, abraçando-os, repreendendo-os, se necessário, para assim termos uma família feliz. A família é um componente estrutural de uma sociedade, e como tal deve ser preservada, respeitada, valorizada e amada. Apesar de isso ocorrer, frequentemente, ninguém tem o direito de violentar os direitos familiares, e aos pais e as mães, que são os patriarcas da família, cabem, enquanto puderem, prover o sustento  e a subsistência de seus filhos. E aos  filhos  cabem cuidar dos pais, não deixando-os desamparados. E a nós, membros de uma sociedade, cabe zelar para que a família tenha proteção e entender que sob o céu e sobre a terra somos uma única família.
 E mesmo que haja a separação do espírito e da matéria, através do fenômeno chamado morte, continuamos a ser uma família. A morte não separa famílias ou seres afins. Por isso, quando um ente querido partir para a pátria espiritual pensemos nele com carinho, recordando dos momentos de paz, amizade, agradecendo-lhes por terem estado conosco em nossa jornada terrena para que possam continuar o aprendizado do outro lado da vida.
Nunca nos esqueçamos de que todo casamento começa com um namoro, que todo namoro começa com um encontro ou desencontro, e antes deles, o homem e a mulher saíram de suas residências e vão procurar no outro aquilo que tiveram como base dentro de casa. Se essa casa foi um lar, construído com a vivência harmônica pautada em bons sentimentos, teremos mais um lar como este. 

Corações vazios
Ando pelas ruas, vou pela cidade, procurando um gesto de amor.
Pássaro ferido, sem dignidade, queria ser um trabalhador.
E a nossa justiça é tão corrompida, é vendida a quem puder comprar;
E a nossa cobiça, terra destruída, ameaça que vem nos rondar.

Onde estão as flores e a natureza viva,
Homens sem amores fecham todas as saídas,
Corações vazios batem ponto nas marquises...
A falta de amor é a pior de todas as crises.

Nós abandonamos as crianças e os velhinhos,
Negamos a eles um pouquinho de carinho;
Retiraram deles todas oportunidades,
Trocam a justiça e escondem a verdade.

Jogo de interesses, falsas aparências, casamentos feitos sem amor.
Filhos complicados, mundo abalado, jogos, guerras de computador.
Drogas espalhadas, casas mal fechadas, mente frágil com falso valor.
 Ética apagada, alma violentada, esqueci do Mestre Salvador...

Onde estão as flores e a natureza viva,
Homens sem amores fecham todas as saídas,
Corações vazios batem ponto nas marquises...
A falta de amor é a pior de todas as crises.

Nós abandonamos as crianças e os velhinhos,
Negamos a eles um pouquinho de carinho;
Retiraram deles todas oportunidades,
Trocam a justiça e escondem a verdade.

A casa é útil, mas o lar é primordial.
A casa abriga a matéria, o lar acolhe o espírito.
A casa é feita de elementos materiais, o lar é construído de valores espirituais.
A casa protege da intempérie, o lar das más influências.
A casa cai, mas o lar permanecerá.
A casa precisa de reforma, o lar precisa de amor.
A casa mostra ao mundo o que temos. O lar revela ao mundo o que somos.
Após o casamento vêm os filhos, e o nascimento ou a vinda de nossas crianças representa uma nova oportunidade de recomeço para ambos. Por isso abracemos e vivamos ao lado delas para que cresçam sabendo que entre as enganações que o mundo nos oferta e elas, optamos por elas. E essas crianças crescerão, se encontrarão, namorarão e se casarão e formarão famílias, dentro de uma casa ou dentro de um lar?
 Todo lar é uma casa, mas nem toda casa é um lar.
Autoria: Sidney

Capítulo 53
Hábitos e Essência
Uma das maiores dúvidas que intriga a humanidade são as diferenças   e anomalias pertencentes a cada ser.
Por que uns agem de uma forma e outros de outra maneira?
Por que temos pessoas pacíficas e outras descontroladas?
Por que muitos adoecem e outros são saudáveis?
Cada um de nós tem aquilo que podemos chamar de unicidade. É a personalidade, a individualidade, que cada um tem. Concordamos em alguns pontos, discordamos em outros, entendemos certas coisas e outras não conseguimos assimilar. Por isso, tem-se a necessidade, para aquele que quer compreender a vida, de estudar a evolução do espírito.
Em parte, somos o produto do meio em que vivemos. Influenciados por agentes que nos rodeiam tornamo-nos uma parte deles quando não o fazemos inteiramente. A convivência com esses agentes e nossas ações farão de nossas vidas uma bênção ou uma desventura.
 Por outro lado temos nossas ideias e convicções. A inexperiência, a imaturidade e a rebeldia é que fazem com que erremos. Esses erros produzem consequências e enfermidades em nós; daí  vem o desejo de livrarmos delas.
Há um provérbio que diz “diga-me com quem andas que eu lhe direi quem és”. Podemos expandi-lo ressaltando que “diga-me com quem andas que eu lhe direi o que você poderá se tornar”, ou "diga-me o que você pensa e faz que eu lhe direi quem está do seu lado". Nossas companhias, físicas e espirituais, poderão nos influenciar e nos conduzir a diversos caminhos, caso não reflitamos e nos deixemos levar.
Homens situados na história da humanidade fizeram de suas vidas um ato de amor ou de predação. Os primeiros tiveram boas companhias e quiseram ouvi-las. Os segundos não as tiveram, ou se as tiveram preferiram não lhes dar atenção.
Traficantes, estelionatários, sequestradores, assassinos são exemplos dessas situações. Se alguém tivesse segurado em suas mãos e lhes falado das coisas boas,  se tivesse prestado atenção em suas aptidões, colocando limites, dando-lhes amor, se lhes dessem ouvidos, eles poderiam seguir outro caminho e suas vidas teriam sido diferentes. Mas mesmo com toda frieza que têm são seres com uma essência divina alojada bem no íntimo, encoberta por uma gleba escura. A partir do momento que forem tratados com respeito, e não medo ou raiva, essa semente divina germinará e atravessará esse solo escuro e produzirá proficuamente. As boas atitudes sempre florescerão no mais árduo coração. Nada resiste ao bem, nada resiste ao amor. Eles podem abandonar essa “causa” que têm, quando perceberem que não passam de um instrumento de uso de suas próprias intenções torpes ou desejos alheios decaídos para atingir fins destrutivos.
Uma das causas de nossas repetições reencarnatórias se deve ao fato de sermos muito orgulhosos e termos medo de mudar, de reconhecer nossos erros e tomar novos rumos. Certas coisas vêm em nossas vidas exatamente para nos fazer tomar outra direção. A dor, as desilusões, as doenças e as consequências do que fazemos é o bisturi divino a cirurgiar em nós nódulos e cancros causados por nossas escolhas.  É material de limpeza do espírito.
Há tempos atrás, quando cometia algum erro, por mínimo que fosse, em qualquer esfera de ação, ficava a me culpar e a lamentar o que havia feito de errado. Achava que tinha que ser perfeito. Hoje, graças ao bom Deus, à Jesus, à Doutrina Espírita, à auto reflexão e à todos os emissários do alto, estou aprendendo a reconhecer nesses erros, em que e onde tenho que melhorar. A cobrança da perfeição me castigava e me impedia de avançar rumo aos meus propósitos. Descobri, com muita resistência, que não sou perfeito, mas posso ser.
Onde vemos e imaginamos ter erros, são, na verdade, oportunidades. Somente quando aceitarmos que não temos o controle de tudo na vida e que imprevistos ocorrem, sempre, e sabermos lidar com isso, sem apavoramento, mas procurando a solução sem radicalismos e agindo com firmeza e brandura é que nos libertaremos. Não podemos controlar tudo, mas podemos nos controlar. A vontade de não errar é importante, mas precisamos entender que somos imperfeitos. Com isso, não podemos acreditar que devemos ficar felizes e continuar errando, precisamos ficar atentos e nos empenhar para não repetirmos esses erros e cometermos outros.
E o que é um erro? Erro é tudo aquilo que vai contra a lei de amor. Quando negligenciamos esta lei, vêm efeitos que serão sempre mais pesados, de acordo com nossas intenções e de nosso grau de entendimento e conhecimento. Exemplo: As drogas fazem mal à saúde. Isso é fato, provado e comprovado. Aquele que sabe disso e se droga tem um compromisso maior e sentirá muito mais as consequências do que aquele que fumava há cem anos e não tinha acesso a essas advertências. Quanto maior é o nosso conhecimento maior é o nosso compromisso, e o comprometimento com a tarefa de nos libertar, tendo esses conhecimentos, depende de nossas vontades. E as atitudes, as quais no princípio são inibidas, acanhadas e geram recaídas, tornam-se constantes. O fortalecimento e a resistência vêm com o tempo, mas devem ser iniciados para que possam expandir-se. Por isso quando começamos a fazer algo não se deve pensar em êxito ou fracasso porque ambos poderão acontecer. A sabedoria consiste em aproveitar o fracasso para que tenhamos êxito. Se não soubermos reiniciar, a sensação de culpa e a insatisfação nos inúmeros círculos da vida farão com que vivamos deprimidos e sem expectativas. Por isso o uso da palavra mudança.
Se você não está feliz em seu trabalho, com o curso que está fazendo, em seu namoro ou casamento, com o seu corpo ou qualquer outra coisa na vida, pense no que pode ser feito. Procure outro emprego, faça outro curso, mude seus hábitos alimentares, faça exercícios físicos, converse com seu namorado ou esposo e tentem encontrar o que está indo bem e o que pode ser feito para melhorar o que não está. Se deixarmos as coisas acontecerem de qualquer jeito, ficaremos infelizes e faremos outras pessoas infelizes, porque viver insatisfeito gera um campo vibracional negativo em nossa volta. Observe-se também. Talvez a causa de sua infelicidade não esteja nas coisas externas, mas em seu interior. Talvez seja a não aceitação de si mesmo. Vá visitar um doente ou um amigo que você não vê já faz algum tempo, doe algumas roupas, alimentos, agradeça a Deus pelo que você tem e lembre-se de que você pode não ter tudo que deseja, mas deve desejar aprender a amar, agradecendo tudo o que tem. Dê um telefonema para aquela pessoa que mora em outra cidade, dê um abraço em alguém, adote uma criança ou um animal abandonado, desfaça aquele mal entendido que ficou entre você e outra pessoa, vá ouvir uma música que você goste ou aquele filme que te faz bem. Fale bom dia às pessoas, converse com as plantas, com seus bichos, vá passear na casa da vizinha. Brinque com seu filho, seja criança junto com ele, elogie o almoço ou o lanche que a pessoa preparou. Dê uma flor, mesmo que colhida no mato, para quem você gosta. Chame a cozinheira para sentar-se na mesa junto com você e sua família, entendendo que somos todos iguais. Fale de paz, amor, vida, alegria, e verás como a atmosfera mudará. Devido ao nosso orgulho por não pedir ajuda e não mudar de vida, acabamos nos matando, direta ou indiretamente, achando que tudo se resolverá.
E quando falamos em nos matar, devemos lembrar que o suicídio é a forma mais curta de ir ao encontro do sofrimento. Desistimos de nós, nos entregamos aos problemas, e Deus é ignorado. Por isso, tire a ideia de suicídio de sua cabeça. Você não vai morrer e desistirá de um problema arrumando outro muito maior, porque a vida continua e os problemas precisam ser solucionados, e não ignorados. Se você tem um motivo para suicidar tem dez outros para não fazê-lo:
Você tem seus pais, o cônjuge, filhos.
Um animal de estimação, o céu, as estrelas.
Tem amigos, sonhos, tem Deus, tem Jesus.
Tem sua religião, seu esporte, a natureza.
Tem seu trabalho e muitas outras coisas, é só observar.
Se algo não está te agradando, mude então. Não seja presa de nada.
Pratique outro esporte, converse com alguém mais velho, sorrie para as crianças. Abandone os sentimentos pessimistas que habitam em você e se renove.
O mundo não é nosso e não pertencemos a ele, apenas navegamos por suas águas. Querer domá-lo ou tomá-lo só irar nos desgastar. O domínio do campo material não vem com o domínio, mas com o desapego.
Pare com essa correria. Aonde você quer chegar? Se persistirmos nesse ritmo o que nos restará é chorar faustosamente pelos amigos que se foram, o tempo que se escoou, as boas obras que poderíamos ter feito e pelas palavras de amor que não foram ditas...
Perdoe, sempre,  por mais difícil que seja. Entenda que a ausência de Deus e Jesus nos corações humanos é a causa de todo sofrimento.
Nossos irmãos que agem violentamente no mundo da criminalidade estão assim por terem sido discriminados, às vezes,  por eles mesmos. Talvez eles não conheciam outro mundo além daquele de pirataria e invasão dentro do qual cresceram. Se alguém tivesse lhes apresentado a outra face da vida, seriam diferentes.
O maior erro que cometemos é pensar que o outro nunca vai mudar. Vai sim, quando dermos instrumentos e tempo a eles para realizarem essa mudança, sem forçar, e estender nossos braços quando  caírem.
Não fique preso a velhos hábitos e conceitos que não dão mais resultados. Mude. Não tenha medo de pedir ajuda ou de ajudar. Confie em Deus.

O Alpinista.
Um experiente alpinista saiu certa vez para escalar uma montanha rochosa que há tempos queria subir.
 Quando começou a subida, estava o dia ainda claro. Aos poucos ele foi subindo, sem dar conta do tempo, e ficou empolgado por estar se saindo bem em seu feito.
Quando deu por si, percebeu que já estava começando a escurecer e decidiu descer. Mas no meio da descida a escuridão se fez completa e ele ficou sem roteiro. De repente um estalo, a corda se rompe, e ele cai.
Mas a corda se prende em algo e sua queda não é total. Ele fica preso junto com a corda, apavorado. Lembrou-se de Deus e rogou:
        __Meu Deus, me ajude! O que devo fazer?
__ Solte a corda... Uma voz respondeu
Repetiu o pedido, e a voz tornou-se:
__Solte a corda!
O alpinista pensou estar imaginando ouvir coisas, mas a voz se fez:
__Solte a corda!
 O alpinista não confiou e não a soltou.
A noite passou. Muito frio, neblina, vento...
No outro dia, seus amigos foram procurá-lo, pois estava demorando e encontraram-n,o já sem vida, a apenas dez centímetros do chão...

   O alpinista não confiou. Apegou-se a hábitos antigos e perdeu sua vida.
          É preciso que deixemos de lado os velhos hábitos infelizes e ouçamos
a  voz  de Deus  que ecoa em nossas almas.  Percamos o medo de tomar
novos rumos. Deixemos nossos hábitos improdutivos de lado. Deixemos o
hábito da ociosidade, de falar mal das pessoas, de comer demais, falar demais, trabalhar demais ou de menos, fazer bem de menos, cumprir com nossas obrigações de menos, e vamos nos dar oportunidade de recomeçar, percorrendo outro caminho.
Nossa vida poderá ser mais ou menos.
Mais ou menos feliz.
Mais ou menos triste.
Mais ou menos rica.
Mais ou menos pobre.
Mais ou menos aproveitada.
Mais ou menos perdida.
Nossa vida poderá ser tudo ou nada.
Tudo ou nada de bom.
Tudo ou nada de ruim
Tudo ou nada de belo.
Tudo ou nada de descolorida.
Tudo ou nada de importante.
Tudo ou nada de valor.
Tudo ou nada de nada.
 Tudo ou nada de tudo.
Existe o nada? Ela poderá ser nada diante de tudo, mas só nada ela não poderá ser. Ela poderá ser tudo ou nada de Deus...
O que ela pode ou não será de acordo com o que quisermos fazer dela. Ela pode ou não... Nós podemos ou não...
Vida e você. Ela e o seu querer.
Substituamos a doença pela saúde, a guerra pela paz e a mentira pela verdade. Adquiramos o hábito de amar a vida! É tudo ou nada que nos resta a fazer para que ela seja mais de tudo ou menos de nada.                                    Autoria: Sidney 

Capítulo 54
Pensamentos e Pensadores
Em todas as épocas da Humanidade sempre tivemos a presença de filósofos, cientistas, pensadores e trabalhadores que vieram trazer ideias novas ou descobertas, facilitando a vida ou alertando-nos sobre a necessidade da mudança. Podemos citar o filósofo grego Sócrates, 500 a.C, que falou claramente sobre a imortalidade da alma e o retorno do espírito à vida corporal quando disse: O homem é uma alma encarnada. Após a nossa morte, o gênio, daimon ou demônio, (a palavra daimon, em sua acepção original, não tem o sentido de designar uma criatura do mal; ela significa apenas gênio. Depois de certo tempo que começou a ser empregada para designar uma entidade maligna), que nos fora designado durante a vida, leva-nos a um lugar onde se reúnem todos os que têm de ser conduzidos ao Hades, (invisível) para serem julgados. As almas, depois de haverem estado no Hades  o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos.
Podemos relembrar de Albert Einstein contribuindo enormemente com a Física, Guido d'Arezzo, o monge italiano, nomeando as notas musicais  Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá Si, Santos Dumont e a descoberta do avião, Alexander Fleming e a descoberta da Penicilina, antibiótico que elimina infecções. Temos também a descoberta da anestesia que permite cirurgias, evoluindo através dos tempos.
Através disso percebemos que Deus sempre trabalha e sempre nos envia a solução para nossos males, sem nos relegar ao descaso e ao abandono.
Constantemente, ao sofremos perdas, materiais e humanas, desilusões amorosas, ingratidão por parte de alguém, ficamos a lamentar a sorte e nos sentimos excluídos do amor de Deus.            Isso ocorre, porque ainda não aprendemos a ver o Criador como Ele realmente é. Ficamos por imaginá-lo como uma pessoa de sentimentos e tendências iguais às nossas.
Faz-se necessário entender que Deus é a perfeição absoluta e não nos avalia como avaliamos os outros, quando fazemos isso com interesse, rancor e ressentimento. Imaginar, por exemplo, que um filho paga por um erro de seu pai, que alguém sofre as consequências de atos que não praticou, é ver esse Deus como injusto e incoerente.
Deus é imaterial, onipotente, onipresente e soberano. Se Deus fosse material estaria sujeito às transformações da matéria, se desintegrando como ela. Sendo onipotente, onipresente e soberano concluímos que o Universo está sob uma força poderosa, abrangente  e harmoniosa.    
Quando enfrentamos situações de perda não devemos pensar no que perdemos, mas valorizar o que  temos.
Se não enxergo de um olho, tenho o outro.
Se não enxergo dos dois, posso ouvir as vozes de meus amigos e lindas canções e sons.
 Se não posso ouvir, posso sentir o toque das pessoas em mim.
Se não tenho braços, pernas, não vejo, não escuto, parecendo que não tenho mais nada, tenho um Ser Supremo que me criou e que me ama. E se assim estou hoje é porque há a necessidade de me redimir perante minha consciência e das leis que infringir. É o corpo que apresenta as limitações para aprimorar o espírito.
No capítulo passado conversamos sobre o suicídio. Desistir da vida é um dos maiores equívocos que podemos cometer. Quando praticamos ou pensamos em praticar o suicídio, é sinal de que não temos fé no poder de Deus e em nós mesmos e nos entregamos diante das dificuldades.
Os espíritos nos contam, em diversas obras, por quanto sofrimento passaram algumas pessoas por terem se suicidado. Ouviam os gritos de desespero de familiares, sentiam as dores atacarem o íntimo de seus seres.
Existe o suicídio direto e o indireto. O primeiro é quando tiramos nossas vidas através de um único ato. O segundo é quando vamos, aos poucos, nos matando através da bebida, das drogas, do sexo desenfreado, do excesso de trabalho, da ociosidade, da raiva que guardamos, do comer errado e demais, e de quaisquer outras atitudes que, gradualmente, vão tirando nossa energia vital.
Nosso planeta, um dos corpos celestes deste Universo, está passando de uma fase à outra: A fase de mundo de provas e expiações para Mundo de regeneração.  Está na hora de fazermos os últimos reparos em nós e em nossas vidas, caso queiramos ficar aqui para acompanhar esta mudança. As ondas que emitimos de padrão vibratório pesado não acompanhará a carga fluídica que envolverá o planeta nesta nova fase.  Fiquemos atentos sobre nosso modo de vida e façamos uma revisão diária de como estamos indo, o que estamos pensando, o que andamos fazendo e, assim, mudar aquilo que precisa ser mudado, tendo como referência aquele pensamento do teólogo e pensador estadunidense Reinhold Niebuhr, que sempre é usado nas reuniões dos alcoólicos anônimos:

Concedei-me, senhor, a serenidade
necessária para aceitar as coisas
que não posso modificar,
coragem para modificar aquelas que posso
e sabedoria para distinguir uma das outras.
                                          Autoria: Sidney



Capítulo 55
                                             O Amor e Deus                                               
O que é o amor?
 Ele tem cor? Tem sabor?
É insípido?
Onde ele está?
Por onde ele anda?
Você já se fez ou fez essas perguntas a alguém?
O caminho para se entender o amor está relacionado com nosso cotidiano. Várias definições de amor são encontradas ou definidas. Temos o amor materno, o filial, o platônico, o sexo, ao qual alguns denominam de fazer amor, o amor conjugal, o amor pela natureza e o amor pela vida. O que não discernimos, porém é que o amor é somente um. Quando se sabe amar não há distinção entre pessoas, coisas, circunstâncias ou lugares. Amamos qualquer um, em qualquer situação, em qualquer momento e em qualquer lugar.
         Amor é o sentimento que Deus nutre por nós. Nós é que temos a necessidade latente e premente de aprendermos a amar.  Ao assimilarmos essa lição dispararemos Universo afora e sairemos de nosso enclausuramento, rumo ao infinito para auxiliarmos na colaboração das criações divinas, onde deixaremos de ser meros instrumentos das circunstâncias para sermos artífices de Deus. 
No Evangelho de Marcos, capítulo 3, versículos de 31 a 35 , encontramos a seguinte narrativa sobre Jesus: E entrou em casa; e mais uma vez a multidão afluiu de tal modo que nem sequer podiam comer pão. Quando seus parentes souberam disso, saíram para segurá-lo, porque, diziam, "está fora de si".
Chegaram sua mãe e seus irmãos; e ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo. E muita gente estava sentada ao redor dele e disseram-lhe: "Olha, tua mãe e teus irmãos [e tuas irmãs] estão lá fora e te procuram".
Ele perguntou-lhes dizendo: "Quem é minha mãe ou meus irmãos"?
E olhando em torno para os que estavam sentados em roda, disse: "eis minha mãe e meus irmãos; pois quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe".
Quando  falaram  a  Jesus,  dizendo-lhe que sua mãe e seus  irmãos  o aguardavam lá fora e Ele lhes responde “minha mãe e meus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade do pai”, Jesus veio nos dizer que para alguém ser de sua família teria que comungar  de sua filosofia, do seu mesmo jeito de ser. Eram, então, os espíritos perfeitos e também aqueles que dele necessitava.
Família, na realidade, não tem nada a ver em ser do mesmo sangue, mas sim em se ter os mesmos princípios e sentimentos. A família de Jesus era aquela composta por aqueles que eram como Ele. Com isso ele não desprezou sua família, mas explicou que os membros de uma família reúnem-se por afinidades de ideais e vibrações.
Ao analisarmos o  Cristo, entendemos que o mesmo amor que Jesus nutria por sua família era o mesmo que ele tinha por todos nós, sem predileção. Não é porque é filho, pai ou mãe que teriam prioridade diante dele. O que Ele fazia era entender e atender aqueles que o procuravam, fornecendo-lhe subsídios para a reavaliação de conceitos, a reconstrução de propósitos e reestruturação de atos. O que deve se observar é a necessidade de quem precisa de amparo, independentemente de quem seja. Por isso, se colocamos nossa família acima de qualquer coisa não  amamos, porque o egoísmo e o protecionismo optam por aqueles que consideramos necessitados e não aqueles que estão necessitados.
Se quero a melhor escola para meu filho, antes de todos, não estou amando.
Se a vaga de trabalho, na faculdade, no colégio for só para aquele que faz parte direta de nossas vidas, sem pensar na necessidade do outro, não estamos amando.
Agora, diga-me, você já amou alguém?
O amor que Jesus e Deus têm por nós é incondicional. É o amor Universal...
Nós muitas vezes falamos que amamos, mas esse sentimento está subordinado a algumas vantagens ou interesses secundários. Falar que ama Deus é uma responsabilidade grandiosa, pois a partir do momento que o que nos importa é  ter nossos desejos atendidos, e subordinamos Deus às nossas vontades e caprichos, estamos querendo transformá-lo em o gênio da lâmpada. Amar a Deus não é tão simples como falar. Às vezes, fazemos um plano, mas Deus tem outro. Outras vezes, Deus faz um plano, mas nós fazemos outro...
Quando amamos a Deus, amamos também nossos irmãos, pois são filhos dele. Quando amamos nossos irmãos, protegemos suas vidas. Quando amamos nossos irmãos, amamos também a nós, e não fazemos mal nenhum a quaisquer filhos de Deus, já que fazendo mal a eles estaremos o fazendo a nós, e assim não estamos nos amando. E começamos a amar primeiramente, nós, depois nossos irmãos e depois Deus, pois, sem amar o próximo e a mim que vejo, como poderei afirmar que amo a Deus, a quem não posso ver?
Para entendermos Deus é necessário amar. É por isto que João Evangelista, em I João 4. 20, nos alertou, “se alguém diz eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”
 Como posso dizer que amo a Deus, o qual não vejo, se não consigo amar  meu próximo, o meu semelhante, o qual vejo, ouço e sinto?
O amor não é bajulação, é compreensão;
É vida, nunca morte.
É certeza, nunca desconfiança.
É paz, nunca guerra.
É honestidade, nunca corrupção.
É saúde, nunca doença.
É luz, nunca escuridão.
É bondade; jamais maldade.
É silêncio, jamais tumulto.
É serenidade, jamais desespero.
É perdão, jamais ódio.
É auxílio, jamais usurpação.
É coragem, nunca medo.
É trabalho, nunca ociosidade.
           É temperança, nunca disparate.
           É coerência, nunca controvérsia.
É conquista, nunca brinde.
É experiência, jamais inatividade.
É união, jamais separação.
É amizade, jamais brigas.
É companheirismo, jamais falsidade.
É incentivo, jamais depreciação.
É beleza, jamais horrores.
É continuidade, jamais um fim...
Diante disso, alguém poderá perguntar se o amor é uma palavra que está esperando por uma tradução. Não, o amor não é uma palavra que não tem tradução, ele é a tradução da essência de todas as palavras, gestos e bons sentimentos que movem o Universo.
 João, o Evangelista, em I João, Capítulo 4, versículo 16 diz que Deus é amor.
O amor, então, é Deus, e é também  a presença do criador em e entre todas as criaturas. Deus é amor, amor é Deu, e nós somos seus filhos amados, e é pelo amor de Deus que nos encontramos aqui.
Deus... É apenas um nome, é apenas amor; simplesmente amor.
  
      Autoria: Sidney 


Capítulo 56
Conto com Você, Prezado Herói
A caminhada até aqui tem sido árdua, eu bem sei. De quando em vez somos defrontados por situações que nos enfraquecem, e dentre essas situações encontramos algumas pessoas que querem nos desmotivar, nos jogar para baixo dizendo disparates como “você não vai conseguir”, “é tarde demais para fazer isso”, “você está velho para começar esse projeto” ou “está novo para produzir tal coisa”. E assim, essas pessoas sem brilho, frias, apáticas em relação aos sonhos alheios tentam frustrar os projetos que para elas não são importantes.
Através dessa indução, pensamos em parar e queremos destruir aquilo que ainda nem conseguimos para nós. No entanto, essa não é a melhor saída. Há um entrechoque de valores e ideologia em que o desânimo e a raiva se multiplicam espantosamente. Não revidar e se projetar para os objetivos, canalizando nossa energia em nossos ideais é o que deve ser realizado.
Se você chegou até determinado ponto, pode ir mais a frente, e não foram em vão todos os esforços e sacrifícios empreendidos até neste momento. Não consinta que te desanimem, até porque quem precisa acreditar em você, em primeiro lugar, é você mesmo.
Algumas outras pessoas, por terem um diploma de curso superior ou serem de uma família que consideram renomada, querem ditar regras de como deve ser o resto do mundo, como se fossem donas da verdade. Se não respeitamos o jeito de ser dos demais, nos achando superiores ou melhores do que alguém, só por aí já provamos nosso orgulho exacerbado e nossa megalomania, o que nos impede de agir com coerência e justiça diante de qualquer circunstância.
 Perder a batalha é perder para nós mesmos, desacreditando em nossas forças. Recobrar a fé é salvar as nossas e outras vidas. Por isso, nunca podemos deixar de crer em nossas potencialidades e de ajudar alguém, pois ela será nossa salvação, posteriormente. Ao prestarmos auxílio a uma criatura, conquistamos sua simpatia, seu carinho e teremos ali alguém que sempre irá querer nosso bem. Pode ocorrer de alguém não querer aceitar nossa assistência, mas não vamos deixar que isso nos empeça de oferecê-la a outros para que possamos ficar em paz, pois nos colocamos a disposição daquele que acreditávamos estar precisando de nosso auxílio. Agora é com ele.

Certa vez, um viajante, ao passar por uma praça observou que sobre um palco um homem falava de amor, paz e honestidade para aquelas pessoas que ali passavam ou que ali chegavam. Alguns o ouviam atentamente, outros riam dele.
Passados alguns anos, aquele viajante ali retorna e percebe que aquele homem continuava a falar das mesmas coisas e as pessoas reagiam da mesma forma.
Incomodado, dirigiu-se àquele pregador quando este terminou sua preleção, e lhe perguntou:
_O senhor não desanima de ficar aqui de pé, falando sempre as mesmas coisas, as pessoas rindo do senhor e outras nem  ouvindo?
O homem olhou complacente para aquele viajante e respondeu:
_Amigo, é nisso que acredito. Eu só posso falar daquilo que creio, e tenho como missão mudar essas pessoas que não creem no bem, na paz, na honestidade e no amor. Se eu desistir, em vez de mudá-las, serão elas que terão me mudado...

Nunca desista daquilo que você acredita. Não deixe que te desanimem. Fazer o que os outros querem que você faça e não aquilo que você quer é ser um ciborgue, cujas vontades são implantadas em ti.
 Sem assumir o que somos e o que fazemos, viveremos uma vida amordaçada, porque nos dividiremos entre o que somos, o que queremos ser e o que os outros querem que sejamos. Aí, em vez de sermos únicos, nos dividimos e ficamos mesclados, sem nenhuma identidade.
 Não tenha vergonha de ser você mesmo. Seja sempre você mesmo. Não tenha medo de se  conhecer. Com isso não queremos dizer que não temos que mudar e sermos teimosos, renitentes, absolutamente. Precisamos ouvir, refletir, avaliar como estamos agindo no meio ao qual estamos inseridos, como nosso proceder está repercutindo, e daí entenderemos em que precisamos nos modificar. Conhecemos a nós através da reação dos outros. Se nosso comportamento está causando descontentamento, raiva, ferindo princípios, tirando a liberdade, invadindo o espaço e a privacidade dos demais, havemos de convir que temos que fazer mudanças.
Está na hora das coisas tomarem seu devido lugar. O Planeta Terra será restaurado de todos os danos que causamos a ele. Quando isso se der as lembranças povoarão nossas mentes de bravos guerreiros. Momentos marcantes virão em nossas lembranças em que recordaremos das peças que tiveram grande importância nessa luta. Muitas dores e desilusões realizar-se-ão. Experiências dolorosas ocorrerão, mas farão parte da história e servirão para mudar as diversas histórias que surgirão na luta entre os que despertaram e aqueles que ainda dormem, mas mesmo distantes, mesmo diferentes na constituição física, o sentimento de amor, confiança e desejo de paz, é o que move corações nos recantos de todos os globos. Existem harmonia e compreensão em toda e qualquer vida no Universo. Enquanto houver Deus, Jesus e os espíritos amigos, estaremos bem protegidos; Sempre protegidos. Adquirindo conhecimento, confiança e amor na Terra poderemos explorar outros campos.
  Este livro é um convite para que você se una a mim, que nos unamos a Deus, ao irmão Jesus, ao bem, e juntos defendamos a paz, a verdade e o amor.                                          
Os heróis dos filmes, cinemas, seriados e desenhos possuíam suas armas. Nós possuímos as nossas também, nossos recursos para lutar, tais são a vontade, a capacidade de discernimento, a inteligência, a fé e a essência divina que se aloja em nós, e tudo isso, guiado pelo Evangelho, produzirá as benesses divinas; e temos, ainda, a assistência da espiritualidade. Venceremos, sem dúvida.
Vamos usar esses nossos recursos para restaurarmos o direito à vida, a alegria de viver, o direito de todos terem um prato de comida na mesa, de ir e vir, de poder se ter segurança, sem que para isso se construa casas com cercas elétricas, câmeras, redomas blindadas; o direito de brincar, rir chorar, direito de se expressar. Além de todos os direitos temos o dever de respeitar os direitos de todos e deixar que nossos corações nos conduzam para nossa libertação, onde existiremos não só porque pensamos, mas porque amamos.
Amor, sempre; amor em nossas vidas.
Amar, sempre. Amar: De todas, é a melhor saída.
Você faz parte da minha vida e eu faço parte da sua. Juntos, participamos da vida de muitos. Talvez eu nunca venha a vir você, com meus olhos carnais, que está lendo este livro, mas posso te sentir em meu coração, e de qualquer forma nos nós veremos por aí.
                                   
Desejo-lhe muita Paz!                                              
Fique com Deus que eu tentarei permanecer com a parte que considero ser Ele, até que um dia eu possa estar inteiramente junto dele e entender o que a minha pequenez, por enquanto, me impede de compreender.
Muito obrigado, herói amigo.

Conto com você, prezado herói.
Autoria: Sidney

Posfácio
E assim termino este livro. Tive um prazer muito grande em escrevê-lo. Espero que ao folhear estas páginas você encontre uma história, uma mensagem, uma palavra que lhe dê força, coragem, que te faça feliz e te anime em algum momento.
É hora dos agradecimentos e das considerações finais:
Agradeço a Deus, em primeiro lugar. Obrigado, Senhor da Vida.
Agradeço a ti Jesus Senhor, governador espiritual do Planeta Terra.
Agradeço a Ismael, anjo espiritual, responsável pela pátria amada do Cruzeiro.
Agradeço à minha  mãe, Maria de Freitas Barroso, (guerreira Maria) e ao pai, Adelino Guilherme Barroso, por terem sido meus pais, e a toda família. Esse trabalho não aconteceria sem a participação deles.
Agradeço por ter vivido na mesma época e no mesmo planeta em que grandes heróis viveram. Pessoas que ganham honestamente o dinheiro que as sustentam, gente que, mesmo ganhando um salário baixo, leva a vida sem se corromper, sem roubar, e tira ainda do pouco que ganha um pouco para ajudar alguém.
Agradeço às pessoas que se importam com a natureza e com questões ambientais e sociais, como o Sociólogo Betinho.
Agradeço às Crianças que jogam bola em campo de várzea e sorriem, nos dando exemplos de que para ser feliz ou ser herói não é necessário muita coisa.
Agradeço a esses que fazem muito mais do que muitos heróis por aí, mas estão no anonimato, para Deus, entretanto, têm seus méritos.
Obrigado aos pais que ensinam coisas boas aos seus filhos, aos cientistas, jornalistas, escritores, ao homem do campo, ao carpinteiro, aqueles que varrem e limpam nossas ruas e cidades; aos médicos e enfermeiros.
Agradeço a um amigo que tanto me auxiliou neste projeto: Clay. Saudades, Clay.
Agradeço a Internet, onde obtive diversas informações, assim como livros e revistas diversas que me forneceram muitos dados para a confecção desta obra.
Obrigado Deus por ter vivido ao mesmo tempo e na mesma terra onde estiveram Jesus Cristo, Chico Xavier, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Martinho Lutero e muitos, muitos outros artistas e seres humanos brilhantes. Artistas esses que, talvez, não estejam em evidência, mas que fazem muito por um mundo melhor, pessoas batalhadoras, guerreiras, grandes heróis que fazem uma comida saborosa, limpam muito bem uma casa, plantam grãos que chegam à nossa mesa, transportam cargas e pessoas por esse mundo afora... Seres que lutam com dignidade e honra, acima de qualquer coisa.
Agradeço aos Changeman, Flashman, Jirayia, Jaspion, Kamen Rider, Spielvan e tantos outros guerreiros. Obrigado aos criadores, diretores, dublês, atores, dubladores, roteiristas, alguém que participou dessas séries de uma forma pequena, mas que fez com tudo isso ficasse grandioso. À extinta TV Manchete e a todos do Grupo Bloch que trouxeram esses heróis para nossas vidas, muito obrigado. Agradeço a todos que trabalharam nesta emissora e que limpando, servindo um cafezinho, fazendo serviços aparentemente pequenos deram uma grande contribuição para que tudo isso se fizesse possível, deram um toque especial nesses seriados, enriquecendo-os muito. Obrigado às distribuidoras que divulgaram e trouxeram essas séries de heróis para nós, nos dando lições para toda a vida. Obrigado a todos que trabalharam arduamente nesse projeto maravilhoso que enriqueceu a infância e felicitou a vida de muitos de nós. Os heróis japoneses e o povo japonês_ assim como China e Coréia__ têm uma importância significativa em minha vida. A cultura, a filosofia, a serenidade que eles têm, suas Artes- Marciais contribuíram muito para minha formação como ser humano. A preservação e a busca pelas coisas da alma, a meditação, a valorização e reflexão dos instrumentos espirituais adotados por eles são práticas que também estou procurando cultivar. O Japão tem sido assolado por diversos ataques, mas sempre renascerá, pois é um território de um povo guerreiro, inteligente, abençoado por Deus.
Agradeço por compartilhar dos ensinamentos de Allan Kardec, Emmanuel, André Luis e Adolfo Bezerra de Menezes.
Agradeço por ter assistido belos desenhos como He-man, She-ra, Liga da Justiça, Caverna do Dragão, Thundercats, séries como Chaves, Profissão Perigo (Macgyver), a Dama de Ouro, por ter aprendido com Loren Avedon, Taimak e tantos outros.
Quem sabe,  futuramente,  escrevo  algo  sobre outros heróis, mas se
não o fizer, meu objetivo é lhe passar que qualquer coisa que você venha a assistir, ver, ouvir e ler, pegue o que há de bom e use em sua vida.
Queremos viver um sonho bom, onde poderemos acordar sem medo de sermos felizes, olhando para a luz solar, sem a tensão de quedas nos precipícios e resvaladouros da vida.
            Que Deus abençoe os meus e os seus amigos, e em nome de nossa amizade construiremos um Novo Mundo, e quanto àqueles que partiram, um dia nos reencontraremos novamente.                                               
 Ressalte os pontos positivos de pessoas e coisas.
Nunca se sinta impossibilitado de fazer seus sonhos se concretizarem, mas jogue limpo para que isso se dê de uma forma idônea. Atitudes exemplares são exemplos irredutíveis de convencimento.
Sem fraquejar, vamos em frente, mesmo atordoados. Adquiriremos um poder muito maior, uma super potência, uma força verdadeira nascendo de cada um.  Suportar as tormentas fará de nós ilustres heróis que alcançarão todas as forças, e com isso jamais perderemos a fibra. Não faltaremos com nossa missão. Apesar de todas as ruínas que nossas vidas se tornam, de vez em quando, sigamos em frente, nascendo e renascendo desses escombros, ficando mais fortes.
O mundo precisa de um toque seu.
Ofereça a ele o que você tem de melhor.
Dê à vida o que há de divino de dentro de você;
Dê as flores e as rosas que habitam em seu íntimo, deixando o amor
sair,    para  que  todos  sintam  o perfume da caridade e o aroma da compaixão e não se firam com seus espinhos.
Valeu à pena estar neste Planeta Terra junto com você.
Valeu à pena ter sorrido, ter chorado, ter me entristecido, ter amado, dentro da minha reduzida capacidade de entender e viver o que acredito ser o amor. Valeu muito à pena ter me sacrificado ou me esforçado para auxiliar alguém. Cada criatura que passou por minha vida fez com que ela se tornasse especial; valeu sim à pena; valeu muito à pena.
Ao recebermos críticas, ofensas, atitudes abusivas das pessoas, vamos pensar de que forma aquilo poderá nos ajudar a melhorar e a alcançar nossas metas, pois tudo pode ser útil se soubermos aproveitar.
       Focalize  no que tem para ser feito e concentre-se naquilo que se poderá
fazer. Faça uma limonada com o limão que alguém te der. O limão é ácido, mas é rico em vitamina C, e juntando com água e açúcar forma uma mistura que faz bem, mas tome cuidado para que um  não se sobressaia mais que o outro. Se você ficar apreciando mais o ácido ou o açúcar ficará preso a um deles e não terá como aproveitá-los. Equilibre-os, então. Junte as coisas. As críticas e ofensas podem ser amargas, mas se analisadas com calma, vendo o que tem de verdade, poderemos encontrar nelas oportunidades de melhoria e progresso. Transforme o que te derem de amargo em um meio para ascender.
Aprecie os elogios, mas não se agarre a eles. Os elogios servem de motivação para continuarmos, mas se nos apegarmos a eles ficaremos apenas deitados em louros mortíferos onde o adorar ser adorado nos estagna e nos cega.
Façamos nossa parte e deixemos Deus trabalhar. Emmanuel nos diz no livro Mãos Unidas, mensagem de número 15, de título “No Balanço Das Provas”, que “pacifiquemos e aperfeiçoemos nossa área de ação e estejamos convencidos de que se dermos o melhor de nós, realizando  o melhor que se nos faça acessível ao esforço individual no campo da vida, o Senhor complementar-nos-á o trabalho, fazendo o resto”.
Por vezes saímos desolados de certas circunstâncias. Talvez desabafar com alguém irá nos fazer bem.  Desabafe com Deus, com Jesus, com Maria de Nazaré ou consigo mesmo. Pense nisso. Saia, vá caminhar e colha flores pela estrada da vida. Para cada uma delas sinta um feixe de luz em seu íntimo e veja o quanto  Deus  tem produzido e Ele continua a sair Universo afora realizando desejos.
Quando seus olhos quiserem lacrimejar, deixe acontecer, não se envergonhe. Quando seus lábios quiserem sorrir, permita que ocorra, não se intimide. Quando seus braços quiserem abraçar, seus lábios quiserem beijar, sua voz quiser pronunciar “eu te amo”, deixe fluir...
Se posicione e parta rumo ao jogo da vida e com toda maestria vença-o. Não se preocupe, você vencerá de um jeito ou de outro. Às vezes mesmo perdendo, ganhamos. Às vezes é somente errando que aprendemos. É morrendo que se vive para a vida eterna...
Crie uma nova tática para sua jogada. Seu sonho é meu sonho também;  é o  sonho  de  muitos  de  nós.  Saia  do  raio de ação de derrota e
tristeza, pois eles podem produzir em efeito devastador em sua vida.
           Quanto a toda essa violência que está no mundo ela vai passar, não se
apoquente. Nós é que não podemos simplesmente passar. Temos que ficar aqui nas marcas de nossas obras; de boas obras; de grandes obras. Além do mais ninguém é violento para sempre. Ninguém briga e fere sem ter  o mesmo de volta. Isso é simplesmente a vontade mal canalizada por mentes e corações desalinhados. No fundo, todos querem ser bons e todos querem a felicidade, só que enxergamos turvamente. Vai clarear. Acalme-se.
Agradeço a um amigo que partiu sem me dar um abraço de despedida, Gladstone. Sinto  muito sua falta, Gladstone.
Agradeço ao Edir, funcionário da UFV, que muito me auxiliou.
         Agradeço às casas espíritas Paulo de Tarso, Grupo Espírita Caridade, Antônio Duarte, João Ernesto, Boa Nova, Paiva Campos, Ismael, Caminho da Luz, Caminho para Jesus, Bezerra de Menezes, Comunidade Espírita André Luiz, Casa de Promoção e Caminho Chico Xavier e  a todos amigos que fazem parte do Movimento Espírita Mineiro.
Agradeço a Xavier Pereira, Maurício Singulani, Oswaldo Vieira, três grandes trabalhadores de Ubá. Obrigado a Terezinha Helena, a Lilica e a tartaruga Tatá, sempre viva; às amigas Imaculada Singulani, Adriane Colli, Denise Colli e Marize Menezes. Obrigado aos amigos queridos de Guiricema, Visconde do Rio Branco e Ubá, três cidades que me encantam. São terras de guerreiros, de um povo que luta com muita força para sobreviver. São terras de Minas. São terras do Brasil.
                                    
                                                           Hino de Minas
O verde das matas, as águas dos rios.
É Minas Gerais, é parte do Brasil.
É terra que ama todos os filhos seus;
É chão que produz, protegido por Deus.

O canto das aves, o reino animal.
É vida que surge, é sonho real.
Direito de ir e de vir [liberdade].
Dever a cumprir nas mãos da sociedade.

Que se cumpra a justiça, que se fale a verdade,
Em Minas, meu Brasil, não pode haver impunidade.
A terra que dá ouro,
O solo que alimenta.
A vida é patrimônio, contra ela não se atenta.

A sua integridade deve ser preservada.
Por isso estou aqui pra tutelar nossa morada.
Sou filho desta terra, assim como você.
E a nossa missão é este espaço defender.

            Obrigado a Paulo Milagres, grande escritor.
Obrigado ao espírito ou espíritos que me protegem e orientam (Que missão árdua vocês pegaram).  Muito obrigado pela proteção.
Muito obrigado a todos as pessoas que dividiram o tempo e o espaço comigo. Um abraço para todos os espíritas, católicos, evangélicos, seichonoienses, umbandistas, candomblecistas, ou adepto de qualquer crença ou religião. Precisamos conversar e conviver mais.
Agradeço a Escola Estadual Antônio Capobiango__hoje Escola Municipal__ onde estudei de primeira a quarta série e a todos os professores a amigos dessa querida escola.
Agradeço ao CESEC (Centro de Estudos Supletivo de Educação Continuada) Professor Paulo Roberto Reis de Almeida, de Visconde do Rio Branco, estabelecimento onde cursei o Ensino Fundamental e Médio, e a todos os professores e demais funcionários desse estabelecimento que tanto acrescentaram à minha pessoa.
O meu muito obrigado ao senhor Hilário Sartori e família pelo apoio.
Agradeço às minhas cachorras Mermaid, Jamanta, Sayaka e Jagunço que me trazem tantas alegrias. Também aos gatos Fifi e Fofão. Aos motoboys de Ubá que sempre me ajudam a levar minha cachorra no veterinário, quando necessário. À Denise Colli, veterinária, que tanto tem ajudado persistentemente na causa de cuidar dos nossos irmãos animais. À Leila e Lídia, que também amparam esses pequeninos cheios de amor.
Agradeço a você que leu esta obra e que de agora em diante faz parte
da minha vida, e que juntamente com toda a humanidade defenderemos a Terra.
Não pare no meio do caminho quando for em busca de um mundo melhor. Não retorne ao tomar a decisão de praticar o bem e a caridade. Todos temos nossos ideais, e lutar por eles, sem pisar em nossos irmãos, é o caminho que nos conduzirá à libertação. Não deixe que o ódio seja seu controlador. Deixe que  seja forjado e se torne um objeto de defesa. Ele precisa ser esquecido através do calor do sacrifício e mergulhado na água da caridade para que se transforme em emoções benfazejas.
Em nosso âmago está retido tudo aquilo que precisamos para restaurar- nos. Retire a capa que você traz e ficará pasmado ao vir quem está sob ela. Chegou a hora de você encontrar-se consigo e duas forças se cruzarão: Aquela que você quer ser e aquela que você deve ser. Ambas se anularão se entrechocarem. Se mal usadas, quando frente a frente, causam uma destruição em volta. Se não forem separadas, ambas se aniquilarão. É o Yin e Yang em extremo conflito. Porém, se trabalhadas, direcionadas, procurando usá-las paulatinamente, atendendo às necessidades de carência espiritual, afetiva e material, procurando providenciar recursos para aliviar a convulsão humana, elas se transformarão em uma só força: A força de um sentimento de nome amor.
Saiba assimilar as lições que as aves, plantas e vidas diversas nos dão diariamente, ensinando-nos a persistir, perdoar, aceitar e continuar.
Um som de uma melodia nostálgica paira no ar. Você se sente só e um abalo sísmico irrompe de dentro de você. Que mecanismo é esse? É seu despetar. É a parte boa de você que quer se manifestar. Você se sente consternado? É algo ou alguém te chamando ao trabalho e a olhar à sua volta dizendo que o tempo é precioso demais para ser desperdiçado. Respire fundo e vá.
Intransponíve,l  demasiadamente,  parecem  ser as  barreiras,  mas não
somos guerreiros, ora essa? Mesmo feridos é inevitável prosseguir. Mesmo de joelhos desconjuntados, marchemos.
Se esbalde em seus santos propósitos.
Nossas almas estão em chamas, cheias de vida, inflamadas de paixões. Quando aprendermos a contê-las e domá-las nos momentos de crises e exasperação, teremos alcançado um nível espiritual bastante elevado. Após controlarmos esta chama, ela não mais se apagará. Se falharmos nesse controle poderemos nos ferir gravemente, sendo esse ferimento muito mais intenso que uma simples queimadura. Estejamos atentos. Não deixemos essa transformação para amanhã. Para nós, pequenos guerreiros, o amanhã não pode existir. Temos que fazer já, agora, tudo que pudermos, pois o hoje já foi também o amanhã...
Não importa o quão grave é a tempestade que nós a atravessaremos e seguiremos até o infinito, porque devemos ser um esquadrão, uma equipe relâmpago, veloz, ágil, que atravessa os céus da desigualdade, levando a justiça onde há pessoas injustas, levando paz onde fazem a guerra e levando a vida onde todos temem a morte.
Comunique-se, mesmo que seja por telepatia. Isso é possível. Tente.
Ame muito a vida, amigo. Não se utilize de uma vida à sua vontade, pois a decepção  pode ser latejante ao ponto de te paralisar. Atitudes insanas podem desmontar o castelo de alguém e destruir o seu.
A fisionomia de alguém pode dizer o que ela não tem coragem te falar. Observe.
 Se você está descrente em relação ao bem, à Deus, isso também às vezes ocorre comigo, mas logo observo o verde das matas, o carinho dos animais, a chuva que cai, o sol que brilha em seguida, a lua linda, lá no céu, as constelações, o arco íris, e isso me dá ânimo. Digo-te isso para motivá-lo e digo também que devemos seguir enquanto tivermos  um mínimo de forças.                                           
Há uma criança que espera por nós em algum lugar.
Há um enfermo em um hospital aguardando nossa ajuda.
Há um animal querendo ser recolhido.
Há alguém que quer apenas um olhar de ternura partindo de nós.
Não crer em Deus e no bem é começar uma destruição em massa.
Crer na emanação da força dos bons espíritos que envolve o sistema planetário é atraí-la para nosso meio e para perto de nós.
Foram horas e horas gastas manuscrevendo, lendo, digitando, apagando, reescrevendo até se chegar a este resultado e transmitir a você o que tenho aprendido com as coisas em minha volta. Este livro representa, em parte, o que sou e o que poderei me tornar. Às vezes, quando vou reler algum capítulo me surpreendo com o que leio. Isso quer dizer que essas ideias não são totalmente minhas e não foram absorvidas completamente por mim, mas já surgiram, já deram um sinal. Preciso aplicá-las.
Assim também será sua vida. Através de aprendizado, inspirações, recordações, pensamentos, ações e inovações você construirá seu mundo. Não tenha pressa. Observe o mundo em sua volta e veja como você tem participado dele. Quando compreender que você é o mundo e que não só faz parte dele, tudo vai mudar.
Como você pode observar, este livro não seria possível sem a contribuição de todas essas pessoas que menciono nestas páginas e daqueles que fizeram parte da minha história de vida. Há muitas outras cujos nomes não caberiam em vários livros, mas o fato de seus nomes não estarem escritos nesta obra não quer dizer que não sejam importantes, absolutamente. Ficam aqui os meus agradecimentos à todos.
Obrigado Brasil, país em que muitas coisas precisam ser mudadas, mas que nem por isso deixa de ser um país maravilhoso e que não deve nada para nenhum outro país em se tratando de talento, garra, competência e solidariedade. Precisamos apenas acreditar mais em nós e darmos as mãos. Vamos de mãos dadas...
            Para ser sincero com você não sou nenhum mago, poeta ou mestre de
nada. Sou apenas aquele que procura ser fiel às suas crenças, com a certeza de que há muitas coisas que tenho que aprender para entender o que sou e o que poderei ser. Enquanto isso não se faz, só me resta ser como sou, apenas...
Não tenha este livro como roteiro ou norma de conduta. Ele é um material a ser estudado, avaliado, questionado, e a conclusão final é inteiramente sua. Se você se apegar demasiado a ele vai se esquecer de você e se tornará algo mecânico, sem essência, sem naturalidade, e assim torna-se impossível aprender. Ouça também a voz interior.
Não me preocupei em escrever para agradar ou criticar alguém. Creio também que haverá erros gramaticais, de concordância, porém espero que apesar deles a mensagem seja compreendida, e que o mais importante do que qualquer regra de literatura é se comunicar, se fazer compreender e procurar entender,  e para isso as palavras são, às vezes, desnecessárias. Um
olhar, um sorriso, um gesto, uma lágrima dizem muito sobre nós.
 Escrevi esta obra para incentivar e fazer pensar. Pensar  que  temos
muito que mudar. Deixar de lado o preconceito, o egocentrismo, o egoísmo e ter olhos de ver e ouvidos de ouvir o que acontece em nossa volta, aproveitando a beleza que cada ser é detentor.
Espero  que esta obra lhe ajude a ver o herói maravilhoso que você é
e o herói brilhante que é o seu irmão. Se não o somos, ainda poderemos ser.
Quero te dizer que você é um grande herói, digno de menção no mundo de Deus. Somos uma raça de heróis; heróis de uma raça, que não podem se curvar diante dos vilões que surgirem.
No episódio 51 do Seriado Japonês, Esquadrão Relâmpago Changeman, onde encontrei algumas inspirações para escrever este livro, no final de toda uma batalha nasce uma vida nova, aliás duas vidas: A de Gata, que se debandou de Gozma, e a de sua filha. Ao chegarem na Igreja, na cidade de Midori, onde Zolli, a esposa de Gata se abrigava, todos olham triste o templo desabado. Gata e sua amiga Nana não chegaram a tempo. O ex integrante de Gozma chora desesperado, mas... Um choro anunciando vida nova ecoa entre as ruínas daquele lugar. O filho, ou melhor, a filha de Gata está salva.  Aquele choro não foi de tristeza, mas de alegria para Gata, sua família, os Changeman e Nana.  Nem sempre as lágrimas são símbolos de dor. Gata segura Cooler, esse é o nome que ele dá à sua garotinha, com cuidado. Uma estátua, simbolizando Maria segurando seu filho e nosso irmão Jesus, não ruiu com o desabamento da igreja. O amor de mãe é mesmo inquebrável e indestrutível. Por isso, leitor amigo ignorar a grandeza de Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus, é não reconhecer o amor de mãe e a relevância da mulher que sempre contribuiu grandiosamente para os grandes
feitos que ocorreram no planeta.
 Se seu coração ficar em ruínas, não se aflija. Para que ocorra o nascimento e a manifestação do amor é preciso que haja esses desabamentos. Isso fará de você um verdadeiro herói. Apesar da tragédia que nossas vidas se tornam, de vez em quando, sigamos em frente, nascendo e renascendo desses escombros nos tornando mais fortes.
Quando você vir ou ouvir alguém chorar, acalente ou chore junto, ou deixe-o chorar. Talvez ele esteja precisando disso.
Lembro-me de uma vez que quando eu estava morando de pouco em
Ubá, encontrei uma cachorra da raça Cocker e comecei a cuidar dela. Ela estava com uma doença transmitida por carrapatos que já estava num nível bastante avançado. Eu dei o nome a ela de Filó. Filó não sobreviveu, apesar de todos os esforços empreendidos por mim e pela veterinária Denise. Entretanto, quando eu a levei no consultório, ela estava muito debilitada e eu chorei muito no dia seguinte ao vê-la deitada em seu colchão, adoentada. Uma senhora que lá estava com seu cachorrinho chorou junto comigo e me abraçou. Foi uma das maiores demonstrações de solidariedade que alguém já teve para comigo. E agora, que estou fazendo a correção deste posfácio, me veio à lembrança: Será que Mermaid é a Filó que voltou pra mim? Deus é muito bom, viu!
O choro nem sempre é de tristeza. Nem sempre as lágrimas são símbolos de dor. Podemos chorar de alegria também ou trazer um pouco de acalento a alguém que está chorando, derramando uma lágrima junto.
Não pense você que por ter escrito este livro sou alguém que está sempre de bem com a vida, feliz, absolutamente. Às vezes, entro para o meu quarto e choro.  Dizem que homem não chora. Se eu não puder chorar por ser homem, não quero nunca ser um homem.
Tenho, às vezes, a impressão de que estou fora do meu meio e acho que deveria estar entre outras pessoas; sinto falta de outras pessoas. Sinto a falta de alguém que nem sei se existe. Às vezes, me sinto só em meio a uma grande multidão. Sinto falta de alguém que deixei ou que me deixou em alguma época; é um pouco confuso. O meu íntimo clama por algo que não sei o que é, mas quando procuro entrar em contato com os ensinamentos do Cristo redivivos pela Doutrina Espírita, esse fogo interior, que parece um dragão descontrolado ou um menino carente, que vai de zero a cem, facilmente, se acalma. E revelar tudo isso a você me deixa um pouco aliviado para que eu não tenha que carregar o fardo de ser um herói mórfico ou mumificado, àqueles que se fazem de fortes, sábios, que têm uma forma e várias fórmulas, e que precisam aprender que reconhecer e admitir suas fraquezas é dar um passo expansível para o heroísmo.

Sobre o tempo
 Quero  fazer  tantas  coisas,  mas  acho  que não vai dar tempo, mas
tenho muito tempo; temos todo o tempo do mundo, mas não podemos perder tempo porque o tempo não para. Ele não espera por nós. Se pararmos no tempo teremos que correr contra o tempo e talvez não dê mais tempo, mas é sempre tempo de recomeçar.O tempo mostra aqueles que se julgam sábios, aqueles que pensam que sabem demais, que estavam enganados. Existem também aqueles que juram sem saber se aquilo pelo que juram é a verdade. Essa jura é uma tentativa de passar credibilidade à informação dada, de mostrar o quão sábios, fortes e poderosos são, e o medo de errar ou de assumir que falharam, leva-os à jura, mas nenhum de nós sabe, em sua totalidade, quem é, mas é para isso que precisamos dar tempo ao tempo e entender que dentro dele está a chave para o desvendamento de inúmeros mistérios.
Quando penso que já sei de muita coisa, encontro alguém que abre meus olhos e me mostra que tenho muito que aprender.
Quando penso que estou mais forte, acontecem coisas que provam o quanto sou fraco. É quando fico mais fraco que fico mais forte.
Quando acredito que não tem mais uma saída, vejo uma luz que vem em minha direção.
Quando estou cansado de chorar, aparece ou acontece algo   que me faz sorrir.
Quando o nevoeiro chega, um raio de sol o faz ir embora.
Ao olhar para trás, percebo que naqueles momentos em que fraquejei, alguém segurou minha mão. É por isso que não desisto, pois sei que alguém, em algum lugar, olha por mim.
Minha vida não tem sido nada fácil desde que reencarnei. E se estou
de pé até hoje é porque sou teimoso e acredito que tenho algo para fazer aqui, e principalmente, porque Deus e os Espíritos amigos têm me ajudado muito. E mesmo com tudo isso, não sei como, mas tenho encontrado forças para acalentar corações, falar de coisas boas e sorrir. Isso só pode ser por Deus, obviamente.
Se alguém me perguntasse, Sidney por que é que você escreveu este
livro? Sinceramente, não sei. Talvez porque eu devesse isso para àqueles  que fossem lê-lo. Não  sei nem  mesmo por que  estou escrevendo esta obra. Talvez ela nem venha a ser publicada, mas de qualquer forma fiz o que achei que devia ter feito. Talvez, quando ele for lançado eu nem esteja por aqui mais. Talvez eu parta em breve, mas eu voltarei, um dia, quem sabe. Talvez eu fique, enfim, deixe acontecer. Talvez este livro não saia do HD de meu micro, mas estará gravado no disco rígido de minha consciência. Estará em meus arquivos espirituais. Talvez este livro mude o mundo de alguém ou o meu mundo, mas não poderia deixar de escrevê-lo e assumir o que narrei, escrevi e transcrevi aqui. Sem assumir o que faço como ser um herói?
Bom, chega de falar de mim. Faço-te um pedido: Se acaso lembrar, lembre-se de mim em suas orações.
Muito obrigado por você me dar a oportunidade de conversar contigo através destas páginas.   Através delas você conhecerá um pouco de alguém que sabe muito pouco ou quase nada dele mesmo.
 Eternos obrigados! Seja muito feliz.
Um novo sol brilhará na praia de nossas almas. Uma nova luz vai brilhar no céu. Deus espera por ti, herói do Universo.
Que  Jesus  se  faça presente  em nossas vidas e que possamos deixar
abertas as portas de nossas casas e de nossos corações para que nelas Ele possa fazer morada.
          Fique sempre muito bem; fique sempre com Deus!
         Amo você, do meu jeito, dentro de minha ínfima concepção do que seja o amor ou fora de minha faculdade de vivenciar o que seja, de fato, esse amor, mas por amor a gente vai chegar ao fim dessa longa estrada. Estamos juntos. Sempre juntos!                                                     
                                                    
   Por Sidney de Freitas Barroso